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Numa trajetória repleta de expectativas, o Flamengo viu-se imerso em uma sequência de decisões equivocadas que, infelizmente, culminaram em uma temporada aquém do esperado. As palavras sensatas do jornalista Venê Casagrande, transmitidas no SBT Rio, ecoaram como um alerta que, agora, merece ser desdobrado.
O primeiro capítulo dessa saga de equívocos desenrolou-se no início da temporada, quando a diretoria optou por uma mudança no comando técnico. Ao invés de manter a continuidade com Dorival Júnior, optou-se por uma guinada brusca que, aos olhos de muitos, provou ser um passo em falso. O experiente treinador, com seu conhecimento tático e familiaridade com o elenco, poderia ter sido a âncora necessária para guiar o time nas águas turbulentas da temporada.
A decisão, conforme bem pontuado por Casagrande, representou o pontapé inicial para uma série de desacertos. A estabilidade de um técnico familiarizado com a estrutura do clube foi sacrificada em prol de uma aposta incerta, gerando um descompasso que se refletiu nos resultados em campo. A falta de sintonia entre a nova comissão técnica e o elenco foi visível, comprometendo o desempenho nos jogos cruciais.
Outro ponto nevrálgico dessa trama de erros foi a negligência na gestão de contratações. A busca por reforços não atendeu adequadamente às carências do time, resultando em lacunas que se mostraram evidentes durante a temporada. Contratações apressadas e não alinhadas ao estilo de jogo do Flamengo contribuíram para a ausência de um elenco coeso, capaz de enfrentar os desafios de uma competição tão exigente.
A lesão de peças-chave durante o campeonato agravou ainda mais a situação. A ausência de um planejamento sólido para lidar com imprevistos fez com que o time, em determinados momentos, parecesse desamparado e desorganizado em campo. A falta de profundidade no elenco, aliada à ausência de estratégias claras para contornar tais adversidades, foi um dos pontos fracos mais evidentes.
Ao analisar o desenrolar dessa narrativa repleta de percalços, é imperativo reconhecer que a diretoria do Flamengo precisa, com urgência, aprender com esses erros. A grandeza do clube exige uma abordagem mais estratégica e cautelosa, principalmente nas decisões que impactam diretamente o desempenho em campo.
No entanto, é crucial destacar que este não deve ser um relato apenas de lamentos, mas sim um chamado à reflexão e à ação. A temporada que se encerrou deixou cicatrizes, mas também oferece lições valiosas para o futuro. O Flamengo, com sua grandiosa história, tem a capacidade de se reerguer e aprender com os equívocos do passado.
Em última análise, a saga do Flamengo nesta temporada serve como um lembrete contundente de que, no futebol, cada decisão, por menor que seja, reverbera no desempenho do time. Que o clube, dirigentes, jogadores e torcedores, unam-se na busca por um caminho mais assertivo, onde as vitórias em campo reflitam as decisões acertadas fora dele.
Com meio-campo desfalcado, técnico avalia opções internas e possibilidade de reforço no mercado depois do Mundial de Clubes
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O Flamengo terá que lidar com a ausência prolongada de Erick Pulgar. O chileno sofreu uma fratura no quinto metatarso do pé direito após uma entrada dura de Harry Kane no amistoso contra o Chelsea. A previsão médica é de até três meses fora de combate.
O momento é delicado. A lesão acontece às vésperas da retomada do Brasileirão e em meio à disputa por vaga nas quartas de final da Libertadores e oitavas da Copa do Brasil. Pulgar vinha sendo um dos pilares do time na proteção à zaga e distribuição de jogo.
A ausência de Pulgar se soma à saída iminente de Gerson para o Zenit, da Rússia. O Coringa já se despediu do grupo e aguarda apenas detalhes burocráticos para embarcar. Com isso, Filipe Luís fica sem dois titulares absolutos no meio.
Além da perda técnica, o setor que já era enxuto agora vive carência em número e experiência. O Flamengo passa a contar apenas com Allan, Evertton Araújo, Jorginho e De La Cruz como opções imediatas.
Entre os nomes à disposição, Allan é quem mais se aproxima do perfil de Pulgar. Com boa leitura de jogo, marcação forte e posicionamento defensivo, ele já atuou nessa função em outras ocasiões e pode assumir o posto de primeiro volante.
