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Futebol
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Vivendo um início difícil com a equipe alternativa no Campeonato Carioca, o Flamengo de 2025 igualou uma marca negativa que não alcançava desde 2006: encerrar a segunda rodada do torneio sem vitórias. Ou seja, é a primeira vez desde aquela temporada em que o clube parte para o terceiro jogo ainda sem um triunfo sequer na competição.
Naquele ano, um dos piores da história para o Flamengo no Estadual, o primeiro triunfo só veio na quinta rodada, a última da Taça Guanabara. Contra um Americano já classificado em primeiro, o time rubro-negro venceu por 4 a 2 e terminou na penúltima posição do Grupo A no primeiro turno.
O início em 2006, no entanto, foi ainda pior do que em 2025. Esse ano, o clube abriu a competição com uma derrota para o Boavista, por 2 a 1, seguida de um empate em 1 a 1 com o Madureira. Há 19 anos, foram dois revezes em sequência: 1 a 0 para o Nova Iguaçu na estreia e 2 a 1 para a Cabofriense na segunda rodada.
Depois, ainda vieram dois empates seguidos em 2 a 2 contra Portuguesa e Fluminense, até que a vitória sobre o Americano fechou o primeiro turno. Em toda a competição, o Rubro-Negro triunfou apenas duas vezes e terminou na penúltima colocação da classificação geral.
Em 2025, o time alternativo ainda terá dois jogos em São Luís para quebrar essa sequência antes da chegada dos titulares. No próximo domingo (19), o adversário será o Nova Iguaçu, terceiro colocado na tabela, a partir das 21h (horário de Brasília). No dia 22, a equipe encara o lanterna Bangu, às 19h.
Até o fim da Taça Guanabara, o Rubro-Negro ainda vai encarar Volta Redonda, Sampaio Corrêa, Botafogo, Portuguesa, Fluminense, Vasco e Maricá. Os quatro melhores colocados se classificam para as semifinais.
O vínculo do zagueiro com o clube termina em dezembro deste ano, e a expectativa é que as negociações comecem no próximo mês.
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Com o fechamento da primeira janela de transferências, o Mais Querido agora volta suas atenções para a manutenção do elenco. Entre as prioridades está a renovação de Cleiton, considerado um zagueiro promissor. O clube entende que a permanência do atleta pode ser importante para a composição defensiva a longo prazo, principalmente diante das possíveis saídas no setor.
JOVEM PROMISSOR NO ELENCO PROFISSIONAL
Aos 21 anos, Cleiton já integra o elenco profissional do Mengão desde o ano passado. Em 2024, disputou cinco partidas antes de ser punido com quatro jogos de suspensão devido à confusão no clássico contra o Botafogo. O defensor ainda precisa cumprir mais três partidas de gancho antes de voltar a ficar à disposição da comissão técnica.
HISTÓRICO NO RUBRO-NEGRO
Cleiton é formado nas categorias de base do CRF e teve sua primeira convocação para um jogo do profissional em 2021. No ano seguinte, ele estreou oficialmente e rapidamente se tornou peça-chave na equipe sub-20, sendo titular absoluto em sua primeira temporada na categoria. Natural de Taperoá, na Bahia, Cleiton chamou atenção na Copa São Paulo de Juniores de 2020, quando defendia o Canaã, um time vinculado a um projeto social no interior baiano. O Flamengo adquiriu 60% dos seus direitos no ano seguinte, apostando no potencial do jovem zagueiro.
A renovação de Cleiton faz parte de uma estratégia do Mais Querido para manter peças valiosas do elenco. Mesmo sem ser titular absoluto, o zagueiro é visto como uma opção confiável e com potencial de evolução. Com uma temporada desgastante pela frente, a diretoria entende que sua permanência pode ser útil para reforçar o setor defensivo.
O otimismo na renovação do defensor se deve ao desejo mútuo de continuidade. O estafe do jogador já foi informado sobre o interesse do clube, e ambas as partes enxergam com bons olhos a extensão do vínculo. A expectativa é que o processo formal seja iniciado no próximo mês, com avanços significativos nas conversas.
O Mais Querido pede ao clube paulista a garantia contratual para que a venda seja feita de forma completa e sem problemas futuros para os clubes
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A única pendência para o desfecho da negociação é a garantia bancária exigida pelo CRF, que consiste no pagamento da cota de transmissão da Globo ao Santos. O clube carioca deixou claro que não avançará sem essa segurança, evitando possíveis complicações financeiras futuras. O Flamengo monitora a situação de perto, aguardando a formalização do compromisso para liberar oficialmente o atleta.
