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Joia da base do Flamengo deve ganhar titularidade contra o Madureira; confira a provável escalação
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0O Flamengo anunciou oficialmente, na última quarta-feira (15), seu primeiro reforço para a temporada 2025. Trata-se do atacante Juninho, que estava no Qarabag (AZE) e assinou contrato com o clube até o final de 2028. O processo de contratação, no entanto, envolveu uma análise direta entre o diretor-técnico José Boto e o treinador Filipe Luís. Boto, no entanto, tem a intenção de modificar esse processo nas próximas janelas de transferências.
Em entrevista ao GE, o dirigente português detalhou a metodologia de scouting que pretende implementar no Flamengo, algo que marcou sua carreira em clubes como Shakhtar Donetsk (UCR) e Benfica (POR). Segundo ele, o processo utilizado nesta janela não é o que mais lhe agrada, e ajustes serão feitos com o tempo.
"A próxima [mudança] é termos um departamento de scouting à minha imagem. Não estou dizendo que o que está lá é bom ou ruim, mas o scouting precisa entender o que queremos para o Flamengo. Isso leva tempo, e é algo que também impactou essa janela de transferências, que não seguiu a metodologia que gosto. O ideal seria que o scouting nos apresentasse nomes, para que pudéssemos analisá-los com calma", explicou Boto.
O diretor falou sobre a contratação de Juninho, ressaltando que ela foi baseada no conhecimento que ele e Filipe Luís possuem sobre o mercado. Para Boto, o processo correto seria o scouting sugerir jogadores, e então ele e Filipe Luís poderiam avaliar e aprovar ou não as contratações.
"Isso não aconteceu nesta janela, mas a próxima será mais alinhada com a minha visão. O processo atual, dado que não precisávamos de muitos reforços, foi mais influenciado pela experiência que Filipe e eu temos, de identificar um jogador que já conhecíamos para reforçar o Flamengo", detalhou.
O País Não Importa
No início das negociações com Juninho, houve certa desconfiança por parte de alguns torcedores, principalmente devido ao fato de o jogador estar atuando no Azerbaijão. Boto, entretanto, garantiu que a origem do jogador é muito menos relevante do que o perfil que ele traz para o time.
"O perfil de contratações será sempre o jogador que se encaixa. Se ele vem do Azerbaijão, do Cazaquistão ou de qualquer outro país, isso não é importante. O que importa é que tenha o perfil que buscamos. O que quero implementar é que o departamento de scouting nos forneça mais jogadores como o Juninho, para que possamos observá-los, discutir e contratar para o Flamengo", afirmou.
O que tem que mudar?
Boto reafirmou que não está satisfeito com o processo atual de análise e contratação de jogadores, mas destacou que não considera o Flamengo atrasado nesse aspecto. Seu objetivo, no entanto, é adaptar o sistema de trabalho para que ele se alinhe à sua filosofia, e ele espera que isso seja implementado já na próxima janela de transferências. Para ele, esse é um dos principais focos.
"Não acho que estamos muito atrás. Acredito que há uma sobreposição de funções, onde algumas pessoas acabam fazendo o trabalho de outras. Mas não sou a favor de revoluções, prefiro analisar a situação com calma e fazer mudanças quando for a hora certa, com uma justificativa adequada", detalhou.
"É claro que uma das áreas em que vou me concentrar fortemente é o scouting. E não é que ele funcione mal ou bem, mas ele precisa funcionar de acordo com a minha visão e as necessidades do Flamengo. E isso precisará ser feito rapidamente, porque não quero que na próxima janela aconteça o que aconteceu nesta, em que dependemos do meu conhecimento e do Filipe, ao invés de utilizar a base estruturada do scouting", concluiu.
Reestruturação no Flamengo visa reduzir excesso de profissionais e atletas
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0As mudanças promovidas pela nova gestão do Flamengo, oficializadas desde o início do ano, têm causado impacto significativo tanto na equipe principal quanto nas categorias de base. A decisão de reduzir o número de profissionais não surpreende, já que ajustes na estrutura eram esperados após análises realizadas em janeiro.
DIAGNÓSTICO DE EXCESSO DE PROFISSIONAIS
Um levantamento inicial revelou que o clube possui mais cargos e funcionários do que o necessário para o funcionamento eficiente das atividades esportivas. Em comparação com grandes clubes da Europa, a estrutura do CRF apresenta um número elevado de colaboradores em funções consideradas redundantes ou de baixa relevância.
FOCO NAS CATEGORIAS DE BASE
Nas categorias de base, a situação é ainda mais preocupante. A análise identificou que o número de atletas supera em muito a demanda real. Esse excesso, segundo a direção, não apenas aumenta os custos operacionais, mas também dificulta o desenvolvimento de talentos em um ambiente competitivo e focado na excelência.
A medida mais drástica envolve o desligamento de aproximadamente 90 jogadores de diversas categorias de base, incluindo desde o Sub-11 até o Sub-17. A ideia é reduzir o elenco para priorizar a qualidade sobre a quantidade, permitindo maior foco no treinamento e na evolução dos jovens atletas.
