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Sem nunca ter vencido o Flamengo como treinador, Rogério Ceni projeta partida contra o rubro-negro
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Em junho deste ano acontecerá nos Estados Unidos a primeira edição do Super Mundial de Clubes, competição organizada pela Fifa, que reúne 32 dos melhores clubes do mundo, e Flamengo, Botafogo, Fluminense e Palmeiras representarão o Brasil. Assim, José Boto reconhece a força dos europeus e rebate fala de Marcos Braz, ex-dirigente do Mais Querido.
"Eu acho que posso fazer aqui uma chamada à realidade não só ao torcedor do Flamengo, mas torcedor brasileiro: o nível dessas grandes equipes, das cinco grandes ligas europeias, é uma realidade diferente. São elencos de altíssimo nível, são equipes habituadas a jogar também muito jogos em níveis de intensidade elevadíssimos. Acho que seria um pouco fanfarrão da minha parte dizer que vamos jogar com o Real Madrid e vamos ganhar, jogar com o Chelsea… Não. Essas equipes, temos que ser realistas, estão em um patamar diferente de competitividade", disse.
MARCOS BRAZ DESAFIOU REAL MADRID
Vale lembrar que após conquistar a Libertadores de 2022, ainda no vestiário durante a comemoração do título, Marcos Braz mandou um recado para o Real Madrid.
“Real Madrid, pode esperar a sua hora vai chegar”, cantou o dirigente durante live feita pelo zagueiro David Luiz, antes da disputa do Mundial de Clubes. No entanto, o Mais Querido foi eliminado no ano seguinte após perder para o Al-Hilal (SAU), por 3 a 2, na semifinal da competição, e viu o clube merengue levar o troféu para casa.
BOTO VÊ PODER DOS EUROPEUS, MAS 'ASCENSÃO' DOS BRASILEIROS
"A grande questão é que os times sul-americanos estarão em plena competição, no meio das nossas temporadas, e eles vão estar ou em fim de temporada ou em início. A grande questão que coloco para mim: se eu tivesse no lugar desses times europeus, eles têm uma decisão muito forte a fazer: ou não dão férias aos jogadores, com todos os riscos que isso pode acarretar para o futuro, ou dão férias e vão ao Mundial fazer pré-temporada”, pontuou, antes de continuar:
"Isso coloco para mim sem ter nenhuma informação interna de lá… Penso que vão usar o Mundial como parte da pré-temporada e isso vai dar uma equilibrada com os times da América do Sul”, finalizou José Boto, em entrevista à CNN.
GRUPO DO FLAMENGO NO MUNDIAL
O Flamengo é o cabeça de chave do grupo D no Super Mundial de Clubes, que também conta com Chelsea (ING), León (MEX) e Esperánce, da Tunísia. A estreia do Mais Querido será no dia 16 de junho, contra os tunisianos.
Negociação avança, e jogador demonstra vontade de voltar ao clube que o revelou, o mais querido quer contar com o meia no Mundial de Clubes
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As conversas entre Flamengo e West Ham ganharam corpo nos últimos dias, e o avanço na negociação tem como base três pilares: o desejo do jogador em retornar ao futebol brasileiro, o interesse do clube inglês em atletas da base rubro-negra e a janela de transferências que se aproxima, com o Mundial de Clubes no radar.
Internamente, o Flamengo vê a operação como viável e estratégica. Mesmo com o julgamento de Paquetá em andamento por suposto envolvimento em apostas esportivas, o clube trabalha com a expectativa de absolvição do atleta e mantém as tratativas em curso com respaldo jurídico. O West Ham, por sua vez, já não descarta liberar Paquetá.
A novidade é a disposição dos ingleses em aceitar uma troca envolvendo algum jogador do Flamengo, de preferência jovem e com mercado na Europa. Os nomes não foram revelados, mas o elenco rubro-negro conta com diversas promessas valorizadas. Entre os nomes observados pelo clube inglês, estão jogadores que despertaram interesse recente no mercado europeu, como Lorran, Victor Hugo, Matheus Gonçalves e Werton.
Paquetá tem contrato com o West Ham até junho de 2027, mas já sinalizou ao clube inglês seu desejo de retornar ao Brasil. Para isso, o meia topou reduzir seu salário dos atuais R$ 4,3 milhões mensais para cerca de R$ 2 milhões — um gesto que foi visto internamente como prova de comprometimento com o projeto rubro-negro.
O foco do Flamengo é reforçar o elenco para a disputa do Mundial de Clubes, previsto para acontecer no fim de 2025. O clube entende que a competição exige peças de alto nível e vê em Paquetá um nome capaz de elevar o patamar do time nas decisões. Além de Paquetá, outro nome que circula nos bastidores da Gávea é o de João Félix, atualmente emprestado pelo Atlético de Madrid ao Barcelona. O português também interessa para reforçar o setor ofensivo, mas o caso é mais complexo. A prioridade no momento é viabilizar a volta do camisa 11 revelado na base.
