
Futebol
Flamengo prepara ofensiva por estrela com promessa de projeto vencedor e salário alto pós-Mundial
Futebol
|
Em entrevista ao jornal O Globo, o diretor de futebol do Flamengo, José Boto, falou abertamente sobre a política de contratações adotada pelo clube em 2025 e usou o atacante Juninho como exemplo para explicar a nova linha de pensamento. O dirigente reconheceu que o ex-jogador do Qarabag ainda não atingiu seu melhor momento, mas tratou a chegada como parte de um projeto mais amplo que visa reforçar o elenco com nomes mais jovens, com capacidade física elevada e margem para desenvolvimento.
Juninho chegou ao Flamengo no início do ano por 5 milhões de euros, valor considerado acessível diante do mercado atual. A contratação foi vista internamente como uma alternativa à saída de Gabigol, que deixou o clube na virada da temporada. Segundo Boto, o planejamento era claro: trazer um nome que pudesse oferecer mobilidade e versatilidade ofensiva, mesmo que ainda precisasse se ajustar à realidade do futebol brasileiro em alto nível.
“Juninho veio para ser o segundo avançado, atrás do Bruno Henrique, enquanto o Pedro não voltava. Cumpriu bem. Está em adaptação a uma realidade diferente da que vivenciou em sua carreira, e isso leva mais tempo”, explicou Boto.
No Qarabag, Juninho atuava em um contexto competitivo muito abaixo do que encontrou no Flamengo. Apesar da experiência europeia, o atacante chegou sem grande alarde, mas com a expectativa de ser útil no curto prazo. A comissão técnica, porém, ainda aguarda que ele se firme no elenco, algo que não aconteceu até o momento.
Boto fez questão de frisar que o modelo de contratação atual do clube valoriza não apenas o talento técnico, mas, principalmente, o aspecto físico dos jogadores. Ele citou a intensidade do calendário brasileiro e a exigência por atletas com capacidade de recuperação rápida e alto desempenho físico.
A fala de Boto vai ao encontro da postura adotada pelo departamento de futebol na atual temporada, que priorizou nomes com menor desgaste acumulado e maior margem de entrega física. Essa mudança de critério é reflexo também do histórico recente do Flamengo com atletas que chegaram com status elevado, mas não corresponderam fisicamente.
Ex-zagueiro do Mais Querido e atual jogador do Londrina, Wallace questiona dependência de atletas de fora e aponta falhas na base
|
Ex-capitão do Flamengo, o zagueiro Wallace, atualmente no Londrina, time que disputa a Série C do Campeonato Brasileiro, fez duras críticas ao cenário atual do futebol nacional. Em entrevista ao portal Lance!, o defensor expressou preocupação com o que chamou de “perda de identidade” do estilo brasileiro, especialmente pela baixa utilização de talentos formados nas categorias de base e o aumento da presença de atletas estrangeiros.
Wallace destacou que, embora não seja contra a presença de estrangeiros nos clubes brasileiros, acredita que muitos dos que chegam ao país não apresentam nível técnico superior ao dos jogadores formados localmente. Para ele, isso revela um desequilíbrio preocupante.
Ex-Flamengo, Wallace desabafa sobre gringos: "Não são superiores"
“O Brasil está se distanciando das suas características principais. Vejo poucas equipes valorizando suas categorias de base. Temos buscado atletas no exterior que, sinceramente, não são superiores aos nossos. Talvez sejam do mesmo nível ou até inferiores”, afirmou. O zagueiro ainda citou países como Venezuela e Uruguai como exemplos da contradição que enxerga no mercado:
“É estranho termos que buscar reforços em lugares com populações bem menores que a nossa. O Brasil tem 220 milhões de habitantes. Não encontrar talentos suficientes aqui é um sinal de que algo está errado. A conta não fecha”, completou.
Com passagem pelo Mais Querido entre 2013 e 2016, Wallace conhece de perto a pressão e a exigência das grandes torcidas. Apesar de ter sido capitão em boa parte do período no Rubro-Negro, sua passagem dividiu opiniões entre os torcedores. Após deixar o clube da Gávea, acumulou passagens por Vitória, Corinthians, Grêmio e Brusque, antes de chegar ao Londrina.
