Futebol
23 Set 2023 | 09:14 |
Para muitos, Giorgian De Arrascaeta é um dos maiores estrangeiros que já vestiram a camisa do Flamengo. Os números vão além e colocam o uruguaio em uma prateleira dos maiores gringos que já aturam no futebol brasileiro. O meia tem a Copa do Brasil como uma das principais competições da carreira e, não à toa, pode se tornar um dos maiores campeões.
Desfalque na primeira partida, Arrascaeta é a esperança do Flamengo para desconstruir a vantagem de 1 a 0 do São Paulo. Caso isso aconteça, o uruguaio conquistará o quarto título da Copa do Brasil e se juntará a Zinho e Roger Machado como os maiores vencedores da competição.
"É uma coisa que sempre falo, é muito gratificante para nós jogadores alcançar esses patamares, mas isso fica mais para imprensa. As estatísticas ficam para vocês. A gente tem que tentar dar o melhor. Quando se está numa equipe como o Flamengo, temos que tentar vencer as finais", disse o camisa 14 ao portal "GE".
Zinho, inclusive, participou do primeiro título do Flamengo na competição, em 1990. Depois, venceu com o Palmeiras em 1998, Grêmio em 2001, e Cruzeiro em 2003. Roger Machado foi tricampeão com o Grêmio (1994, 1997 e 2001) e conquistou uma vez com o Fluminense em 2007.
A mística com o uruguaio vai além da esperança de reverter o placar. Arrascaeta nunca perdeu uma final da Copa do Brasil. Terminou campeão de todas que participou: 2017 e 2018 com o Cruzeiro e 2022 com o Flamengo. O meia nunca perdeu um jogo nas decisões da competição. Disputou cinco, com quatro empates e uma vitória.
O estrangeiro destaque
Desde que Arrascaeta chegou ao Brasil, em 2015, quando começou a trajetória no Cruzeiro, ele se tornou um dos atletas com mais jogos na Copa do Brasil. Ao todo, 49 partidas - ficando atrás somente do meia Alisson, atualmente no São Paulo, que participou de 51 jogos.
Curiosamente, Alisson foi companheiro de Arrascaeta no Cruzeiro e inclusive foram campeões juntos em 2017. Agora, o uruguaio reencontrará o amigo como adversário na decisão deste domingo, no Morumbi, e, mesmo com a amizade, a competição é tratada como 'vida ou morte'.
- É um cara que hoje está jogando numa posição (volante) diferente no São Paulo, mas que está indo muito bem. Vivi grandes momentos com ele no Cruzeiro, fomos campeões. É um cara que se dedica muito e é muito humilde. Tenho um enorme carinho por ele, mas na final é vida ou morte (risos).
Os goleiros Cássio, atualmente no Corinthians, e Fábio, atualmente no Fluminense, ambos com 48, fecham o top-3 jogadores com mais partidas na Copa do Brasil desde 2015.
O número de 49 jogos foi conquistado na partida contra o Grêmio que deu a classificação ao Flamengo para a final da Copa do Brasil, com direito a gol de pênalti. Lesão no bíceps femoral da coxa esquerda tirou Arrascaeta de quatro partidas, incluindo o jogo de ida contra o São Paulo no Maracanã.
O jogo contra o Grêmio não foi importante só pelo recorde. Arrascaeta foi autor do único gol da partida, e chegou ao 12º na história competição: seis pelo Flamengo e seis pelo Cruzeiro. O número torna o uruguaio um dos maiores artilheiros estrangeiros na competição: Herrera tem 14 e Petkovic tem 15.
O camisa 10 do Rubro-Negro analisou o revés nos pênaltis na final da Copa Intercontinental, elogiou a qualidade técnica dos franceses
17 Dez 2025 | 19:30 |
Após a dolorosa derrota nos pênaltis para o Paris Saint-Germain na decisão da Copa Intercontinental, o meio-campista Arrascaeta concedeu entrevista na zona mista do Estádio Ahmad Bin Ali. O ídolo uruguaio, peça central na engrenagem do time comandado por Filipe Luís, não escondeu o orgulho pela temporada histórica realizada pelo Flamengo, mas foi sincero ao analisar os fatores que impediram a conquista do bicampeonato mundial no Catar.
Para o jogador, a questão física pesou contra os brasileiros nos momentos decisivos. Arrascaeta fez questão de exaltar a campanha rubro-negra e a competitividade demonstrada diante de uma das potências financeiras do futebol europeu. O jogador reconheceu a qualidade técnica superior do adversário, mas identificou o cansaço acumulado como o fiel da balança.
"Fizemos uma campanha incrível, chegamos na final, competimos contra uma das melhores equipes do mundo. São tecnicamente melhores que nós, sabíamos disso", avaliou o camisa 10. Segundo ele, o desgaste da maratona de jogos foi determinante: "Fisicamente também estamos um pouco desgastados. Acredito que foi isso o diferencial, faltou um pouco no final do jogo para buscar a virada. Mas não tem o que reclamar, quem entrou deu o seu melhor."
