Futebol
23 Out 2024 | 10:17 |
A classificação do Flamengo sobre o Corinthians na Copa do Brasil continua repercutindo, especialmente em relação a Filipe Luís. Isso porque o técnico rubro-negro precisou demonstrar sua astúcia para superar Ramón Díaz e ajustar a equipe após a expulsão de Bruno Henrique, garantindo que o time não ficasse vulnerável com um jogador a menos. Segundo Victor Nicolau, do canal Falso 9, o treinador foi "brilhante" e "genial".
Victor detalha as decisões acertadas do técnico do Flamengo, descrevendo as estratégias implementadas durante o confronto.
“O lado esquerdo era o que o Flamengo tinha facilidade e estava bem. Ele tira o Gabigol, que não estava bem de novo, e coloca o Fabrício Bruno, ficando com três zagueiros. A frente deles, existia uma linha de três volantes e o Arrascaeta”, inicia.
O analista também explica como foi a distribuição das funções no meio-campo e a ideia de Filipe Luís ao direcionar as jogadas ofensivas do Corinthians para as laterais do campo.
“O Flamengo, basicamente, entregava a bola para o Corinthians, e a partir disso, entregava também uma superioridade numérica pelo lado do campo, obrigando o Pulgar a ser esse peão, basculando pelos lados e até entrando na área. Ao Arrascaeta, cabia ser o atacante, e também de eventuais momentos defensivos, ser até volante nesse sistema”, continua.
A estratégia defensiva de Filipe Luís
A defesa rubro-negra pressionava os atacantes corintianos, forçando-os a permanecer na área à espera de cruzamentos. Segundo o analísta, essa abordagem funcionou bem, com o Corinthians recorrendo às bolas alçadas, sem sucesso em convertê-las em chances perigosas.
“O Flamengo se organizava marcando os três atacantes do Corinthians, que tinham que ficar entrando na área o tempo inteiro. Léo Pereira e Fabrício Bruno tinham essa dinâmica de sair a caça desses jogadores, enquanto o Corinthians conseguia gerar superioridade numérica pelos lados do campo e cruzar bolas na área”, explica.
“Era só o que o Corinthians se limitava a fazer mesmo sem ter um 9 alto em campo. O desafio que o Filipe deu foi para o Ramón Díaz tentar construir algo dando os cruzamentos para ele e o Ramón nada conseguiu fazer”, analisa.
Flamengo equilibra defesa e ataque
O canal Falso 9 também avalia a postura ofensiva do Flamengo sob o comando de Filipe Luís. Para o analista, Alex Sandro e Wesley foram fundamentais ao aliviar a pressão, enquanto o meio-campo do Mengão foi decisivo em manter a posse de bola, impedindo uma investida corintiana em busca do empate. O time se mostrava mais próximo de ampliar o placar do que de ceder o gol de igualdade.
“A estratégia do Flamengo passava por esses dois alas (Alex Sandro e Wesley). Cabia a eles a força de levar o time para frente. Com um a menos, você precisa ter força na saída de bola e na transição para colocar o seu time numa fase ofensiva. Além disso, você precisa ter retenção de bola. Pulgar, Gerson e Arrascaeta fizeram isso brilhantemente”, opina.
Victor Nicolau elogia, ainda, a mudança tática no segundo tempo, destacando a atuação de Gerson, que foi, em sua opinião, o melhor jogador em campo, além de exaltar o trabalho de Filipe Luís.
“No segundo tempo, os dois técnicos mexeram. O Filipe Luís tirou o Alex Sandro para colocar o Ayrton Lucas. O Filipe adaptou o time para não sofrer e o Ramón adaptou para o Filipe sofrer ainda menos. Além do Flamengo não sofrer mais pelo corredor, não sofreu por dentro, porque o Corinthians é muito fraco na construção. O Flamengo começou a conseguir até a sair pelo lado direito”, lembra.
“Brilhantes intervenções de Filipe Luís, assim como uma partida sublime dos seus jogadores. Não tem como não destacar a atuação do Gerson“, finaliza.
Ex-jogador detonou jogadores do Mengão por erros consecutivos nas cobranças de pênaltis na final da Copa Intercontinental contra os franceses
18 Dez 2025 | 20:00 |
A derrota do Flamengo para o PSG nos pênaltis, que custou o título da Copa Intercontinental, gerou fortes críticas do comentarista Walter Casagrande. Durante participação no programa UOL News Esporte, o ex-atacante foi contundente ao avaliar o desempenho rubro-negro nas cobranças decisivas.
Casagrande sobre o Flamengo contra o PSG: "é inadmissível um time perder quatro pênaltis seguidos..."
Apesar de reconhecer a grande atuação ao longo dos 120 minutos e a temporada vitoriosa do clube, Casagrande classificou como inaceitável a sequência de erros na marca da cal em uma decisão de porte mundial como contra o PSG.
Para o comentarista, a eliminação ficou marcada negativamente pelas cobranças desperdiçadas por Saúl, Pedro, Léo Pereira e Luiz Araújo. Segundo ele, o contexto da partida torna a falha ainda mais grave: “Na minha visão, como ex-jogador, é inadmissível um time perder quatro pênaltis seguidos numa decisão mundial. Empatou no tempo normal, segurou na prorrogação e, na hora decisiva, erra quatro vezes. É absurdo”, afirmou.
Casagrande também destacou o peso emocional do momento, lembrando que aquela foi a última oportunidade dos atletas na temporada antes do período de férias: “Eram os últimos pênaltis do ano. O último chute de cada jogador na temporada. Hoje eles estão de férias, não vão mais chutar uma bola”, completou.
