Futebol
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0O Flamengo, um dos clubes mais populares e vitoriosos do futebol brasileiro, enfrenta desafios consideráveis em seu ambicioso plano de construir um estádio próprio no Gasômetro. O arquiteto Fabricio Chicca, líder da pesquisa internacional Stadia sobre estádios de futebol, lançou luz sobre as complexidades envolvidas, destacando que a proposta de um estádio com capacidade para 100 mil lugares pode ser uma complicação significativa para a concretização desse projeto grandioso.
Segundo Chicca, enquanto é fisicamente possível criar um estádio com mais de 100 mil assentos, a aprovação para tal empreendimento está longe de ser garantida. Em uma série de posts no Twitter, ele explicou: "Isso não garante a aprovação de nada. Pelo contrário, quanto maior, maior o impacto, maior a dificuldade, e mais instâncias/camadas para serem verificadas. Desde a saída do estádio até o impacto no transporte."
A preocupação do arquiteto vai além da capacidade do estádio. Ele ressalta que o processo de aprovação envolve uma análise minuciosa de vários aspectos, desde a logística de entrada e saída até a adequação das áreas externas para acomodar multidões em situações extraordinárias. Tudo isso, destaca Chicca, dependerá do projeto do estádio, um projeto que ainda está por ser desenvolvido. Ele enfatiza que a ambição de atingir 100 mil lugares é louvável, mas impossível de confirmar neste estágio, mesmo a capacidade de 70 mil lugares está longe de ser uma certeza.
A motivação por trás desse projeto monumental surge da percepção da diretoria do Flamengo de que o Maracanã, apesar de sua capacidade oficial de 79 mil lugares, tornou-se insuficiente para abrigar a grandiosidade do clube. A ocupação máxima, frequentemente limitada a cerca de 60 mil ingressos pagos, devido a questões legais, cadeiras cativas e a necessidade de isolar a torcida visitante, alimentou a convicção de que o Flamengo necessita de uma casa que corresponda à sua imensa base de fãs.
Entretanto, as preocupações de Chicca não se restringem apenas à capacidade do estádio. Ele expressa ceticismo em relação às previsões otimistas do presidente Rodolfo Landim de que a construção poderia ser concluída em cinco anos, incluindo o período de negociação para aquisição do terreno, que atualmente pertence a um fundo vinculado à Caixa Econômica Federal.
"Qualquer previsão cravando data e capacidade, vinda do Flamengo ou de algum especialista, prova apenas desconhecimento no assunto e, se vinda do Flamengo, causa preocupação com a capacidade de desenvolvimento do negócio", afirma Chicca.O recente nomeamento de Marcos Bodin, proveniente do mercado financeiro e imobiliário, para liderar o projeto de construção do estádio é um sinal da seriedade com que o Flamengo aborda esse empreendimento. O clube também intensificou as negociações com a Caixa Econômica Federal, especialmente após a posse do novo presidente do banco estatal, Carlos Vieira, na semana passada.
No entanto, Chicca aponta várias incertezas relacionadas ao prazo de entrega da obra, destacando a questão ambiental como um fator crítico. A aprovação nesse aspecto é subjetiva e pode variar consideravelmente, tornando o processo imprevisível em termos de tempo e custo. Sua experiência no mercado imobiliário o leva a concluir que menos de cinco anos é praticamente impossível, sugerindo a possibilidade de um concurso internacional de arquitetura e construção para garantir um produto final de alta qualidade, embora isso possa prolongar ainda mais o cronograma.
Em resumo, o ambicioso projeto do Flamengo de construir um estádio próprio no Gasômetro enfrenta não apenas desafios de capacidade, mas também incertezas significativas em termos de aprovação, prazos e custos. À medida que o clube busca solidificar seu lugar como potência não apenas nos gramados, mas também em infraestrutura esportiva, o caminho à frente se revela complexo e repleto de obstáculos a serem superados.
pós destaque em 2024, chileno espera reconhecimento financeiro pela diretoria rubro-negra
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0Erick Pulgar, meio-campista do Flamengo, teve um papel de destaque na temporada de 2023, conquistando não apenas a admiração da torcida, mas também a cobiçada Bola de Prata, premiação que consagra os melhores jogadores do futebol brasileiro. Sua consistência em campo consolidou sua posição como peça-chave no elenco rubro-negro.
