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O calendário ainda está no início — com menos de dez rodadas disputadas no Campeonato Brasileiro e as fases iniciais da Libertadores e Copa do Brasil em andamento —, mas o Flamengo já sente o impacto da maratona de jogos. A decisão de poupar Arrascaeta por desgaste físico no clássico contra o Botafogo, no último domingo (18), acendeu o sinal de alerta sobre a necessidade de reforços para manter o desempenho ao longo da temporada.
Atualmente, o elenco rubro-negro não conta com um substituto imediato para Arrascaeta, e a contratação de um camisa 10 é tratada como prioridade absoluta na próxima janela. Lorran, que chegou a ser afastado por Filipe Luís e reintegrado ao sub-20, voltou a ser relacionado por necessidade diante dos desfalques no setor. Além do uruguaio, o Flamengo não contou com Gerson (suspenso) e os volantes Allan e Pulgar (lesionados) no clássico.
Sem Arrascaeta, Filipe Luís precisou adaptar a estrutura da equipe. Contra o Botafogo, escalou o time com quatro atacantes, deslocando Luiz Araújo para o meio, numa tentativa de suprir a ausência criativa. No segundo tempo, Matheus Gonçalves foi acionado para dar mais fôlego à construção ofensiva, mas as alternativas não surtiram efeito e o Flamengo pouco produziu na partida.
Entre os nomes encaminhados, Jorginho, ex-Arsenal, é aguardado na primeira semana de junho. Embora inicialmente não estivesse entre as prioridades, o volante chega para reforçar uma posição fragilizada por lesões. As contusões de Allan e Pulgar são consideradas leves, mas De La Cruz preocupa: o meia sofreu uma entorse no joelho esquerdo e passará por exames nesta segunda-feira.
O Flamengo deve trazer ao menos quatro reforços nas próximas janelas. No entanto, a tendência é que apenas Jorginho esteja disponível para disputar o Mundial de Clubes. A chegada de novas peças também dependerá de possíveis saídas a partir de julho. Internamente, o clube reconhece a qualidade do elenco atual, mas entende que são necessárias contratações pontuais para manter o alto nível de competitividade e garantir revezamento eficaz em meio a um calendário exigente.
Clube encabeça discussão na Comissão Nacional de Clubes e apresenta sugestões para reformular uso do árbitro de vídeo nas partidas
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Mais uma vez, a arbitragem brasileira está sob os holofotes. Com novas polêmicas surgindo a cada rodada, o Flamengo assumiu protagonismo e lidera um grupo de clubes que quer mudanças no protocolo do VAR no futebol nacional. Em meio a críticas constantes e uma relação cada vez mais conturbada entre campo e tecnologia, a Comissão Nacional de Clubes se reúne nesta segunda-feira (19) com uma pauta específica: sugerir alterações no uso do árbitro de vídeo no país.
O movimento é encabeçado pelo Flamengo, mas conta com o apoio de ASA, Botafogo-SP, Fortaleza, Internacional, Maringá, São Paulo, Vasco e Volta Redonda. O encontro tem como foco central levar propostas diretamente a Rodrigo Martins Cintra, responsável pela operação do VAR na Confederação Brasileira de Futebol (CBF). São três medidas objetivas, com foco na transparência, agilidade e autonomia dos árbitros.
A primeira delas é clara: cortar o áudio contínuo entre o árbitro de campo e a cabine do VAR. A proposta não elimina o contato entre as partes, mas quer impedir que haja convencimento da cabine sobre a decisão final, prática que vem sendo apontada como interferência indevida no julgamento de lances subjetivos.
Para os clubes, o VAR deve apenas recomendar uma revisão, sem sugerir o que deve ser marcado. Há uma percepção de que a cabine atua como "segunda arbitragem", algo que contraria o conceito original do recurso, que é auxiliar, e não decidir. A segunda sugestão lida diretamente com o tempo de análise.
A ideia é estabelecer dois minutos como tempo máximo para a cabine identificar irregularidades em lances de jogo. Caso nada seja detectado nesse intervalo, o jogo seguiria normalmente, sem paralisações excessivas. Se alguma irregularidade for detectada nesse tempo, o árbitro de campo teria mais dois minutos para revisar o lance no monitor — criando, na prática, um limite operacional de até quatro minutos por revisão, entre cabine e campo.