Além da crítica pontual, Casagrande fez uma análise mais ampla sobre o posicionamento do clube no cenário internacional. Para ele, o Flamengo ocupa um patamar intermediário entre os principais times sul-americanos e as grandes potências europeias: “O Flamengo é o elo perdido entre a América do Sul e a Europa. Está muito à frente dos times sul-americanos. Não vejo ninguém próximo, com exceção do Palmeiras”, avaliou.
Segundo o ex-atacante, a principal diferença para os clubes europeus está no aspecto físico e no perfil das contratações: “Na Europa, eles contratam grandes jogadores jovens. Aqui, mesmo com poder financeiro, os clubes acabam buscando atletas mais experientes. Isso impacta na intensidade e na resistência do jogo”, explicou.
Apesar das críticas à decisão, Casagrande fez questão de ressaltar o desempenho geral do Flamengo em 2025. Para ele, o saldo do ano é amplamente positivo: “Foi uma temporada espetacular. Ganhou o Carioca, a Supercopa, o Campeonato Brasileiro, a Libertadores e ainda chegou à final contra o PSG. O ano termina em alto nível”, concluiu.
Comentarista vê zoações por parte de torcedores rivais como ‘dor de cotovelo’ pelo que o Mengão tem conquistado nos últimos anos
18 Dez 2025 | 19:00 |
Mesmo com a derrota na final da Copa Intercontinental, o Flamengo voltou a deixar claro que segue em um patamar acima no cenário nacional. A avaliação é do ex-atacante Rafael Sóbis, que elogiou o momento vivido pelo clube e chamou atenção para a distância em relação aos principais concorrentes do futebol brasileiro.
Rafael Sóbis sobre o Flamengo: "O que ficou claro é o quanto será difícil competir..."
Em vídeo publicado nas redes sociais, Sóbis fez um alerta direto aos torcedores rivais. Para ele, o desempenho recente escancarou uma superioridade construída ao longo dos últimos anos, fruto de planejamento, estrutura e continuidade.
“Tu que está rindo da derrota, vem cá. É inveja, né? Eu sei porque eu também estou. Ter que admitir que o time é muito bom, que está colhendo tudo o que plantou, enquanto o nosso está anos-luz atrás. O que ficou claro é o quanto será difícil competir”, afirmou.
Segundo o ex-jogador, o confronto contra o PSG deixou ainda mais evidente a força do elenco rubro-negro. Para ele, o Flamengo esteve muito próxima de cravar sua bandeira como campeã mundial diante de um dos times mais admirados do futebol atual.
“Foi contra um dos times que mais encantam no mundo. Quando a gente olha para dentro, percebe que a situação dos outros clubes é complicada. Seja em organização, estrutura ou simplesmente porque existe um adversário nadando de braçada”, completou.
Torcedor declarado do Internacional, Rafael Sóbis admitiu sentimento de impotência diante do domínio exercido pelo Flamengo no futebol sul-americano. Na visão dele, o vice-campeonato mundial não altera o cenário para os próximos anos.
“Para doer ainda mais, eles vão seguir ganhando. A gente vai continuar sofrendo e sentindo inveja. O pior sentimento é rir daquilo que não conseguimos fazer. Não sou flamenguista, mas como ex-jogador, essa é a realidade”, concluiu.
Atacante não conseguiu ter o desempenho esperado em sua passagem pelo Mengão e final da Copa Intercontinental pode ter sido sua última vez com o Manto
18 Dez 2025 | 18:00 |
A derrota para o PSG na final da Copa Intercontinental deve ter sido o último capítulo de Juninho com a camisa do Flamengo. Embora não tenha sido acionado por Filipe Luís, o atacante foi participativo à beira do campo durante toda a partida e chegou a receber cartão amarelo por reclamação, ainda no banco de reservas.
Contratado no início da gestão de Luiz Eduardo Baptista, o Bap, Juninho foi a primeira aposta da nova diretoria no mercado. No entanto, o jogador não conseguiu se firmar no elenco, e a saída passou a ser vista internamente como um caminho natural.
O destino do atacante deve ser o Pumas, do México. As partes já têm praticamente tudo acertado para um contrato de três temporadas, com gatilho de renovação por mais um ano mediante o cumprimento de metas. Para liberar o jogador, o Flamengo deverá recuperar o investimento feito junto ao Qarabag, do Azerbaijão. O clube mexicano concordou em pagar 5 milhões de euros, valor que gira em torno de R$ 31 milhões. As negociações estão em fase final para a conclusão da transferência.
Juninho chegou ao Flamengo no início da temporada após bom desempenho no futebol árabe. A contratação teve como objetivo suprir a saída de Gabigol e a ausência de Pedro, que se recuperava de lesão. Apesar de ter sido um nome solicitado pelo treinador, o atacante teve poucas oportunidades ao longo do ano. Ao todo, disputou 32 partidas e marcou quatro gols, sem conseguir se consolidar como opção frequente no time titular.
Sem espaço e, em alguns momentos, sequer relacionado para as partidas, Juninho chegou a receber sondagens na janela do meio do ano. Na ocasião, após conversas internas, o Flamengo optou por mantê-lo no elenco, sob a promessa de que o atacante teria mais minutos em campo. O cenário, no entanto, não se confirmou.
A última vez que Juninho entrou em campo pelo clube foi na final da Libertadores, quando atuou por cerca de dez minutos diante do Palmeiras. Já na Copa Intercontinental, esteve relacionado nas três partidas, contra Cruz Azul, Pyramids e PSG, mas não foi utilizado em nenhuma delas.