Apesar disso, o histórico de lesões e a irregularidade física de Allan acendem um sinal de alerta. Filipe Luís precisará dosar sua utilização e ter alternativas viáveis no banco. A joia da base, Evertton Araújo, é outro nome em pauta. O volante de 21 anos tem boa dinâmica, mas ainda sofre para lidar com a pressão da marcação adversária, principalmente na saída de bola.
O elenco principal ganhou quatro dias de folga e volta aos treinos no sábado, dia 4 de fevereiro, no CT George Helal, ainda nessa semana
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A delegação do Flamengo embarca para o Rio de Janeiro às 22h desta segunda-feira (30), com previsão de chegada às 6h30 da manhã de terça, no Aeroporto Internacional Tom Jobim (RIOGaleão). O desembarque será feito pelo saguão internacional, com acesso restrito, sem previsão de atendimento à imprensa.
O retorno marca o encerramento de uma etapa importante da pré-temporada rubro-negra, que teve como ponto alto a participação no Mundial de Clubes. Com a eliminação diante do Bayern de Munique, o clube encerra sua passagem pelos Estados Unidos e começa a virar a chave para os compromissos nacionais.
De acordo com a programação divulgada pelo clube, os jogadores só retornam às atividades no próximo sábado (4), às 9h30, no Ninho do Urubu. A comissão técnica optou por conceder quatro dias de folga ao grupo, levando em consideração a sequência intensa de jogos e viagens nos últimos dias.
A pausa também serve como preparação para o próximo compromisso da temporada, ainda sem data definida, o que permite uma recuperação física e mental após semanas desgastantes.
Apesar da eliminação precoce nas oitavas, a atuação do Flamengo no Mundial foi considerada positiva pela comissão técnica e pela torcida. A equipe se classificou como líder do Grupo D ao vencer o Chelsea por 3 a 1 e apresentou bons momentos mesmo na derrota por 4 a 2 para o Bayern de Munique. O desempenho diante de dois gigantes europeus, especialmente a postura coletiva e a competitividade, foi avaliado como um sinal de que o trabalho no início da temporada está no caminho certo.
Volante chileno sofreu nova fratura no pé durante o Mundial de Clubes e desfalca o Mais Querido, diretoria segue dando respaldo e não pensa em reforços
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A derrota para o Bayern de Munique no Mundial de Clubes trouxe uma consequência ainda mais amarga para o Flamengo. Erick Pulgar, titular absoluto no meio de campo, sofreu uma fratura no quinto metatarso do pé direito e preocupa o departamento médico rubro-negro. O chileno será reavaliado no Rio de Janeiro, mas os primeiros indícios indicam um tempo de recuperação superior a dois meses.
A lesão ocorreu aos 42 minutos do primeiro tempo, logo após Pulgar cometer falta em Harry Kane. Ele ficou no chão com dores intensas e teve que ser substituído ainda antes do intervalo. Em 2023, o mesmo jogador já havia passado por um problema semelhante, ficando 69 dias longe dos gramados.
A sensação dentro do clube não é das melhores. Uma pessoa ligada ao departamento de futebol do Flamengo, ouvida pelo portal Coluna do Fla, admitiu que a situação atual pode ser ainda mais delicada que a anterior. “Agora parece ser pior (a situação do jogador), vamos saber no Rio”, afirmou a fonte.
O camisa 5 vinha em boa fase e era peça-chave na estrutura montada por Filipe Luís no meio-campo. Sua ausência representa uma lacuna sensível, sobretudo diante de um calendário apertado e com outros desfalques previstos para o elenco principal.
Mesmo com o diagnóstico preocupante, a cúpula do futebol rubro-negro adota cautela e evita qualquer movimentação imediata no mercado. Segundo apuração do Coluna do Fla, o entendimento interno é que o elenco possui alternativas viáveis para suprir a ausência de Pulgar. A ausência de Pulgar coincide com a iminente saída de Gerson, que negocia sua transferência para o futebol russo ou árabe. Isso faz com que o Flamengo, em poucos dias, veja dois nomes importantes do setor deixarem de estar à disposição.