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O Flamengo brilhou em campo ao vencer o Corinthians por 2 a 0, em partida disputada sob o comando do técnico Tite. Porém, mesmo com a expressiva vitória, o clube não teve nenhum jogador convocado para a Seleção Brasileira que disputará a Copa América.
BRAZ NÃO POUPOU A FELICIDADE
O tema foi abordado pelo treinador em coletiva após o jogo, destacando os desafios enfrentados pelos atletas que não foram chamados.
O embate entre Flamengo e Corinthians foi marcado por um desempenho sólido da equipe carioca, que demonstrou superioridade em diversos momentos do jogo. Os gols, marcados por jogadores como Pedro e Lorran, foram celebrados pela torcida rubro-negra, que compareceu em peso ao estádio para apoiar o time.
Apesar da alegria da vitória, uma sombra pairava sobre o clube: a ausência de jogadores rubro-negros na convocação para a Seleção Brasileira. Tite, técnico do Flamengo, abordou o assunto de forma franca em sua entrevista coletiva pós-jogo, reconhecendo os desafios enfrentados pelos atletas que não foram chamados para representar o país na Copa América.
Mesmo jogando na altitude e longe de casa, time de Filipe Luís mostra solidez defensiva e valoriza empate, zagueiro vê desempenho positivo e Quito
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O Flamengo saiu de campo com um empate sem gols diante da LDU, na altitude de Quito, pela terceira rodada da fase de grupos da Libertadores. Apesar do placar zerado, o desempenho defensivo da equipe comandada por Filipe Luís foi comemorado internamente. Um dos destaques do jogo, o zagueiro Léo Ortiz ressaltou a importância de anular o jogo aéreo adversário, tradicional ponto forte dos equatorianos.
poderíamos ter saído com os três pontos” - disse Léo Ortiz
ALTA PERFORMANCE NA DEFESA NA ALTITUDE DE QUITO
“O cruzamento na área é uma das principais jogadas deles, especialmente jogando em casa. A gente conseguiu se posicionar bem e neutralizar isso”, avaliou Ortiz após a partida. O camisa 3 fez uma partida segura e liderou a defesa rubro-negra contra a pressão que a LDU costuma exercer em casa, principalmente nos minutos iniciais.
PARTIDA EQUILIBRADA E CHANCES DE VITÓRIA
Mesmo com dificuldades naturais da altitude e da pressão da torcida local, o Mais Querido chegou a criar boas oportunidades ofensivas. Para Ortiz, o empate poderia facilmente ter sido uma vitória, caso o time tivesse aproveitado melhor as chances. “Criamos jogadas perigosas, tivemos controle em alguns momentos e poderíamos ter saído com os três pontos”, completou.
Apesar da sensação de que a vitória escapou, o elenco avaliou o empate como um resultado aceitável. A LDU costuma se impor nos jogos em Quito, e o ponto conquistado fora de casa pode fazer diferença na reta final da fase de grupos. “Eles pressionam muito jogando aqui. Contra o Táchira, por exemplo, fizeram uma grande atuação. Saímos com um resultado que nos mantém vivos e fortes no grupo”, disse o defensor.
Com o empate, o Rubro-Negro chegou a quatro pontos em três jogos disputados. O Central Córdoba, da Argentina, ainda entra em campo nesta rodada contra o Deportivo Táchira e, se vencer, assume a liderança do grupo com sete pontos. Os argentinos, inclusive, venceram o Mengão no Maracanã e se apresentam como forte concorrente na briga pela vaga nas oitavas.
Treinador concedeu coletiva após o empate sem gols contra a LDU, em Quito e seus 2800 metros de altitude, que atrapalharam o desempenho do time
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O Flamengo não venceu, mas também não perdeu o jogo-chave que tinha contra a LDU na noite desta terça-feira, pela Libertadores. Uma derrota deixaria o time em situação delicada e quatro pontos atrás dos equatorianos, mas o empate em 0 a 0 manteve o Rubro-Negro em boas condições na chave.
Em entrevista coletiva após a partida, o técnico Filipe Luís revelou que Bruno Henrique precisou usar os cilindros de oxigênio e valorizou o ponto conquistado na altitude de 2.850m de Quito.
Só o Bruno que pediu auxilio de oxigênio, mas todos sentem
"Sempre é muito dificil jogar na altitude de Quito. Já tomei goleadas e já venci aqui, é complicado. Todo o contexto é diferente. A bola é mais rápida, os domínios escapam do pé. Às vezes você está acostumado a dar um passe à frente e ela (bola) vai embora. Optamos por um plano de passes mais curtos. Sabemos que o adversário também cansa, por mais que eles já estejam aclimatados aqui. Queriamos fazer com que corressem atrás da bola, para não terem o volume que fazem na casa deles. Assisti a muitos aos jogos e é impressionante o volume que eles têm em casa. Times que jogaram aqui com linha de cinco, eles te afundam para dentro da área, têm chute de fora, rebotes, o Arce é muito poderoso no jogo aéreo... Eles te empurram e você não consegue sair."
