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O Flamengo, gigante do futebol brasileiro, viu-se em meio a uma temporada que deixou a Nação Rubro-Negra com sentimentos mistos. Afinal, foram oito oportunidades de erguer troféus, mas o destino foi implacável, mantendo as taças afastadas do Rio de Janeiro. Contudo, em meio às frustrações, uma constante: a saúde financeira do clube, com um acumulado impressionante de R$ 136 milhões em premiações por desempenho.
O ano começou com um gosto amargo de vice-campeonato na Supercopa, enfrentando o Palmeiras. Embora tenha perdido o título, o Flamengo levou para casa R$ 5 milhões, aliviando, ao menos um pouco, a decepção inicial. A busca pelo bicampeonato Mundial foi a próxima parada. O caminho, no entanto, foi interrompido na semifinal pelo Al-Hilal, resultando em um terceiro lugar que rendeu aos cofres rubro-negros a quantia de R$ 12 milhões.
A Recopa Sul-Americana também reservou um lugar para o Flamengo na lista dos vices. A derrota para o Independiente del Valle, embora dolorosa, injetou mais R$ 4,7 milhões nas finanças do clube. Já o Carioca, com o sabor amargo da virada sofrida para o Fluminense, não trouxe consigo nenhuma compensação financeira, mostrando que nem todas as batalhas têm recompensas palpáveis.
A virada de chave veio com foco renovado nas competições de peso: Libertadores, Copa do Brasil e Brasileirão. Mesmo com o Rubro-Negro incapaz de conquistar o título em nenhuma delas, o esforço foi recompensado em premiações substanciais. Na Copa do Brasil, o vice-campeonato frente ao São Paulo rendeu uma premiação robusta de R$ 48,7 milhões, destacando-se como o auge financeiro do ano.
A Libertadores, por sua vez, teve um desfecho precoce nas oitavas de final contra o Olímpia, mas a participação garantiu aproximadamente R$ 25 milhões aos cofres flamenguistas. O Brasileirão, decidido na última rodada, não resultou no título, mas o Flamengo, mesmo com a derrota para o São Paulo, assegurou o quarto lugar, garantindo R$ 40,6 milhões e uma vaga direta na Libertadores de 2024.
Ao encerrar a temporada, a delegação flamenguista se despede para as merecidas férias, com reflexões sobre o que poderia ter sido e a certeza de que o próximo ano reserva novas oportunidades. Com Carioca, Brasileirão, Libertadores e Copa do Brasil no horizonte, o Flamengo reafirma seu compromisso com a busca incessante pela glória, consciente de que, mesmo nas derrotas, há conquistas valiosas que vão além do brilho das taças.
Com meio-campo desfalcado, técnico avalia opções internas e possibilidade de reforço no mercado depois do Mundial de Clubes
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O Flamengo terá que lidar com a ausência prolongada de Erick Pulgar. O chileno sofreu uma fratura no quinto metatarso do pé direito após uma entrada dura de Harry Kane no amistoso contra o Chelsea. A previsão médica é de até três meses fora de combate.
O momento é delicado. A lesão acontece às vésperas da retomada do Brasileirão e em meio à disputa por vaga nas quartas de final da Libertadores e oitavas da Copa do Brasil. Pulgar vinha sendo um dos pilares do time na proteção à zaga e distribuição de jogo.
A ausência de Pulgar se soma à saída iminente de Gerson para o Zenit, da Rússia. O Coringa já se despediu do grupo e aguarda apenas detalhes burocráticos para embarcar. Com isso, Filipe Luís fica sem dois titulares absolutos no meio.
Além da perda técnica, o setor que já era enxuto agora vive carência em número e experiência. O Flamengo passa a contar apenas com Allan, Evertton Araújo, Jorginho e De La Cruz como opções imediatas.
Entre os nomes à disposição, Allan é quem mais se aproxima do perfil de Pulgar. Com boa leitura de jogo, marcação forte e posicionamento defensivo, ele já atuou nessa função em outras ocasiões e pode assumir o posto de primeiro volante.
