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Apesar do revés, Rossi saiu de campo com moral. O goleiro argentino foi decisivo em diversos momentos do jogo e, mesmo sem conseguir evitar o segundo gol — que saiu no rebote da penalidade defendida —, mostrou confiança em sua atuação. O Flamengo foi dominado pelo Cruzeiro em boa parte da partida, mas viu seu goleiro ser o principal responsável por manter o placar apertado até os minutos finais.
Fiz um jogo muito bom. As defesas que tive durante o jogo foram boas. Estou para ajudar o time quando a bola chega no gol”, avaliou o camisa 1.
Rossi salvou o time em chances claras de gol e quase conseguiu evitar o gol da virada, que veio nos pés de Gabigol, ironicamente, do outro lado. “Consegui acertar o canto, mas o rebote ficou longo”, diz Rossi. Na saída de campo, ainda na zona mista do Mineirão, o argentino explicou o lance que mais chamou atenção na noite: a defesa do pênalti cobrado por Gabigol.
“Consegui acertar o canto, mas o rebote ficou um pouco longo, porque ele bateu bem, bateu forte, e não consegui levantar para defender o segundo chute, mas acontece”, comentou o goleiro A análise do lance foi direta e sem busca por culpados. Rossi reconheceu que fez o que pôde, mas lamentou o desfecho do lance que selou a derrota rubro-negra.
Com nove defesas contabilizadas, Rossi foi o principal destaque do Flamengo. Enquanto a linha defensiva sofreu com a movimentação do ataque cruzeirense, o argentino segurou o que pôde. Foi sua melhor performance desde que chegou ao clube. Ainda assim, o arqueiro adotou tom sereno ao avaliar a atuação geral do time. Sem críticas aos companheiros, destacou que o futebol é decidido em detalhes.
Mesmo com o tropeço, Rossi já virou a chave. O Flamengo enfrenta o Central Córdoba, fora de casa, nesta quarta-feira (7), às 21h30, pela 4ª rodada da fase de grupos da Libertadores. Com 4 pontos, o Rubro-Negro é o terceiro colocado do Grupo C, atrás justamente do adversário argentino, que soma 7. “Sabemos que é uma final na Argentina. Temos que descansar e nos preparar da melhor maneira para tentar vencer o jogo”, destacou Rossi.
Antes da partida, o atacante fez símbolo clássico dos tempos de dupla rubro-negra com Bruno Henrique e gerou críticas nas redes sociais
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O reencontro entre Gabigol e Bruno Henrique neste domingo (4), no Mineirão, teve direito a lembrança dos tempos áureos no Flamengo, mas também rendeu polêmica fora das quatro linhas. Minutos antes do apito inicial entre Cruzeiro e Flamengo, pela quinta rodada do Brasileirão, Gabigol se dirigiu ao banco de reservas rubro-negro e protagonizou a tradicional comemoração da "fusão" ao lado de Bruno Henrique.
A celebração, marcada por anos de sucesso da dupla em conquistas como a Libertadores de 2019 e 2022 e os Brasileiros de 2019 e 2020, não teve boa recepção nas redes sociais. Muitos torcedores interpretaram o gesto como uma tentativa de “marketing” do camisa 99, atualmente emprestado ao Cruzeiro até o fim da temporada.
A comemoração da fusão, inspirada no desenho Dragon Ball Z, se popularizou no Flamengo quando Gabigol e Bruno Henrique decidiam partidas juntos. O movimento, com os dois inclinando o corpo e tocando as mãos acima da cabeça, virou marca registrada da dupla. “Falso igual diz ser a foto dele com a camisa do Corinthians”, ironizou um internauta. Outro destacou: “Só para fazer média com a torcida, porque eles nem conversam. O próprio Bruno Henrique já disse isso”.
O gesto veio antes mesmo de Gabigol entrar em campo. Do outro lado, Bruno Henrique iniciou no banco de reservas e entrou logo no início do segundo tempo, substituindo Everton Cebolinha, que sentiu dores musculares. Gabigol, por sua vez, só foi acionado aos 43 minutos da segunda etapa. Com poucos toques na bola, teve uma chance de ouro: cobrou o pênalti nos acréscimos, mas parou em Rossi, que defendeu com firmeza e garantiu o empate no Mineirão.
O jogo terminou 1 a 1. Kaio Jorge marcou para o Cruzeiro no início da partida, e Arrascaeta empatou ainda no primeiro tempo, completando boa jogada de Gerson pela esquerda. O ponto conquistado mantém o Flamengo no topo da tabela, agora com 11 pontos, mas não livrou o time das críticas pela atuação abaixo do esperado.
Técnico do Mais Querido avalia derrota no Mineirão e já vira a chave para confronto-chave no Maracanã nos próximos torneios que disputa
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A derrota por 2 a 1 para o Cruzeiro, no Mineirão, acendeu um alerta no Flamengo. Neste domingo (4), após o revés pelo Brasileirão, Filipe Luís concedeu entrevista e falou sobre o próximo desafio rubro-negro: o duelo com o Central Córdoba, válido pela Libertadores, marcado para quinta-feira (7), no Maracanã.
