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O empate em 1 a 1 com o Central Córdoba, no Monumental de Santiago del Estero, ligou o sinal de alerta no Flamengo. Com cinco pontos em quatro jogos, o time ocupa a terceira colocação do Grupo C da Libertadores e vê a classificação para o mata-mata ameaçada. Apesar do cenário preocupante, não haverá mudança no comando técnico.
A pressão existe, especialmente diante da expectativa criada em torno da nova gestão esportiva e do estilo de jogo proposto por Filipe Luís. Internamente, porém, a avaliação é de que o desempenho irregular é reflexo de um processo ainda em construção. A palavra de ordem na Gávea, neste momento, é estabilidade.
Segundo apuração feita junto a fontes do clube, a diretoria entende que o trabalho precisa de mais tempo para maturar. José Boto, diretor-executivo de futebol, conversou com o treinador após o jogo e reforçou que há cobrança, mas também respaldo. A prioridade, agora, é blindar o elenco e a comissão técnica.
A leitura feita é que a equipe, mesmo com oscilações, tem demonstrado ideias claras em campo. O diagnóstico do próprio Filipe Luís após o jogo reforça isso. Na coletiva, o treinador admitiu falta de confiança e frustração com o resultado, mas destacou que o grupo criou chances e que há margem para evolução.
Nos bastidores, o que se viu após o apito final foi um ambiente tenso, mas sem clima de ruptura. A maior insatisfação ficou por conta da atuação no segundo tempo, quando o time recuou, perdeu intensidade e deixou o Central Córdoba crescer. A cobrança foi dura, mas cirúrgica — sem excessos. Além da comissão técnica, o elenco também será alvo de reuniões. José Boto pretende falar com os jogadores nos próximos dias para ajustar o foco e retomar a concentração nas partidas decisivas que virão. Com dois jogos no Maracanã pela frente, o Flamengo ainda depende só de si para avançar.
Jogador será adquirido por 15 milhões de euros mais bônus, apesar de não ter atingido metas contratuais, o meia se despediu do Rubro-Negro no inicio do ano
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O Everton comunicou oficialmente ao Rubro-Negro que irá exercer a cláusula de compra prevista no contrato de empréstimo e adquirirá o argentino em definitivo. O valor da negociação é de 15 milhões de euros (aproximadamente R$ 85 milhões), com possibilidade de acréscimo de até 3 milhões de euros em bônus por metas futuras.
Emprestado ao clube inglês desde janeiro, o meio-campista de 21 anos agradou a comissão técnica dos Toffees, mesmo sem ter cumprido as metas que obrigariam o Everton a comprá-lo. A decisão, portanto, foi estratégica e partiu da diretoria esportiva, que enxerga potencial de evolução no jogador.
De acordo com informações do jornalista Venê Casagrande, a papelada já está sendo finalizada para a assinatura do contrato em definitivo. Alcaraz permanecerá na Premier League, desejo antigo do atleta desde antes do acerto com o Flamengo. Mesmo com números discretos — dois gols e três assistências em 16 partidas na Inglaterra — o argentino conseguiu garantir espaço no elenco de Sean Dyche, que bancou sua continuidade para a temporada 2025/26.
A permanência também contou com o aval do próprio jogador, que em entrevista ao jornal The Guardian, ainda em fevereiro, já havia deixado claro que via com bons olhos uma volta ao futebol inglês. "Eu estava feliz no meu período no Brasil com o Flamengo, mas aconteceram coisas que envolveram outras pessoas, não comigo diretamente. Então, mesmo antes do Everton mostrar interesse, eu estava pensando que adoraria voltar para a Premier League, porque é a melhor liga do mundo", disse Alcaraz à época.
A fala do atleta gerou incômodo interno no Flamengo. O clube havia investido cerca de 20 milhões de dólares (mais de R$ 100 milhões, na cotação da época) junto ao Southampton pela aquisição, apostando alto na promessa argentina para renovar o meio-campo. Na prática, Alcaraz nunca se firmou com a camisa rubro-negra.
