Gabigol precisa voltar com um bom futebol no ataque do Flamengo - afirma jornalista

Nesta sexta-feira (18), Cléber Xavier, braço direito e auxiliar técnico de Tite, ex-Flamengo, desde 2001, anunciou que está deixando a comissão técnica do renomado treinador para seguir sua própria trajetória como técnico de futebol. O gaúcho de Alegrete acompanhava Tite desde os tempos de Grêmio e, juntos, conquistaram 14 títulos, além de terem trabalhado na Seleção Brasileira em duas Copas do Mundo, em 2018 e 2022.

A decisão de Cléber, embora planejada há algum tempo, marca o fim de uma longa e bem-sucedida parceria, que começou há mais de duas décadas e se destacou tanto no futebol brasileiro quanto internacional.

CARREIRA MARCADA POR CONQUISTAS E RELAÇÃO DE AMIZADE

Cléber Xavier usou suas redes sociais para divulgar uma carta aberta de despedida, onde agradeceu a Tite, os clubes pelos quais passou, e os muitos profissionais com quem trabalhou. Ele destacou a importância de sua trajetória ao lado do treinador, enfatizando a amizade e os laços que criaram ao longo dos 24 anos de parceria.

“É um momento de sensações conflitantes”, escreveu Cléber. “Se por um lado, deixar uma função onde fui extremamente feliz é difícil, por outro, a busca pelo velho sonho faz com que eu me sinta bastante empolgado.”

O ex-auxiliar técnico expressou ainda a vontade de, um dia, reencontrar Tite, desta vez, em campos opostos, como treinadores de clubes diferentes.

A NOVA CAMINHADA DE CLÉBER XAVIER COMO TREINADOR

A transição de Cléber Xavier para o cargo de treinador já era algo que vinha sendo amadurecido, e agora ele se sente preparado para iniciar esse novo desafio. Sua experiência de mais de 30 anos no futebol e sua convivência próxima com Tite certamente o colocam em uma posição favorável para se destacar na nova função.

Twitter: @pabloraphaelrua

Desde a lesão do atacante Pedro, o Flamengo tem enfrentado uma fase de instabilidade que tem gerado preocupação entre torcedores e dirigentes. O jogador, que vinha sendo peça-chave no ataque rubro-negro, se afastou dos gramados devido a uma contusão, e o impacto em campo foi evidente. Em 12 jogos desde o ocorrido, o Flamengo conquistou apenas 4 vitórias, um rendimento bem abaixo das expectativas para um clube que sempre briga por títulos em todas as competições que disputa.

Além das poucas vitórias, o Flamengo também sofreu 6 derrotas, um número elevado para um time do seu porte. A equipe conseguiu 2 empates, mas a instabilidade nos resultados aponta para uma dificuldade de manter um padrão de jogo competitivo sem a presença de Pedro. O setor ofensivo, em particular, foi o mais prejudicado, com a equipe marcando apenas 8 gols durante esse período, um reflexo direto da ausência do artilheiro. Com 7 gols sofridos, a defesa também tem mostrado algumas falhas, mas o principal problema está na ineficácia ofensiva.

 A DEPENDÊNCIA DE PEDRO NO ATAQUE DO MAIS QUERIDO

A eliminação da Copa Libertadores é, sem dúvidas, o ponto mais crítico dessa sequência ruim. O Flamengo, que tinha ambições de conquistar mais uma vez o torneio continental, viu suas chances serem frustradas, o que aumentou a pressão sobre o elenco e a comissão técnica. A falta de gols decisivos e o rendimento inconsistente foram determinantes para a queda precoce na competição, algo que aumentou as críticas em relação ao desempenho do time desde a lesão de Pedro.

O técnico do Flamengo tem buscado alternativas no elenco para suprir a ausência do atacante, mas nenhuma solução até o momento conseguiu ser tão efetiva quanto Pedro vinha sendo. A dependência do time em relação ao jogador ficou ainda mais evidente nessa sequência de jogos, e os números comprovam essa dificuldade. Mesmo com a qualidade de outros atletas no elenco, o Flamengo ainda não encontrou um equilíbrio ofensivo que permita recuperar o rendimento.

 A FALTA DE RENDIMENTO NO CLUBE 

A volta de Pedro aos gramados é aguardada com expectativa, mas até lá, o Flamengo precisará encontrar formas de melhorar seu desempenho, especialmente no ataque. Com o Campeonato Brasileiro em andamento e a necessidade de voltar a vencer, o clube terá que ajustar sua postura e corrigir as falhas apresentadas nos últimos jogos, a temporada ainda reserva desafios.

O Flamengo vive um momento de oscilação nos últimos jogos, e a análise de desempenho do time em partidas onde o volante Allan esteve presente por mais de 25 minutos levanta preocupações. Em um recorte dos últimos 10 confrontos em que o atleta atuou pelo menos esse período, o Rubro-Negro conquistou apenas duas vitórias, teve um empate e sofreu sete derrotas. Esses números apontam para uma sequência negativa que não pode ser ignorada, especialmente em um clube com ambições tão altas como o Flamengo.

O primeiro desses jogos foi o clássico contra o Fluminense, uma derrota por 2 a 0 que escancarou falhas defensivas e falta de criatividade no meio de campo. Na partida seguinte, o Flamengo enfrentou o Grêmio, um confronto marcado por um placar apertado, 3 a 2, mas que novamente evidenciou a incapacidade do time em se impor, mesmo com Allan em campo por tempo considerável. Na sequência, outro tropeço: derrota por 2 a 1 para o Corinthians, deixando clara a dificuldade do Flamengo em vencer adversários de peso.

FLAMENGO TEM ALLAN COMO UM PROBLEMA

Apesar dessa sequência ruim, o Flamengo conseguiu respirar com uma vitória suada por 2 a 1 contra o Bragantino, mostrando lampejos de reação. No entanto, logo em seguida, um duro revés contra o Botafogo, 4 a 1, reacendeu as críticas sobre a falta de consistência no time. Em seguida, o time sofreu mais uma derrota, dessa vez por 1 a 0 para o Palmeiras, em um jogo que expôs novamente a fragilidade defensiva do Flamengo e a falta de equilíbrio no meio de campo.

FILIPE LUIS TEM DOR DE CABEÇA 

Nas duas partidas seguintes, contra São Paulo e Vitória, o Flamengo obteve uma derrota apertada por 1 a 0 e uma vitória por 2 a 1, respectivamente. Essas partidas mantiveram a tônica de um time que oscila entre momentos de recuperação e fases de total desconcentração. Contra o Fortaleza, outro revés por 2 a 1, reforçando a inconstância da equipe. Para fechar a análise dos 10 jogos, o empate por 1 a 1 com o Cuiabá trouxe pouco alívio, evidenciando que, apesar de não ter sido mais uma derrota, o Flamengo continua longe do desempenho esperado.

Diante desse cenário, é natural questionar o impacto de Allan nesses resultados. Embora não seja justo culpar um único jogador por todo o desempenho do time, a coincidência da queda de rendimento em partidas onde ele tem um tempo significativo de jogo levanta questionamentos sobre sua adaptação ao esquema tático e sua influência no time. Fica evidente que o Flamengo precisa ajustar o meio de campo e encontrar um equilíbrio que permita à equipe voltar a vencer e competir em alto nível, e Allan pode ser uma peça importante nesse processo, mas não pode carregar sozinho a responsabilidade por esses resultados.