COMO ESTÁ ELE? ÍDOLO DO FLAMENGO VIVE MOMENTO DE INSTABILIDADE NO CLUBE ATUAL

O Flamengo e o Corinthians têm discutido a transferência do goleiro Hugo Souza, mas a negociação enfrentou obstáculos devido à falta de consenso sobre as garantias financeiras. O clube carioca, cauteloso após um problema anterior com pagamentos envolvendo outro jogador, fez uma exigência clara para seguir com o acordo.

O Corinthians, buscando uma solução para adquirir o jogador, sugeriu usar seu acordo de publicidade com a Brax como garantia financeira. Essa proposta significava que, caso o clube paulista não honrasse o compromisso de pagamento, o valor devido seria coberto por essa parceria. No entanto, o Flamengo não aceitou essa proposta, apontando para um episódio recente que envolveu a venda de Matheuzinho, onde houve um atraso de pagamento que gerou desconfiança.

 UMA PROPOSTA BOA PARA AMBOS 

Conforme apurado pela jornalista Raisa Simplicio, o Flamengo estipulou que apenas garantias bancárias diretas seriam aceitas para que o acordo fosse finalizado. Esse tipo de garantia é visto como uma forma mais segura de assegurar que o pagamento será feito conforme o combinado, sem depender de terceiros ou acordos comerciais que possam falhar.

O FLAMENGO NÃO FAZ ESFORÇO 

A cautela do Flamengo em relação à Brax é compreensível. Embora o contrato com a empresa de publicidade possa parecer uma solução viável para o Corinthians, o Rubro-Negro mantém uma postura firme para evitar problemas semelhantes aos que já enfrentou. A desconfiança em relação ao repasse dos valores diretamente ao Flamengo afastou o clube dessa opção, mostrando que a prioridade é proteger seus interesses financeiros de forma sólida.

Dessa maneira, o futuro da transferência de Hugo Souza depende agora do Corinthians atender à demanda por garantias bancárias. Caso essa condição seja atendida, o Flamengo estaria disposto a concluir a negociação, permitindo que o goleiro se junte ao elenco do clube paulista. Até lá, o impasse continua, com ambos os clubes buscando uma solução que atenda suas necessidades.

O clássico entre Flamengo e Fluminense acontece nesta quinta-feira (17), às 20h (horário de Brasília), no Maracanã. Um dos destaques da partida é o zagueiro Léo Ortiz, que, após a chegada de Filipe Luís, retornou à sua posição original e elevou o nível da defesa.

Léo recorda que seus primeiros jogos no banco de reservas do Flamengo foram contra o Fluminense, embora não tenha entrado em campo naquela ocasião. O jogador comenta sobre a atmosfera do clássico e a importância deste confronto.

“Meus dois primeiros jogos aqui, mesmo não jogando porque eu fiquei no banco, foram as semifinais do Carioca, com os Fla-Flus. Já deu para sentir um pouco o tamanho do clássico e da atmosfera. Até por ser uma semifinal, teve um clima diferente. Depois teve esse Fla-Flu do Brasileiro, que a gente conseguiu vencer com um gol de pênalti”, diz Léo Ortiz em entrevista ao ‘GE’.

Para o zagueiro, o Flamengo ainda tem chances de brigar pelo título, o que torna o jogo ainda mais significativo. Ele acredita que a equipe deve entrar em campo demonstrando toda a sua qualidade para aumentar as chances de vitória sobre o rival.

“É um Fla-Flu de muita importância para os dois lados, em que os dois times estão brigando por seus objetivos no campeonato. Temos que focar no Fla-Flu, e o Brasileiro é um campeonato em que a gente ainda pode brigar lá em cima”, comenta.

“A gente tem que colocar nossa qualidade acima disso, equilibrar na pegada também, porque clássico se joga dessa forma. E tenho certeza que temos boas condições para dar sequência a essas vitórias e chegar bem para a Copa do Brasil no fim de semana”, opina.

Entretanto, Léo Ortiz também reconhece que “clássico é clássico”, o que implica em perigos, equilíbrio e desafios à frente.

