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Filipe Luís e a altitude: será que a experiência é suficiente para o Flamengo vencer a LDU?
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Fim de ano no Flamengo está extremamente movimentado. Entre lutar no Brasileirão, reerguer o time depois da derrota terrível na Copa do Brasil e contratar Tite, a diretoria rubro-negra ainda está ocupada com a questão dos contratos dos jogadores. Muitos atletas do elenco atual estão em meio a negociações com o clube, dentre eles estão Bruno Henrique e Gabigol.
Ambos os craques são queridinhos da torcida e estima-se que vão permanecer no Flamengo na próxima temporada. Contudo, o tratamento dos mandatários do Mengão sobre a renovação dos dois é diferente. Enquanto há antecipação para negociar com o camisa 10, Bruno Henrique fica na espera.
Gabigol começou a discutir sobre o seu contrato com o clube logo após a disputa do Mundial de Clubes, em fevereiro. Ele mesmo revelou esta informação ao público. O atacante tem vínculo com o Flamengo até o fim de 2024, mas as negociações pela extensão do vínculo se iniciaram quase dois anos antes do fim do contrato.
Entretanto, por uma parte considerável desse ano a diretoria travou as conversas com ele. Depois que Gabriel Barbosa brigou com o vice-presidente de futebol do clube, Marcos Braz, ele não conseguiu avançar na discussão sobre os detalhes de seu contrato, já que o dirigente queria usá-lo como exemplo. Desejava-se conter qualquer outro tipo de atitude rebelde.
Bruno Henrique, por outro lado, tem contrato com o Flamengo até o fim de 2023. Isso não fez os mandatários correrem, mas só começaram a organizar a sua renovação no mês passado (setembro). O camisa 27 voltou aos campos há pouco tempo depois de se recuperar de uma lesão e não decepcionou. Com pouco menos de três meses até o fim de seu contrato, BH é o grande nome na boca da torcida rubro-negra.
A questão financeira é um fator que pode vir a atrapalhar a negociação dos dois atletas. Ambos estão pedindo por um aumento salarial, que, na visão do Flamengo, é um pedido custoso. O camisa 10 negociou por mais cinco temporadas e acréscimo de 50% nos ganhos mensais. Já o ponta direita quer mais três anos de vínculo.
O atacante recebeu diversas críticas nas redes sociais após atuação apagada no clássico no maracanã; ele desperdiçou chances expressivas de gol
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O clássico entre Flamengo e Vasco, válido pela 5ª rodada do Campeonato Brasileiro de 2025, terminou com empate sem gols neste sábado (19), no Maracanã. Apesar do grande público e da expectativa de um jogo mais intenso, o duelo ficou marcado por poucas finalizações perigosas e atuações apagadas de peças-chave, como o atacante Michael, que foi titular pelo Mais Querido.
Durante os 60 minutos em que esteve em campo, o camisa 19 teve participação ativa no jogo, sendo bastante acionado. No entanto, a performance não agradou à torcida rubro-negra. A principal crítica foi pela falta de efetividade nas jogadas ofensivas e por desperdiçar uma chance clara de gol, ao ficar frente a frente com o goleiro Léo Jardim e finalizar mal.
Michael foi substituído por Everton Cebolinha na metade da segunda etapa, após sequência de jogadas sem conclusão e queda de rendimento. A troca feita pelo técnico Filipe Luís não passou despercebida e levantou debates nas redes sociais sobre o desempenho do jogador e sua titularidade na equipe. Nas redes, a insatisfação da torcida foi evidente.
Muitos torcedores pediram que o atacante não comece mais como titular, alegando que suas decisões em campo comprometem o andamento ofensivo do time. “Ele quebrou todas as jogadas de ataque enquanto esteve em campo hoje”, comentou um torcedor no X (antigo Twitter), refletindo a frustração de grande parte da massa rubro-negra.
Conhecido pelo apelido de “Robozinho” desde sua primeira passagem pelo clube, Michael retornou ao Mengão com expectativa alta, especialmente pela sua velocidade e capacidade de quebrar linhas. No entanto, diante do Vasco, ele teve dificuldades em manter constância e novamente deixou dúvidas sobre sua condição de ser um dos protagonistas no ataque rubro-negro.