IMPORTÂNCIA DA GARANTIA FINANCEIRA NA OPERAÇÃO
A exigência de garantias em negociações deste porte não é incomum no futebol brasileiro, principalmente quando envolve clubes com desafios financeiros. O Peixe busca reforçar seu elenco e vê em Thiago Maia um nome importante para a temporada, mas precisa apresentar uma comprovação concreta de que terá recursos para cumprir os compromissos assumidos. Caso não consiga essa confirmação, o acordo corre risco de não ser finalizado.
POSTURA CAUTELOSA DO FLAMENGO NA NEGOCIAÇÃO
O Rubro-Negro tem adotado uma postura rígida em relação a transações financeiras, garantindo que nenhuma negociação seja concluída sem a segurança necessária. Essa abordagem tem sido aplicada a outras negociações recentes, visando minimizar riscos e assegurar que os pagamentos sejam feitos conforme o combinado. O clube reforça que não abrirá mão da garantia estabelecida para liberar Thiago Maia.
O Santos, por sua vez, trabalha para cumprir as exigências e não perder a oportunidade de contar com o jogador. O Internacional, que detém os direitos econômicos do atleta, aguarda o desfecho da negociação para concluir sua parte no acordo. No entanto, a ausência da garantia financeira segue sendo um entrave, impedindo o avanço definitivo da transferência.
A diretoria santista busca alternativas para assegurar a garantia bancária solicitada, já que o volante é visto como um reforço estratégico para a equipe. O prazo para solucionar a questão não foi oficialmente divulgado, mas a expectativa é que os próximos dias sejam decisivos para o desfecho da negociação. Até lá, o Mengão mantém a postura de aguardar a regularização completa antes de assinar os documentos finais.
O elenco do Mengão mantém treinamentos com a bola da última edição do campeonato brasileiro, mesmo após receber oficialmente os novos modelos destinados
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O Flamengo segue treinando com a bola utilizada na última edição do Campeonato Brasileiro, mesmo após já ter recebido as novas bolas que serão usadas no Campeonato Carioca. A decisão do clube levanta questionamentos sobre a adaptação dos jogadores ao novo equipamento, especialmente porque mudanças sutis no peso, textura e aerodinâmica podem influenciar o desempenho em campo. Essa escolha técnica pode ter sido motivada por uma preferência dos atletas ou pelo processo de transição natural dentro da preparação do elenco.
RECLAMAÇÕES SOBRE O NOVO EQUIPAMENTO
Nos últimos meses, diversas figuras do futebol manifestaram insatisfação com as bolas utilizadas nas competições nacionais. Entre os críticos estão nomes como Filipe Luís, ex-lateral do CRF, e Agustín Rossi, goleiro do clube, além de estrelas internacionais como Neymar e Thiago Silva. Segundo os jogadores, as novas versões do equipamento apresentam comportamento imprevisível durante os jogos, dificultando o controle e afetando passes e finalizações.
ADAPTAÇÃO GRADUAL OU DECISÃO DEFINITIVA?
Manter o treinamento com a bola da temporada anterior pode indicar que a equipe técnica do Mais Querido optou por uma transição gradual para a nova versão. No entanto, essa estratégia pode gerar um impacto na adaptação ao longo do Carioca, já que os jogadores estarão acostumados a outro material durante a preparação. Caso a bola do estadual tenha características significativamente diferentes, o time pode enfrentar desafios extras na fase inicial da competição.
As reclamações sobre bolas de competição não são novidade no futebol. A cada temporada, fabricantes realizam ajustes nos equipamentos, buscando maior tecnologia e desempenho. No entanto, nem sempre as mudanças são bem recebidas pelos atletas, que frequentemente apontam diferenças em relação ao peso, trajetória e controle da bola. Essa situação reforça a necessidade de um período de adaptação adequado antes do início dos torneios oficiais.
Jogadores de alto nível precisam de precisão em suas jogadas, e qualquer alteração no material pode interferir diretamente na performance. Para os goleiros, por exemplo, uma bola com maior instabilidade no ar pode dificultar defesas, enquanto meias e atacantes podem sofrer para ajustar seus chutes e passes. Diante desse cenário, a opção do Mengão em manter a bola do Brasileirão nos treinos pode ser uma tentativa de evitar imprevistos técnicos.