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O elenco do Flamengo que conquistou a Libertadores de 2019 ficou conhecido não apenas pelo talento em campo, mas também por reunir jogadores com forte perfil de liderança. Entre nomes como Diego Alves, Everton Ribeiro e Diego Ribas, que levantaram juntos a taça no estádio Monumental de Lima, outro atleta se destacou nos bastidores: Gerson. Em entrevista à ESPN, Diego Ribas apontou o volante como uma figura essencial na dinâmica do grupo, mesmo ainda jovem.
Segundo Diego, Gerson sempre demonstrou respeito pelos mais experientes e uma postura aberta ao aprendizado. O ex-meia revelou que, mesmo com menos intimidade no início, o volante se mostrava atento e confiável. “O Gerson sempre foi um amigo dentro do elenco. No começo, menos intimidade, mas sempre respeitava muito os jogadores mais velhos, a equipe em campo. Sabia que podia contar com ele”, relatou Ribas.
Liderança não tem a ver com idade..."
A relação entre os dois se estreitou em reuniões internas, especialmente em momentos delicados da temporada. Diego relembrou um episódio marcante em que chamou Gerson para um encontro com líderes do elenco. “Eu vi que tinham alguns jogadores com perfil de liderança e ele era um, apesar da idade. Liderança não tem a ver com idade, mas com comportamento, posicionamento. E ele sempre teve”, afirmou.
Com passagem marcante no clube, Diego Ribas chegou ao Ninho do Urubu em 2016, vindo do futebol turco. Atuou por sete anos com a camisa rubro-negra, participando de 285 jogos, com 42 gols e 34 assistências. Conquistou dois títulos da Libertadores, dois Campeonatos Brasileiros, uma Copa do Brasil, duas Supercopas, uma Recopa e quatro Cariocas, tornando-se referência no processo de reconstrução do clube.
Flamengo volta a campo neste domingo (25), às 16h, no Allianz Parque, em duelo direto contra o Palmeiras, líder do Campeonato Brasileiro. A equipe rubro-negra ocupa a segunda colocação na tabela e, com 18 pontos, busca diminuir a diferença na liderança.
Mengão estreia diante do Espérance, mas dois brasileiros entram em campo hoje nos Estados Unidos pela competição da FIFA
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O Mundial de Clubes da FIFA 2025 começou no último sábado (14) com o empate em 0 a 0 entre Al Ahly (EGI) e Inter Miami (EUA). Agora, neste domingo (15), a competição ganha ritmo com mais quatro partidas — incluindo a estreia de dois clubes brasileiros: Palmeiras e Botafogo.
O primeiro representante do Brasil a entrar em campo será o Palmeiras, que enfrenta o Porto (POR) às 19h (de Brasília), no MetLife Stadium. Mais tarde, às 23h, será a vez do Botafogo medir forças com o Seattle Sounders (EUA), no Lumen Field, em Washington.
Antes dos duelos envolvendo brasileiros, outros dois confrontos de peso movimentam o torneio: Bayern de Munique (ALE) x Auckland City (NZL), do grupo C, que tem cruzamento com o grupo do Flamengo nas oitavas de final, às 13h, e PSG (FRA) x Atlético de Madrid (ESP), às 16h, no grupo B, do Botafogo.
Enquanto os rivais iniciam a caminhada neste domingo, o Flamengo estreia no Mundial na segunda-feira (16), às 22h, contra o Espérance de Tunis (TUN), no Lincoln Financial Field, na Filadélfia. Mais cedo, às 16h, Chelsea (ING) e Los Angeles FC (EUA) se enfrentam pela mesma chave do Rubro-Negro.
Atacante diz que adversários tinham sensação parecida ao encarar o alvinegro campeão da Libertadores ao histórico Mengão de Jorge Jesus
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O Flamengo de 2019, comandado por Jorge Jesus, segue como referência no futebol brasileiro. Com uma temporada histórica, marcada por títulos e recordes, aquela equipe rubro-negra ainda serve como parâmetro para outras gerações. Em entrevista ao podcast PodPah, o ex-atacante do Botafogo, Luiz Henrique, comparou o Alvinegro de 2024 ao Mengão liderado por Gabigol, Bruno Henrique e Diego Ribas. O jogador falou, ainda, o que faltou para jogar no Mais Querido.
