"Camisa 9" é a prioridade máxima para a nova diretoria do Flamengo

A contagem regressiva para a grande decisão da Copa Intercontinental começou. Após um dia de descanso no domingo (14), aproveitando a vitória na semifinal, o plantel do Flamengo retomou os trabalhos nesta segunda-feira (15). O foco agora é total no confronto contra o Paris Saint-Germain (PSG), agendado para a próxima quarta-feira (17).

Sob o comando do técnico Filipe Luís, o grupo realizou a primeira atividade tática visando o título mundial, marcada por um ambiente leve e com o elenco praticamente todo à disposição. O comandante rubro-negro destacou que o time atinge seu melhor nível físico justamente nesta reta final de temporada, fator crucial para enfrentar a intensidade dos europeus.

A principal novidade segue sendo o centroavante Pedro. Único atleta que estava entregue ao departamento médico até recentemente, ele retornou aos gramados na semifinal contra o Pyramids, do Egito, atuando por poucos minutos após um hiato de 52 dias. Para a finalíssima, a expectativa da comissão técnica é que o camisa 9 ganhe mais tempo de jogo, embora sua presença entre os titulares seja improvável.

MISTÉRIO NA ESCALAÇÃO

A definição dos onze iniciais acontecerá no treino desta terça-feira (16), a última atividade antes da partida. Fiel ao seu estilo, Filipe Luís costuma realizar ajustes pontuais dependendo das características do adversário e mantém o mistério até momentos antes da bola rolar.

A tendência é o retorno de Bruno Henrique à equipe titular, ocupando a vaga de Gonzalo Plata, que iniciou o último jogo. Outras disputas acirradas ocorrem no setor ofensivo, onde Samuel Lino e Everton Cebolinha brigam por uma posição, e na zaga, com Danilo e Léo Ortiz disputando a vaga para formar dupla com Léo Pereira na zaga do Flamengo.

O mercado de transferências voltou a aquecer os bastidores da Gávea. O atacante Gonzalo Plata, de 24 anos, tornou-se alvo de sondagens do futebol europeu. De acordo com informações veiculadas pela imprensa do Equador, duas equipes do Velho Continente, o Fenerbahçe, da Turquia, e o Hoffenheim, da Alemanha, iniciaram o monitoramento da situação do jogador.

Atualmente, Plata possui vínculo com o Flamengo até meados de 2029, o que confere ao clube brasileiro tranquilidade e controle absoluto sobre qualquer possível negociação. Até o momento, os contatos são tratados apenas como consultas iniciais, sem a formalização de ofertas oficiais.

DESEMPENHO NA TEMPORADA

A temporada de 2025 foi determinante para recolocar Gonzalo Plata no radar internacional. O jogador consolidou-se como uma peça frequente e regular no sistema ofensivo do Rubro-Negro, acumulando boas atuações tanto em competições nacionais quanto internacionais.

Esse desempenho atraiu a atenção de observadores europeus, que buscam atletas com as características físicas e técnicas do equatoriano: velocidade, drible e potencial de revenda futura, perfil muito valorizado por clubes que atuam como trampolim nas grandes ligas.

ESTRATÉGIA AO 'ASSÉDIO'

Apesar do assédio externo, a postura do Flamengo é de serenidade. A diretoria encara Plata como um ativo estratégico para o planejamento esportivo, visando a montagem do elenco para 2026. Graças à extensão do contrato, o clube carioca não possui urgência financeira ou esportiva para negociá-lo. 

Por outro lado, o staff do jogador mantém-se atento às movimentações. Embora não forcem uma saída, os representantes de Plata não descartam uma mudança de continente, desde que o projeto apresentado alinhe crescimento esportivo e valorização financeira. Para o mercado europeu, o atacante é visto como um atleta em fase de amadurecimento e com margem para evolução.

O Cruzeiro despediu-se da Copa do Brasil na fase semifinal. Em confronto realizado no último domingo (14), na Neo Química Arena, a equipe celeste foi superada pelo Corinthians na disputa de pênaltis. O resultado negativo encerra a temporada da Raposa sem a conquista de títulos, frustrando as expectativas geradas pelo alto investimento realizado no elenco.

O protagonismo negativo da partida recaiu sobre Gabigol. O camisa 9 desperdiçou sua cobrança, defendida pelo goleiro Hugo Souza, tornando-se o pivô da eliminação. Além do atacante, o volante Walace também falhou em sua batida, selando o destino do clube mineiro na competição nacional.

POLÊMICA APÓS A ELIMINAÇÃO

O clima, que já era tenso devido ao resultado em campo, agravou-se com atitudes extracampo. Gabigol não retornou a Belo Horizonte com o restante do elenco, optando por permanecer em São Paulo. A decisão do atleta causou surpresa nos bastidores e foi mal recebida internamente pela diretoria celeste.

A falha na penalidade máxima já havia desencadeado uma onda de protestos por parte da torcida cruzeirense. O distanciamento do jogador logo após a desclassificação tende a intensificar a pressão sobre o atleta, que vive um momento conturbado vestindo a camisa do clube.

REFLEXOS DA DERROTA 

A queda na Copa do Brasil trouxe consequências imediatas para o comando do time. A eliminação resultou na demissão do técnico Leonardo Jardim. Com o cargo vago, as especulações de mercado apontam Tite como o principal candidato para assumir a equipe. Além disso, a imagem de Gabigol no muro do CT do Cruzeiro, foi alvo de tinta em forma de protesto.

A possível chegada do ex-treinador da Seleção Brasileira adiciona uma camada de complexidade ao cenário de Gabigol. Ambos trabalharam juntos no Flamengo, período marcado por desavenças e poucos momentos de brilho do atacante sob o comando do técnico, o que poderia dificultar a permanência do jogador em caso de confirmação da contratação. O Santos intensifica as conversas para o retorno do camisa 9.