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Em entrevista coletiva nesta quinta-feira (6), logo após a convocação da seleção brasileira, o presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Ednaldo Rodrigues, abordou a recente polêmica envolvendo os gramados sintéticos no futebol brasileiro.
De acordo com o dirigente, a Confederação debate o assunto com seus filiados, mas vê os clubes com "independência para pensar" sobre o tema - ou seja, não fará interferências diretas nas discussões. Ainda assim, Ednaldo relatou que a CBF vem preparando um estudo através de sua Comissão Médica para ter "julgamento científico" de possíveis prejuízos causados pela grama sintética aos atletas.
O presidente salientou que as análises ainda não forem concluídas, mas espera que tudo esteja pronto na próxima reunião nacional de clubes para que o debate possa seguir.
"A CBF anda num debate permanente com os clubes. Hoje, os clubes têm voz e independência para pensar. A Comissão Nacional de Clubes, que representa as quatro séries do futebol brasileiro, tem uma sala especial dentro da instituição, onde debatem todos os pontos", afirmou.
"A CBF não tem participação ali, a não ser que sejamos chamados para fazer alguma contribuição. A CBF sempre vai respeitar essa independência. Portanto, esse debate vai ser feito", prometeu.
"O presidente da Comissão Médica da CBF está concluindo um estudo, ouvindo vários médicos e buscando julgamento científico daquilo que pode ser ruim para os atletas e que pudesse trazer qualquer consequência (aos jogadores). Esperamos que, na próxima reunião da Comissão, nós possamos ter esse estudo para apresentar aos clubes", concluiu.
A discussão sobre gramados sintéticos ganhou força em 18 de fevereiro, quando vários atletas de renome, como Neymar, Lucas Moura e Thiago Silva, reclamaram publicamente do piso.
Por outro lado, times que usam grama artificial, como Palmeiras, Botafogo e Athletico-PR, saíram em defesa, ressaltando que não há qualquer comprovação de o terreno cause qualquer dano aos atletas ou aumente risco de lesões.
Vale lembrar que a Fifa autoriza o uso de gramados sintéticos, desde que eles passem por inspeções anuais de laboratórios credenciados pela entidade.
Massa Bruta recebe o Mengão nesta quarta-feira (23) pelo Brasileirão e contará com o retorno de jogadores importantes ao time titular
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O Red Bull Bragantino finalizou na tarde desta terça-feira (22) sua preparação para encarar o Flamengo, em partida válida pela 16ª rodada do Campeonato Brasileiro. O confronto acontece nesta quarta-feira (23), às 21h30, no Estádio Cícero de Souza Marques, em Bragança Paulista.
No último treino antes do duelo, o técnico Fernando Seabra comandou uma atividade tática no centro de treinamento do clube, localizado em Atibaia, ajustando os últimos detalhes da equipe para o confronto diante do vice-líder do Brasileirão.
A formação provável do Red Bull Bragantino tem: Cleiton; Agustín Sant'Anna, Pedro Henrique, Léo Realpe (ou Guzmán) e Guilherme; Gabriel, Eric Ramires e John John; Mosquera (ou Vinicinho), Lucas Barbosa e Eduardo Sasha.
Para o confronto contra o Flamengo, Fernando Seabra terá o retorno de quatro jogadores. O volante Gabriel e o atacante Eduardo Sasha, que cumpriram suspensão na rodada passada, voltam a ficar à disposição. Além deles, o meia John John e o atacante Lucas Barbosa, poupados no duelo contra o Vitória, devem retornar à equipe titular.
Por outro lado, o Bragantino segue com baixas importantes no departamento médico: Matheus Fernandes – lesão na panturrilha esquerda; Fabrício – lesão na coxa direita; Juninho Capixaba – entorse no joelho direito; e Fernando – em fase de transição física. Com o time quase completo, o Bragantino tenta retomar o caminho das vitórias diante de um Flamengo que também vem enfrentando uma série de desfalques.
Lateral está próximo de deixar o Mengão e se tornar reforço da Roma, mas comentarista acredita que o clube poderia receber mais na negociação
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Durante o programa Seleção SporTV, o jornalista André Rizek comentou a possível venda do lateral-direito Wesley para a Roma e destacou o planejamento financeiro adotado pelo Flamengo no início da temporada. Segundo Rizek, o clube recebeu propostas entre 25 e 30 milhões de euros (cerca de R$ 161 a 194 milhões), mas optou por esperar, apostando na valorização do jogador.
