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A CBF tomou uma decisão importante e vai discutir, pela primeira vez de forma oficial, a implementação do fair play financeiro no futebol brasileiro. O tema vem ganhando destaque nos últimos anos, e o Flamengo é um dos principais defensores da ideia.
Ao contrário do que alguns imaginam, o fair play financeiro não representaria um problema para o Rubro-Negro, mas sim para clubes que operam com gastos superiores às suas receitas. Um exemplo é o Botafogo, que poderia enfrentar dificuldades caso a regra fosse aplicada no Brasil.
CBF convoca reunião com clubes da Série A
Segundo o jornal O Globo, a CBF convocou os 20 clubes da Série A para uma reunião na quarta-feira (12), às 11h (de Brasília), na sede da entidade, no Rio de Janeiro.
O encontro visa discutir pontos importantes do regulamento do Campeonato Brasileiro e deve abordar temas polêmicos que preocupam os dirigentes. Entre os tópicos em pauta, além do fair play financeiro, está a utilização de gramados sintéticos nos estádios.
No entanto, a CBF tem adotado a postura de submeter grandes mudanças a votação entre os clubes. Como dificilmente haverá unanimidade sobre o tema, a aprovação do fair play financeiro no curto prazo ainda é incerta.
Flamengo defende regulamentação financeira no futebol brasileiro
Em levantamento realizado pelo jornal Estadão, 15 dos 20 clubes da Série A declararam apoio ao fair play financeiro. O Flamengo, que faz parte desse grupo, justificou sua posição:
“O Flamengo é a favor de um sistema de Fair Play Financeiro. É importante premiar aqueles que pagam seus impostos e obrigações em dia. O clube entende que os times devem se reunir para estabelecer os critérios desse sistema, que precisa passar por um período de transição de cinco anos, permitindo a adaptação ao novo cenário do futebol brasileiro.”
Além de apoiar a iniciativa no âmbito nacional, o Flamengo já adota regras internas de controle financeiro. Um exemplo recente foi a exigência de garantias bancárias em negociações de venda de jogadores, evitando problemas como o atraso do Internacional no pagamento pela compra de Thiago Maia.
Sem uma regulamentação oficial por parte das autoridades esportivas, o clube segue implementando suas próprias medidas para proteger suas finanças e manter a solidez econômica.
Atacante do Botafogo-PB faz gol no Rubro-Negro na Copa do Brasil, evita comemoração tradicional e fala sobre gratidão ao ex-clube
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O Flamengo confirmou presença nas oitavas de final da Copa do Brasil ao vencer o Botafogo-PB por 4 a 2, na noite de quarta-feira (21), no Maracanã. A vaga ficou com o Rubro-Negro, mas um dos principais pontos da noite foi o reencontro de Henrique Dourado com a torcida rubro-negra — desta vez como adversário.
Aos 34 anos, o atacante foi às redes diante do clube que defendeu entre 2018 e 2019. Após aproveitar rebote na área, Dourado descontou para o time paraibano. Na hora do gol, porém, nada de tradicional “ceifada”. O gesto que virou marca registrada foi substituído por uma comemoração contida.
— Foi uma ‘meia-ceifada’. Fiz isso contra o Palmeiras também, em 2017. E aqui, consegui fazer o gol e, por respeito, fiz a ‘meia-ceifada’. O Flamengo mudou a minha vida e da minha família. Tenho um respeito enorme por tudo que vivi aqui — declarou o jogador na saída de campo.
Henrique Dourado chegou ao Flamengo em janeiro de 2018, contratado junto ao Fluminense. Teve bom início e assumiu a titularidade ao longo da temporada. Em 2019, com a chegada de Gabigol, chegou a dividir espaço com o camisa 10, mas acabou perdendo espaço com a mudança de estilo no ataque.
No total, Dourado fez 46 jogos com a camisa rubro-negra e marcou 15 gols. Um número que, apesar de não ter deixado marca histórica, ainda é lembrado pelo próprio atleta como um dos ciclos mais significativos da carreira. Em julho de 2019, o atacante se transferiu para o Henan Jianye, da China, onde ficou até o início de 2022. Após passagens por Santos, Cruzeiro e Portuguesa, chegou ao Botafogo-PB para a disputa da Série C e da Copa do Brasil.
A partida contra o Flamengo marcou o fim do ciclo do clube paraibano na competição. Mesmo com o revés por 4 a 2, o técnico Evaristo Piza elogiou o desempenho do elenco e destacou a postura de Dourado. No campo, o Flamengo teve atuação segura, mesmo com desfalques. O time abriu vantagem ainda no primeiro tempo com gols de Pedro e Luiz Araújo. No segundo tempo, Lorran e David Luiz ampliaram, enquanto Dourado e Pipico descontaram para o Botafogo-PB.
