Futebol
03 Fev 2025 | 17:02 |
A dois meses do início do Campeonato Brasileiro, a LFU encerrou seu ciclo de negociação dos direitos de transmissão de 2025 a 2029. Amazon, Record e YouTube já tinham acertado; a Globo agora compra o último pacote. E o que há de mais importante para o futebol como um todo: apesar de dirigentes não terem cumprido com o que propuseram anos atrás, a criação da liga, e com tantos conflitos no processo, o resultado superou o que parecia ser inevitável.
O valor total dos direitos aumentou. Se antes o Brasileirão gerava por volta de R$ 2 bilhões aos clubes, a partir de hoje passará a cerca de R$ 2,7 bilhões — R$ 1,17 bilhão do contrato da Libra, mais cerca de R$ 1,5 bilhão nos acordos somados da LFU. Conforme houver reajustes nos anos seguintes, acrescida ainda a receita variável com o pay-per-view do Premiere, é provável que o torneio se aproxime de R$ 3 bilhões. Isso, de novo, apesar da bagunça. Imagina se desse liga.
As cifras aumentaram por algumas razões, sobretudo a entrada dos novos players. Não há muita dúvida no mercado de que a Amazon pagará caro para ter um jogo exclusivo por rodada; R$ 265 milhões em 2025, com reajuste anual de 10%. Parece fazer sentido dentro do plano de expansão da empresa, que já tem a Copa do Brasil, portanto não encare como crítica, mas constatação. Record e CazéTV também pagarão alto, R$ 200 milhões e R$ 175 milhões por ano.
As últimas jogadas dessa negociação foram tensas nos bastidores. A Livemode, agência que representa comercialmente a LFU, fazia crer que havia ofertas firmes da Globo e da Warner. Se a Globo não fizesse a proposta de R$ 850 milhões, poderia abrir brecha para a concorrente estrangeira e enfraquecer o Premiere. Já a Livemode corria o risco de não fazer a receita necessária e/ou de fragmentar excessivamente a transmissão, com plataformas demais.
Na outra ponta desta equação está a distribuição do dinheiro. Qualquer um que faça afirmações dramáticas terá sido levado por certo viés, pois fórmulas de divisão tanto da Libra quanto da LFU são variáveis, ou seja, dependem da audiência e da posição na tabela. Não dá para dizer que clube A receberá X a mais que clube B de antemão. Mas há previsões razoáveis.
Flamengo, Corinthians e Palmeiras tinham mínimos garantidos nos contratos de pay-per-view que acabaram em 2024. Como a partir de 2025 a distribuição estará regrada pelas tais fórmulas, é provável que esses três arrecadem proporcionalmente menos. O Corinthians conseguiu regalias ao pular para a LFU, como crédito da XP e vantagem na distribuição de verba da LFU, mas não um mínimo garantido como o anterior. O Flamengo sentirá a maior diferença.
Se o topo da tabela recebe menos, a base recebe mais, o que é positivo para o ecossistema. Além disso, foram corrigidas perversões, como não ter havido pagamento na parcela por performance aos quatro rebaixados dos Brasileirões até 2024. Eles não podem ser sufocados.
Nos últimos anos, o que mais teve no bastidor foi tese furada. Líderes da Libra apostaram que a LFU não conseguiria se mobilizar, depois que não haveria investidores, depois que não venderia seus direitos. Erraram todas. Intermediários da LFU defenderam que seus clubes valiam a mesma coisa, mas só venderam seus pacotes depois de “roubar” o Corinthians, e varreram para debaixo do tapete seus inúmeros conflitos de interesses. Quem viu não esqueceu. Mas, pelo menos, diante de tudo o que poderia ter dado errado nessa história, até que não acabou mal.
Atualmente no Corinthians, defensor detalha fase turbulenta na Gávea, cita erros consecutivos em 2020 e destaca importância do acompanhamento psicológico
28 Dez 2025 | 21:00 |
Hoje defendendo as cores do Corinthians, o zagueiro Gustavo Henrique abriu o jogo sobre os desafios mentais e técnicos que enfrentou durante sua passagem pelo Flamengo. Em entrevista ao programa Bola da Vez, da ESPN, o defensor relembrou o período conturbado no Rio de Janeiro, admitindo que precisou buscar ajuda profissional para lidar com a pressão externa e a autocrítica decorrente de uma sequência negativa de atuações.
O jogador do Corinthians destacou que, apesar de integrar elencos vitoriosos, viveu momentos de baixa que afetaram sua confiança. Para contornar a situação e se reerguer na carreira, o recurso encontrado foi o tratamento psicológico, fundamental para blindar sua mente contra os rótulos criados por parte da crítica e da arquibancada.
Gustavo Henrique foi sincero ao descrever o impacto emocional dos erros em campo. Segundo ele, houve um recorte específico de quatro partidas onde seu desempenho ficou muito abaixo do esperado, desencadeando uma onda de questionamentos sobre sua capacidade técnica.