Apesar disso, o histórico de lesões e a irregularidade física de Allan acendem um sinal de alerta. Filipe Luís precisará dosar sua utilização e ter alternativas viáveis no banco. A joia da base, Evertton Araújo, é outro nome em pauta. O volante de 21 anos tem boa dinâmica, mas ainda sofre para lidar com a pressão da marcação adversária, principalmente na saída de bola.
O elenco principal ganhou quatro dias de folga e volta aos treinos no sábado, dia 4 de fevereiro, no CT George Helal, ainda nessa semana
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A delegação do Flamengo embarca para o Rio de Janeiro às 22h desta segunda-feira (30), com previsão de chegada às 6h30 da manhã de terça, no Aeroporto Internacional Tom Jobim (RIOGaleão). O desembarque será feito pelo saguão internacional, com acesso restrito, sem previsão de atendimento à imprensa.
O retorno marca o encerramento de uma etapa importante da pré-temporada rubro-negra, que teve como ponto alto a participação no Mundial de Clubes. Com a eliminação diante do Bayern de Munique, o clube encerra sua passagem pelos Estados Unidos e começa a virar a chave para os compromissos nacionais.
De acordo com a programação divulgada pelo clube, os jogadores só retornam às atividades no próximo sábado (4), às 9h30, no Ninho do Urubu. A comissão técnica optou por conceder quatro dias de folga ao grupo, levando em consideração a sequência intensa de jogos e viagens nos últimos dias.
A pausa também serve como preparação para o próximo compromisso da temporada, ainda sem data definida, o que permite uma recuperação física e mental após semanas desgastantes.
Apesar da eliminação precoce nas oitavas, a atuação do Flamengo no Mundial foi considerada positiva pela comissão técnica e pela torcida. A equipe se classificou como líder do Grupo D ao vencer o Chelsea por 3 a 1 e apresentou bons momentos mesmo na derrota por 4 a 2 para o Bayern de Munique. O desempenho diante de dois gigantes europeus, especialmente a postura coletiva e a competitividade, foi avaliado como um sinal de que o trabalho no início da temporada está no caminho certo.
Volante chileno sofreu nova fratura no pé durante o Mundial de Clubes e desfalca o Mais Querido, diretoria segue dando respaldo e não pensa em reforços
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A derrota para o Bayern de Munique no Mundial de Clubes trouxe uma consequência ainda mais amarga para o Flamengo. Erick Pulgar, titular absoluto no meio de campo, sofreu uma fratura no quinto metatarso do pé direito e preocupa o departamento médico rubro-negro. O chileno será reavaliado no Rio de Janeiro, mas os primeiros indícios indicam um tempo de recuperação superior a dois meses.
A lesão ocorreu aos 42 minutos do primeiro tempo, logo após Pulgar cometer falta em Harry Kane. Ele ficou no chão com dores intensas e teve que ser substituído ainda antes do intervalo. Em 2023, o mesmo jogador já havia passado por um problema semelhante, ficando 69 dias longe dos gramados.
A sensação dentro do clube não é das melhores. Uma pessoa ligada ao departamento de futebol do Flamengo, ouvida pelo portal Coluna do Fla, admitiu que a situação atual pode ser ainda mais delicada que a anterior. “Agora parece ser pior (a situação do jogador), vamos saber no Rio”, afirmou a fonte.
O camisa 5 vinha em boa fase e era peça-chave na estrutura montada por Filipe Luís no meio-campo. Sua ausência representa uma lacuna sensível, sobretudo diante de um calendário apertado e com outros desfalques previstos para o elenco principal.
Mesmo com o diagnóstico preocupante, a cúpula do futebol rubro-negro adota cautela e evita qualquer movimentação imediata no mercado. Segundo apuração do Coluna do Fla, o entendimento interno é que o elenco possui alternativas viáveis para suprir a ausência de Pulgar. A ausência de Pulgar coincide com a iminente saída de Gerson, que negocia sua transferência para o futebol russo ou árabe. Isso faz com que o Flamengo, em poucos dias, veja dois nomes importantes do setor deixarem de estar à disposição.