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O Estádio do Maracanã, palco icônico do futebol mundial, está prestes a protagonizar uma verdadeira maratona de jogos nesta semana, algo inédito desde a sua reforma em 2013. Três partidas oficiais em três dias consecutivos, um feito que promete entrar para a história do esporte. A sequência tem origem na decisão da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) de esticar o calendário do Brasileirão, anunciada em 27 de outubro. O objetivo foi acomodar os jogos adiados do campeonato, evitando a marcação de partidas durante a data Fifa de novembro.
Uma decisão que resulta na excepcional programação com jogos de alto nível: Brasil vs. Argentina na terça-feira, Fluminense vs. São Paulo na quarta-feira e Flamengo vs. Bragantino na quinta-feira.Vale ressaltar que o duelo entre Brasil e Argentina pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 2026, originalmente marcado para 21 de novembro, às 21h30 (horário de Brasília), já estava previsto para o Maracanã desde 6 de outubro, tornando-se parte integrante dessa tríade futebolística.
Entretanto, a ousadia da agenda esbarra na recomendação da Greenleaf, empresa responsável pela manutenção do gramado, que, em abril deste ano, afirmou ser necessário um intervalo mínimo de 72 horas entre partidas. O atual desafio do Maracanã consiste em receber três jogos em menos de 60 horas, a partir das 21h30 de terça-feira.Ao fim dessas partidas, o Maracanã terá alcançado a impressionante marca de 70 jogos em 2023. Desde a primeira partida em 12 de janeiro até o jogo número 70 em 23 de novembro, passaram-se 315 dias, resultando em uma média de um jogo a cada 4,5 dias. Apesar desses números, a temporada teve seis períodos com intervalos de 10 dias ou mais sem partidas no Maracanã.
A maratona de jogos não se encerra na quinta-feira. No sábado, o Fluminense enfrentará o Coritiba às 21h, consolidando assim quatro jogos em cinco dias, uma proeza que não ocorria desde março de 2020, pré-pandemia, e que foi repetida apenas cinco vezes desde a reforma de 2013, sempre com um dia de "descanso" entre dois dias seguidos.O ano de 2023 não foi apenas marcado pela intensa atividade no gramado do Maracanã, mas também por polêmicas que reverberaram fora das quatro linhas. A utilização do estádio se tornou motivo de embates entre atletas, dirigentes e clubes, revelando desafios inesperados.
Em março, o vice-presidente do Vasco, Carlos Roberto Osório, questionou a realização das semifinais do Carioca em menos de 24 horas no Maracanã. No ano anterior, o Vasco enfrentou resistência do consórcio que administra o estádio ao solicitar jogos consecutivos, alegando que o gramado não suportaria. No entanto, a Justiça permitiu, e em 2023, os gestores afirmaram que a situação do campo era diferente. Em julho, a discussão esquentou entre Gabigol e Marcos Braz durante o intervalo do jogo do Flamengo com o Fortaleza. O atacante culpou o estado do gramado por sua lesão no tornozelo, ocorrida devido a buracos no campo, gerando substituição no intervalo.
Em agosto, o anúncio da interdição do Maracanã para reforma do gramado por cerca de 20 dias gerou controvérsia. O Fluminense responsabilizou o jogo Vasco vs. Atlético-MG pelo fechamento do estádio, realizado menos de 15 horas após a partida Fluminense vs. América-MG. As chuvas no Rio de Janeiro agravaram a situação, com formação de poças e deterioração do gramado. Em outubro, o Flamengo insistiu em jogar contra o Bragantino no Maracanã, previsto para 28 ou 29 de outubro, às vésperas da final da Libertadores. A Conmebol recusou, priorizando cuidados com o gramado para a decisão entre Fluminense e Boca Juniors em 4 de novembro.
Em 16 de novembro, Flamengo e Fluminense, após disputas anteriores pelo uso do estádio, venceram a concorrência e continuarão na gestão do Maracanã e do Maracanãzinho até 2024. As críticas ao Vasco por desistir da concorrência temporária e pedir a impugnação do edital foram rebatidas pelos rivais, que enfatizaram a importância da preservação do gramado.Flamengo e Fluminense seguirão na administração do estádio até 2024, ou até a definição do vencedor da licitação que ocorrerá em 7 de dezembro. O Vasco, apesar do pedido de impugnação negado, promete concorrer na licitação que determinará o gestor do Maracanã pelos próximos 20 anos. O campo do Maracanã, palco de emoções e controvérsias, continua a ser protagonista tanto dentro quanto fora das quatro linhas.
Seleção verde e amarela tem atuação absurda para vencer diante de um Maracanãzinho cheio. Ana Cristina é a maior pontuadora da partida
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Apesar do dia e da hora incomum para uma partida de vôlei, as arquibancadas do Maracanãzinho estavam cheias de torcedores que queriam uma vitória do Brasil. E eles não se decepcionaram. Na rodada de abertura da Liga das Nações Feminina de vôlei (VNL), a seleção verde e amarela, com quatro atletas do Flabasquete no elenco, superou a República Tcheca, estreante na VNL, por 3 sets a 0. As parciais foram de 25/21, 25/20 e 25/17. Ana Cristina terminou como a principal pontuadora do jogo, derrubando 16 bolas.