"Eu fiz terapia. Vejo vídeos que me ajudam, porque ali no Flamengo eu tive um momento muito ruim, que foram quatro jogos que deu tudo errado para mim", desabafou o atleta. Ele prosseguiu relatando o peso das críticas: "Me tacharam como pior zagueiro do mundo. Eu ainda não tinha passado por isso na minha carreira, e a parte da terapia me ajudou a se preparar para um momento como esse".
A passagem de Gustavo Henrique pela Gávea começou cercada de expectativas. O zagueiro desembarcou no Rio de Janeiro em 2020, vindo de uma temporada de destaque pelo Santos (vice-campeão brasileiro em 2019), com a difícil missão de substituir o espanhol Pablo Marí, ídolo da era Jorge Jesus.
Ídolo rubro-negro confirma comparações feitas por torcida e imprensa, destacando a força física e a canhota potente do jovem atacante cruzmaltino
28 Dez 2025 | 20:00 |
O desempenho de Rayan na temporada de 2025 não rendeu apenas o prêmio de revelação do Campeonato Brasileiro, mas também o reconhecimento de lendas do esporte. Neste sábado (27), Adriano Imperador, ídolo histórico do rival Flamengo, deixou a rivalidade de lado para elogiar a joia do Vasco da Gama e validar as comparações frequentes feitas entre os dois estilos de jogo.
A ascensão meteórica do jovem atacante chamou a atenção não apenas pelos números, mas pela forma como atua em campo, despertando memórias dos tempos áureos do Imperador nos gramados. A "bênção" pública de Adriano surge como um reconhecimento de peso para a carreira do atleta que acaba de se consolidar como um dos principais nomes do futebol nacional.
Ao longo da temporada, tanto a imprensa especializada quanto os torcedores notaram similaridades evidentes: a imposição física sobre os zagueiros, a arrancada explosiva em direção à meta e, principalmente, a finalização violenta com a perna esquerda. Em entrevista ao canal SporTV, Adriano foi questionado sobre essas coincidências e não hesitou em confirmar a percepção geral.
"Ele tem várias características minhas. Tem tudo para dar certo, e espero que possa fazer melhor do que eu. É sempre bom ver jogadores assim. É importante nosso carinho e respeito por eles", afirmou o ex-camisa 10 da Gávea e da Seleção Brasileira, demonstrando apoio ao desenvolvimento do garoto.
A comparação com uma figura do tamanho de Adriano ganhou força total na reta final de 2025, período em que Rayan assumiu de vez o protagonismo no ataque vascaíno. O jovem não sentiu o peso e entregou resultados expressivos, sendo fundamental para a equipe.
Em entrevista à Galo TV, novo lateral do Galo detalha como dicas do titular do Mengão ajudaram a evoluir seu jogo defensivo; ambos foram formados no Athletico
28 Dez 2025 | 19:00 |
Anunciado como o principal reforço do Atlético-MG para a lateral-esquerda na temporada de 2026, Renan Lodi surpreendeu ao citar um adversário direto como sua maior referência na posição. Em entrevista concedida aos canais oficiais do clube neste sábado (27), o jogador revelou nutrir profunda admiração por Alex Sandro, titular absoluto do Flamengo e figura constante na Seleção Brasileira.
Lodi destacou que a relação com o compatriota vai além da observação à distância. Segundo o novo atleta do Galo, conversas diretas com o experiente jogador foram fundamentais para o seu amadurecimento tático, especialmente no que tange ao equilíbrio entre atacar e defender.
Durante a entrevista à Galo TV, Renan Lodi compartilhou os bastidores de um encontro com Alex Sandro que considera um divisor de águas em sua carreira. O jogador do Flamengo teria aconselhado Lodi a focar mais na leitura das fases do jogo, priorizando a segurança defensiva antes de se lançar ao ataque.
"Eu tenho um exemplo que é o meu ídolo, o Alex Sandro. Uma vez, estive com ele, e ele começou a me falar para eu entender melhor a fase do jogo. Ele me falava muito dessa parte defensiva, porque a parte ofensiva já ia sair com naturalidade", relatou Lodi. Ele completou afirmando que, após aceitar e aplicar essas orientações, seu desempenho evoluiu tanto na proteção à zaga quanto no apoio ofensivo.
A conexão entre pupilo e ídolo possui raízes profundas. Além de terem compartilhado o vestiário da Seleção Brasileira em diversas convocações, ambos possuem trajetórias similares: nasceram no interior de São Paulo e foram revelados para o futebol mundial nas categorias de base do Athletico-PR. Essa origem comum facilitou a aproximação e a troca de experiências que hoje Lodi valoriza ao chegar a Belo Horizonte.
Técnico eliminado pelo Flamengo na Libertadores entra na mira do clube, diz jornalista
28 Dez 2025 | 15:49