Futebol
26 Mar 2025 | 12:52 |
O acordo fechado com a Libra e a Globo pelos direitos de TV do Brasileirão tomou holofotes no início de temporada do Flamengo pelas divergências entre os antigos e os atuais gestores do clube. Saiu a diretoria de Rodolfo Landim, que deixou como legado um contrato criticado por Luiz Eduardo Baptista, o Bap, opositor que venceu a eleição para presidente do clube.
Os motivos são financeiro, político e de visão de negócio. Vão do valor total arrecadado, que pode diminuir em milhões, até articulações na briga de poder nos bastidores e o futuro do mercado de mídia. Às vésperas do início da edição 2025 do Campeonato Brasileiro, que marcará o novo acordo.
Desde a campanha, a nova diretoria de Bap aponta o possível prejuízo financeiro do Flamengo com os direitos de TV do Brasileirão. O atual presidente foi crítico fervoroso do acordo feito pela Libra — apesar de ter aprovado o contrato, quando conselheiro — e tentou rever a papelada com os parceiros da liga.
Flamengo destaca prejuízo financeiro
Em fevereiro, no primeiro encontro de dirigentes da Libra após a nova gestão rubro-negra, o presidente deu esta missão a Marcelo Campos Pinto, executivo que
atuou no mercado de mídia do outro lado do balcão, com anos de Grupo Globo. O representante, no entanto, não conseguiu emplacar a discussão com os dirigentes de outros clubes e passou a atuar com objetivo de aprimorar o acordo atual de forma coletiva. Pessoas presentes da reunião que foram ouvidas pela reportagem garantem que o clima foi cordial.
Mesmo assim, os dirigentes dos demais clubes da Libra estão cientes e preparados para a insatisfação do Flamengo com a divisão dos direitos de TV do Brasileirão. Afinal, o clube carioca "perdeu" quase R$ 70 milhões de um contrato para outro, segundo projeções, devido ao fim do repasse mínimo garantido de pay-per-view. O novo acordo, além da cota fixa, prevê bonificações por desempenho e audiência.
Briga política de duas versões nos bastidores
As pancadas são defendidas pela antiga direção do Flamengo. O presidente Rodolfo Landim e o vice-presidente Gustavo Oliveira eram dois que comandavam a relação com Libra e Globo antes da eleição de dezembro passado. A gestão anterior não vê o acordo como ideal, mas aponta a lei do mandante (que deu direitos comerciais aos clubes apenas sobre jogos com mando de campo) e a necessidade de unidade com os outros clubes como argumentos favoráveis para aceitar os valores e "fazer o bolo crescer" no médio ou longo prazo.
Já a diretoria atual bate no fato de o Flamengo ter sido o "único a perder dinheiro" na negociação. Com experiência no mercado de mídia (foi CEO da Sky), Bap se ressentiu de não ter sido incluído nas negociações. O atual presidente acredita que poderia ter contribuído com um modelo de negócio mais ousado e lucrativo, mas é criticado por opositores por, em tese, querer que o Flamengo "ande sozinho".
Quando conselheiro, em 2024, o atual presidente foi opositor ferrenho do acordo, mas votou a favor quando o contrato foi para a aprovação do Conselho Deliberativo do Flamengo. O voto e a postura moderada no discurso confundiram adversários e até aliados que não são do núcleo íntimo do dirigente. À época, Bap foi enigmático: "É uma estratégia". A discussão voltou à pauta na última semana, na prestação de contas da atual gestão a conselheiros.
Direitos internacionais são laboratório?
Toda essa insatisfação vira argumento para justificar a atitude do Flamengo de ser lobo solitário na venda dos direitos internacionais de TV do Brasileirão. Do outro lado, os outros 39 clubes das séries A e B acertaram para ir ao mercado em grupo. A decisão ainda não foi anunciada, mas está alinhada nos bastidores.
Para tentar tirar o sonho do papel, a nova gestão Bap lançou a Flamengo TV, com o objetivo de ser um canhão midiático. O clube contratou comunicadores renomados e prometeu uma grade de programação para os torcedores. A intenção é apresentar ao mercado um produto que vá além dos 19 jogos que o clube têm à disposição para vender. O presidente falou sobre o assunto publicamente nas últimas semanas.
— O mundo está mudando muito rapidamente. Eu venho do mercado de mídia e entendo que isso é uma coisa natural. Tem contratos que estão vigentes, mas, à medida que esses contratos vão mudando, isso vai ser alterado. A razão da gente querer manter os direitos internacionais e de betting, para vender separadamente, tem tudo a ver com a nova Flamengo TV — explicou Bap.
Valorizado após os títulos da Libertadores e do Brasileirão, o elenco rubro-negro entra na mira do Velho Continente; zagueiro desperta interesse grego
05 Dez 2025 | 19:30 |
A temporada vitoriosa do Flamengo, coroada com o tetracampeonato da Libertadores e o título brasileiro, colocou o elenco rubro-negro em evidência no mercado internacional. Segundo apuração da jornalista Mônica Alves, o zagueiro Léo Pereira é o mais novo alvo do futebol europeu.