Luiz Henrique compara Botafogo 2024 ao Flamengo 2019: "Os adversários já entravam com medo"
“A gente tinha um treinador excelente. Esse cara (Artur Jorge) blindou muito o nosso grupo. Era um time muito fechado. Por isso, dentro de campo, fazíamos o que fazíamos. Os adversários já entravam com medo, não queriam jogar. Era tipo o Flamengo de 2019: os caras já ficavam com medo. Tentavam fazer cera, entrar na nossa mente, fazer graça… Só que a gente era muito blindado”, afirmou Luiz Henrique.
Em 2019, o Flamengo conquistou Campeonato Carioca, Campeonato Brasileiro e Copa Libertadores, além de estabelecer o recorde de pontos na era dos pontos corridos, com 90. Já o Botafogo de 2024 também teve uma temporada memorável, levantando os troféus do Brasileirão e da Copa Sul-Americana.
Nos números, no entanto, o Flamengo ainda tem vantagem. A equipe de Jorge Jesus disputou 74 partidas, com 49 vitórias, 16 empates e apenas nove derrotas. O Botafogo, por sua vez, fez 75 jogos em 2024, conquistando 43 vitórias, 19 empates e sofrendo 13 derrotas.
Agora, os dois clubes voltam suas atenções para o Mundial de Clubes da FIFA. O Flamengo estreia nesta segunda-feira (16), às 22h (horário de Brasília), diante do Espérance de Tunis (TUN), no Lincoln Financial Field, na Filadélfia.
Já o Botafogo entra em campo neste domingo (15), às 23h (de Brasília), contra o Seattle Sounders (EUA), em Washington. O Alvinegro está no chamado “grupo da morte”, ao lado de Paris Saint-Germain (FRA) e Atlético de Madrid (ESP), e terá grandes desafios pela frente na competição internacional.
Goleiro é um dos principais destaques do Mengão na temporada e uma parte de seu jogo vem chamando cada vez mais a atenção
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Em entrevista coletiva realizada neste sábado (14), nos Estados Unidos, o goleiro Agustín Rossi falou sobre a preparação do Flamengo para o Mundial de Clubes da FIFA 2025 e comentou aspectos do sistema defensivo rubro-negro, especialmente sua atuação com os pés, algo que tem chamado a atenção.
Rossi sobre jogo com os pés no Flamengo: "Gosto desse estilo e me sinto parte dessa proposta"
Questionado sobre sua evolução nesse fundamento, Rossi destacou que a prática não é novidade em sua carreira, embora não fosse prioridade durante sua passagem pelo Boca Juniors, já havia tido oportunidades de mostrar sua qualidade em outros clubes.
“Não era uma característica do Boca tentar muito jogar assim. Mas antes disso, atuei no Estudiantes com o Milito, no Defensa y Justicia com o Holán, onde era proibido dar chutões, e também com o Beccacece. No Lanús joguei da mesma forma. No Flamengo, tanto com o Sampaoli quanto agora com o Filipe Luís, a ideia é parecida. Gosto desse estilo e me sinto parte dessa proposta”, afirmou o goleiro.
Rossi também foi questionado sobre os números defensivos do Flamengo, que lidera o Campeonato Brasileiro em ações de pressão no campo ofensivo. Para ele, o bom desempenho coletivo na marcação avançada tem sido fundamental para a solidez da equipe na defesa.
“O Filipe (Luís) deixou claro desde o início que queria um time seguro, com qualidade ofensiva, mas também sólido defensivamente. Sabemos que a defesa começa no ataque. Somos o time que mais pressiona no Brasileirão, e isso influencia diretamente na nossa solidez lá atrás. Eu sou o último homem da defesa e preciso estar pronto para agir quando a bola chegar. Esse é o meu papel”, explicou o argentino.
O Flamengo encerra a preparação em Atlantic City, Nova Jersey, e viaja neste domingo (15) para a Filadélfia, onde estreia no Mundial de Clubes contra o Espérance de Tunis, na segunda-feira (16). O segundo compromisso será na sexta (20), contra o Chelsea, também na Filadélfia. A cidade é famosa por ser o cenário das icônicas escadarias do filme Rocky — inspiração para a superação rubro-negra em busca do título mundial.