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Atacante do Flamengo aproveita oportunidades dadas por Filipe Luís e lidera estaística ofensiva
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Comandado pelo desejo de vencer de Filipe Luís, o Flamengo puxa a fila na lista de maiores médias de gols do futebol brasileiro. Entre todos os 20 times da Série A, o Rubro-Negro é o líder neste quesito. Até aqui, foram 29 gols marcados em 13 partidas, o que dá uma média aproximada de 2,23 gols por jogo. Os que chegam mais perto disso são Internacional e Grêmio, com respectivamente 2,1 e 2,09 de média em 2025.
Em todo o ano, o Flamengo só passou em branco uma vez. Aconteceu no dia 8 de fevereiro, contra o Fluminense, em um 0 a 0 pela primeira fase do Carioca. De lá para cá, foram quatro jogos e nove gols marcados.
Ter a melhor média, no entanto, não significa ter o ataque mais positivo. Na Série A, esse posto pertence a Sport e Vitória, que já foram às redes 31 vezes desde que a temporada começou. Foram 16 duelos para as equipes no período.
Com seus 29 gols, o Flamengo é o terceiro colocado neste quesito, empatado com o Bahia (que teve 16 jogos para construir a marca, três a mais que o Rubro-Negro).
Na outra ponta da tabela, porém, o Botafogo é o time que menos marcou gols. Atual campeão de Brasileiro e Libertadores, o rival do Flamengo só anotou 12 tentos em toda a temporada, que teve 14 jogos até aqui. O baixo aproveitamento, é claro, cobrou seu preço. Na primeira fase do Carioca, o Botafogo terminou em uma apagada nona colocação entre 12 times, fora até do grupo que foi à Taça Rio.
Na Recopa Sul-Americana, o time brasileiro foi completamente dominado pelo Racing-ARG, perdeu os dois jogos e o título. Na ida, na Argentina, triunfo dos mandantes por 2 a 0; na volta, placar repetido e festa visitante no Engenhão.
Confira a média de gols dos 20 times da Série A:
Flamengo: 2,23 (29 gols em 13 jogos)
Internacional: 2,1 (21 gols em 10 jogos)
Grêmio: 2,09 (23 gols em 11 jogos)
Fortaleza: 2,09 (23 gols em 11 jogos)
Vitória: 1,93 (31 gols em 16 jogos)
Sport: 1,93 (31 gols em 16 jogos)
Fluminense: 1,92 (27 gols em 14 jogos)
Palmeiras: 1,84 (24 gols em 13 jogos)
Ceará: 1,81 (20 gols em 11 jogos)
Bahia: 1,81 (29 gols em 16 jogos)
Santos: 1,69 (22 gols em 13 jogos)
Corinthians: 1,62 (26 gols em 16 jogos)
Mirassol: 1,61 (21 gols em 13 jogos)
Atlético-MG: 1,58 (19 gols em 12 jogos)
Juventude: 1,54 (17 gols em 11 jogos)
São Paulo: 1,53 (20 gols em 13 jogos)
Vasco: 1,35 (19 gols em 14 jogos)
Cruzeiro: 1,3 (13 gols em 10 jogos)
RB Bragantino: 1,07 (15 gols em 14 jogos)
Botafogo: 0,85 (12 gols em 14 jogos)
Com campanha sólida em 2025, Rubro-Negro mantém sequência de oito anos seguidos avançando ao mata-mata e reforça protagonismo continental
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A campanha do Flamengo na edição de 2025 da Libertadores reforça a estabilidade competitiva do clube no cenário sul-americano. Com a vaga garantida nas oitavas, o Rubro-Negro sustenta um desempenho sólido na fase de grupos, algo que se repete pela oitava temporada consecutiva. A trajetória do clube na principal competição da América do Sul começou em 1981 — ano inesquecível para qualquer torcedor.
Sob o comando de Zico, o Flamengo estreou na Libertadores já com o título, superando o Cobreloa, do Chile, e escrevendo o primeiro capítulo da história rubro-negra no torneio. No ano seguinte, em 1982, o time voltou a ter uma campanha relevante, parando apenas na semifinal. Mas a primeira eliminação precoce veio logo depois, em 1983, com a queda ainda na fase de grupos, sinalizando que a regularidade ainda não fazia parte do DNA do clube no torneio.
O cenário mais crítico veio entre 2012 e 2017. Foram três quedas ainda na fase de grupos em apenas seis anos, o que gerou prejuízos esportivos e financeiros. A pressão interna e externa por mudanças estruturais foi decisiva para o processo de reestruturação que se iniciou fora de campo e refletiu diretamente no rendimento dentro das quatro linhas.
A virada começou a ser desenhada em 2018. Desde então, o Flamengo não ficou mais fora das oitavas de final. A partir dali, o time não só voltou a competir com regularidade, como passou a ser protagonista. O auge foi em 2019, com a conquista do bicampeonato em uma final histórica contra o River Plate, na qual Gabigol brilhou com dois gols nos minutos finais, em Lima, no Peru.
Menos de quatro anos depois, em 2022, novo título. Dessa vez, com vitória por 1 a 0 sobre o Athletico-PR, novamente com gol de Gabigol, consolidando o atacante como um dos maiores nomes da história recente do clube na Libertadores.Esses dois títulos recentes, aliados à consistência nas últimas campanhas, recolocaram o Flamengo em um patamar de respeito internacional. O clube passou a figurar com frequência entre os principais cabeças de chave, com papel de protagonista em sorteios e favoritismo nas casas de apostas.
