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O Flamengo ‘entrou na mente’ do Botafogo. Desde a vitória rubro-negra no Engenhão, o rival caiu de produção e chegou ao ponto de demitir o técnico Bruno Lage. O português foi desligado do clube na noite desta terça-feira (03), mesmo ocupando a liderança do Campeonato Brasileiro.
A equipe do Botafogo ostentava os 100% de aproveitamento no Estádio Nilton Santos, no Campeonato Brasileiro, até encontrar o Flamengo, na 22a rodada. Na ocasião, com gols de Bruno Henrique e Marlon Freitas (contra), o Rubro-Negro acabou com a invencibilidade do rival em casa e instaurou a crise no líder da competição. Depois do jogo, Bruno Lage chegou a colocar o cargo à disposição.
As brincadeiras durante e depois da partida ‘desnortearam’ o Botafogo. Ainda em campo, Bruno Henrique fez o famoso gesto do chororô. Após o confronto, a Nação criou músicas ironizando o novo ídolo do rival, Segovinha, além de ‘memes’ com o ‘tapetinho’ do Estádio Nilton Santos.
Desde então, o Botafogo não venceu mais no Campeonato Brasileiro. Foram derrotas para Atlético-MG e Corinthians, além do empate com o Goiás, em casa, na segunda-feira (02). Após o 1 a 1, a torcida vaiou a equipe e chamou Bruno Lage de “burro”.
Além da queda do desempenho da equipe, a ‘questão’ Tiquinho Soares foi decisiva para a demissão do português. O artilheiro do Campeonato Brasileiro treinou como titular durante toda a semana e, horas antes de a partida com o Goiás começar, Bruno Lage optou por colocar Diego Costa na equipe. Os jogadores não aceitaram bem a atitude do técnico.
O Botafogo, que já chegou a ter 12 pontos de vantagem para o segundo colocado, agora tem sete à frente do Red Bull Bragantino. O Flamengo está na cola, em quinto, com 43 (nove atrás do líder da competição). O Mengão tentará reduzir a diferença na 26a rodada, quando encara o Corinthians, no sábado (07), em Itaquera. Já os ex-comandados de Lage fazem o clássico com o Fluminense, no Maracanã, no domingo (08).
Rubro-Negro não perde para o Tricolor Baiano desde 2019, quando Jorge Jesus ainda era técnico; reencontro será neste sábado, no Maracanã
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A última vez que o torcedor do Flamengo viu o time sair derrotado de um confronto com o Bahia foi ainda em 2019. Na época, Jorge Jesus dava os primeiros passos no comando rubro-negro, e o time sofreu uma rara atuação apagada na Arena Fonte Nova. O jogo em questão aconteceu no dia 4 de agosto de 2019, pela 13ª rodada do Campeonato Brasileiro. Com apenas oito partidas à frente do time, o Mister sofreu sua única goleada no torneio nacional naquele ano: 3 a 0 para o Bahia, com atuação inspirada de Gilberto.
Naquela tarde em Salvador, o camisa 9 do Bahia marcou os três gols do jogo, em um desempenho que ficou marcado como um dos melhores de sua passagem pelo clube. Do lado do Flamengo, o time teve dificuldade de se encontrar em campo e viu a defesa ser exposta como poucas vezes aconteceria nos meses seguintes sob comando do português.
Jorge Jesus escalou o Flamengo com: Diego Alves; Rafinha, Pablo Marí, Thuler e Filipe Luís; Willian Arão, Piris da Motta, Arrascaeta e Gerson; Everton Ribeiro e Bruno Henrique. Um time ainda em construção, que viria a deslanchar nas semanas seguintes. Do outro lado, o Bahia de Roger Machado entrou com Douglas; Nino Paraíba, Lucas Fonseca, Juninho e Moisés; Giovanni, Gregore e Flávio; Lucca, Gilberto e Artur. Um time bem armado defensivamente e eficiente nos contragolpes, que aproveitou os espaços e não perdoou.
Desde aquela tarde, o Flamengo não perdeu mais para o Bahia. São 11 vitórias consecutivas — uma das maiores sequências positivas do clube contra um adversário da Série A na história recente. Neste sábado, o cenário é outro. O Flamengo tenta se manter no topo da tabela, mesmo com desfalques importantes e a maratona de jogos. O Bahia, por sua vez, faz um bom início de campeonato e chega ao Maracanã em busca de surpreender.