Treinador do Mais Querido acredita que alternar formações táticas é fundamental para brigar por títulos em 2025, entenda o caso
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Após o empate sem gols diante do Vasco, pela 5ª rodada do Brasileirão, o técnico Filipe Luís voltou a ressaltar a importância de o Flamengo dominar mais de um esquema de jogo. Em coletiva no fim da partida, o treinador foi direto: um time que quer ser campeão precisa saber se adaptar às exigências táticas de cada confronto.
ADAPTAÇÃO AO ADVERSÁRIO DEFINE A ESCOLHA DO SISTEMA
Filipe deixou claro que o plano de jogo da equipe depende, em boa parte, do que o adversário apresenta. Segundo ele, a formação inicial pode até ser o tradicional 4-4-2, mas a equipe já se acostumou a transformar essa estrutura dentro de campo, com variações para o 3-4-3 e outras possibilidades conforme a necessidade.
ZAGUEIROS E LATERAIS TÊM PAPEL CHAVE NA MUDANÇA DE ESQUEMA
Questionado sobre a possibilidade de voltar a utilizar três zagueiros, o técnico foi objetivo. “É uma alternativa que a gente sempre considera. Léo Ortiz, Léo Pereira e Danilo podem formar esse trio, e os laterais também têm capacidade de se adaptar a essa função, quando preciso”, destacou. A capacidade do time de mudar a formação durante a própria partida sem comprometer o desempenho tem sido um dos pontos positivos na análise da comissão técnica. Para Filipe, esse tipo de flexibilidade é o que pode fazer a diferença em momentos decisivos da temporada.
O treinador ainda explicou que os atletas entendem bem os mecanismos de compensação envolvidos nas mudanças de formação. “A gente já consegue ver isso em campo. A transição entre esquemas está ficando natural para o grupo”, comentou Filipe, satisfeito com a evolução. Apesar da boa organização e da solidez defensiva no clássico, o Mengão teve dificuldades para transformar o domínio em gols. Filipe reconheceu que a precisão nas conclusões ainda precisa melhorar e que esse ajuste pode ser determinante nos próximos jogos.
Ao contrário do que muitos pensam, as variações não servem apenas para proteger a defesa. Filipe explicou que o uso de sistemas como o 3-4-3 também tem o objetivo de oferecer mais amplitude e controle no campo ofensivo, dependendo do contexto da partida. Com um elenco experiente e atletas multifuncionais, o Mais Querido tem conseguido incorporar essas ideias com naturalidade. Segundo o técnico, a tendência é que essa versatilidade ajude o time a lidar melhor com os desafios do calendário e a rotatividade dos jogadores.
Presidente do Vasco se irrita com vídeo gravado durante o jogo e teria ameaçado repórter do portal Coluna do Fla; caso será levado à polícia
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De acordo com Pablo, o CEO do Vasco, Marcelo Sant’Ana, foi o primeiro a cercá-lo e xingá-lo em uma área restrita do estádio. Logo depois, o próprio presidente teria se aproximado com o dedo apontado para o rosto do jornalista, afirmando que “meteria a porrada”. A confusão teria começado por causa de um vídeo gravado por Pablo durante o confronto, algo comum no exercício da função jornalística.
Na publicação, o repórter afirmou que registrará um boletim de ocorrência contra Pedrinho e Marcelo Sant’Ana. “Estou indo agora abrir um boletim de ocorrência para processar esses dois desequilibrados”, escreveu o jornalista. Ele também destacou que não reagiu às ameaças e que há câmeras no Maracanã que podem comprovar o ocorrido.
Pablo fez questão de esclarecer que possui direito, como jornalista credenciado, de filmar no estádio, inclusive em direção às tribunas e camarotes. Segundo ele, não há proibição para esse tipo de conteúdo, uma vez que essas áreas são públicas durante os eventos e abrigam constantemente dirigentes dos clubes. A gravação que teria causado a reação do presidente do Vasco ainda não foi divulgada, mas o jornalista explicou que se tratava de uma filmagem comum, como tantas outras feitas em jogos anteriores. Ele mencionou já ter registrado reações de outros dirigentes, como Marcos Braz e Rodolfo Landim, sem qualquer tipo de problema semelhante.
A partida entre Flamengo e Vasco terminou empatada, mas o clima nos bastidores parece ter ficado mais quente que dentro de campo. Dirigentes do clube cruzmaltino demonstraram forte irritação com a cobertura da imprensa, o que acabou em confronto direto com o setorista do portal. O episódio gerou debate nas redes sociais sobre liberdade de imprensa e limites da atuação de cartolas.