“Tenho certeza que será muito equilibrado. Quando é clássico as coisas se equivalem, a gente tem que estar preparado porque vai ser um jogo muito difícil, e eles têm muita qualidade apesar da fase que vivem”, avisa, lembrando a má fase de cinco derrotas em seis jogos dos tricolores.

A PAUSA PARA A DATA FIFA

A pausa para a Data FIFA levou sete jogadores do Flamengo a se afastarem, mas também proporcionou a Filipe Luís a oportunidade de implementar suas ideias de jogo. Com dez dias de treinos, o novo treinador teve tempo para estudar e apresentar suas propostas ao elenco que permaneceu no Ninho do Urubu, algo que Léo Ortiz destaca em suas declarações.

“Acho que foi a primeira sequência de treinos que a gente teve com o Filipe. Ele teve pouco tempo para trabalhar, foi muito vídeo. Nesse tempo de Data Fifa, deu mais margem para que ele pudesse implementar coisas do trabalho dele, na prática, lógico que sem alguns jogadores que estão nas suas seleções”, finaliza.

O Brasil inteiro reconhece o Flamengo como o campeão brasileiro de 1987, mas o Sport insiste em se autodenominar o vencedor nacional daquele ano. Quando questionado sobre quem realmente merece o troféu, o jornalista Tino Marcos, que trabalhou na Globo por 35 anos, não hesitou em sua resposta.

“(O campeão é o) Flamengo. Flamengo total. Era a primeira divisão, as grandes marcas, os grandes times estavam ali. Teve uma ou outra injustiça na formação do negócio. O América-RJ (nota: foi quarto colocado do Brasileiro de 86, mas não disputou no mesmo módulo do Fla) foi colocado ali. Tudo muito truncado, haveria um cruzamento entre os dois primeiros de um módulo contra os dois primeiros do outro. E aí não aconteceu e tal”, disse Tino Marcos, em uma entrevista ao ‘Lance!’.

“O equívoco foi esse, esse desenho que culminava isso. O Flamengo, tardiamente, viu que não fazia sentido. Hoje, estamos falando tantos anos depois, mas eu tenho certeza que até o torcedor mais jovem deve lembrar desses caras. Olha o time do Flamengo: Zé Carlos, Jorginho, Aldair, Edinho e Leonardo; Andrade, Ailton e Zico; Renato Gaúcho, Zinho e Bebeto. (Por que não jogou contra o Sport?) pois é, ia ganhar”, concluiu o jornalista.

CBF RECONHECE TÍTULO DO FLAMENGO, MAS SPORT RECORRE À JUSTIÇA COMUM

Em 2011, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), a entidade máxima do futebol no país, reconheceu tanto o Flamengo quanto o Sport como campeões brasileiros de 1987. No entanto, insatisfeito com essa decisão, o time pernambucano recorreu à Justiça Comum para se declarar o único vencedor daquele ano, alegando que a esfera judicial não possui a mesma compreensão sobre a modalidade.

A CONFUSÃO DE 87

Diante da falta de recursos para organizar o Campeonato Brasileiro, a CBF anunciou que não promoveria a competição em 1987. Como resposta, o Clube dos 13, que reunia os treze times com as maiores torcidas do país, convocou mais três clubes e organizou a Copa União, que contou com 16 equipes. Isso permitiu à entidade garantir grandes patrocinadores, resultando em sucesso de público e audiência nas transmissões.

Preocupada com o crescimento do Clube dos 13, a CBF mudou sua postura e decidiu realizar um campeonato sem os 16 principais times, denominado Módulo Amarelo. A própria CBF chamou a Copa União de Módulo Verde. Entretanto, os principais clubes do país se opuseram à determinação de cruzar os dois campeões em um quadrangular.

Dessa forma, Flamengo e Internacional se negaram a se enfrentar contra Sport e Guarani. Assim, os pernambucanos e os paulistas venceram os cariocas e gaúchos por WO e realizaram a final entre si, com o time de Recife sendo o campeão. O Mengão, por sua vez, saiu vitorioso no confronto de 'primeira divisão', vencendo por 1 a 0, com gol de Bebeto.