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A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, manifestou sua indignação com a Conmebol após a punição considerada leve ao Cerro Porteño, por um caso de racismo contra Luighi, atacante da equipe paulista, durante a Libertadores Sub-20. Em protesto, a dirigente sugeriu que os clubes brasileiros deixem a entidade sul-americana e busquem filiação na Concacaf, responsável pelo futebol da América do Norte e Central.
"Os times brasileiros representam 60% da receita da Conmebol e são tratados dessa forma. Se não somos respeitados, por que não pensar em nos filiarmos à Concacaf? Só assim vão respeitar o futebol brasileiro. É algo a se pensar."
A declaração foi feita antes da semifinal do Paulistão contra o São Paulo, na última segunda-feira (10).
Debate será levado ao Conselho Técnico do Brasileirão
Leila também afirmou que o tema será discutido na próxima reunião do Conselho Técnico do Brasileirão, que acontecerá nesta quarta-feira (12), na sede da CBF, com a presença do presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues, e dirigentes dos 20 clubes da Série A.
"Vou conversar com os clubes e com o Ednaldo. Se financeiramente seria melhor para o Brasil, por que não avaliar essa mudança?", completou.
Punição branda ao Cerro Porteño e revolta dos clubes brasileiros
A Conmebol determinou uma multa de 50 mil dólares (cerca de R$ 288 mil) ao Cerro Porteño pelo caso de racismo. O valor é menor do que a punição aplicada ao Flamengo, que pagou 100 mil dólares (R$ 597 mil) em 2024 por um atraso no reinício de jogo contra o Bolívar, em La Paz.
Além da multa, o clube paraguaio foi obrigado a disputar o restante da Libertadores Sub-20 sem público e a divulgar uma campanha contra o racismo. No entanto, a equipe disputou apenas mais uma partida antes de ser eliminada e, até o momento, não publicou a campanha exigida.
Insatisfeitos, Palmeiras e CBF solicitaram à Conmebol a exclusão do Cerro Porteño da Libertadores Sub-20 e uma punição que afetasse o clube em todas as categorias.
"É um absurdo. Se um time atrasa a entrada em campo, paga 100 mil dólares. Se acende sinalizador, 78 mil. Agora, um crime de racismo custa 50 mil dólares? A Conmebol precisa mudar sua postura", disparou Leila.
Clubes brasileiros acionam a Fifa
Além da manifestação contra a Conmebol, os clubes que fazem parte da Libra e da LFU enviaram uma carta à Fifa pedindo uma postura mais rígida da entidade global sobre casos de racismo.
"Protocolamos um pedido para que a Fifa intervenha na Conmebol e exija penalidades mais severas. As lágrimas do Luighi machucaram o mundo inteiro."
Mengão recebe o tricolor paulista pela 13ª rodada do Brasileiro no Maracanã visando manter-se na liderança; Confira transmissões
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O Flamengo volta a campo pelo Campeonato Brasileiro neste sábado (12), contra o São Paulo, às 16h30 (horário de Brasília), no Maracanã. A partida marca o retorno do Rubro-Negro à competição nacional após a disputa do Mundial de Clubes. O duelo será exibido em rede nacional e terá transmissão em três plataformas: Rede Globo (TV aberta), SporTV (TV fechada) e Premiere (pay-per-view).
Na véspera da partida, o técnico Filipe Luís comandou o último treino no Ninho do Urubu e esboçou a formação titular. A tendência é que o Flamengo entre em campo com força máxima, mesmo com a ausência de Erick Pulgar, lesionado. Com isso, o Mengão deve ir a campo com: Rossi; Wesley (ou Varela), Léo Ortiz, Léo Pereira e Alex Sandro; Jorginho, De la Cruz e Arrascaeta; Luiz Araújo, Bruno Henrique e Gonzalo Plata.
Sem poder contar com destaques como Lucas Moura e Luciano, o técnico Hernán Crespo, que reestreia pelo tricolor paulista após o pedido de demissão de Luís Zubeldía, deve mandar a campo a força máxima disponível no São Paulo. A provável equipe é: Rafael; Arboleda, Alan Franco e Sabino (ou Ferraresi); Cédric, Alisson, Bobadilla, Marcos Antônio e Enzo Díaz; Oscar (ou Juan Dinenno) e André Silva.
De acordo com o portal ‘Coluna do Fla’, o Maracanã vai estar lotado para o duelo entre Flamengo e São Paulo. Até a manhã deste sábado (12), mais de 52 mil ingressos já foram vendidos e a expectativa é de que o estádio receba perto de 60 mil torcedores para o retorno do Campeonato Brasileiro.
