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Neste sábado, às 18h30, o Maracanã será palco de mais um capítulo do Clássico dos Milhões. O confronto entre Vasco e Flamengo vai além da tradicional rivalidade: representa para o clube de São Januário a chance de quebrar um jejum de quase dez anos sem vencer o rival pelo Campeonato Brasileiro. A última vitória cruzmaltina aconteceu em 2015, quando o time venceu os dois turnos da competição nacional.
Naquela temporada, a equipe então comandada por Celso Roth superou o Flamengo por 1 a 0 na Arena Pantanal, com gol de Riascos, em jogo válido pelo primeiro turno. Já na volta, no Maracanã, os gols de Nenê e Rodrigo garantiram o triunfo por 2 a 1. Desde então, os números são desfavoráveis ao Vasco: em 12 partidas pelo Brasileirão, foram sete vitórias rubro-negras e cinco empates.
Enquanto o histórico entre 1971 e 2016 mostrava equilíbrio absoluto — 17 vitórias para cada lado e 18 empates — o cenário mudou nos últimos anos. Desde 2017, o Vasco venceu o Flamengo apenas duas vezes considerando todas as competições, desempenho que aumenta a pressão sobre a equipe de São Januário antes do clássico deste fim de semana.
O duelo deste sábado também pode ser decisivo para o futuro de Fábio Carille no comando vascaíno. O treinador chega ao clássico pressionado, após atuações pouco convincentes e derrotas recentes para Corinthians e Ceará. Um novo resultado negativo contra o maior rival pode acelerar a busca por alternativas na comissão técnica.
Mais do que os três pontos, a vitória contra o Flamengo pode representar um marco psicológico e técnico para o Vasco. Encerrar o longo tabu contra o rival e reafirmar a confiança no trabalho de Carille são os objetivos do elenco cruzmaltino, que aposta no apoio da torcida e na rivalidade para reagir em momento delicado da temporada.
O Rubro-Negro é o vice-líder da competição, com 21 pontos. Há sete jogos sem perder, os comandados de Filipe Luís chegam embalados para tentar assumir a ponta
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Para o seu último jogo antes da Copa do Mundo de Clubes, o Flamengo pode ter novidades tanto na escalação quanto no banco de reservas diante do Fortaleza, neste domingo, às 18h30 (de Brasília) no Maracanã, pela 11ª rodada do Campeonato Brasileiro.
No time, o técnico Filipe Luís mexeu no setor de ataque, que ficou devendo na vitória magra por 1 a 0 sobre o Deportivo Táchira na Libertadores. Bruno Henrique e Cebolinha voltam ao time titular. No meio de campo, Evertton Araújo começa.
O Flamengo vem a campo com: Rossi, Wesley, Léo Ortiz, Léo Pereira e Alex Sandro; Evertton Araújo, Gerson e Arrascaeta; Luiz Araújo, Cebolinha e Bruno Henrique.
A boa notícia pode ser a volta de mais dois jogadores do departamento médico. Pulgar, livre da lesão na coxa direita, e Viña, recuperado de múltiplas e graves lesões sofridas em agosto do ano passado, treinaram em campo na última sexta e foram relacionados para a partida.
De la Cruz e Plata, por sua vez, continuam machucados e fora de combate. Eles são preparados para voltar na Copa do Mundo de Clubes. Contudo, de última hora, o volante Allan também fica fora do duelo. Segundo informações do clube:
"Após retornar de lesão contra o Deportivo Táchira, o jogador apresentou dores musculares depois do jogo, em função do desgaste físico. O atleta segue o programa de recuperação estabelecido pelo Departamento Médico do clube, visando à disputa da Copa do Mundo de Clubes da FIFA"
Meia do Mais Querido apresenta desgaste muscular e desfalca equipe na 11ª rodada do Brasileirão; Viña e Pulgar estão de volta ao time
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O Flamengo comunicou oficialmente que o volante Allan está fora do jogo contra o Fortaleza neste domingo (01), pela 11ª rodada do Campeonato Brasileiro. O jogador apresentou dores musculares após a última partida e ficará de fora da equipe por precaução médica, conforme nota divulgada pelo clube.
