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Na terça-feira (7), o Flamengo sofreu uma derrota por 1 a 0 diante do Palestino, em partida válida pela quarta rodada da fase de grupos da Libertadores. A fraca performance do Rubro-Negro aumentou a pressão sobre Tite e acentuou a má fase, como evidenciado pelos números do jogo.
Apesar de deter 64% de posse de bola ao longo dos 90 minutos, o Flamengo não conseguiu converter essa vantagem em efetividade. Das 18 finalizações realizadas, apenas três foram em direção ao gol adversário.
A falta de criatividade, eficácia e inspiração são motivo de preocupação, e os lances da partida refletem exatamente essa carência: a posse de bola sem propósito e precisão. Em determinado momento, a equipe apresentava um enorme vácuo no meio-campo, recorrendo a lançamentos diretos e chutões para sobreviver.
Na coletiva de imprensa, Tite justificou a saída de Allan, argumentando que transformaria o Flamengo em um 4-4-2, fazendo referência ao jogo contra o Bragantino. No entanto, na prática, isso não se concretizou. A equipe acabou acumulando atacantes e ficou presa em um 4-2-4 que se mostrou ineficaz.
Diante de uma crise que se intensifica, Tite enfrenta pressões, os jogadores são questionados e as cobranças aumentam. Na quarta-feira (8), a equipe desembarcou no Rio de Janeiro sob protestos dos torcedores no aeroporto. Bruno Henrique foi o único jogador a interagir com a torcida e afirmou: "nós vamos melhorar".
Em busca de uma reação imediata, o Flamengo retorna aos gramados no sábado (11), para enfrentar o Corinthians, em confronto válido pela sexta rodada do Campeonato Brasileiro. A partida será realizada no Maracanã, às 16h (horário de Brasília).
Comentarista vê exagero nas críticas ao técnico rubro-negro e alerta: "Só os resultados vão sustentar". O treinador vem sendo defasado no Mais Querido
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Menos de um ano após ter seu nome celebrado como um símbolo da nova geração de treinadores promissores do país, Filipe Luís convive com um cenário bem diferente no Flamengo. A pressão sobre o ex-lateral cresceu nos bastidores e nas arquibancadas, apesar da conquista de três títulos de base e do desempenho considerado positivo à frente do sub-20 rubro-negro.
A menos de um ano, Filipe Luís se tornava uma unanimidade .." - disse Eric Faria
“A menos de um ano, Filipe Luís se tornava uma unanimidade para dirigir o time profissional do Flamengo, certo? Nesse período, conquistou três títulos, fez a equipe jogar um futebol vistoso e recebeu muitos elogios da opinião pública”, escreveu Eric. No Instagram, Eric Faria — que cobre o clube há mais de duas décadas — destacou o contraste.
Para o jornalista, o técnico não deixou de ser promissor, mas passou a ser tratado com desconfiança à medida que Jorge Jesus ficou novamente livre no mercado. O cenário começou a mudar nas últimas semanas, especialmente após oscilação nas atuações do time sub-20 e a eliminação precoce na Copa do Brasil da categoria.
As críticas nas redes sociais cresceram, e parte da torcida já se mostra contrária a uma futura promoção de Filipe ao elenco principal. Internamente, não há uma ruptura declarada entre diretoria e comissão técnica do sub-20. O clube evita expor qualquer plano sobre o futuro de Filipe, cujo contrato vai até dezembro de 2025. No entanto, também não há conversas em andamento para uma possível renovação.
A análise de Eric sugere que há um movimento de desgaste em curso, ainda que não necessariamente institucional. “De uma hora para outra, o promissor técnico, para alguns, regrediu algumas casas nesse tabuleiro cruel do futebol brasileiro (...) Esse processo de fritura silenciosa que se instalou sorrateiramente nas redes sociais pode até não alcançar o objetivo que é derrubar o treinador”, pontuou.
Ex-auxiliar técnico agradeceu ao clube nas redes sociais após a chegada de Rodrigo Caio como novo integrante da comissão
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A comissão técnica liderada por Filipe Luís no Flamengo teve sua primeira mudança desde que foi formada no fim de 2023. O auxiliar técnico Daniel Alegria não faz mais parte da equipe e se pronunciou de forma pública nesta segunda-feira (19), através das redes sociais. Em um post objetivo, Daniel adotou um tom positivo e de gratidão.