Volante retorna aos gramados como titular após lesão, reconhece que ainda busca forma ideal e valoriza classificação às oitavas da Libertadores
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Classificado, mas longe de convencer. A atuação do Flamengo diante dos venezuelanos não empolgou e o próprio grupo reconheceu a queda de rendimento. Um dos principais nomes da partida, justamente por ter voltado a campo após 18 dias de fora por lesão na coxa direita, Allan foi sincero ao falar de sua condição física e da performance do time.
“Claro que eu não estou 100% ainda”, admitiu o volante, que teve três sessões intensas de treino antes da reestreia. “Fiquei praticamente parado por 18 dias. Com o decorrer dos jogos e treinos, vou chegar na minha melhor performance.” Desde sua chegada em 2023, Allan ainda não conseguiu emplacar uma sequência sólida com a camisa do Flamengo. As lesões têm sido obstáculos recorrentes, mas o camisa 21 se mostrou determinado em cumprir o que prometeu no início da temporada.
“Como eu disse no começo do ano, reforço aqui que esse ano vou fazer de tudo para dar a volta por cima e retribuir toda a expectativa que depositaram em mim”, garantiu. Apesar de não ter encantado no aspecto técnico, o Flamengo controlou o jogo contra o Táchira e construiu a vitória com um gol solitário, suficiente para fechar a fase de grupos em segundo lugar no Grupo E.
Na zona mista, além de Allan, outro nome que conversou com a imprensa foi Evertton Araújo. O Garoto do Ninho vinha ganhando espaço com Filipe Luís, mas voltou ao banco com o retorno do titular. Sem drama, o jovem demonstrou maturidade ao comentar a decisão da comissão técnica. “Eu acho que ele escolhe de acordo com o jogo, com a característica de cada jogador. Dessa vez ele escolheu o Allan, problema nenhum”, avaliou. “Ele estava preparado. Na hora que o Felipe me colocar para jogar, vou dar o meu melhor, como sempre faço.”
A fala de Evertton vai ao encontro do que disse Filipe Luís na coletiva. O técnico interino ressaltou que o estilo do Deportivo Táchira — com uma linha de cinco defensores — dificultou a fluidez ofensiva do Flamengo, travando as principais ações pelo centro do campo. Foi justamente esse cenário que tornou a escolha por Allan, um jogador de mais ritmo e cadência, mais estratégica diante do bloqueio adversário. Ainda assim, o meio-campo apresentou oscilações, o que ligou o sinal de alerta para o que vem pela frente.
O analista falou da diferença entre semblante de jogadores, atitudes em campo e tudo mais sobre talvez a pior partida do clube no ano até agora
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Em live na UOL, o jornalista Juca Kfouri ficou assustado com a atuação do Flamengo na vitória sobre o Deportivo Táchira por 1 a 0, no Maracanã, pela última rodada da fase de grupos da Libertadores. O Mais Querido avançou em segundo, podendo enfrentar nas oitavas equipes como Palmeiras, São Paulo e Internacional, por exemplo.
PALAVRAS DO JORNALISTA
"Se palmeirenses, são-paulinos e colorados têm motivos para se preocupar e não querer pegar o 'malvadão' logo nas oitavas, mais motivos de preocupação tem a Nação Rubro-Negra com o que viu hoje. De novo, o Flamengo repete no Maracanã um jogo abaixo da crítica", disparou Juca.
O Flamengo fez 11 pontos, mesma pontuação da LDU, mas ficou atrás pelo saldo de gols, já que a equipe equatoriana venceu o Central Córdoba por 3 a 0, em Quito. O Deportivo Táchira não venceu nenhuma partida no grupo.
JUCA KFOURI DIZ QUE ANSIEDADE ATRAPALHOU O FLAMENGO NO MARACANÃ
"O semblante dos jogadores do Flamengo, o que passava era exasperação, ansiedade nervosismo, desespero"
"Você olhava o semblante dos jogadores do Táchira e os via se divertindo no Maracanã. E olhava o semblante dos jogadores do Flamengo, o que passava era exasperação, ansiedade nervosismo, desespero", finalizou o jornalista.