
Futebol
|
O Flamengo teve um aumento de receita e reforço no caixa no início de 2025. Mas o clube ainda trabalha no controle da dívida que aumentou no ano passado. A gestão de Luiz Eduardo Baptista assumiu neste ano. Do ano passado, havia um aumento da dívida líquida, mas também o clube já tinha garantida uma receita alta.
Bap focou no aumento de receita e na margem de lucro para reforçar o caixa. E segurou investimentos. No primeiro trimestre, houve um aumento de receita para o período igual de 2024. A receita fechou em R$ 236 milhões, incluindo o Maracanã. Comparando apenas a receita do clube, foram R$ 208 milhões contra R$ 172 milhões no ano passado.
Houve crescimento de receitas de direitos de televisão, no Carioca, e patrocínio, novo contrato da Pixbet/Flabet, firmado na gestão Landim. Na margem de lucro, o clube arrecadou os mesmos R$ 21 milhões em bilheteria do Carioca em 2024 e 2025. Mas ficou com R$ 2,1 milhões mais líquido nos cofres.
Também houve aumento de custo, que atingiu R$ 236,9 milhões, um crescimento de mais de R$ 20 milhões. O clube fechou com déficit de R$ 9 milhões, o que é normal no primeiro trimestre, tradicionalmente mais fraco no futebol.
Como o Flamengo priorizou o caixa, conseguiu aumentar em R$ 30 milhões o dinheiro disponível, atingindo R$ 122 milhões. A venda à vista de Fabrício Bruno foi essencial para isso.
E houve redução de investimento. Ainda assim, o clube gastou R$ 99 milhões em contratações. Metade disso foi de novos jogadores, Danilo e Juninho. O restante foi para exercer a compra de Gonzalo Plata e pagar bônus e impostos de reforços anteriores.
O clube registrou no balancete uma queda na dívida operacional líquida de R$ 327 milhões para R$ 270,9 milhões. Se for considerado a dívida líquida de fato, critério diferente, houve um crescimento em torno de R$ 40 milhões, com o número chegando na casa de R$ 540 milhões.
Só que há um impacto de adiantamentos - principalmente de TV e placas do Brasileiro - que são receitas do próprio ano. Ou seja, serão descontados conforme o ano.
Mais notável é que houve um aumento da diferença entre o Flamengo tem a receber e a pagar por contratações de jogadores. Atualmente, o clube tem um saldo negativo de R$ 255,3 milhões, valor que era de R$ 220 milhões.
Até por isso o Flamengo já prevê a venda de Wesley no meio do ano, assim como uma negociação de Carlos Alcaraz - que foi emprestado gratuitamente ao Everton.
Uruguaio é peça-chave para Filipe Luís e pode ampliar vínculo até 2027; clube quer evitar risco de perder o jogador de graça
|
O nome de Varela ganhou ainda mais força no Flamengo nas últimas semanas, não apenas pelo desempenho em campo, mas também pela confiança depositada por Filipe Luís. O treinador, que já foi companheiro do lateral nos tempos de jogador, hoje enxerga o uruguaio como peça estratégica para o elenco.
"Que jogador é o Varela! Um espetáculo tê-lo no grupo", elogiou Filipe recentemente, após mais uma atuação sólida do camisa 2. Desde que foi contratado, Varela disputou 94 partidas pelo Flamengo e vem se destacando pela polivalência. Atuando como lateral-direito e, em momentos pontuais, até como volante, ele entregou consistência defensiva e boa leitura de jogo — pontos valorizados pela comissão técnica.
"Meu objetivo é tentar ajudar, seja como volante ou lateral", resumiu o próprio jogador, deixando clara a disposição para contribuir onde for necessário. A versatilidade, somada ao bom momento técnico e à afinidade com o estilo de jogo do time, transformaram Varela em um dos pilares do elenco atual. Dentro do clube, o entendimento é que renovar com ele é questão de urgência, sobretudo para blindar o grupo de uma perda estratégica.
O Flamengo já recebeu uma contraproposta do empresário do jogador e analisa os termos. A vinda do agente ao Rio deve acelerar as definições. Internamente, a diretoria acredita que é possível chegar a um consenso para ampliar o contrato até 2027. A política de renovação com atletas considerados importantes tem sido uma constante nos bastidores rubro-negros. Casos recentes como o de Erick Pulgar, que ampliou seu vínculo, servem de modelo para o cenário de Varela.