O Olympiacos, da Grécia, demonstrou interesse concreto na contratação do defensor, que vive o auge de sua valorização e pode ter seu passe ainda mais inflacionado com a disputa da Copa Intercontinental da Fifa. Léo Pereira não é o único titular na lista de compras da Europa. O parceiro de zaga, Léo Ortiz, entrou no radar do RB Leipzig, da Alemanha, que monitora o desempenho do atleta.
No entanto, a situação mais movimentada envolve o meia Jorge Carrascal. O colombiano, peça fundamental na engrenagem de Filipe Luís, é disputado por três frentes distintas: Olympique de Marseille (França), Juventus (Itália) e Newcastle (Inglaterra) sinalizaram interesse no jogador.
Outro nome especulado é o de Samuel Lino. O atacante, autor do gol do título brasileiro, segue sendo observado de perto pelo Benfica, de Portugal, que estuda uma investida na próxima janela de transferências. A diretoria do Flamengo já se prepara para um período de forte assédio, buscando equilibrar as finanças com a manutenção da base campeã.
A 38ª e última rodada do Campeonato Brasileiro de 2025 começa de forma antecipada neste sábado (6). O Mirassol recebe o Flamengo no Estádio Municipal José Maria de Campos Maia (Maião), no interior de São Paulo, às 18h30 (horário de Brasília).
A torcida rubro-negra prepara uma grande festa de despedida no Terminal do Fundão para apoiar o elenco rumo ao Catar; Prefeitura do Rio monta operação especial
05 Dez 2025 | 19:00 |
Neste sábado (6), a Nação Rubro-Negra promove mais um "AeroFla" para se despedir da delegação do Flamengo, que embarca para o Catar visando a disputa da Copa Intercontinental. A movimentação promete parar o entorno do Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão), repetindo a dose de apoio dada antes da final da Libertadores. A concentração dos torcedores está marcada para começar às 11h, no Terminal do BRT do Fundão.
A expectativa é que o ônibus trazendo os jogadores e a comissão técnica chegue ao local da festa por volta das 13h. Cientes da grandiosidade do evento, os organizadores do AeroFla emitiram comunicados solicitando a colaboração dos presentes. O principal apelo é para que os torcedores não subam no veículo oficial do clube, visando a integridade física de todos e a segurança do Flamengo.
Além disso, houve um pedido formal para que as forças de segurança adotem uma postura de cautela durante a dispersão e condução da multidão. A medida busca evitar a repetição dos conflitos registrados entre policiais e torcedores no último dia 26, durante o embarque da equipe para Lima.
Para garantir a fluidez e a segurança do evento, a Prefeitura do Rio, através do Centro de Operações e Resiliência (COR-Rio), montou um esquema operacional robusto. A ação terá início às 11h30 e envolverá o monitoramento em tempo real por meio de drones e mais de 260 câmeras.
A operação cobrirá dois pontos focais: o Ninho do Urubu, de onde a delegação parte às 12h45, e o Terminal Aroldo Melodia, na Cidade Universitária. Estão previstas interdições intermitentes no trânsito, policiamento reforçado e escolta para o ônibus. O voo fretado para Doha tem decolagem prevista para as 15h.
Meia colombiano do Wolverhampton se envolveu em polêmica nas redes sociais ao celebrar a conquista do amigo rubro-negro na Libertadores; jogador exigiu respei
05 Dez 2025 | 18:48 |
A Atualmente no Wolverhampton, da Inglaterra, e especulado como alvo do Flamengo para a próxima temporada, Jhon Arias protagonizou uma discussão ríspida com torcedores tricolores. O estopim foi uma mensagem de parabenização enviada pelo jogador ao compatriota Jorge Carrascal, após a conquista da Libertadores pelo Rubro-Negro.
A interação amistosa entre os colombianos não foi bem recebida por parte da torcida do Fluminense. Alguns torcedores interpretaram o gesto como uma tentativa de "fazer média" com os rubro-negros, visando uma futura transferência para a Gávea. Diante das críticas e ofensas, Arias não se calou e respondeu diretamente a um comentário.
“Mais respeito com o que fala de mim. Vagabundo? Fazendo média? É proibido parabenizar um amigo?”, questionou o atleta, demonstrando irritação com a cobrança sobre sua vida pessoal e suas amizades no futebol. O episódio reflete o temor dos tricolores em ver um de seus recentes destaques reforçando o maior rival, cenário que ganha força nos bastidores do mercado da bola.
Enquanto lida com polêmicas virtuais, Jhon Arias vive uma fase de adaptação e instabilidade na Premier League. Contratado com status de estrela após brilhar no Brasil, o meia ainda busca seu primeiro gol ou assistência pelos Wolves. Até o momento, ele soma 15 partidas disputadas e 904 minutos em campo, alternando entre a titularidade e o banco de reservas sem conseguir o protagonismo esperado.
Apesar do rendimento abaixo da média e do assédio de clubes brasileiros, incluindo o Flamengo, o Wolverhampton não pretende facilitar a saída do atleta na janela de transferências de janeiro. A diretoria inglesa sinaliza o desejo de manter o jogador no elenco para a sequência da temporada europeia, frustrando, a princípio, os planos de quem desejava repatriá-lo no início do ano.