Duelo direto na tabela terá árbitro FIFA em campo; Abatti já protagonizou decisão polêmica em jogo entre os dois clubes no ano retrasado
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A CBF confirmou nesta quinta-feira (22) que Ramon Abatti Abel será o árbitro responsável pelo clássico entre Flamengo e Palmeiras, marcado para domingo (22), às 16h, no Allianz Parque, pela 11ª rodada do Campeonato Brasileiro. O catarinense faz parte do quadro da FIFA e, nos últimos anos, tem sido presença constante em jogos de grande repercussão nacional.
O duelo entre Flamengo e Palmeiras é direto na parte de cima da tabela. Com 18 pontos conquistados, o Rubro-Negro ocupa atualmente a segunda colocação e busca manter o ritmo para alcançar o líder. A conquista do Brasileirão é tratada internamente como prioridade, e cada ponto fora de casa ganha peso adicional na estratégia traçada por Filipe e comissão.
A escolha de Ramon Abatti, no entanto, não passa despercebida pela torcida do Flamengo. Isso porque o árbitro esteve no centro de uma polêmica justamente em um confronto entre os dois clubes na edição de 2023 do campeonato. Na ocasião, ele optou por não marcar pênalti em Everton Ribeiro, derrubado por Richard Ríos dentro da área. A decisão gerou protestos e críticas públicas, mesmo com a revisão silenciosa do VAR.
Apesar da confirmação do árbitro principal, a CBF ainda não divulgou a escala completa da arbitragem para o jogo. Ou seja, nomes como o quarto árbitro, os assistentes e os responsáveis pelo VAR e AVAR seguem indefinidos até o momento. A expectativa é de que a entidade publique a lista completa até a manhã de sexta-feira (23), como vem ocorrendo nas rodadas anteriores.
Ramon Abatti Abel, de 34 anos, tem construído carreira sólida e é um dos nomes mais utilizados pela CBF em jogos de peso. Em 2024, ele apitou jogos das Séries A e B e também foi escalado para partidas decisivas nos campeonatos estaduais. O histórico do árbitro mostra perfil disciplinador, com média alta de cartões amarelos, mas sem excessos nas expulsões.
O clube pode contar em breve com dois reforços caseiros para a sequência da temporada, os jogadores estavam emprestados e podem voltar ao Mais Querido
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De olho no mercado e na montagem do elenco para o segundo semestre, o Flamengo pode acabar optando por utilizar dois nomes que já têm contrato com o clube e estavam fora por empréstimo. O argentino Carlos Alcaraz e o jovem da base Victor Hugo não terão suas cláusulas de compra ativadas e devem retornar ao clube.
Alcaraz foi emprestado ao Everton-ING até o fim de junho. O acordo previa uma cláusula de compra obrigatória por 15 milhões de euros (R$ 96 milhões na cotação atual) caso o jogador atuasse como titular em nove partidas. No entanto, o meia de 22 anos foi titular em apenas seis compromissos com os ingleses, o que inviabilizou a ativação da cláusula.
Contratado por US$ 20 milhões (R$ 110 milhões à época), Alcaraz é a aquisição mais cara da história do clube carioca. O valor investido, o baixo aproveitamento na Premier League e a ausência de interessados no momento fazem o Flamengo avaliar qual será o próximo passo com o jogador. Internamente, há avaliação sobre um possível novo empréstimo, negociação definitiva com outro clube ou, até mesmo, o aproveitamento de Alcaraz no elenco de Filipe.
Já Victor Hugo, que também está emprestado até o fim de junho, vive situação parecida. O meia de 21 anos foi cedido ao Göztepe-TUR com cláusula de compra de 80% dos direitos por 8 milhões de euros, ou opção por 60% a 5 milhões de euros. Mesmo com frequência em campo, ainda que sem protagonismo, o clube turco não sinalizou intenção de compra.
A diretoria rubro-negra, que monitora a situação desde março, já trabalha com a possibilidade do retorno do meia formado na base. A ideia inicial do Flamengo ao emprestar Victor Hugo era justamente dar minutos ao jogador em um cenário menos competitivo e retomar com mais bagagem. Nos bastidores, rumores indicavam que Victor Hugo não estaria nos planos do técnico Filipe Luís para o segundo semestre. A informação, no entanto, foi negada pelo próprio treinador, que foi direto ao ser questionado sobre o tema.