Os torcedores que forem ao Maracanã, contudo, não verão Pedro em ação. O atacante foi cortado da relação de jogadores do Flamengo para a partida após atitudes que foram entendidas como indisciplina por parte da comissão técnica do clube. Segundo o ‘GE’, as ações do camisa 9 teriam incomodado até mesmo parte do elenco rubro-negro.
O Mais Querido volta a campo após duas semanas de preparação com elenco quase completo para enfrentar o Tricolor Paulista no Maracanã
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Após a pausa no calendário devido ao Mundial de Clubes, o Flamengo aproveitou o intervalo de duas semanas sem partidas para realizar uma preparação física detalhada. O clube encara o São Paulo neste sábado (12), no Maracanã, pela 13ª rodada do Campeonato Brasileiro, com a maioria dos jogadores à disposição.
A única baixa confirmada por lesão é o volante Erick Pulgar, que segue em recuperação. Fora isso, o técnico Filipe Luís poderá contar com força quase total, incluindo atletas que foram poupados ou estavam em recuperação durante o torneio internacional. Um dos nomes que retorna à lista de relacionados é o atacante Pedro. O camisa 9 não participou da última partida antes da pausa por uma decisão técnica.
Desta vez, ele volta a ser opção no ataque, o que amplia o leque de alternativas para Filipe Luís montar a equipe. A presença de Pedro ganha ainda mais relevância considerando o calendário apertado que o Flamengo terá pela frente, com partidas importantes tanto no Brasileirão quanto nas competições eliminatórias.
Durante as duas semanas livres, o departamento de preparação física do Flamengo conduziu um plano específico para cada jogador, com o objetivo de ajustar as cargas de trabalho conforme a necessidade individual. O profissional destacou que os treinos foram planejados para deixar o elenco em condição ideal para enfrentar a sequência de jogos do segundo semestre.
Nomes como De La Cruz, Arrascaeta e Alex Sandro passaram por acompanhamento específico durante o Mundial e foram beneficiados pela pausa. Os três agora estão liberados para voltar à rotina normal de treinos e jogos. A recuperação física dos meio-campistas, especialmente De La Cruz e Arrascaeta, é tratada como um ponto crucial para a retomada do Flamengo na temporada. Com eles em campo, o time ganha poder de criação e intensidade no setor ofensivo.
Clube mineiro ofereceu um alto salário e uma boa proposta dos direitos do jovem, mas reação negativa da torcida e de conselheiros ameaça o negócio
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A possível saída de Matheus Gonçalves para o Cruzeiro gerou uma reação imediata no Flamengo. O jovem meia-atacante de 19 anos, formado no Ninho do Urubu, chegou a ter a transferência encaminhada para a equipe mineira, mas a diretoria rubro-negra passou a enfrentar forte resistência interna e a operação entrou em compasso de espera.
A proposta cruzeirense previa um salário de R$ 300 mil mensais para Matheus Gonçalves, valor acima do que o atleta recebe atualmente no Flamengo. Além disso, a Raposa se dispôs a pagar 3,5 milhões de euros (cerca de R$ 22 milhões) por 35% dos direitos econômicos do jogador.
A negociação foi revelada inicialmente pelo perfil “FlaZoeiro” e, segundo apuração de Bruno Lemos, estava praticamente fechada na noite da última sexta-feira (11). Contudo, os desdobramentos das últimas horas mudaram o cenário.A possível venda de Matheus Gonçalves causou grande insatisfação entre torcedores nas redes sociais, que consideraram o negócio como um "reforço direto a um rival do mesmo campeonato". O incômodo também chegou ao Conselho Deliberativo do clube, com alguns conselheiros cobrando um posicionamento mais firme da diretoria contra esse tipo de negociação.
Internamente, a pressão aumentou a ponto de parte da cúpula rubro-negra já considerar o recuo como a decisão mais prudente. Essa não é a primeira vez que o Flamengo é forçado a rever uma movimentação no mercado por pressão externa. Situação parecida ocorreu recentemente com o atacante irlandês Michael Johnston, que teve passagem para o Rio de Janeiro comprada, mas acabou vetado após forte rejeição da torcida nas redes sociais.
Outro exemplo foi o caso de Victor Hugo, que chegou a ter uma negociação alinhada com o Famalicão, de Portugal. A operação previa a saída do jogador sem custos imediatos, com o Flamengo mantendo apenas um percentual dos direitos econômicos. A ideia não agradou nem ao Conselho nem à torcida, e o negócio foi barrado internamente.