Rizek sobre venda de Wesley pelo Flamengo: "poderiam vender por mais"
“Entrou alguma água nesse chope. No começo do ano, conversando com pessoas do Flamengo, eles me contaram que tinham propostas pelo Wesley nessa casa de 25-30 milhões de euros. Decidiram esperar porque o Wesley estava em ascensão e chamando atenção do Hansi Flick. Ele estava jogando muito. Havia possibilidade do Barcelona e de uma oferta maior”, revelou o jornalista.
Com o passar dos meses, porém, o rendimento de Wesley caiu, e o interesse de gigantes europeus como o Barcelona não se concretizou. Agora, a proposta atual da Roma é considerada excelente, e o Flamengo deve aceitá-la.
“O Wesley teve uma queda. Hoje, é difícil dizer se ele é o titular da posição ou se é o Varela. A impressão que eu tenho, porque não atualizei essa informação, é que não dá para recusar uma proposta de 25 milhões de euros. Há pouco tempo, o Flamengo decidiu esperar por esta janela, acreditando que poderiam vender por mais. Mas é uma ótima venda.”
Além de Rizek, Eric Faria também comentou sobre os valores envolvidos na negociação. Ele destacou que a proposta da Roma gira em torno de 25 milhões de euros, enquanto o Fluminense, por exemplo, vendeu Jhon Arias ao Wolverhampton por 11 milhões de euros, menos da metade do valor por Wesley. “O Flamengo pode ganhar 25 milhões de euros, e o Fluminense vai pegar 11 milhões de euros. Vai levar duas vezes mais pelo Wesley”, apontou Eric.
Rizek completou dizendo que, embora o clube esperasse uma valorização ainda maior, o negócio continua sendo vantajoso: “A valorização que o Flamengo imaginava que poderia ganhar até mais, não aconteceu. Mas é uma ótima venda, é inegável.”
Com a saída de Wesley se tornando cada vez mais próxima, o Flamengo já trabalha nos bastidores para encontrar um novo lateral-direito, visando manter o nível técnico da posição na sequência da temporada e só deve abrir mão do camisa 43 quando tiver a reposição engatilhada.
José Luiz Runco criticou a direção do futebol comandada pelo dirigente do Remo durante a gestão Landim pela contratação do uruguaio
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A ausência de Nicolás De La Cruz na partida contra o Fluminense, no último domingo (21), expôs mais um capítulo da crise interna no Flamengo. Contratado por alto valor no fim de 2023, o meia uruguaio se tornou o centro de uma controvérsia que envolve o departamento médico, ex-dirigentes e críticas de um jornalista influente.
Marcos Braz evita comentar mensagem vazada sobre De La Cruz no Flamengo: "eu não vou me pronunciar"
O episódio ganhou força após uma mensagem polêmica no grupo de WhatsApp que reúne conselheiros e dirigentes do clube. Nela, José Luiz Runco, chefe do departamento médico rubro-negro, questionou a contratação do camisa 18, alegando que o jogador possui lesões crônicas nos dois joelhos. Runco chegou a afirmar que De La Cruz não deveria ter sido contratado, responsabilizando os antigos gestores pela decisão.
As críticas atingiram diretamente Marcos Braz, hoje diretor executivo do Remo. Na época da negociação com o River Plate, Braz ocupava a vice-presidência de futebol do Flamengo e esteve à frente da transação que resultou em um investimento de R$ 102 milhões, pagos à vista.
Questionado sobre a declaração de Runco durante uma entrevista em Belém, Braz evitou responder diretamente, mas deixou no ar um tom de desconforto: “Eu queria muito te responder… mas, em respeito ao Remo e à torcida do Remo, eu não vou me pronunciar. Mas com certeza, se eu me pronunciasse, nós dois íamos estar estampados em todos os órgãos do país.”
Em meio à turbulência, De La Cruz optou por se manifestar discretamente. O meia uruguaio publicou uma foto em preto e branco nos stories do Instagram, acompanhada da frase: “Nunca deixe que ninguém te diga que você não pode fazer algo.”
A postagem foi interpretada como uma resposta indireta à polêmica, num momento em que o jogador segue afastado dos gramados por conta de problemas físicos — e agora, também, no centro de uma crise institucional.