Classificado em segundo lugar do Grupo C, Rubro-Negro disputará vaga nas quartas de final fora de casa, sorteio define adversário na próxima segunda-feira
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A equipe comandada por Filipe Luís não conseguiu alcançar a liderança da chave, o que obriga o Rubro-Negro a disputar a decisão do confronto eliminatório fora de casa. O sorteio será realizado ao meio-dia (de Brasília), na sede da Conmebol, em Luque, no Paraguai, e colocará o Flamengo diante de um dos primeiros colocados.
Pelo regulamento do torneio, a partir das oitavas, os times classificados em primeiro lugar enfrentam os segundos colocados em cruzamentos diretos. E, com isso, o Rubro-Negro tem um leque de adversários fortes à frente, incluindo Palmeiras, River Plate e São Paulo. Confira os clubes classificados às oitavas:
Primeiros colocados:
Estudiantes (ARG)
River Plate (ARG)
LDU (EQU)
São Paulo
Racing (ARG)
Internacional
Palmeiras
Vélez Sarsfield (ARG)
Segundos colocados:
Botafogo
Universitario (PER)
Flamengo
Libertad (PAR)
Fortaleza
Atlético Nacional (COL)
Cerro Porteño (PAR)
Peñarol (URU)
Dos sete clubes brasileiros que começaram a fase de grupos da competição continental, apenas o Bahia não conseguiu avançar. O Tricolor de Aço ficou pelo caminho e agora voltará suas atenções apenas ao calendário nacional. Já o Fortaleza, que fechou a lista de classificados na noite desta quinta-feira, entra direto no radar do Flamengo.
O time cearense será o adversário do Rubro-Negro neste domingo (1º), no Maracanã, pela 11ª rodada do Campeonato Brasileiro. Um ensaio para o que pode ser um reencontro em mata-mata, caso o destino assim quiser. O Fortaleza avançou às oitavas mesmo com derrota por 1 a 0 para o Racing, na Argentina.
O gol sofrido no fim quase complicou a situação da equipe de Vojvoda, que ficou dependendo do resultado entre Atlético Bucaramanga e Colo-Colo. Com a vitória dos chilenos, os nordestinos carimbaram a vaga mesmo com o revés em Avellaneda. Outro jogo importante da noite foi o duelo entre Vélez e Peñarol, no Uruguai. Ambas as equipes já estavam classificadas, mas disputavam o primeiro lugar do Grupo H. Com o empate sem gols, os argentinos garantiram a liderança pelo critério de saldo de gols.
A entidade máxima do futebol mundial abriu investigação sobre o caso e pode ocorrer reviravoltas nos próximos dias na CBF
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A Fifa notificou a CBF para investigar possível violação no regulamento de agentes de futebol na contratação do técnico Carlo Ancelotti para a seleção brasileira masculina de futebol. No caso, pela previsão de comissão de 1,2 milhão de euros ao empresário Diego Fernandes.
A notícia foi divulgada pelo portal UOL, que teve acesso ao ofiício recebido pela CBF. Na notificação, um executivo da Fifa levanta dúvidas a respeito de Diego Fernandes, figura inseparável de Ancelotti nos últimos dias até a chegada do italiano ao Brasil para ser apresentado pela CBF.
“Parece que o Sr. Diego Fernandes, atualmente sem licença individual, prestou serviços de Agente de Futebol para a CBF e para o técnico Carlo Ancelotti em sua transferência do Real Madrid para a seleção brasileira masculina”, diz um trecho do ofício. O caso é possível violação do artigo 5, parágrafo 1 do Regulamento de Agentes de Futebol da Fifa.
A Fifa pede, então, para a CBF contato formal de Diego e ainda solicita alguns esclarecimentos do caso:
Diego também publicou comunicado e disse que atuou como consultor e afirmou que vai buscar registro na Fifa para receber “o justo valor referente à intermediação”.
“O contrato firmado por Diego Fernandes com a CBF, em relação à contratação do treinador da seleção brasileira, respeita rigorosamente todas as normativas da CBF e da FIFA, com previsão específica acerca da necessidade de cumprimento das exigências das mencionadas instituições, de modo que eventuais questionamentos são infundados e serão prontamente esclarecidos.
Cumpre ressaltar que, Diego Fernandes é consultor, conforme previsto no contrato, e que só poderá receber qualquer montante referente à intermediação, após sua inscrição como agente intermediário de futebol junto à CBF.
Diego atuou formalmente como consultor, em função do curto prazo de tempo que se deu o desafio da negociação, o que seria incompatível com o processo para registro como agente de futebol junto à FIFA. Com a conclusão da negociação, Diego dará entrada ao registro para que, quando efetuado, possa receber o justo valor referente à intermediação.”
A cláusula que exige o pagamento da comissão de 1.2 milhão de euros (R$ 7.7 milhões) faz parte do próprio contrato de Carlo Ancelotti com a entidade - não é um documento à parte. A situação, por sua vez, não invalida o acerto.
A presença de um "outsider" em detrimento dos dirigentes do departamento de seleções já tinha causado desconforto nos bastidores da CBF mesmo durante as negociações. Rodrigo Caetano e Juan só tiveram contato com o italiano após o anúncio da contratação, quando viajaram a Madri para definir a convocação para os jogos contra Equador e Paraguai.