Futebol
20 Set 2024 | 00:12 |
Em uma entrevista concedida após a derrota do Flamengo para o Peñarol, por 1 a 0, o técnico Tite foi direto ao responder sobre as vaias recebidas por parte da torcida. A declaração, marcada por um tom franco, expôs a visão pragmática do treinador em relação à cobrança dos torcedores e à pressão por resultados. “Respeito o sentimento do torcedor. Claro que sinto isso (as vaias), sou humano”, afirmou Tite, reconhecendo a frustração da torcida diante do revés.
A fala de Tite revela que ele compreende o papel dos torcedores como parte fundamental no contexto de um clube, especialmente em um time de grande expressão como o Flamengo. Ao mencionar que as vaias o atingem como ser humano, o técnico demonstra empatia, mas não deixa de destacar que a única forma de reverter essa situação é com conquistas em campo. “Só se reverte de uma forma”, pontuou o treinador.
O ERRO QUE CUSTOU EXTREMAMENTE CARO
A resposta reflete a experiência de Tite em lidar com a pressão que acompanha o comando de grandes equipes no futebol brasileiro. Com passagens vitoriosas por clubes como Corinthians, Grêmio e pela própria seleção brasileira, o treinador possui um histórico que o coloca em uma posição de entender, talvez como poucos, a relação entre desempenho em campo e a expectativa dos torcedores. Para ele, essa conexão é clara: “Sabe como se conquista torcedor? Sabe como conquistei os torcedores dos outros clubes que passei? Ganha título importante”, declarou.
A frase evidencia a centralidade dos títulos no futebol, especialmente em clubes de massa como o Flamengo. No Brasil, a cultura de resultados é intensa, e Tite reconhece que o torcedor tem uma tolerância limitada para resultados negativos. A conquista de títulos, para ele, é a chave para ganhar o apoio da torcida, e qualquer coisa diferente disso resulta em descontentamento: “Se não for, tchau.”
Essa última parte da fala de Tite sintetiza a impaciência característica de torcidas exigentes como a do Flamengo. O técnico deixa claro que, sem a obtenção de troféus relevantes, a relação com a torcida se deteriora rapidamente. A pressão é constante e faz parte do cotidiano de quem assume a liderança de equipes de ponta. Tite parece, no entanto, estar ciente desse cenário e de como ele precisa ser enfrentado.
Mengão planeja finalizar a Arena em 2036 e com aval do FGTS, consegue um importante acordo para dar início aos trabalhos no terreno
20 Dez 2025 | 16:03 |
O Flamengo deu mais um passo relevante no projeto de construção do estádio próprio no Gasômetro, no Rio de Janeiro. Na última quinta-feira (18), o Conselho Curador do FGTS aprovou o Termo de Conciliação do Terreno do Gasômetro, documento que trata do reequilíbrio econômico-financeiro da operação que viabilizou a desapropriação da área.
A decisão é considerada fundamental para ajustar pendências entre o clube e os órgãos envolvidos no processo, como a Caixa Econômica Federal, a Prefeitura do Rio de Janeiro e o próprio fundo responsável pela administração do terreno.
Com o parecer favorável, o Flamengo ganha respaldo para avançar nas etapas burocráticas e técnicas que antecedem o início das obras. Em setembro, o presidente Luiz Eduardo Baptista revelou que a projeção atual é de que o estádio seja inaugurado em 2036. Na gestão anterior, de Rodolfo Landim, a expectativa era concluir o projeto em 2029.
Para garantir a posse da área, o Flamengo desembolsou R$ 138 milhões à vista no leilão realizado em julho de 2024. O montante foi depositado diretamente no Município do Rio de Janeiro, conforme previsto no edital, assegurando a aquisição do terreno onde será construída a nova casa rubro-negra.
Além do pagamento inicial, o Termo de Conciliação prevê um valor adicional de R$ 23,6 milhões, que será quitado em cinco parcelas anuais, corrigidas monetariamente. O montante faz parte das compensações financeiras estabelecidas no acordo.
O reequilíbrio econômico-financeiro foi determinante para garantir o apoio do FGTS e destravar o avanço do projeto. Internamente, a diretoria trata este momento como decisivo para transformar o plano do estádio próprio no Gasômetro em realidade, após anos de negociações e entraves institucionais.
