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Futebol
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O clássico entre Vasco e Flamengo, válido pelo jogo de ida da semifinal do Campeonato Carioca, foi marcado por uma entrada polêmica do lateral-direito rubro-negro Wesley em Pablo Vegetti, atacante do Vasco. A falta, advertida com um cartão amarelo, gerou intensos debates entre jogadores, torcedores e comentaristas. Para o comentarista PC Oliveira, da "Central do Apito", o árbitro errou.
O árbitro Bruno Arleu de Araújo, após hesitação, aplicou apenas um cartão amarelo ao jogador do Flamengo, o que desencadeou revolta imediata no lado vascaíno, que pediu veementemente a expulsão direta.
- A entrada do Wesley não pegou só no pé. Ela entra de cima para baixo, atingindo a canela e o tornozelo do Vegetti. Além da entrada temerária, houve o uso de força excessiva. A canela do Vegetti fica té machucada depois. É uma entrada para cartão vermelho. O VAR deveria ter chamado - inicia PC, argumentando sobre entrada forte de Wesley em Vegetti.
- Ambas as entradas (Wesley e Vegetti) foram por cima, com a sola da chuteira, uso de força excessiva e com alto risco de lesionar o adversário. Todos os elementos que configuram entrada para cartão vermelho - conclui o especialista.
Vegetti, após o jogo, desabafou em entrevista ao SporTV, afirmando que "o juiz não teve coragem de expulsar Wesley, como sempre acontece contra o Flamengo", apontando o lance como decisivo para o rumo da partida, que terminou com vitória rubro-negra por 1 a 0, gol de Bruno Henrique.
Além disso, alguns apontaram que, minutos depois, Vegetti cometeu uma entrada dura em Varela, também punida apenas com amarelo, sugerindo que a arbitragem optou por manter um critério mais brando para os dois lados em um jogo já naturalmente tenso.
O Santos tentou acertar com o volante nesta janela de transferências, junto ao Internacional, mas esbarrou na dívida dos Gaúchos com o rubro-negro carioca
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O Santos tentou acertar a contratação de Thiago Maia nesta janela de transferências, junto ao Internacional. Porém, como o time gaúcho ainda não pagou o valor da transferência ao Flamengo, o clube paulista assumiria a dívida, mas não conseguiu entrar em acordo com o Rubro-Negro. Diretor de futebol do Fla, José Boto esclareceu a situação e cobrou a equipe de Porto Alegre.
— Não temos pressa em negociar jogadores entre clubes brasileiros. Não vamos vender jogador sem dinheiro à vista ou com garantias. Pelas más experiências que tivemos e pela demora da Justiça em fazer justiça. Então foi uma ordem do presidente para não negociarmos sem essas condições. O Internacional tem que nos pagar — disse José Boto, após a vitória do Flamengo por 1 a 0 diante do Vasco, neste sábado (01).
Contexto geral da situação
Para acertar a contratação de Thiago Maia, o Santos assumiria o valor que o Internacional deve pagar ao Flamengo e ainda acrescentaria um valor extra aos gaúchos. No entanto, o clube paulista não conseguiu apresentar as garantias financeiras exigidas pelo rubro-negro para que o negócio fosse concretizado nessa sexta-feira (28). Desse modo, com o fim da janela de transferências, o negócio ‘melou’.
Thiago maia com a camisa do Fla
Thiago Maia chegou ao Flamengo na temporada de 2020 e atuou em 170 partidas, somando cinco gols e duas assistências. Além disso, com o Manto Sagrado, o volante conquistou diversos títulos importantes. São eles: Supercopa do Brasil (2020), Recopa Sul-Americana (2020), Campeonato Carioca (2020), Brasileirão (2020), Copa do Brasil (2022) e Conmebol Libertadores (2022).
O defensor rubro-negro revela ainda que, antes da decisão oficial, o Flamengo já imaginava que o clube rival tentaria mandar o jogo no Nilton Santos
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O assunto da semana foi a escolha do Vasco pelo Engenhão. Por motivos de segurança, o clube não pode receber clássicos em São Januário. Por isso, a principal tendência era que o jogo fosse realizado no Maracanã. Isso porque o Bepe identifica o estádio gerido pelo Flamengo como mais seguro para receber um clássico. Mas os vascaínos, com o mando de campo, entenderam que sairiam lesados da situação.
Por isso, o Vasco escolheu jogar no EStádio Nilton Santos, e após conversar com o Bepe, conseguiu liberação para que a partida fosse realizada no estádio que tem o Botafogo como mandante. O burburinho se deu, também, pelas críticas dos jogadores ao campo sintético. Coutinho, por exemplo, participou do movimento.