Elenco treina no Ninho antes de confronto com o Botafogo-PB; recuperação de lesionados é tratada como prioridade no CT Ninho do Urubu
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Sem descanso após o clássico. Um dia depois de empatar em 0 a 0 com o Botafogo, pelo Campeonato Brasileiro, o elenco do Flamengo se reapresentou nesta segunda-feira (19), no Ninho do Urubu. O foco agora é total na partida de volta contra o Botafogo-PB, pela terceira fase da Copa do Brasil.
A equipe comandada por Filipe Luís iniciou os trabalhos às 9h30 (horário de Brasília) e terá apenas dois treinos antes da decisão no Maracanã, marcada para quarta-feira (21), às 21h30. Na ida, no Maranhão, o Rubro-Negro venceu por 1 a 0 com gol do jovem Joshua. O segundo e último treinamento antes da partida está previsto para terça-feira (20), às 15h30. A tendência é que o time utilize força máxima, ao contrário do primeiro confronto, quando Filipe optou por um time alternativo.
O planejamento da comissão técnica prevê uma nova reapresentação já na quinta-feira, também sem folga. A atividade da tarde está marcada para as 15h30. Na sexta e no sábado, os treinos serão pela manhã, às 9h30. A maratona de jogos tem cobrado fisicamente do elenco, e a recuperação dos jogadores lesionados é considerada peça-chave no planejamento da semana. No domingo, o Flamengo encara o Palmeiras, fora de casa, em confronto direto na parte de cima da tabela do Brasileirão.
De acordo com apuração do MundoBola Flamengo, o meia De la Cruz sofreu uma entorse no joelho esquerdo durante o clássico contra o Botafogo e precisou ser substituído. Um exame mais detalhado foi agendado para esta segunda-feira. Arrascaeta, que sequer foi relacionado no último jogo, também preocupa. O camisa 14 segue em tratamento de uma lesão muscular e será reavaliado ao longo da semana. O clube evita estipular prazo para retorno, mas trabalha com cautela.
Outros nomes seguem fora de combate. Erick Pulgar e Allan estão em recuperação de lesões no músculo adutor da coxa. Gonzalo Plata, por sua vez, trata um edema ósseo e também segue fora da programação de jogos da semana. O lateral-esquerdo Matías Viña é outro que ainda não foi liberado para treinar com o grupo. O uruguaio está na fase final de transição após um longo período afastado por lesão no joelho.
Atacante foi vítima de ataques racistas em clássico entre o seu Real Madrid e os Colchoneros e deu depoimento nesta segunda-feira (19)
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Em depoimento prestado nesta segunda-feira (13), o atacante Vinícius Júnior, ex-Flamengo, afirmou ter sentido medo pela própria vida e pela de seus familiares após um ato racista praticado por torcedores do Atlético de Madrid. O episódio, ocorrido em janeiro de 2023, envolveu a exposição de um boneco com a camisa do jogador, simulando um enforcamento, pendurado em uma ponte da capital espanhola, às vésperas de um clássico contra o Real Madrid.
Não sabia se eu e minha família estávamos em perigo..."
“Foi um dia muito triste para mim. Eu não sabia o que ele (o boneco pendurado) queria dizer, se eu e minha família estávamos em perigo”, declarou o jogador, segundo informações da agência EFE.
O depoimento foi colhido por videoconferência e será utilizado como prova no julgamento de quatro homens, acusados pelo ato. Como estará em campo pelo Real Madrid na disputa do Mundial de Clubes, Vini Jr antecipou o testemunho que integrará a audiência marcada para o dia 16 de junho, no Tribunal Provincial de Madri.
O processo tramita no Tribunal de Instrução nº 28 de Madri, e os réus respondem por crimes contra os direitos fundamentais, integridade moral e ameaça incondicional — tipificados como crime de ódio. As acusações foram apresentadas pelo Ministério Público, pela Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) e pela LaLiga.
O MP solicita pena de quatro anos de prisão para os acusados, além de uma indenização conjunta no valor de 6 mil euros (cerca de R$ 38.400) por danos morais causados ao jogador brasileiro.
No dia 26 de janeiro de 2023, às vésperas de um dérbi entre Real Madrid e Atlético de Madrid, torcedores colaram uma faixa com os dizeres “Madri odeia o Real” — lema da torcida organizada do Atlético — e penduraram um boneco trajando a camisa de Vini Jr, simulando enforcamento, em uma ponte nas imediações do centro de treinamento do Real.
O ato gerou ampla repercussão internacional e foi repudiado por clubes, entidades esportivas e figuras públicas. Em nota oficial, o Atlético de Madrid condenou o gesto e afirmou que, embora a rivalidade com o Real Madrid seja intensa, o respeito deve prevalecer.