— "Só o Bruno que pediu auxilio de oxigênio, mas todos sentem. Peguei os dados do ano passado e vi os que sofrem menos. A função defensiva mais importante tinha o Gerson, que era encarregado de pressionar e ajudar o Wesley. Ele fez de uma forma incrivel. Depois, com a bola no pé, ele não perde a bola. Ele foi o sacrificado pela parte física. O Evertton (Araújo) e o Erick (Pulgar) foram impressionantes. (Pulgar) Não errou quase nada, cobriu o campo, cortou muita bola perigosa. Ninguem é titular por acaso. Fiquei muito feliz pelo jogo dele, do Ayrton (Lucas). São jogadores que precisam se sentir confortáveis em campo."
Perguntado sobre Plata, que foi cortado do jogo após sentir dores no joelho esquerdo, Filipe Luís disse que o atacante equatoriano seria titular, não fosse pelo desfalque de última:
— Sim, ele seria titular. Falei para ele depois do jogo contra o Vasco. É um jogador muito importnte e especial para mim. Tem as qualidades e características que eu gosto. Sabe atacar espaço, associar com os companheiros. Infelizmente sentiu uma dorzinha diferente no joelho, que vamos ter que esperar os exames para ver o que aconteceu. Como treinador, fico triste de não utilizá-lo. Mas ele sentiu ainda mais, queria jogar na casa dele, no país dele. Sei que ele ficou muito chateado porque não conseguiu jogar. Mas ele sabe que é muito importnate para mim e para a equipe.
Com o empate, o Flamengo foi a quatro pontos e continua em terceiro lugar no Grupo C, mas manteve a distância de um ponto para a LDU, agora com cinco. O Central Córdoba, da Argentina, também tem quatro e pode ir a sete se vencer o Deportivo Táchira, da Venezuela, na quinta-feira.
Após empate contra a LDU em Quito, zagueiro destaca solidez defensiva, experiência e a importância de saber sofrer em jogos difíceis fora de casa na Liberta
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Depois do empate sem gols diante da LDU, pela terceira rodada da fase de grupos da Libertadores, o zagueiro Danilo foi um dos nomes mais comentados da noite. A partida foi realizada na altitude de Quito, no Equador, e o Mais Querido conseguiu segurar o adversário em um jogo marcado por forte marcação e pouco espaço para criação. Em entrevista após o apito final, Danilo exaltou o desempenho coletivo e fez questão de valorizar o espírito competitivo da equipe.
Faltou um pouco mais de concentração para buscar os três pontos..." - disse Danilo
“O time mostrou que sabe sofrer. No futebol, é fundamental entender que nem sempre vamos dominar. Faltou um pouco mais de concentração para buscar os três pontos, mas é importante pontuar fora de casa, principalmente em uma competição como essa”, avaliou Danilo. A fala do defensor reflete bem a leitura da partida, onde o Mengão teve uma atuação sólida defensivamente, mesmo sem conseguir furar a defesa adversária.
Eleito o melhor em campo, Danilo teve um motivo especial para comemorar além do desempenho individual. Aos 33 anos, o jogador voltou a disputar uma partida de Libertadores após 14 temporadas. A última havia sido em 2011, quando ainda atuava pelo Santos e conquistou o título sobre o Peñarol, em final disputada no Pacaembu. “São 14 anos longe da competição. Estar de volta é especial. Estou vivendo meus últimos anos de carreira e quero aproveitar cada instante com esse grupo”, declarou o zagueiro.
Desde que chegou ao Flamengo, Danilo soma sete partidas com a camisa rubro-negra e ainda não viu sua equipe sofrer gols enquanto esteve em campo. O dado impressiona e reforça o impacto positivo que o defensor trouxe ao setor defensivo comandado por Filipe Luís. Além disso, ele balançou as redes pela primeira vez na goleada por 6 a 0 sobre o Juventude, em partida válida pela última quarta-feira.
A solidez de Danilo também foi vista na Supercopa Rei, disputada em fevereiro, quando o zagueiro esteve presente na vitória por 3 a 1 sobre o Botafogo. Mesmo entrando na reta final do jogo, já com o placar favorável, o atleta cumpriu bem sua função defensiva e manteve a consistência do setor até o apito final. Aos poucos, Danilo vai se firmando como uma peça confiável dentro do elenco. Sua experiência tem sido um diferencial tanto em campo quanto nos bastidores, servindo como referência para os mais jovens. A atuação segura em uma partida complicada como a desta terça-feira comprova a importância de contar com atletas rodados em competições de alto nível.