
Futebol
|
O domingo começou com o torcedor do Flamengo, cheio de esperanças de ver a equipe comandada por Tite, bater o Botafogo e liderar o Brasileirão. Entretanto, o que viram, foi o time jogar mal e acabar perdendo para o rival carioca por 2x0, em um jogo marcado pelo desgaste físico, por conta do forte calor no Rio de Janeiro. Nesse sentido, o auxiliar de Tite, Cléber Xavier falou das últimas partidas do rubro-negro, para explicar o momento físico do elenco.
"Nos últimos jogos teve um calendário muito congestionado. Nos três últimos jogos jogamos em situações difíceis. Jogamos em gramado sintético, alguns jogadores já tiveram problema no passado, jogamos na altitude, que é desumano, e jogamos hoje às 11h no calor do Rio. Para a gente e Botafogo foi desumano, vários jogadores sentindo. Essa relação toda impede que nos últimos jogos se faça grande jogos. Hoje realmente não fomos efetivos, não concluímos bem, mas jogamos nessa condição, que torna difícil atingir grande nível", disse Cléber.
O braço direito de Tite ainda falou de parte técnica e viu coisas proveitosas durante os 90 min do clássico.
"Contra o Palmeiras, uma marcação alta do Palmeiras, as duas equipes tiveram dificuldade da anunciação, no campo que a gente não está acostumado pode ser mais difícil. Na altitude também, a equipe do Bolívar diferente de outras equipes, sendo agressiva na marcação. Hoje, não vi assim, conseguimos sair, achar espaço mesmo com a pressão alta e qualidade dos jogadores do Botafogo", concluiu o auxiliar.
O próximo compromisso do Flamengo pelo Brasileirão é no próximo sábado, quando enfrenta o Bragantino no Nabi Abi Chedid, às 18h30, pela 5ª rodada da competição. Mas antes, o time tem compromisso pela Copa do Brasil. O clube enfrenta o Amazonas, no Maracanã, na próxima quarta-feira, às 21h30, pelo primeiro jogo da terceira fase da Copa do Brasil.
Técnico do Al Hilal, vê torneio com 32 times como “espetáculo apaixonante” e mostra confiança em longa campanha com o clube saudita no torneio
|
O técnico Jorge Jesus, multicampeão pelo Flamengo e atual comandante do Al Hilal, da Arábia Saudita, é mais um dos nomes de peso confirmados no novo Mundial de Clubes da FIFA, que estreia em 2025 com um formato ampliado e inédito, reunindo 32 equipes ao redor do mundo. O português, que deixou marca profunda no Rubro-Negro, celebrou a oportunidade de disputar o torneio internacional e foi direto ao expressar sua visão: para ele, o novo Mundial tem tudo para superar o apelo da própria Copa do Mundo de seleções.
vai ser muito mais apaixonante do que uma Copa do Mundo.." disse Jesus
“Penso que o Mundial de Clubes, no futuro, vai ser muito mais apaixonante do que uma Copa do Mundo de seleções. Vai ser um espetáculo lindo”, cravou Jorge Jesus, em entrevista ao site oficial da FIFA. A declaração, que ecoou entre torcedores sauditas e brasileiros, reforça o peso que o treinador enxerga no novo formato da competição. Com mais jogos, mais clubes envolvidos e estrutura similar à Copa, o torneio será disputado nos Estados Unidos em 2025.
O Flamengo, campeão da Libertadores de 2022, é um dos clubes brasileiros classificados para o Mundial. No entanto, um reencontro com Jorge Jesus só ocorreria em fases mais avançadas, dependendo da evolução paralela de ambos os times. Apesar de não esconder o desejo de avançar até as fases finais, Jorge Jesus foi cauteloso ao projetar o caminho do Al Hilal. Segundo ele, o foco inicial é fazer uma campanha sólida na fase de grupos.
“O objetivo é passarmos a primeira fase, e depois acreditamos que tudo pode ser possível. Porque o sorteio também tem influência nas equipes”, comentou. O treinador também destacou que enfrentar grandes clubes europeus não é novidade. Ele já duelou contra potências como o Real Madrid em passagens anteriores por clubes do Velho Continente.
“Já enfrentei duas vezes o Real Madrid. É um clube conhecido em todo o mundo, sempre com grandes jogadores. Vai ser muito motivante para todos nós”, destacou. Jesus indicou ainda que o elenco do Al Hilal está preparado para o desafio. Para ele, a experiência internacional de boa parte do grupo será fundamental para brigar por uma campanha sólida.