Sem oportunidades no time principal, estafe do meia-atacante parte em busca de alternativas para garantir desenvolvimento do jovem jogador
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Aos 18 anos, Matheus Gonçalves ainda não conseguiu firmar uma sequência na equipe profissional do Flamengo. Com a concorrência pesada no setor ofensivo e a prioridade a nomes mais experientes, o meia-atacante soma poucos minutos em campo em 2025. Internamente, a insatisfação do estafe do jogador é evidente. A leitura é clara: o atleta precisa jogar para evoluir, e o cenário atual não favorece essa progressão.
Diante disso, os agentes já iniciaram o mapeamento de clubes para possível negociação. A ideia inicial não é uma venda definitiva. O foco está em encontrar uma equipe onde Matheus possa atuar com regularidade, mesmo que por empréstimo. A prioridade, neste momento, é o desenvolvimento técnico do jogador.
A gestão esportiva do Flamengo, liderada por José Boto, tem adotado uma política mais rígida na liberação de jovens talentos. O português já afirmou em outras ocasiões que valoriza a formação e o cuidado na construção da carreira dos atletas da base. No entanto, o caso de Matheus Gonçalves foge um pouco dessa linha. O meia já demonstrou qualidade em oportunidades anteriores, tanto no time principal quanto nas categorias de base, e não vê evolução na atual condição de reserva distante.
Até o momento, não há proposta oficial sobre a mesa, mas os empresários do jogador trabalham para mudar isso. Clubes das Séries A e B do Campeonato Brasileiro estão sendo sondados, e o cenário deve avançar nas próximas semanas. A temporada do Flamengo é longa, e o elenco é numeroso. Isso, por si só, dificulta a ascensão de jogadores jovens que não conseguem ganhar ritmo. Com Filipe Luis priorizando atletas mais consolidados, a janela de oportunidades se fecha ainda mais para Matheus.
Em 2024, o jovem já havia sido emprestado ao Red Bull Bragantino, onde teve bons momentos. A volta ao Flamengo foi cercada de expectativa, mas o panorama atual repete o de antes: poucas chances e um futuro indefinido. Pessoas próximas ao jogador indicam que a situação vem sendo monitorada há semanas. O desejo do atleta é permanecer no clube, mas somente se houver espaço para atuar. Do contrário, o entendimento é que a melhor alternativa é buscar novos desafios.
Argentinos celebram resultado como feito histórico e seguem confiantes na briga pela classificação na Copa Santander Libertadores 2025
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O resultado entre Central Córdoba e Flamengo, pela fase de grupos da Sul-Americana, não apenas mexeu com a tabela, mas também com o emocional da torcida argentina. O empate em casa, somado à vitória no Maracanã, foi celebrado quase como um título na cidade de Santiago del Estero.
O placar de 1 a 1 teve gosto de conquista para o Central. Na visão local, enfrentar o Flamengo, mesmo com um time misto, ainda carrega peso. A ponto de o triunfo no Maracanã ter virado mural no CT argentino. O empate recente apenas reforça esse orgulho. Conversamos com o jornalista Gustavo Paz, do tradicional jornal El Liberal, que acompanhou de perto o clima na cidade. Segundo ele, o jogo foi tratado como evento raro, com arquibancadas praticamente lotadas uma hora antes da bola rolar.
“O estádio estava 90% cheio bem antes do apito inicial. A torcida cantou do início ao fim, apoiou o time em todos os momentos. Foi uma atmosfera de festa, de orgulho. Poucas vezes vi algo assim em Santiago del Estero”, contou Gustavo. Por questões de segurança, uma parte do estádio foi isolada para proteger a torcida do Flamengo, mas isso não impediu que os demais setores estivessem completamente ocupados. Para os locais, a presença do Rubro-Negro foi um espetáculo à parte.
“Mesmo com o setor reservado, os torcedores do Central Córdoba esgotaram todos os ingressos disponíveis. E não foi só presença, foi apoio, vibração, respeito ao time. Aplaudiram até nos momentos difíceis e reconheceram o esforço ao fim da partida”, completou o jornalista. O empate foi, de fato, construído com entrega. O time argentino, em diversos momentos do jogo, conseguiu controlar o ritmo e se impôs diante de um adversário mais qualificado tecnicamente. Essa leitura, inclusive, é feita com clareza pela imprensa local.
“A sensação geral é de que o Central Córdoba foi melhor em boa parte do jogo. O Flamengo, claro, teve suas chances e pressionou. Mas Córdoba conseguiu jogar mais do seu jeito, impôs seu ritmo e teve maturidade para buscar o empate no momento certo”, avaliou Gustavo. Com o resultado, o Central chegou a quatro pontos contra o Flamengo na fase de grupos — um desempenho que, mesmo sem garantir vaga antecipada, reforça a confiança da equipe para os jogos finais fora de casa, contra LDU e Palestino.