A equipe argentina lidera o Grupo C da competição continental, e o confronto tem peso de decisão. Com apenas quatro pontos em três partidas, o Flamengo precisa vencer para não se complicar na busca por uma vaga no mata-mata. — Primeiro temos que analisar essa partida de hoje contra o Cruzeiro para saber o que fizemos de bom, de ruim, para poder corrigir. A partir de amanhã, começar a estudar o próximo adversário, que deve ser muito parecido com o jogo do Maracanã e com o jogo de hoje — avaliou Filipe Luís, já projetando o embate com os argentinos.
Segundo o técnico, o Central Córdoba tem características semelhantes ao Cruzeiro de Fernando Seabra. Equipes com forte bloqueio de saída de bola e foco em transições rápidas, algo que o Flamengo sofreu para lidar em Belo Horizonte. — O Central Córdoba é um adversário que tenta bloquear bastante a nossa saída para tentar fazer as transições — completou o treinador, reforçando a necessidade de ajuste imediato na proposta de jogo.
Apesar da maratona e do desgaste, o elenco terá que virar a chave rapidamente. O time volta a treinar nesta segunda-feira (5), já com foco total na Libertadores. A preparação será curta, mas com atenção máxima aos detalhes. A situação no Grupo C da Libertadores não permite vacilo. O Flamengo aparece em terceiro, com 4 pontos. Está atrás justamente do Central Córdoba, líder com 7, e da LDU, segunda colocada com 5. O Deportivo Táchira, sem pontuar, fecha a chave.
Classificação do Grupo C:
Central Córdoba – 7 pontos
LDU – 5 pontos
Flamengo – 4 pontos
Deportivo Táchira – 0 ponto
O jogo contra o Central Córdoba será no Maracanã, e o fator casa será determinante. Um tropeço pode deixar o Rubro-Negro em situação extremamente delicada, obrigando uma combinação de resultados nas rodadas finais da fase de grupos. Ainda que o desempenho fora de casa tenha gerado desconfiança, o time tem conseguido se impor no Maracanã. A expectativa é de casa cheia, e o apoio da torcida será mais uma vez um diferencial em um jogo com cara de mata-mata.
No campo, Filipe Luís terá a missão de ajustar o sistema defensivo e encontrar alternativas no setor ofensivo, que voltou a ter dificuldades na criação contra o Cruzeiro. A ausência de soluções no último terço preocupa para o duelo contra um time argentino de marcação forte. A derrota para o Cruzeiro, apesar de doída, pode servir de alerta. O Flamengo teve posse, mas pouca efetividade, e novamente viu o adversário explorar espaços nas costas da defesa.
O Mais Querido perde por 2 a 1 para o Cruzeiro no Mineirão com gol nos acréscimos, em jogo válido pela oitava rodada do Brasileirão neste domingo (04)
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O Flamengo entrou em campo com o que tinha de melhor. Sem desfalques relevantes, com o time considerado titular por Tite, o Rubro-Negro foi ao Mineirão para enfrentar o Cruzeiro buscando manter a invencibilidade no Brasileirão. Mas a noite em Belo Horizonte foi diferente do roteiro habitual para o time carioca: após sair na frente com um golaço de Arrascaeta, o Flamengo acabou sofrendo a virada por 2 a 1 e conheceu sua primeira derrota na competição.
O jogo foi muito difícil. A gente até tentou, mas não nos encontramos dentro de campo... " - disse Arrascaeta
A partida, válida pela oitava rodada do Campeonato Brasileiro, teve nuances de equilíbrio e intensidade, mas também escancarou problemas de posicionamento e tomadas de decisão do Flamengo — especialmente na etapa final. Mesmo com posse de bola superior e mais volume no ataque, o time não conseguiu transformar domínio em efetividade.
O Cruzeiro, por sua vez, soube aproveitar os espaços deixados na recomposição defensiva do adversário e foi cirúrgico. Depois do empate ainda no segundo tempo, os mineiros foram premiados com um gol nos acréscimos, marcado por Gabigol — atacante emprestado que, por cláusula contratual, estava liberado para atuar normalmente.
Ao fim do jogo, o semblante dos jogadores do Flamengo resumiu o clima: abatimento e frustração. Arrascaeta, autor do único gol rubro-negro na noite, reconheceu o desempenho abaixo da média e destacou a necessidade de resposta imediata. — O jogo foi muito difícil. A gente até tentou, mas não nos encontramos dentro de campo. Cometemos muitos erros. Infelizmente, sofremos uma virada no final da partida, mas acontece. Agora, é levantar a cabeça e continuar melhorando para a sequência da temporada, que é muito importante — disse o uruguaio, ainda no gramado do Mineirão.
O Flamengo vinha de uma sequência sólida no torneio e, mesmo com algumas atuações abaixo da expectativa, mantinha regularidade nos resultados. A derrota para o Cruzeiro, no entanto, serve como alerta em meio à maratona de jogos. Filipe , que não concedeu entrevista coletiva no momento da apuração da matéria, terá agora o desafio de reorganizar o emocional e o físico da equipe, que volta a campo nesta semana pela Libertadores — o compromisso é visto internamente como crucial para as ambições da temporada.