Apesar do excelente desempenho, nem tudo foi perfeito para o chileno. Pulgar e seu representante esperavam que a antiga diretoria do Flamengo reconhecesse seu valor com uma valorização salarial ainda no fim de 2023, algo que acabou não se concretizando.
UM SALÁRIO ABAIXO
Uma questão que chama atenção é que Pulgar possui um dos menores salários do elenco. Para um jogador que entregou tanto em campo, essa discrepância salarial se torna um ponto de insatisfação, especialmente ao ser comparado com outros atletas do clube. Apesar disso, o jogador está bem adaptado ao clube e ao Rio de Janeiro. A relação com os torcedores é positiva, e Pulgar demonstrou sua afinidade com o ambiente rubro-negro tanto dentro quanto fora das quatro linhas.
BUSCA DA VALORIZAÇÃO
Com 2024 em andamento, Pulgar entende que chegou a hora de ser reconhecido financeiramente. O chileno considera que sua contribuição ao Flamengo e os resultados alcançados justificam plenamente uma revisão contratual. A transição na diretoria do Flamengo trouxe novas possibilidades. Agora, a expectativa é de que os dirigentes atuais deem a atenção devida ao caso e promovam ajustes que garantam a permanência de Pulgar de forma satisfatória para ambas as partes.
Erick Pulgar, além de ser peça-chave no Flamengo, também desperta interesse no mercado internacional. Com passagens por grandes clubes e uma sólida carreira na seleção chilena, ele é um ativo que o Flamengo precisa manter valorizado para evitar perda de talento em futuras negociações
Candidato a presidência do Conselho Deliberativo diz que há dois modos de enxergar o processo de aquisição do local para a construção do estádio próprio
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0A aquisição do terreno no Gasômetro, no Rio de Janeiro, aumentou a expectativa dos torcedores por um estádio próprio para o Flamengo. No entanto, os desafios começaram a aparecer. Recentemente, a Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico (AGENERSA) determinou que parte da área pertence à Naturgy, antiga Companhia Estadual de Gás (CEG).
Ricardo Lomba, candidato à presidência do Conselho Deliberativo do Flamengo, destacou possíveis complicações em entrevista aos jornalistas Bruno Marques, Luiz Antônio e Matheus Leal. O pleito para a presidência do conselho acontece nesta segunda-feira (16). Lomba concorre pela Chapa 1, enquanto Álvaro Ferreira disputa pela Chapa 2.
"A compra do terreno pode ser analisada por duas óticas. Primeiro, a do torcedor apaixonado. É espetacular. Era tudo que a gente queria. Como vai votar contra isso? Mas o dirigente tem que ter um pouco mais de cuidado na análise", começou Lomba.
"Houve uma precipitação. Havia um momento político do governo do Estado do Rio e uma campanha para presidente do Flamengo. Essas duas coisas se uniram. Aí, aprova de qualquer maneira, porque isso é voto certo. Mas você atropela uma série de questões que foram ignoradas", analisou.
"A gente não sabe o que tem pela frente"
Ex-vice-presidente do Conselho Deliberativo e de Futebol na gestão Eduardo Bandeira de Mello, Lomba ressaltou que a compra do terreno foi uma conquista significativa para os torcedores, mas criticou a falta de planejamento mais aprofundado. Entre os desafios mencionados, o candidato destacou a necessidade de descontaminação da área, para a qual ainda não há um plano estruturado.
"A gente não sabe o que tem pela frente. É claro que a gente quer o estádio, o terreno, mas o que estamos comprando? O que precisa fazer para construir? Essa história de descontaminação: o que é isso? Como é o projeto? É uma série de detalhes que a gente não sabe", admitiu.
"Aprovamos na empolgação"
Segundo Lomba, a decisão dos conselheiros pela compra foi tomada em meio à euforia, mas ele ponderou que a empolgação não diminui o valor estratégico do terreno e reforçou que, apesar dos seus questionamentos sobre o estádio, não se trata de uma crítica a gestão do presidente Rodolfo Landim.
