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De La Cruz lidera Flamengo em recuperações de bola e se firma como peça-chave de Filipe Luís
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O diretor técnico do Flamengo, José Boto, concedeu entrevista ao portal português 'A Bola', onde comentou sobre seus primeiros meses de trabalho no clube. Na conversa, o dirigente destacou a grandiosidade do Rubro-Negro, revelou seu desejo de viver um período vitorioso no futebol brasileiro e classificou essa fase como potencialmente a mais marcante de sua carreira.
Sonho de permanecer no Flamengo
Aos 60 anos, completados neste domingo (2), Boto afirmou estar feliz no Flamengo e acredita que o clube pode manter o bom momento ao longo da temporada. Apesar de reconhecer a imprevisibilidade do futebol, ele expressou o desejo de conquistar títulos e construir uma trajetória duradoura no Mengão.
"No futebol, devemos ter sonhos, não planos de carreira rígidos. Quando estava no Benfica, achava que nunca sairia. Era o maior clube português e eu gostava dele, não só profissionalmente, mas afetivamente. Nos últimos oito anos, rodei a Europa e o mundo. Agora, com quase 60 anos, acho que gostaria de estar aqui por mais tempo e viver o momento mais alto da minha carreira", declarou.
A grandiosidade do Flamengo
Um dos pontos mais ressaltados por Boto na entrevista foi a dimensão do Flamengo. O diretor técnico comparou o clube ao Benfica, que considera o maior de Portugal, mas destacou que a repercussão no Mengão é muito maior.
"Não que ganhar no Brasil seja mais importante do que ganhar com o Benfica, mas certamente terá outro sabor e dimensão. O Flamengo é um clube com uma dimensão... é um Benfica multiplicado por 40. Tudo o que se passa tem uma repercussão enorme, algo que qualquer um de nós da Europa não está habituado", afirmou.
O impacto da Nação Rubro-Negra
A paixão da torcida rubro-negra também impressionou Boto, que citou episódios marcantes de apoio ao time em diferentes partes do Brasil.
"Jogamos jogos do estadual em Brasília, e são centenas e centenas de pessoas esperando o ônibus no aeroporto. Depois, mais centenas e centenas aguardando no hotel. Na Supercopa, em Belém, houve torcedores que ficaram na porta do hotel por horas e horas, só para tentar ver um jogador ou ter um contato com o treinador", relembrou.
No entanto, José Boto também foi alertado sobre a "outra face da moeda" de ter a maior torcida do país: a pressão quando os resultados não aparecem. Ainda assim, ele celebra o bom início de trabalho e reforça a confiança no elenco para manter o desempenho até o fim da temporada.
Zagueiro treina em horário alternativo no Ninho e representantes buscam acordo com o Furacão, que avalia dividir salários com o Rubro-Negro
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O Flamengo vive um processo de enxugamento de elenco e, nesse cenário, Pablo é um dos nomes que devem deixar o clube nos próximos dias. O zagueiro de 32 anos, fora dos planos da comissão técnica de Filipe já foi comunicado que não será aproveitado no segundo semestre. Representantes do jogador iniciaram conversas com o Athletico-PR, clube com o qual Pablo tem forte identificação e que hoje disputa a Série B do Campeonato Brasileiro.
A informação foi publicada pelo jornalista curitibano Vinicius Furlan e confirmada por fontes ligadas ao staff do defensor. No entanto, o alto salário é um entrave. Pablo recebe valores considerados fora da realidade do atual orçamento do Furacão para a Segundona. Por isso, a alternativa em discussão envolve o Flamengo bancar parte dos vencimentos ou uma renegociação para reduzir os valores até o fim do ano.
A situação financeira do Athletico-PR, que vive ano de transição e aposta em jovens, é fator determinante nas tratativas. Internamente, o nome de Pablo é visto com bons olhos, mas a diretoria adota cautela antes de avançar com qualquer tipo de proposta formal. Pablo tem contrato com o Flamengo até dezembro deste ano e, neste momento, segue treinando em horários diferentes do restante do grupo principal. Em alguns dias, também realiza atividades físicas por conta própria, fora do Ninho do Urubu.
A última vez em que o zagueiro entrou em campo foi durante o Campeonato Carioca, na equipe alternativa montada para o início do estadual. Depois disso, foi retirado da lista de relacionados e passou a buscar um novo destino para atuar com regularidade. Desde que foi contratado junto ao Lokomotiv Moscou, da Rússia, em 2022, Pablo não conseguiu se firmar com a camisa do Flamengo. Ao todo, são 51 partidas disputadas e apenas uma assistência registrada. Nunca balançou as redes como jogador rubro-negro.
No ano passado, foi emprestado ao Botafogo, mas a passagem foi apagada. Foram apenas 28 minutos em campo em nove meses, sem conseguir espaço sob o comando de Luís Castro, à época treinador do rival. Retornou ao Flamengo ao fim do vínculo, ainda com contrato em vigor. Com Léo Pereira,Danilo, Léo Ortiz e Cleiton à disposição, a zaga rubro-negra está bem servida. Além disso, nomes como Iago e Darlan surgem como opções da base, o que reduziu ainda mais as chances de aproveitamento para Pablo.