Por enquanto, não há sinalizações de propostas formais de outros clubes, mas o status contratual do jogador — livre para negociar com qualquer equipe a partir de junho — acende o alerta. O clube trabalha para resolver a situação antes que o assédio se intensifique. Varela evita se envolver diretamente na parte burocrática e adota postura tranquila quando o assunto é seu futuro. "Não sei o que vai acontecer", disse o uruguaio, ao comentar brevemente sobre as negociações.
O valor se refere a participação do clube no primeiro mundial de clubes da entidade máxima do futebol mundial, que será realizado nos EUA
|
O Flamengo participa do Super Mundial de Clubes e tem uma boa grana a receber da Fifa nessa quinta-feira (29) por conta disso. A entidade estipulou a data desse dia 29 de maio para fazer o pagamento de 11,7 milhões de dólares, ou seja, R$ 66 milhões.
Isso porque a Fifa se comprometeu a pagar esse valor aos clubes que abrissem empresas nos EUA durante a nova competição. A diretoria do Flamengo justificou, na aprovação da abertura da empresa, que se ela não fosse constituída, teria impacto tributário "integral e oneroso".
A ideia de criar uma empresa nos EUA foi aprovada pelo Conselho Deliberativo do Flamengo no dia 20 de maio. Foi quando a diretoria do clube revelou ter o valor a receber da Fifa.
Foram 177 votos a favor da criação da empresa, com 206 membros do conselho participando da votação. A medida visa reduzir os impostos sobre as premiações do clube durante o Super Mundial da Fifa. As tarifas podem variar de 30% a 46%, dependendo do local da partida. Esse é o valor cobrado sobre os ganhos das empresas estrangeira sob a tutela da política fiscal de Donald Trump.
Ou seja, os tributos podem comer quase metade do valor total. Mas com a criação da empresa nos EUA, o valor é reduzido drasticamente, para 21%. É índice das empresas locais. A manobra fiscal reduz, então, o valor dos tributos em até 15%.
Treinador fala em sacrifícios físicos, elogia elenco pela entrega e detalha cenário de atletas lesionados; De La Cruz preocupa e não tem previsão de retorno
|
A vitória do Flamengo contra o Deportivo Táchira nesta quarta-feira (28) serviu para garantir a vaga nas oitavas de final da Libertadores, mas não aliviou o clima de tensão no clube. O placar magro de 1 a 0, aliado à segunda colocação no grupo, escancarou os problemas que Filipe Luís tem enfrentado fora das quatro linhas: o departamento médico virou protagonista.
Durante a coletiva após a partida, o técnico atualizou o status dos principais atletas lesionados. E se há boas notícias com o retorno iminente de Erick Pulgar, a situação de Nicolás De La Cruz preocupa — e muito. “O Erick deve estar na reta final. O Viña ainda precisa mais de treinamentos. O Plata falta bastante, e o Nico teve uma lesão mais longa. É o médico que tem que explicar, mas não esperamos ele a curto prazo”, revelou Filipe, sem rodeios.
A ausência prolongada de De La Cruz, um dos pilares do meio-campo rubro-negro, já começa a impactar diretamente a rotação da equipe. O uruguaio, peça-chave na transição e na recomposição, tem feito falta em partidas onde o Flamengo não consegue impor o ritmo. A fala do treinador indica que o retorno do camisa 18 não ocorrerá tão cedo, o que acende um alerta dentro do clube.
Viña e Plata também seguem fora, com prazos indefinidos. O lateral-esquerdo ainda precisa recuperar ritmo, enquanto o atacante equatoriano segue longe do retorno. A falta de profundidade nas pontas tem forçado improvisações no setor ofensivo. Pulgar, por outro lado, está próximo de reforçar novamente o time.
O chileno pode ser relacionado já para as próximas rodadas do Campeonato Brasileiro, desde que responda bem aos últimos testes físicos e táticos. Ele vinha sendo uma peça regular no esquema de Filipe antes de se lesionar. Além dos lesionados, o treinador fez questão de ressaltar o esforço de vários atletas que foram a campo no sacrifício.