A Raposa negocia a contratação do volante ex-Mengão a pedido de Tite, mas clube russo impõe condições financeiras rígidas e exige a inclusão de zagueiro
20 Dez 2025 | 15:57 |
O Cruzeiro segue ativo no mercado da bola e mantém conversas em andamento para repatriar o meio-campista Gerson, atualmente no Zenit, da Rússia. As tratativas, no entanto, passam por um momento decisivo de ajustes finos e envolvem uma complexa engenharia financeira que pode resultar na saída do zagueiro Jonathan Jesus rumo ao futebol europeu como contrapartida técnica.
O clube de São Petersburgo sinalizou que aceita negociar o atleta, mas estabeleceu condições claras. O Zenit pede o pagamento de 15 milhões de euros, além da transferência definitiva de Jonathan Jesus. O defensor cruzeirense é um desejo antigo dos russos, que já haviam formalizado uma oferta de 10 milhões de euros por ele semanas atrás.
A lógica financeira dos europeus visa recuperar o investimento feito recentemente. Somando os 15 milhões de euros solicitados agora com o valor de mercado atribuído a Jonathan (10 milhões de euros), a operação totalizaria 25 milhões de euros, exatamente a quantia desembolsada pelo Zenit para tirar Gerson do Flamengo em julho.
Do outro lado da mesa, o Cruzeiro tenta reduzir a pedida. A diretoria celeste estaria disposta a pagar até 12 milhões de euros e ainda debate internamente a viabilidade de envolver Jonathan Jesus no negócio para selar a contratação.
O nome de Gerson, que já era monitorado pelo departamento de futebol, ganhou prioridade máxima com a chegada de Tite. O novo treinador da Raposa tem uma relação próxima com o jogador, tendo-o comandado no Flamengo entre 2023 e 2024 e na Seleção Brasileira em 2021.
A investida alinha-se ao discurso do gestor da SAF, Pedro Lourenço, que confirmou nesta semana a busca por "nomes pesados" para a montagem do elenco de 2026. Gerson, multicampeão com currículo que ostenta duas Libertadores e três títulos brasileiros.
O Leão Azul inicia o planejamento para a elite do futebol brasileiro e tem o defensor do Vissel Kobe como alvo; presença de Marcos Braz pode facilitar
20 Dez 2025 | 15:00 |
De volta à elite do futebol nacional, o Remo já iniciou as movimentações nos bastidores para montar um elenco competitivo visando a Série A do Brasileirão de 2026. O clube paraense definiu como um de seus principais alvos para o sistema defensivo o zagueiro Matheus Thuler, revelado pelo Flamengo e que atualmente defende as cores do Vissel Kobe, do Japão. A informação sobre o interesse do Leão foi divulgada inicialmente pelo portal Zona Remista.
O jogador de 26 anos é bem avaliado internamente e surge como uma oportunidade de mercado estratégica, visto que seu vínculo com a equipe japonesa se encerra ao final deste ano, permitindo uma transferência sem custos de aquisição de direitos econômicos.
Um trunfo importante do Remo nesta negociação é a presença de Marcos Braz. O ex-vice-presidente de futebol do Flamengo é, atualmente, o homem forte do futebol do clube paraense. Braz trabalhou diretamente com Matheus Thuler durante duas temporadas no Rio de Janeiro e conhece profundamente as características do zagueiro.
A diretoria azulina enxerga em Thuler um atleta que atingiu a maturidade esportiva, aliando boa leitura de jogo à experiência internacional adquirida no futebol asiático. A boa relação entre o dirigente e o jogador pode ser o diferencial para convencer o defensor a aceitar o projeto do Remo para a próxima temporada.
Pelo Rubro-Negro, Thuler colecionou títulos expressivos, incluindo a Conmebol Libertadores, o Campeonato Brasileiro, a Supercopa do Brasil, a Recopa Sul-Americana e o Campeonato Carioca. Sua saída definitiva do clube carioca aconteceu em janeiro de 2023, quando foi negociado com o Vissel Kobe por cerca de R$ 5,3 milhões. Agora, o Remo espera contar com essa experiência de campeão para fortalecer sua defesa no retorno à primeira divisão.