Flamengo vê jogador "acomodado" e não descarta recisão por parte do clube

Com quatro times brasileiros garantidos, entre eles o Flamengo, o Mundial de Clubes da Fifa prevê uma regra bastante diferente do que o futebol do país está acostumado. De acordo com o regulamento da competição, os clubes só poderão utilizar um patrocinador no uniforme de jogo, que deverá ficar situado no espaço máster da camisa — ou seja, na parte da barriga, abaixo do escudo.

Todas as outras marcas terão que ser retiradas das camisas, o que vai gerar um exercício de análise entre os clubes e seus patrocinadores, que devem analisar outras formas de expor a marca ao longo do torneio. Atualmente, o espaço principal do Manto é ocupado pela Pixbet.

A retirada de patrocinadores, obviamente, limita a exposição das marcas e pode gerar uma redução de receita. Até o tamanho do patrocínio permitido foi limitado: conforme o Artigo 12.2.3 do regulamento, o parceiro exposto no espaço máster terá direito a um espaço já definido.

Tudo isso tem o objetivo de tornar os uniformes mais "limpos", assim como acontece com as seleções. Além disso, a Fifa também quer padronizar o sistema, produzindo uma identidade visual mais parecida entre os competidores durante os jogos.

O Mundial de Clubes estreia o novo formato no dia 14 de junho, com o jogo de abertura entre Al Ahly-EGI e Inter Miami. O Flamengo entra em campo pela primeira vez no dia 16, contra o Espérance-TUN. Depois, ainda encara Chelsea e León-MEX na fase de grupos, respectivamente nos dias 20 e 24. Os dois primeiros jogos serão na Filadélfia, e o terceiro acontece em Orlando.

Além do Rubro-Negro, Palmeiras, Botafogo e Fluminense são os outros brasileiros na competição. Os paulistas estão no Grupo A, com Al Ahly, Inter Miami e Porto-POR, enquanto o Alvinegro ocupa o B — junto a Atlético de Madrid, PSG e Seattle Sounders-EUA. Por fim, no Grupo F, o Tricolor pega Borussia Dortmund, Ulsan-COR e Mamelodi Sundowns-AFS.

Os treinamentos da semana foram marcados por um foco na parte tática e na recuperação física dos jogadores. A comissão técnica adotou um planejamento detalhado para minimizar o desgaste de atletas que vêm de uma sequência intensa de jogos. Ainda assim, a decisão sobre quem entrará em campo deve ser tomada apenas momentos antes da partida. O adversário da rodada busca surpreender e, por isso, a estratégia rubro-negra precisa ser bem calculada.

DÚVIDAS NA ESCALAÇÃO TITULAR

Ayrton Lucas, que desfalcou o time nas duas últimas rodadas por conta de uma contusão no joelho, participou das atividades ao longo da semana, mas sua presença entre os titulares ainda é incerta. A equipe médica monitora o lateral de perto para evitar qualquer risco de agravamento da lesão. Caso ele não tenha condições de jogo, Filipe Luís deve optar por um substituto que mantenha o padrão defensivo e a intensidade no ataque.

PROBLEMA DE ÚLTIMA HORA COM DE LA CRUZ

O meio-campista uruguaio De La Cruz é outro nome que pode ficar de fora do confronto. O jogador sofreu um corte no pé em um acidente doméstico e acabou perdendo algumas sessões de treino. Embora não seja uma lesão grave, o desconforto pode influenciar na decisão da comissão técnica de poupá-lo. Sua ausência pode impactar o setor criativo da equipe, exigindo ajustes no meio de campo.

Desde que assumiu o comando técnico, Filipe Luís tem priorizado uma abordagem estratégica na utilização do elenco. Com uma temporada desgastante e um calendário apertado, a comissão avalia constantemente a condição física dos atletas para evitar sobrecargas e possíveis lesões. A possível ausência de alguns titulares reforça a necessidade de ter alternativas viáveis dentro do grupo.

O adversário da vez, o Maricá, chega motivado para o confronto e vê na partida uma oportunidade de ganhar visibilidade. A equipe vem realizando uma campanha consistente e pretende explorar eventuais fragilidades do Mais Querido. O setor defensivo precisa estar atento para evitar surpresas, especialmente diante de um time que costuma se organizar bem na marcação e explorar jogadas rápidas.

Apesar de ser considerado uma promessa dentro do clube, Matheus Gonçalves não tem recebido tantas oportunidades no elenco principal. Sob o comando de Filipe Luís, que assumiu interinamente, o meia tem ficado mais no banco de reservas. No recente clássico contra o Vasco, entrou na segunda etapa e quase deixou sua marca, mas desperdiçou a finalização que poderia ampliar o placar para 3 a 0. Essa falta de minutos em campo pode ser um fator que motive sua saída.

 O DESTINO IDEAL PARA O MEIA

O Brighton tem se especializado em desenvolver jovens talentos e pode ser um destino interessante para Matheus Gonçalves. O clube inglês tem um histórico de valorização de atletas sul-americanos, dando-lhes chances na Premier League. Para o jogador, a ida para a Europa representa a oportunidade de ganhar mais minutagem e evoluir taticamente. Por outro lado, a diretoria rubro-negra precisará avaliar a proposta com cautela, levando em conta o potencial de crescimento do atleta.

UMA RECUSA QUE DEU CERTO NA CARREIRA 

Na última janela de transferências, o Mengão rejeitou uma oferta de 8 milhões de euros do Red Bull Bragantino por Matheus Gonçalves. Naquele momento, o jogador demonstrou interesse em uma possível transferência, pois estava com poucas chances no time de Tite. Mesmo com a negativa, sua vontade de buscar novos ares pode influenciar uma possível negociação com o Brighton. A diferença agora é que a oferta vem de um clube europeu, o que pode ser um fator decisivo.

O mercado europeu costuma investir pesado em jovens promessas, e Matheus Gonçalves pode se encaixar nesse perfil. Caso o Brighton avance nas conversas, os valores envolvidos na transferência podem ser superiores às ofertas nacionais. O Flamengo, conhecido por ser um clube que negocia bem seus ativos, certamente tentará obter o maior retorno possível na venda. Se a proposta superar a do Bragantino, as chances de acerto aumentam consideravelmente.

A opinião de Filipe Luís pode ter peso na decisão sobre o futuro de Matheus Gonçalves. O treinador interino pode enxergar potencial no jogador e solicitar sua permanência, principalmente se tiver planos para dar mais espaço ao jovem. Caso isso aconteça, o clube pode tentar convencer o atleta a seguir no futebol brasileiro por mais tempo. No entanto, se as oportunidades continuarem escassas, a tendência é que a saída se torne inevitável.