Sobre a dinâmica da partida, o uruguaio detalhou a mudança de comportamento da equipe após o intervalo. O Flamengo, que sofreu no primeiro tempo, conseguiu equilibrar as ações na etapa complementar. Foi de Arrascaeta a jogada individual que resultou no pênalti sofrido e posteriormente convertido por Jorginho.
"A gente tentou encaixar melhor a marcação, mas ainda é uma equipe que movimenta muito. No segundo tempo fomos bem melhor, no primeiro tivemos dificuldade", explicou. Mesmo com a reação, ele reiterou que a exaustão impediu uma pressão maior no fim: "Conseguimos o empate e acredito que faltou um pouquinho de perna para tentar a virada."
Meio-campista, que marcou o gol de empate no tempo normal, lamenta falta de lucidez nas cobranças de pênalti e analisa o impacto da exaustão após maratona
17 Dez 2025 | 18:30 |
Flamengo encerrou o sonho do bicampeonato mundial nesta quarta-feira (17) ao ser superado pelo Paris Saint-Germain nos pênaltis, após empate em 1 a 1 no tempo regulamentar e na prorrogação. Logo após o apito final em Doha, o volante Jorginho, um dos destaques da equipe carioca na partida, concedeu entrevista e apontou o cansaço extremo como o principal adversário do Rubro-Negro nos momentos decisivos da final.
Autor do gol de pênalti que garantiu a igualdade no placar aos 16 minutos do segundo tempo, Jorginho analisou a performance coletiva. Para o camisa 5, a entrega do time foi total, mas o desgaste acumulado ao longo dos 120 minutos pesou na hora das cobranças alternadas.
"Pode ter sido um reflexo disso também [cansaço]. Você chega depois de ter corrido tanto. O time entregou muito, tanto que eu falei para os meninos que era hora de tentar recuperar o máximo de energia possível. É um momento que precisa ter lucidez e infelizmente não saímos com a vitória que desejávamos tanto", desabafou o jogador, que foi substituído na reta final da partida e assistiu à disputa do banco de reservas.
A disputa de pênaltis foi marcada por tensão e erros técnicos. O goleiro Rossi chegou a manter o Flamengo vivo ao defender duas cobranças dos franceses. No entanto, o aproveitamento dos batedores do time de Filipe Luís foi abaixo da crítica. Saúl, Pedro, Léo Pereira e Luiz Araújo desperdiçaram suas oportunidades, permitindo que a equipe de Luis Enrique conquistasse o título inédito do Mundial.
Apesar da frustração com o vice-campeonato mundial, o balanço da temporada de 2025 permanece extremamente positivo para a Gávea. O elenco rubro-negro encerra o calendário com quatro troféus na bagagem: Campeonato Carioca, Supercopa do Brasil, Conmebol Libertadores e o Campeonato Brasileiro. A derrota no Catar impede a "quíntupla coroa", mas não apaga o ano dominante do time comandado por Filipe Luís.
Derrota nos pênaltis para o PSG rende 4 milhões de dólares aos cofres rubro-negros; clube encerra temporada mágica com mais de R$ 440 milhões acumulados
17 Dez 2025 | 17:33 |
O Flamengo encerrou sua participação na Copa Intercontinental com o vice-campeonato após ser superado pelo Paris Saint-Germain (PSG) na disputa de pênaltis, nesta quarta-feira (17). Apesar da frustração esportiva por não conquistar o bicampeonato mundial, o resultado garantiu um aporte financeiro significativo para o clube.
A segunda colocação no torneio realizado no Catar rendeu aos cofres da Gávea a quantia de 4 milhões de dólares, o que corresponde a aproximadamente R$ 22 milhões na cotação atual. O título ficou com o clube francês, que, além da taça inédita, levou para casa o prêmio máximo de 5 milhões de dólares (cerca de R$ 27,5 milhões).
A campanha do time comandado por Filipe Luís até a final foi financeiramente recompensadora. O Rubro-Negro iniciou sua trajetória vencendo o Cruz Azul (MEX) por 2 a 1, com brilho de Arrascaeta, e garantiu vaga na decisão ao bater o Pyramids por 2 a 0, com gols de Léo Pereira e Danilo.
Com o encerramento do calendário, o Flamengo contabiliza um ano histórico também no aspecto financeiro. Somando o valor recebido pelo vice na Copa Intercontinental, o clube atingiu a marca de R$ 444,3 milhões arrecadados apenas com premiações na temporada de 2025.
A maior fatia desse montante veio da conquista do tetracampeonato da Libertadores, que injetou R$ 178,8 milhões no orçamento. Outro destaque foi a participação no Mundial de Clubes (formato anterior/expandido), que rendeu R$ 150,6 milhões.