Treinador rubro-negro demonstra confiança em grande campanha nos Estados Unidos e exalta reencontro com elenco inglês onde passou pela sua carreira
|
Com menos de uma semana para a estreia do Flamengo na Copa do Mundo de Clubes, Filipe Luís deu o tom da preparação rubro-negra em entrevista ao perfil oficial da Libertadores. O técnico reforçou a seriedade do torneio, exaltou a chance de medir forças com gigantes internacionais e deixou evidente o desejo de ir longe na competição que será realizada nos Estados Unidos entre 14 de junho e 13 de julho.
Filipe Luís sobre Mundial: “Conquistamos a nossa vaga nesse Mundial e é um privilégio poder jogar contra outros grandes clubes."
O Flamengo está no Grupo D, ao lado de Chelsea (Inglaterra), Espérance (Tunísia) e Los Angeles FC (Estados Unidos). A estreia será contra os tunisianos, no dia 16, e o treinador já projeta dificuldades. Em 2023, o Espérance complicou a vida de adversários e reforçou a tradição de clubes africanos em competições da FIFA.
O treinador também comentou a imprevisibilidade característica do futebol, especialmente em torneios curtos como o Mundial de Clubes. Para ele, a chave será o desempenho coletivo e a consistência durante os 90 minutos.“Conquistamos a nossa vaga nesse Mundial e é um privilégio poder jogar contra outros grandes clubes".
Entre os adversários, o Chelsea é o que desperta mais atenção — não apenas pelo peso do elenco, mas também por um fator pessoal: o reencontro com o clube onde Filipe Luís atuou durante a temporada 2014/2015. Foram apenas 26 jogos, mas o suficiente para criar laços com pessoas que permanecem no clube inglês.
A preparação do Flamengo para o torneio incluiu um planejamento físico e logístico cuidadoso. O elenco viajou para os Estados Unidos com antecedência, adaptando-se ao fuso horário e ao clima local. O clube também evitou desgastes desnecessários no fim do Campeonato Carioca, priorizando a recuperação e o trabalho tático.
Com apenas dez gols sofridos em 26 jogos na temporada, goleiro aposta em solidez defensiva do Mengão como trunfo para a disputa do torneio
|
O Flamengo está prestes a estrear na Copa do Mundo de Clubes 2025, e a preparação da equipe passa diretamente pela segurança de sua defesa. Em grande fase, o goleiro argentino Agustín Rossi, de 29 anos, destacou a consistência defensiva como a principal virtude do time para buscar o título nos Estados Unidos.
Com números expressivos, Rossi sofreu apenas dez gols em 26 partidas disputadas na temporada. No Campeonato Brasileiro, o desempenho é ainda mais consistente: são apenas quatro gols sofridos em onze rodadas, além de 24 marcados pelo ataque. A equipe comandada por Filipe Luís lidera o ranking das defesas menos vazadas do torneio nacional.
Em entrevista à Fifa, Rossi valorizou não apenas os companheiros da linha defensiva, mas o esforço coletivo do grupo. “O time chega ao Mundial no seu melhor momento defensivo. Além da nossa zaga bem entrosada, o trabalho de marcação começa lá na frente. Temos jogadores com qualidade de seleção, e isso faz toda a diferença”, declarou o camisa 1.
A solidez atrás é fruto de uma construção coletiva, com disciplina tática e comprometimento dos atletas. Rossi, que vem se firmando como um dos principais nomes da posição na América do Sul, destaca a evolução desde a chegada da nova comissão técnica.
O setor defensivo do Mais Querido reúne nomes experientes e em bom momento. Alex Sandro, com carreira consolidada no futebol europeu e presença em duas Copas do Mundo pela Seleção Brasileira, lidera a linha de defesa ao lado de Léo Pereira, peça chave na saída de bola, e Léo Ortiz, que cresceu de produção sob o comando de Filipe Luís. O jovem Wesley completa a engrenagem com força e velocidade.
Rossi reforça o espírito vencedor do grupo: “O Flamengo é o maior do Brasil e está entre os maiores do mundo. Sabemos da responsabilidade que temos e vamos lutar para honrar esse escudo”.