Lesão de Alex Sandro abre espaço e lateral-esquerdo mostra evolução em campo com respaldo da comissão técnica em momento de alta
|
Após um período de instabilidade e críticas, Ayrton Lucas voltou a ter sequência como titular do Flamengo. A oportunidade surgiu após a lesão de Alex Sandro, e o camisa 6 tem aproveitado o momento para mostrar evolução, especialmente no aspecto defensivo — algo que tem sido reforçado constantemente por Filipe Luís.
Desde que Alex se machucou na partida contra o Juventude, Ayrton iniciou todos os compromissos seguintes do Rubro-Negro. Mesmo com a possibilidade de Varela atuar improvisado no setor, Filipe optou por dar sequência ao lateral de origem. A escolha, ao que tudo indica, vem sendo respaldada pelo desempenho em campo.
De acordo com o portal UOL, Filipe Luís tem dado atenção especial a Ayrton. O treinador enxerga potencial técnico no jogador e, mais do que isso, tem feito um trabalho emocional e de confiança. Filipe costuma lembrar que, em 2022, Ayrton chegou a tirá-lo da equipe titular — um reconhecimento simbólico do seu valor.
"Ele mesmo se cobrava muito, principalmente na parte defensiva. Mas vem evoluindo bem. Está mais simples com a bola, buscando mais linhas de passe, e isso ajuda no nosso modelo", disse Filipe após a vitória sobre o Corinthians. Em Itaquera, Ayrton foi elogiado publicamente por sua atuação sólida. Filipe destacou o crescimento do camisa 6 na chamada "fase defensiva da área", considerada um ponto frágil do lateral em outros momentos da temporada.
Nas partidas anteriores, contra Vasco e LDU, o rendimento do jogador também foi considerado positivo internamente. No clássico, segurou bem a linha pelo lado esquerdo. Contra os equatorianos, soube dosar o apoio e a recomposição — algo que o técnico vem cobrando desde o início de seu trabalho.
Ex-jogador vê os atletas como o motor de um time avassalador e dominante, que não deu chance ao Corinthians no Maracanã no último domingo
|
A goleada do Flamengo sobre o Corinthians no Maracanã não deixou dúvidas sobre a força do time comandado por Tite. Mas o que mais chamou atenção de quem conhece a posição foi o desempenho do meio-campo rubro-negro. E quem resumiu bem esse domínio foi o ex-volante e comentarista Zé Elias.
Revelado no próprio Corinthians e com passagem pela Seleção Brasileira, Zé Elias não economizou elogios ao falar sobre a atuação de Pulgar e De La Cruz, dupla que comandou o setor central em mais uma exibição de almanaque. “É impressionante o que está jogando o Pulgar”, cravou o ex-jogador, visivelmente impressionado com a leitura de jogo e a capacidade de antecipação do chileno. “Teve um lance em que ele dá um carrinho antes mesmo do adversário tocar. Já tinha lido a jogada toda.”
Se você deixa o meio-campo do Flamengo jogar, acontece o que aconteceu contra o Corinthians”, afirmou Zé Elias
Pulgar, aliás, vem sendo figura constante nas análises pós-jogo. Contra o Corinthians, teve aproveitamento de 98% nos passes – foram 52 tentativas e 51 acertos. Também venceu oito duelos, fez quatro cortes, uma interceptação e ainda deu um passe decisivo. No 'Sofascore', recebeu nota 6,8, abaixo do que o desempenho indica, mas acima da média dos volantes em jogos do Brasileirão.
Se Pulgar foi o cão de guarda, De La Cruz foi o motor. Incansável, dinâmico e participativo do início ao fim, o uruguaio acertou 95% dos passes (69 de 73), criou duas chances claras e ainda se destacou em bolas longas – foram cinco lançamentos certos em seis tentativas. “De La Cruz, dinâmico, participando o tempo todo do jogo. O Arrascaeta, de forma inteligente, jogando nos espaços curtos, toca aqui, toca ali... Você vai deixar esses caras jogarem?”, questionou Zé Elias, colocando o dedo na ferida sobre o espaço cedido pelo Corinthians no setor mais decisivo do campo.
A conexão entre De La Cruz e Arrascaeta, aliás, tem sido um ponto alto desde a chegada do camisa 18. A dupla sul-americana alterna movimentações e cria superioridade numérica entre as linhas adversárias com facilidade. Na avaliação de Zé Elias, o meio-campo é o setor que dita o ritmo de qualquer equipe. E no caso do Flamengo, é justamente aí que mora a força do time. “Se você deixa o meio-campo do Flamengo jogar, acontece o que aconteceu contra o Corinthians”, afirmou.