Segundo a gestão, o objetivo principal é otimizar os recursos do clube, reduzindo gastos desnecessários e direcionando investimentos para áreas estratégicas. Com uma base mais enxuta, espera-se produzir talentos de maior nível técnico, capazes de atender às demandas do time principal e do mercado internacional.
O clube promove grande reformulação em sua base com demissões de 27 profissionais.
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0O Flamengo surpreendeu nesta quinta-feira (26) com uma decisão que sacudiu os bastidores do clube: 27 profissionais ligados às categorias de base foram dispensados. A medida, que já vinha sendo discutida internamente, marca uma significativa reformulação estrutural no departamento. Entre os desligados está Raphael Bahia, que recentemente comandou a equipe sub-20 do Mais Querido durante a Copinha 2025. Sua saída chama atenção, considerando o papel central que desempenhava no planejamento e desenvolvimento dos jovens atletas.
NOMES DE DESTAQUE ENTRE OS DEMITIDOS
A lista de cortes também incluiu nomes como Gilberto, que exercia a função de coordenador técnico do sub-20, e Thiago Aprígio, responsável pelas categorias sub-15 ao sub-17. Ambos tinham papéis relevantes na transição de jogadores entre os níveis do clube. Outros profissionais de peso desligados foram Vinícius Durante e Thiago Camillis, treinadores conhecidos pela atuação nas categorias de base. Ricardo, coordenador de futsal, também foi dispensado, assim como Victor Aurélio e Mathura, que desempenhavam funções importantes na captação de talentos.
MOTIVAÇÃO POR TRÁS DAS DECISÕES
Fontes ligadas à diretoria do Mengão apontam que a decisão faz parte de um planejamento estratégico para modernizar o departamento de base. A ideia é alinhar os processos às melhores práticas do futebol mundial, buscando maior eficiência na formação de atletas e integração com o elenco principal.
Embora a decisão seja vista como necessária por alguns setores, ela também gerou questionamentos dentro e fora do clube. Torcedores e analistas especulam sobre o impacto a curto prazo, especialmente no desempenho esportivo.Ainda não foram anunciados os substitutos para os cargos deixados. Entretanto, o clube trabalha em ritmo acelerado para preencher as lacunas, com foco em profissionais que tragam experiência internacional e capacidade de agregar valor ao projeto do CRF.
Nos últimos anos, as categorias de base do Flamengo tiveram papel fundamental na ascensão de talentos como Vinícius Júnior e Lucas Paquetá. A reformulação atual busca manter esse legado, mas o desafio de sustentar o nível de produção é significativo. Jovens atletas em formação também sentem o impacto das mudanças. Treinadores e coordenadores geralmente desenvolvem relações de confiança com os jogadores, e a transição pode criar instabilidade momentânea no trabalho.
Diretor de futebol do Mengão afirma que participação do treinador no processo de montagem do elenco é de extrema importância
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0A delegação do Flamengo segue em pré-temporada nos Estados Unidos, se preparando para as competições de 2025. O único dirigente do clube a acompanhar o elenco é José Boto, diretor de futebol do Flamengo. Em sintonia com o técnico Filipe Luís, o dirigente português ficou impressionado com o comandante desde o início de sua trajetória no clube.
José Boto assumiu a responsabilidade pela permanência de Filipe Luís no cargo de treinador. Embora tivesse a autoridade para trocar o técnico, Boto optou por mantê-lo à frente do time. Agora, o treinador tem sido fundamental na montagem do elenco para a temporada 2025, ao lado do diretor português.
“O papel do treinador deve ser essencial na montagem do elenco. Não adianta trazer jogadores que não se encaixam no estilo de jogo do treinador; isso seria uma estupidez completa. Quando uma nova gestão entra e quer colocar um diretor responsável pelo futebol, o cargo mais importante na estrutura é o do treinador”, afirmou, antes de completar:
“É natural que, ao começarmos a conversar, eu tenha destacado que a escolha do treinador deveria ser minha. Após uma análise detalhada, da qual não me arrependo, decidi manter o Filipe. Ele tem uma participação ativa na formação do elenco”, concluiu José Boto, em entrevista ao GE.
O Encontro
Antes de chegar ao Brasil, José Boto já havia se encontrado com Filipe Luís na Europa. No dia 23 de dezembro de 2024, o dirigente e o treinador se reuniram em Vila Real, Portugal, para dar início ao planejamento da temporada 2025 do Flamengo.
Agora, durante a pré-temporada nos Estados Unidos, José Boto e Filipe Luís continuam estreitando laços. Além disso, a dupla iniciou a montagem do elenco, com a contratação do atacante Juninho, ex-Qarabag (AZE). O treinador do Flamengo, inclusive, fez questão de ligar para convencer o jogador a trocar o Sevilla (ESP) pelo Mengão.
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