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O Flamengo, por meio de seus dirigentes, recusou a primeira proposta do Zenit, da Rússia, para a transferência do volante Gerson. O clube russo havia oferecido inicialmente 28 milhões de euros, mas os empresários e staff de Gerson, junto à diretoria do Mais Querido, sinalizaram que o valor estava aquém das expectativas, não sendo suficiente para liberar o jogador.
NOVA PROPOSTA DO ZENIT PARA O VOLANTE
Após a recusa, o Zenit rapidamente respondeu com uma nova investida, aumentando a proposta para 35 milhões de euros, valor substancialmente superior ao anterior. Além disso, o clube russo ofereceu ao volante brasileiro um contrato de quatro anos, com um salário mensal de 600 mil euros. Essa nova proposta representa uma tentativa agressiva do Zenit de garantir o reforço para o seu elenco, já ciente da concorrência em outras negociações do mercado europeu.
REUNIÃO ENTRE AS PARTES PARA DEFINIR O FUTURO DE GERSON
A proposta mais robusta do Zenit está sendo analisada pela cúpula do Flamengo, que tem ciência da nova investida. De acordo com fontes próximas ao clube apuradas por Julio Miguel Neto, uma reunião está agendada entre as partes ao longo desta semana, a fim de definir os próximos passos. A negociação está em fase de análise mais detalhada, e a decisão final dependerá de uma série de fatores, incluindo a avaliação do clube rubro-negro sobre a necessidade de manter Gerson no elenco e a satisfação do jogador com a proposta salarial.
Gerson tem sido uma peça-chave no esquema tático do Mais Querido, e sua saída representaria uma mudança importante no elenco. No entanto, a proposta milionária do Zenit pode ser tentadora para o jogador, que também tem demonstrado interesse em novos desafios na Europa. A situação está sendo acompanhada de perto pelo presidente Bap e pela comissão técnica, que precisa equilibrar os interesses financeiros do clube com a manutenção da competitividade do elenco.
Gerson se destacou com a camisa do Flamengo, sendo uma das principais referências do time em diversas competições, incluindo a Copa Libertadores da América. Sua habilidade no meio-campo e sua capacidade de desarme e distribuição de jogo chamaram a atenção de clubes de alto nível, e a oferta do Zenit é mais um indicativo do interesse crescente por jogadores brasileiros no futebol europeu.
Empate com o Central Córdoba evidencia queda técnica e mental do elenco; Thiago Leifert aponta soberba inconsciente como raiz da crise pontual
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O cenário no Maracanã foi de frustração. Contra um adversário tecnicamente inferior, o Flamengo repetiu os erros que já haviam sido visíveis na derrota para o Cruzeiro, no último fim de semana. A equipe, novamente, esteve distante de qualquer padrão competitivo esperado de um clube com o investimento e o elenco do Fla.
Thiago Leifert, em seu canal no YouTube, não poupou críticas e reforçou que o problema ultrapassa a tática. Para ele, a queda de desempenho passa diretamente pelo comportamento mental dos atletas: um time que entrou em campo certo de que venceria sem precisar se esforçar. O jornalista destacou o papel do meio-campo nesse processo de queda. De La Cruz, Pulgar e Gerson foram os principais alvos da análise. Segundo Leifert, os três estiveram muito abaixo do nível habitual tanto na derrota para o Cruzeiro quanto no empate pela Libertadores.
"Contra o Cruzeiro já tem muita dificuldade, porque individualmente os jogadores estavam péssimos. De La Cruz, mal. Erick (Pulgar), mal. O Gerson também não fez uma partida boa ontem", disse Leifert. O comentarista foi além e levantou a hipótese de uma "soberba inconsciente" ter contaminado o time. Para ele, o Flamengo entrou em campo nas duas últimas partidas acreditando que a vitória viria naturalmente. Um erro recorrente em clubes com elencos estrelados que enfrentam adversários de menor expressão.
"O efeito que tem no jogador de enfrentar um time que ele sabe que é pior... É muito difícil os 11 caras do teu time colocarem na cabeça que precisa vencer com um pouco mais de pressa do que esperar acontecer", avaliou. A crítica ganhou ainda mais peso com a lembrança de um lance específico da partida contra o Central Córdoba: a segunda finalização de Arrascaeta, que para Leifert simboliza bem o nível de desatenção da equipe.