"Não estou julgando a gestão que se encerra no dia 31. Não sei o que eles sabem. Mas nós, conselheiros, ninguém sabe nada. Sem medo de errar: aprovamos na empolgação. Tecnicamente, não havia subsídios suficientes para saber se era bom ou ruim. Acho que valia o risco. Porém, vamos ver o tamanho do risco a partir do dia 2 de janeiro", finalizou.
Com o fim da gestão de Landim em dezembro, caberá à nova diretoria do Flamengo comandada por Bap, que assume em janeiro de 2025, decidir os próximos passos relacionados ao terreno e ao tão sonhado estádio rubro-negro.
Fábio Coelho deve assumir pasta durante o mandato do novo presidente do Mengão e quer usar tecnologia para melhorar scouting e experiência do torcedor
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0A eleição de Luiz Eduardo Baptista (Bap) para a presidência do Flamengo no triênio 2025-2027 trouxe expectativas animadoras entre os rubro-negros, especialmente pela provável chegada de José Boto como diretor de futebol. No entanto, outra grande mudança prevista para a nova gestão está no setor de tecnologia, com a nomeação de Fábio Coelho, CEO do Google Brasil, como futuro vice-presidente de tecnologia do clube.
As ideias inovadoras de Fábio já começaram a circular nas redes sociais e foram compiladas pelo jornalista Fred Soares. A transição de gestão começa oficialmente no dia 18 de dezembro, com a posse de Bap, e promete unir tecnologia e estratégia para alavancar o Flamengo dentro e fora de campo.
"A tecnologia tem um papel fundamental nisso. Melhorar a experiência dos sócios, gerar mais dinheiro com a questão de transmissão de direitos e maximizar o uso de redes sociais. Hoje em dia, as pessoas não querem só ver o jogo. Elas querem ver o antes e depois, consumir esse tipo de conteúdo, que tem a ver com paixão", explicou Fábio.
Tecnologia a serviço do futebol
Entre as principais funções de Fábio Coelho estará o uso da tecnologia para integrar diferentes áreas do clube, gerando vantagens competitivas para o Flamengo como instituição e marca, a médio e longo prazo.
Um dos pilares de sua atuação será o impacto da tecnologia no scout de jogadores e no aprimoramento dos processos internos. A ideia é utilizar ferramentas avançadas para entender não apenas o desempenho físico dos atletas, mas também o momento ideal para realizar contratações ou negociações, aumentando a eficiência no mercado.
"A tecnologia precisa ser usada para várias outras coisas que vão aumentar a assertividade dos processos. Um scout mais profissional, contratação de jogadores no 'timing' correto, fisiologia, temos várias frentes em que podemos trabalhar. É claro, respeitando o que foi feito, mas aproveitando a oportunidade de trazer a tecnologia para dentro do clube e seguir nessa jornada de melhoramento", explicou.
Expansão da marca e base de dados para torcedores
Outro ponto destacado por Fábio Coelho é a criação de uma base de dados para mapear o comportamento de consumo dos torcedores, especialmente aqueles que vivem fora do Rio de Janeiro. Essa estratégia permitirá ao clube personalizar ofertas e aprimorar programas como o sócio-torcedor. Como exemplo, o dirigente citou o aplicativo do Eintracht Frankfurt, que utiliza tecnologia semelhante para conectar fãs e fomentar engajamento.
Fábio também enfatizou a importância de aproveitar a tecnologia para internacionalizar a marca Flamengo. Entre as estratégias está a contratação de jogadores oriundos de comunidades específicas e a realização de partidas ou eventos em polos menos tradicionais, replicando práticas adotadas por grandes clubes europeus.
Expectativa para o futuro
Com a posse de Bap e o início da nova gestão, as ideias de Fábio Coelho prometem modernizar o Flamengo e ampliar sua influência global. A combinação de tecnologia e inovação surge como uma oportunidade de levar o clube a um patamar ainda mais elevado, tanto no futebol quanto no mercado internacional.