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Nesta quarta-feira (26), o Flamengo vai a campo contra o Juventude às 20h, no Alfredo Jaconi, pela 12ª rodada do Campeonato Brasileiro. O confronto promete ser desafiador não só pelo adversário, mas também pelas condições climáticas adversas previstas para o dia do jogo. De acordo com o site "Clima Tempo", a previsão do tempo para quarta-feira indica chuva forte durante todo o dia em Caxias do Sul. A probabilidade de precipitação é alta, com 86% de chance, e um acumulado de 30mm. As temperaturas estarão entre 10°C e 13°C, adicionando um desafio extra para as equipes em campo.

O Flamengo já enfrentou situações semelhantes em Caxias do Sul. O clima da região pode ser um fator decisivo, influenciando não apenas o estado do gramado, mas também a dinâmica do jogo. Nas últimas partidas realizadas no Alfredo Jaconi, as condições climáticas não foram favoráveis ao time carioca, que precisa se preparar para um cenário de jogo pesado e possivelmente escorregadio.

FLAMENGO VAI ATRÁS DA VITÓRIA 

A preparação para este jogo também deve considerar os eventos climáticos recentes na região. Na última segunda-feira (24), choveu granizo em Bento Gonçalves, cidade próxima a Caxias do Sul, na Serra Gaúcha. Esse fenômeno evidencia a instabilidade climática que pode afetar diretamente o desempenho das equipes e a segurança dos jogadores.

Para o Flamengo, jogar em condições adversas pode ser um teste significativo para a equipe. A chuva forte pode dificultar a movimentação da bola e a execução das estratégias planejadas pelo técnico. Além disso, a baixa temperatura pode influenciar a resistência física dos jogadores, especialmente aqueles menos acostumados com o clima mais frio do sul do país.

David Luiz tem sido uma peça importante para o Flamengo, destacando-se tanto pelo desempenho técnico quanto pela resistência física. O zagueiro de 37 anos foi titular nos últimos seis jogos do Rubro-Negro, demonstrando uma consistência invejável. Em cinco dessas partidas, ele permaneceu em campo do início ao fim, sendo substituído apenas no último duelo contra o Fluminense devido a dores no joelho.

O veterano zagueiro vem mostrando que ainda tem muito a oferecer ao Flamengo. Sua presença em campo vai além da simples atuação defensiva; David Luiz contribui significativamente para a construção de jogadas e tem até mesmo balançado as redes adversárias. A experiência adquirida ao longo de sua carreira internacional tem se refletido na segurança que ele transmite à defesa rubro-negra.

UMA ASCENSÃO FORTE NA ÚLTIMA TEMPORADA 

Nos jogos recentes, David Luiz não só cumpriu bem seu papel na zaga como também assumiu a responsabilidade de liderar a equipe. A sua visão de jogo e capacidade de organizar a linha defensiva têm sido fundamentais para o Flamengo manter a consistência defensiva. Além disso, seu espírito competitivo e determinação são exemplos claros de profissionalismo para os jogadores mais jovens.

Apesar da idade, David Luiz tem demonstrado uma impressionante forma física. Participar de cinco jogos completos em um curto período exige uma preparação física exemplar. Mesmo no duelo contra o Fluminense, onde precisou ser substituído, o zagueiro mostrou disposição e entrega até o momento em que as dores no joelho se tornaram insuportáveis.

Para entrar nos holofotes no último domingo (16), Evertton Araújo precisou ser forte para não desistir depois de ser dispensado de dois clubes grandes e também para resistir às dificuldades da falta de dinheiro. Ou driblá-las, como por exemplo fazendo bico de barbeiro. A sua história de vida, ainda com 21 anos de idade, é muito poderosa.  A história do volante começou no bairro de Santa Cruz. Só que não o famoso da Zona Oeste do Rio de Janeiro. Digamos que o "primo pobre" do interior, na cidade de Volta Redonda. Filho caçula do Seu Paulo e da Dona Danielle, o garoto de família humilde cresceu como a maioria dos jovens que compartilham a mesma realidade: com a bola como o principal brinquedo.

Ele começou a jogar com 4 anos nas quadras da vizinhança e aos 6, quando já tinha idade, foi matriculado pelos pais em um núcleo da escolinha do Roberto Dinamite, que também ficava no bairro. E Evertton era centroavante nessa época. Agora está explicado o movimento perfeito da cabeçada de domingo. É como andar de bicicleta, não se esquece. Por falar em bicicleta, o veículo teve papel importante no início da sua carreira. Ele estava no sub-13 quando fez um teste para o Volta Redonda, time da cidade, e passou. Muitas vezes seus pais não tinham condições financeiras para pagar as passagens de ônibus e, quando não conseguiam emprestado, o garoto pedalava mais ou menos 25 minutos para ir treinar. Certamente já chegava com as pernas pesadas.

Além disso, a realidade no clube também não era farta como nos grandes times. Se por um lado ele tinha boa estrutura de campo e vestiário, por outro precisava bancar o próprio material, como chuteira e caneleira. Mas seus pais faziam de tudo para apoiar esse sonho. A mãe de Evertton já chegou a deixar de fazer refeições para ter alimento para ele e sua irmã mais velha, Evillyn. Sonho esse que por duas vezes pareceu palpável. Quando estava no sub-15, e já tinha deixado de ser centroavante para virar meia, um olheiro do Cruzeiro o levou para Belo Horizonte. Só que depois de quase um ano na Toca da Raposa, acabou dispensado. A desilusão lhe sorriu para então o iludir novamente. Ao voltar ao Rio de Janeiro, conseguiu um teste no Botafogo e ficou no sub-17. Mas não por muito tempo: novamente quase um ano depois, outra vez foi mandado embora.

Ele voltou para o Volta Redonda, mas o desânimo bateu. E nesse período vaidoso da adolescência, querendo ter dinheiro para ajudar em casa e também poder comprar roupas e tênis, cogitou um plano B para sua vida: fez um curso de barbeiro e passou a cortar cabelo, mesmo sem ter uma barbearia para trabalhar. Os atendimentos eram a domicílio ou no próprio CT do Voltaço. Cobrava de R$ 10 a R$ 15 o corte. Mas uma ponta de esperança não o deixou abandonar o futebol de vez. No sub-17 do Volta Redonda ele mudou de posição de novo, passou a ser segundo volante, e subiu para o sub-20 como primeiro homem do meio de campo. Foi essa função que afastou os pesadelos anteriores e o permitiu voltou a sonhar. Em 2022, Evertton se destacou pelo Voltaço na Copinha e chamou a atenção do Flamengo.

O Rubro-Negro o ofereceu um contrato de empréstimo de apenas quatro meses, mas foi o suficiente para mostrar o seu cartão de visitas. Após boas atuações, virou titular no sub-20 e teve 30% de seus direitos econômicos comprados por R$ 300 mil. No ano passado, o Flamengo foi campeão brasileiro na categoria e em dezembro exerceu a opção de compra de mais 40% do jogador por R$ 800 mil, renovando o vínculo até o fim de 2026. Os outros 30% pertencem ao jogador e seu staff.