Mas outro fator que chama atenção é que o Vasco costuma pedir para jogar no Maracanã. Dessa vez, eles entenderam que não seria o melhor para o clube. Isso causou estranheza em Léo Pereira, por exemplo. O zagueiro do Flamengo, na zona mista do Engenhão, respondeu sobre o assunto.
"É um pouco confuso, porque eles pedem para jogar no Maracanã, e agora, eles botam o jogo no Engenhão. É controverso", aponta o jogador.
Elenco do Flamengo sabia que Vasco mandaria jogo no Engenhão
Léo Pereira revela ainda que, antes da decisão oficial, o Flamengo já imaginava que o clube rival tentaria mandar o jogo no local.
"A gente tem que acreditar que esses jogadores que votaram contra o sintético, não gostaram de jogar aqui hoje. Mas é o que conversamos durante a semana, sabíamos que eles iriam mandar o jogo para cá", assume.
O zagueiro, no entanto, também relevou o fato, lembrando que o time não pode escolher onde vai jogar durante metade do Campeonato Brasileiro, quando não tiver o mando de campo.
"Não temos muito o que fazer, só controlar o que está ao nosso alcance. Treinar, se preparar e dar o melhor em campo, independente do local. No Brasileiro, vamos jogar metade fora, não podemos escolher gramado ou estádio", finaliza.
Escola de samba fez enredo sobre o centenário rubro-negro e levou para a Sapucaí samba que é até hoje cantado pela torcida no Maracanã
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Em 1995, a Estácio de Sá, uma das tradicionais escolas de samba do Rio de Janeiro, fez história ao homenagear o Clube de Regatas do Flamengo na Marquês de Sapucaí, marcando o primeiro tributo a um clube de futebol no carnaval carioca. O desfile celebrou o centenário do Flamengo, fundado em 15 de novembro de 1895, com o samba-enredo intitulado "Uma Vez Flamengo", composto por David Corrêa, Bira do Ponto, Dartagnan e Celso Barbieri.
O samba trouxe versos marcantes que exaltavam a paixão rubro-negra, como "Cobral coral, papagaio vintém / Vesti rubro-negro, não tem pra ninguém", que até hoje são ouvidos nas arquibancadas entre os torcedores. A apresentação uniu o futebol e o carnaval, duas das maiores expressões da identidade carioca. A Estácio, naquele ano, competiu no Grupo Especial e terminou na 8ª colocação, mas o desfile ficou eternizado na memória dos flamenguistas e amantes do samba.
Reveja o desfile completo:
Nova homenagem em 2022
Em 2022, a Estácio de Sá voltou a homenagear o Flamengo na Marquês de Sapucaí, reeditando o icônico samba-enredo de 1995, originalmente criado para celebrar o centenário do clube. O desfile, intitulado "Cobra-Coral, Papagaio Vintém, Vestir Rubro-Negro, Não Tem Pra Ninguém", aconteceu na noite de 21 de abril, pela Série Ouro (segunda divisão do carnaval carioca), com a escola buscando retornar ao Grupo Especial após o rebaixamento em 2020.
A releitura foi desenvolvida pelos carnavalescos Mauro Leite e Wagner Gonçalves, mantendo a essência do samba original de David Corrêa, Bira do Ponto, Dartagnan e Celso Barbieri, mas com pequenas adaptações. O verso "Parabéns pra essa galera, 100 anos de primavera" deu lugar a "Parabéns dessa galera, campeã na nova era", refletindo os títulos recentes do Flamengo, como a Libertadores e o Brasileiro de 2019. O enredo trouxe a narrativa do torcedor, dividida em cinco atos — "Pré-jogo", "Apita o Árbitro", "Show do Intervalo", "Rola a Bola pro 2º Tempo" e "Ergue o Braço (E a Taça!)" —, transportando a emoção das arquibancadas para a avenida.
Apesar do apoio institucional do Flamengo e da empolgação da torcida, que gritou "Mengo!" na avenida, a Estácio enfrentou dificuldades financeiras, sem grande aporte do clube, como lamentaram os carnavalescos. O desfile foi elogiado pela energia e pela conexão com a Nação Rubro-Negra, mas terminou em 5º lugar na Série Ouro, atrás da campeã Unidos da Tijuca, não conseguindo o acesso. Ainda assim, o samba de 1995, reforçado em 2022, segue vivo na memória e nas vozes dos torcedores.