Sem apontar mágoas ou frustrações, ele afirmou que sua saída representa apenas o encerramento de mais um ciclo. Alegria estava no clube desde 2023, quando chegou para atuar no time sub-17. Em seguida, acompanhou Filipe Luís na transição para o elenco profissional. “Encerrar ciclos faz parte da jornada. Após um período marcante, me despeço do Flamengo, onde tive o privilégio de viver intensamente o dia a dia do clube”, escreveu o auxiliar.
Internamente, a decisão foi tomada por Filipe Luís e comunicada à diretoria. A avaliação do treinador foi de que a função exercida por Daniel, voltada principalmente para o setor de bolas paradas, poderia ser distribuída entre os outros membros da comissão técnica. A mudança também abriu espaço para o ingresso de alguém com vivência de campo recente — o que levou à escolha de Rodrigo Caio.
Rodrigo foi anunciado como novo membro da comissão no último final de semana. Ídolo recente do clube e multicampeão com a camisa rubro-negra, ele se junta ao grupo técnico com a missão de contribuir principalmente no aspecto tático e no relacionamento com o elenco. Mesmo fora do cargo, Alegria destacou que viveu momentos intensos e de evolução ao lado de profissionais que “acreditaram nas ideias e confiaram no processo”. Em seu texto, pontuou que entrega e dedicação foram marcas da sua atuação.
“Foram meses de entrega, dedicação e aprendizados valiosos. Trabalhar ao lado de grandes profissionais e atletas que acreditaram nas ideias e confiaram no processo foi, sem dúvida, o maior retorno”, completou. A saída de Daniel foi recebida de forma tranquila no departamento de futebol. Não houve ruptura ou atrito, mas sim um entendimento técnico sobre ajustes no perfil da comissão. A entrada de Rodrigo Caio, nesse cenário, é vista como natural e alinhada à filosofia que Filipe Luís quer implementar.
Lesão do meio-campista uruguaio não exige cirurgia, e departamento médico do Mais Querido mantém otimismo para o Mundial nos EUA
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De La Cruz sofreu uma entorse no joelho esquerdo durante a partida contra o Botafogo, disputada no último domingo (18), pelo Campeonato Brasileiro. A situação do atleta levantou dúvidas entre torcedores sobre a possibilidade de ausência no Mundial de Clubes. A lesão preocupa, mas, segundo informações apuradas pelo Gazeta do Urubu, a lesão deve demorar por volta de 3 semanas.
Apesar da gravidade da entorse, a previsão inicial mantém otimismo. O meio-campista ainda tem chances de atuar na competição internacional, marcada para o mês de junho, nos Estados Unidos. O clube rubro-negro seguirá trabalhando em tempo integral com o objetivo de garantir a presença do uruguaio no elenco que disputará o torneio.
Enquanto monitora a evolução clínica do jogador, o foco imediato está na Copa do Brasil. O Mais Querido enfrenta o Botafogo-PB nesta quarta-feira (21), às 21h30, no Maracanã, pela partida de volta da terceira fase do torneio nacional. No confronto de ida, a equipe venceu por 1 a 0 e precisa apenas de um empate para avançar.
A tendência é que o técnico mantenha a formação alternativa utilizada na primeira partida, poupando nomes importantes visando o duelo contra o Palmeiras, pelo Campeonato Brasileiro. Jogadores como Matheus Cunha, Evertton Araújo e Ayrton Lucas devem receber mais minutos em campo, seguindo a estratégia adotada anteriormente.
O Flamengo segue confiante no avanço à próxima fase da Copa do Brasil mesmo sem peças fundamentais no meio-campo. A ausência de De La Cruz é sentida, mas o elenco busca mostrar força coletiva. Paralelamente, a comissão técnica e o departamento médico intensificam os cuidados para recuperar o camisa 18 a tempo do Mundial de Clubes, considerado um dos principais objetivos do clube na temporada.