"Ontem, a segunda bola do Arrasca mostra que tem uma certa displicência. É o que acontece quando você está enfrentando um time que você sabe que é pior do que você. Fica displicente inconscientemente. A soberba vem inconscientemente", completou. Para o jornalista, o problema é mental e individual. Jogadores que costumam desequilibrar ficaram abaixo da média, confiando que poderiam mudar o jogo quando bem entendessem. A confiança, porém, beirou a arrogância — e custou pontos importantes.
Se não ganhar da LDU quinta-feira, dia 15, pode sair eliminado do Maracanã. E o ideal é bater a equipe de Quito por dois ou mais gols
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O empate com sabor de derrota diante do Central Córdoba, no interior da Argentina, teve efeito imediato nos bastidores do Flamengo. A crise está instalada depois de mais uma má atuação, com o risco, crescente, de novo fiasco internacional de enormes proporções.
O elenco mais caro do continente está obrigado a vencer os dois jogos que restam, ambos em casa. E precisa fazer saldo de gols. Se não ganhar da LDU quinta-feira, dia 15, pode sair eliminado do Maracanã. E o ideal é bater a equipe de Quito por dois ou mais gols.
O departamento de futebol detectou que, ainda em maio, falta condição física. Por isso Arrascaeta teria perdido ótima chance logo após abrir o placar. Ele não teve pernas após arrancada e chutou fraco, pelo entendimento de profissionais do clube.
O diretor José Boto cobra, especialmente do técnico e Filipe Luís ouve o português. Contudo, isso não tem apresentado efeito prático, já que o treinador segue agarrado às suas ideias, mesmo em momento delicado, que pode necessitar de alguma flexibilidade.
Vale dar uma injeção de saúde no elenco, diante da evidente conclusão de que time que não corre, não ganha, por mais qualidade que tenha. A ideia é contar com jogadores novos, com perna, inclusive indo ao mercado nessa metade do ano.
Paralelamente, o futebol pediu ao presidente Luiz Eduardo Baptista, o BAP, que os jogos tenham torcedores "de verdade", que levam o time "nas costas". Na prática uma sugestão na linha: reduza os preços dos ingressos e traga o povo para apoiar o tme.
O objetivo imediato do Flamengo é lamber as feridas do mau resultado na Argentina e vencer o Bahia, sábado, no Maracanã. Obviamente sabe-se que uma derrota no jogo pelo Brasileiro naturalmente comprometeria a preparação e tudo que envolverá o duelo com a LDU.
Torcida aponta falha do lateral-esquerdo no gol do Central Córdoba e cobra mais concentração da equipe de Filipe Luis em 2025
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O empate por 1 a 1 com o Central Córdoba, fora de casa, pela Copa Sul-Americana, trouxe à tona novamente o nível de cobrança sobre alguns jogadores do elenco do Flamengo. Um dos mais citados negativamente pela torcida nas redes sociais após o apito final foi o lateral Ayrton Lucas, envolvido diretamente na jogada que resultou no gol da equipe argentina.
No lance em questão, o camisa 6 apareceu atrasado na recomposição defensiva e não conseguiu cortar o cruzamento que encontrou Gastón Verón livre para marcar. A imagem rodou as redes e se somou a uma sequência de partidas em que o jogador tem oscilado, apesar de contar com a confiança de Filipe Luis.
A repercussão foi rápida. Em diferentes plataformas, torcedores expressaram frustração com o desempenho do lateral, cobrando mais atenção e entrega. As críticas a Ayrton, no entanto, não foram isoladas. Outros nomes como Gerson, Bruno Henrique e Léo Pereira também foram citados como abaixo do esperado.
O clima de cobrança vem crescendo entre os rubro-negros especialmente por conta das expectativas em cima do desempenho internacional da equipe. Com elenco estrelado e alto investimento, a torcida tem pouca tolerância a falhas recorrentes — especialmente defensivas. Ayrton Lucas, que viveu um bom momento no segundo semestre de 2023, ainda não conseguiu repetir o mesmo nível em 2024.
Há um incômodo visível com os espaços deixados nas costas e com a tomada de decisão em lances ofensivos. Contra o Córdoba, além da falha defensiva, o lateral também desperdiçou algumas boas chances de construção pela esquerda. A situação não é nova. Desde a chegada de Filipe, a lateral-esquerda tem sido uma posição que exige ajustes. Ayrton é o titular natural, mas não tem sombra no elenco desde a lesão de Matías Viña. O uruguaio, que vinha sendo preparado para revezar e até disputar a vaga, ainda não voltou aos treinos.