Meia sentiu a coxa ainda no primeiro tempo do jogo pela Copa do Brasil e será reavaliado, o clube já tem duas baixas confirmadas para enfrentar o Rubro-Negro
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O Palmeiras pode ter uma dor de cabeça importante para o confronto direto contra o Flamengo, no Allianz Parque. Um dos reforços mais badalados do elenco em 2024, Felipe Anderson saiu machucado da partida contra o Ceará, na noite desta quinta-feira (22), pela Copa do Brasil. O camisa 8 deixou o campo logo aos 11 minutos do primeiro tempo, com dores na coxa.
Ainda no banco de reservas, iniciou tratamento com gelo, o que costuma indicar desconforto muscular. Exames devem ser realizados nesta sexta (23) para avaliar a gravidade da lesão. A comissão técnica aguarda os resultados para saber se poderá contar com o meia no domingo. Internamente, o clima é de cautela. Embora não tenha deixado o campo mancando, o jogador relatou incômodo considerável.
Caso não tenha condições de jogo, Felipe será o terceiro desfalque de peso para o Verdão no fim de semana. Richard Rios está suspenso pelo terceiro cartão amarelo, enquanto Abel Ferreira não poderá comandar o time à beira do gramado após expulsão no clássico contra o São Paulo . O auxiliar João Martins, como de costume, assumirá o comando técnico da equipe. O português já liderou o time em outras ocasiões e conhece bem o elenco.
Do lado do Flamengo, o clima é mais positivo. Após a vitória sobre o Botafogo-PB, que garantiu a classificação às oitavas de final da Copa do Brasil, o Rubro-Negro se reapresentou nesta quinta-feira (22) no Ninho do Urubu. A preparação para o jogo contra o Palmeiras já começou, com foco total na recuperação física dos titulares. A tendência é de que Filipe Luís escale força máxima, com eventuais ajustes pensando nas características do gramado sintético do Allianz.
A condição do gramado é uma preocupação recorrente da comissão técnica rubro-negra. Em outras temporadas, atletas como Bruno Henrique e Gabigol já foram poupados em jogos no estádio por conta do histórico de desconfortos musculares em campo artificial. Apesar disso, o planejamento inicial é ir com o que há de melhor. A comissão avalia individualmente cada atleta e, caso necessário, pode ajustar a equipe na véspera da partida.
Filipe Luís e Abel Ferreira se defendem de críticas sobre falta de efetividade ofensiva antes do confronto direto no Brasileirão
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Flamengo e Palmeiras se enfrentam no próximo domingo (25), no Allianz Parque, pela 10ª rodada do Campeonato Brasileiro. O duelo, que costuma ser cercado por tensão e rivalidade, ganhou um tom curioso nos dias que antecedem a partida: os técnicos Filipe Luís e Abel Ferreira usaram argumentos praticamente idênticos para se defender das críticas sobre a falta de gols de suas equipes.
Na quarta-feira (21), após a vitória sobre o Botafogo-PB pela Copa do Brasil, Filipe Luís foi questionado sobre a falta de efetividade ofensiva do Flamengo. Direto, o técnico rubro-negro respondeu: “Eu não chuto no gol”. No dia seguinte, quinta-feira (22), foi a vez de Abel Ferreira ecoar discurso semelhante. Após ser cobrado pela ausência de gols do Palmeiras em alguns jogos, o treinador português foi enfático ao dizer que “o técnico não chuta”.
A coincidência nas falas não passou despercebida e expõe uma linha de pensamento comum entre os dois comandantes: o entendimento de que, embora responsáveis por estratégia e mentalidade, a execução técnica e o aproveitamento ofensivo dependem dos jogadores. Abel Ferreira não poupou palavras para defender seu trabalho. O técnico do Palmeiras afirmou que entende as cobranças, mas questionou a lógica das críticas centradas exclusivamente no treinador.
— O técnico não chuta. Quem é que chuta, quem é que joga, treinador ou jogador? — disse o português.
Ele ainda ressaltou que, apesar de ser o responsável por aspectos como organização tática e mentalidade da equipe, o sucesso ofensivo depende do desempenho individual dos atletas no momento decisivo. Antes de Abel, Filipe Luís já havia sinalizado uma visão parecida. Na entrevista após o triunfo do Flamengo sobre o Botafogo-PB, o técnico rubro-negro rebateu críticas com leve tom de ironia.
O treinador fez questão de valorizar o trabalho defensivo do adversário e explicou que a dificuldade em marcar gols não está ligada apenas ao desempenho de sua equipe, mas também ao mérito dos rivais. Filipe Luís chamou atenção para um ponto muitas vezes ignorado em análises imediatistas: a atuação do time adversário. Para ele, o Botafogo-PB dificultou as ações ofensivas do Flamengo ao montar um sistema eficiente de bloqueios e compactação.