Além do tabu contra o Bahia, o Rubro-Negro também carrega um retrospecto amplamente favorável contra Rogério Ceni. O atual técnico do Bahia jamais venceu o Flamengo como treinador, somando 15 confrontos e 15 derrotas. As derrotas de Ceni para o Flamengo se dividem da seguinte forma: seis pelo São Paulo, três pelo Fortaleza, uma pelo Cruzeiro e cinco com o próprio Bahia. Um retrospecto incômodo, que ajuda a aumentar a confiança da torcida rubro-negra para o duelo deste fim de semana.
O Mais Querido pretende retormar as conversas em outro momento, já que entende que o vínculo do meia está longe de encerrar
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Nesta sexta-feira (9), o Flamengo travou as conversas com os agentes de Arrascaeta por uma renovação de contrato. Vale lembrar que o vínculo atual do camisa 10 vai até o fim de 2026.
Segundo informações do GE, o Flamengo encerrou as conversas com Arrascaeta para uma renovação de contrato. O Mais Querido entende que a questão pode ficar para depois. A ideia inicial do Rubro-Negro era resolver a situação logo após a Copa do Mundo de Clubes,as a condução do processo afastou uma resolução, deixando a relação entre as partes mais fria.
A oferta apresentada por Arrascaeta ao Flamengo era de um contrato com valorização financeira e validade até o fim de 2028, com flexibilidade de negociação quanto a duração.
Vale lembrar que Daniel Fonseca, empresário de Arrascaeta e José Boto, diretor esportivo do Flamengo, iniciaram as conversas por renovação no início do ano. Segundo o GE, o dirigente pediu para que o camisa 10 destacasse seus desejos no novo contrato e deu a resposta em nome de Bap em contato telefônico nesta semana.
Além de encerrar as conversas por renovação, é sabido nos bastidores do Flamengo que a nova gestão não fará esforços para segurar Arrascaeta após o fim de seu contrato. Assim, a percepção é de total incógnita sobre possível reaproximação.
Clube entende que o colombiano não se encaixa nas características buscadas para reforçar o setor ofensivo na janela do meio do ano ao Mundial
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A movimentação do mercado segue quente, mas o nome de Marino Hinestroza, que surgiu nos bastidores da Gávea nos últimos dias, não vai sair do campo da especulação. Segundo apuração de Venê Casagrande, o Flamengo não irá avançar por sua contratação. O motivo? O perfil do jogador não corresponde às exigências traçadas pelo departamento comandado por José Boto, responsável por coordenar as contratações do clube no segundo semestre.
O Flamengo entende que precisa de reforços pontuais, sobretudo para as pontas. E Hinestroza, apesar de atuar no setor ofensivo, não é exatamente esse tipo de atleta. O colombiano tem características mais voltadas para o jogo central e criação, o que colide com a demanda atual. A decisão da diretoria foi tomada após uma análise profunda do elenco e do planejamento para a reta final da temporada. Mesmo diante de baixas e um calendário apertado, a ordem é ser cirúrgico nas contratações.
Atualmente no Atlético Nacional, da Colômbia, Hinestroza ganhou visibilidade após sua passagem pelo Palmeiras e uma breve sequência no futebol mexicano e norte-americano. O atacante tem apenas 21 anos, mas ainda busca afirmação na carreira profissional. Sua passagem pelo Palmeiras foi marcada por desafios. O jogador sofreu com lesões e dificuldades de adaptação. Além disso, o desejo de retornar à Colômbia pesou para sua saída do clube paulista, onde atuou por empréstimo.
Durante a pandemia de Covid-19, Marino chegou a ser alçado ao elenco principal do Palmeiras com apenas 17 anos, em função dos desfalques provocados pelo surto no grupo. No entanto, não conseguiu se consolidar e voltou ao América de Cali em 2022. De lá, o atacante passou por Pachuca, no México, e Columbus Crew, nos Estados Unidos, antes de retornar ao futebol colombiano. No Atlético Nacional, reencontrou sequência, mas ainda sem grandes destaques em termos estatísticos.
Mesmo com a carência por pontas no elenco atual do Flamengo — agravada por lesões recentes como a de Everton Cebolinha —, Hinestroza não foi considerado uma solução viável. A diretoria do Flamengo trabalha com quatro alvos principais para a próxima janela, sendo dois deles já conhecidos: João Félix, que segue como um sonho de difícil execução, e Jorginho, meia ex-Bahia atualmente no Ludogorets, da Bulgária.