Segundo o comunicado oficial, “após retornar de lesão contra o Deportivo Táchira, o jogador apresentou dores musculares depois do jogo, em função do desgaste físico. O atleta segue o programa de recuperação estabelecido pelo Departamento Médico do clube, visando à disputa da Copa do Mundo de Clubes da FIFA”.
Allan esteve ausente em quatro partidas antes de retornar diante do Deportivo Táchira. As ausências ocorreram nas partidas contra LDU, Botafogo, Botafogo-PB e Palmeiras. O volante já havia sofrido uma lesão no músculo posterior da coxa direita durante a partida contra o Bahia, em maio. Com a reincidência das dores, o jogador volta a desfalcar a equipe comandada por Filipe Luís.
Além de Allan, o Mengão não contará com De La Cruz, que segue tratando um entorse no joelho esquerdo, e Gonzalo Plata, que ainda se recupera de um edema ósseo. Apesar da condição clínica, Plata foi convocado pela seleção do Equador para a próxima Data FIFA, o que gerou atenção em relação ao seu quadro físico.
Em contrapartida, o Flamengo terá os retornos de Erick Pulgar e Matías Viña. O volante chileno se recuperou de lesão muscular na coxa e volta após cinco partidas ausente. Já Viña encerrou a transição física após quase dez meses afastado dos gramados por conta de uma lesão grave no joelho e tíbia da perna esquerda.
O atacant desembarcou no Fla em 2000, cercado de expectativas após ser emprestado da Espanha, onde se tornou ídolo. No entanto, fez apenas 17 partidas
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Honesto sobre a época da passagem pelo Flamengo, o ex-meia Denílson admitiu que não deu certo no clube por falta de dedicação própria. Segundo ele, além de ter "vacilado demais", o jogador também não "valorizou a própria marca" e deixou de conquistar um status importante no Rubro-Negro.
Denílson desembarcou no Flamengo em 2000, cercado de expectativas após ser emprestado pelo Betis-ESP — onde se tornou ídolo. No entanto, fez apenas 17 partidas pelo clube e retornou à Espanha.
"Foi [a maior decepção], porque hoje, com todo o discernimento que tenho, vacilei demais. O Flamengo tinha todos os problemas de estrutura, direção, mas o meu papel era ter representado. Hoje, entendo que sempre fui uma marca e, nesse curto período de Flamengo, não valorizei minha marca", disse ao "ge".
Ao longo desses 17 jogos, Denílson marcou quatro gols: contra Universidad de Chile, Goiás, Bahia e Sport. Ainda levou um cartão vermelho contra o Vélez Sarsfield-ARG, na Copa Mercosul, mas ficou nisso: "Não valorizei o Denilson atleta. Eu joguei, transferi a minha responsabilidade para uma questão burocrática, para uma falta de responsabilidade de uma diretoria. Terceirizei", apontou.
O Flamengo, na época, vivia uma série de problemas internos e até de organização básica na diretoria. Em outros tempos, Denílson acredita que, se tivesse suportado as dificuldades e se esforçado, poderia ser dono de um status completamente diferente no imaginário rubro-negro.
"Eu tinha feito um contrato de dois anos e fiquei seis meses. Se nesses seis meses eu me dedico, jogo, hoje o torcedor flamenguista me olharia de forma diferente, igual o torcedor do Palmeiras me olha", afirmou.
Após a passagem pelo Flamengo, Denílson só voltaria a defender um clube brasileiro em 2008, quando fechou com o Palmeiras. Mais experiente, dedicou-se e conseguiu representar o time paulista em 55 jogos, na única temporada em que esteve por lá.
"Fui para o Palmeiras ganhando um salário normalzinho. Se não me engano, fui o primeiro a fazer um contrato de produtividade, só que já tinha discernimento da minha carreira, me dediquei 100%", pontuou.
Por fim, Denílson voltou a ressaltar que não vê culpa do Flamengo pelo fato de a passagem não ter dado certo. Para o hoje comentarista, o único culpado é ele.
"No Flamengo, não me dediquei. O clube não tem culpa de nada, a culpa desse período de não ter dado certo é toda minha", finalizou Denílson.
Além de Flamengo, Betis e Palmeiras, Denílson defendeu São Paulo — time que o revelou para o futebol —, Bordeaux-FRA, Al Nassr-SAU, Dallas-EAU, Itumbiara, Hai Phong-VNM e Kavala-GRE.