Como uma boa estreia, o jogo começou tenso e equilibrado. A República Tcheca chegou a carregar uma vantagem de dois pontos. Aos poucos, porém, o Brasil assumiu o controle da parcial e comandou o placar. Com brilho de Ana Cristina e ataque decisivo de Julia Bergmann, a seleção verde e amarela levou a melhor por 25 a 21.
Embalado pela vitória na parcial anterior, o Brasil se mostrou mais solto em quadra. A equipe comandada por Zé Roberto Guimarães teve bom volume de jogo e abusou de aces para construir uma vantagem confortável (14 a 6). Na metade do set, a República Tcheca até cortou a distância para um ponto (16 a 15), mas as brasileiras voltaram aos eixos e liquidaram a fatura em 25 a 20.
A um set da vitória na estreia da VNL, o Brasil não desacelerou na terceira parcial. Com tranquilidade e total domínio das ações, a equipe verde e amarela construiu uma vantagem naturalmente. As tchecas não ameaçaram em nenhum momento, e a vitória veio por 25 a 17. 3 sets a 0, um ótimo resultado para iniciar a campanha.
Ana Cristina derrubou 16 bolas e foi a maior pontuadora da vitória sobre a República Tcheca. Tainara e Julia Bergmann também chegaram aos dois dígitos, com 13 e 10 pontos, respectivamente. O Brasil foi amplamente superior nos fundamentos. Levou vantagem nos ataques (44 a 33), bloqueios (8 a 3) e saques (6 aces a 1).
Depois da vitória sobre a República Tcheca, o Brasil terá pouco tempo de descanso na VNL. A seleção voltará à quadra do Maracanãzinho nesta quinta-feira (5), às 21h (de Brasília), em um clássico contra os Estados Unidos.
O Mais Querido foi aconselhado pela Fifa a adotar um novo sistema para não sofrer prejuízos durante a participação na competição intercontinental
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Após aprovação do Conselho Deliberativo, onde o Flamengo abriria uma empresa temporária nos Estados Unidos para reduzir as taxas dos impostos durante o Mundial de Clubes, a diretoria rubro-negra voltou atrás e desistiu da ideia. Agora, o Mais Querido adotará um regime chamado de 'effectively connected income', recomendado pela Fifa.
Segundo informações do GE, o regime ECI considera que clubes e atletas estrangeiros passam a ser tratados como agentes econômicos que atuam nos EUA. Desse modo, todos os profissionais, sejam jogadores, comissão técnica ou dirigentes, serão tributados proporcionalmente aos dias em que estiverem no país. A base de cálculo para as taxas será os salários anuais, com alíquotas que podem chegar a 37%. Os clubes assumirão esse valor.
Vale destacar que o Flamengo pagará 21% sobre o lucro na primeira fase do Mundial, considerando o valor da premiação com menos custos operacionais como hospedagem e transporte. O índice é o mesmo que o Mais Querido esperava com a abertura de uma empresa, ou seja, não haverá mudanças.
Desse modo, a Fifa estruturou o pagamento da premiação do Mundial de Clubes em diferentes partes, o que impacta diretamente no que será ou não tributado pelos Estados Unidos.
Uma parcela de 52% pela participação no Super Mundial e sobre o montante de US$ 15,21 milhões, valor que o Rubro-Negro receberá só por participar da competição, será taxado pelas regras do regime ECI. Enquanto os outros 48% são referentes a atividades realizadas fora do país, como o uso da imagem do clube, parte essa que não será tributada.
Assim, o Flamengo será taxado "apenas" sobre os 52% do prêmio de participação pagos nos EUA, além dos valores adicionais de premiação caso avance ou seja eliminado na fase de grupos.
O Mais Querido busca reparação por valores pagos ao jogador durante a suspensão e prejuízos por sua ausência na equipe rubro-negra
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O Flamengo move desde 2018 uma ação judicial contra Paolo Guerrero e a Federação Peruana de Futebol (FPF). O Mais Querido busca o ressarcimento dos valores pagos ao atacante durante a suspensão por doping em 2017 e prejuízos por sua ausência. No entanto, o caso não avançou e apenas a parte do jogador foi avaliada.
Vale lembrar que o processo contra Guerrero foi finalizado em março desde ano, quando a Justiça do Rio rejeitou o pedido do Flamengo. No entanto, a situação com a Federação Peruana é diferente. Isso porque, a entidade nunca foi formalmente citada, o que significa que a ação sequer tenha começado na prática contra a FPF.
O processo do Flamengo pedia que ambos fossem condenados solidariamente, ou seja, qualquer um dos réus pudesse ser responsabilizado pelo pagamento integral. Porém, Paolo Guerrero já está livre de uma possível condenação, enquanto o Mais Querido trabalha para a Justiça acionar a Federação Peruana.
O Rubro-Negro reivindicou a condenação solidária de Guerrero e da Federação Peruana ao pagamento de aproximadamente R$ 1,86 milhão. O valor é referente principalmente aos pagamentos feitos ao jogador durante o período de suspensão por doping. No entanto, o montante poderia ser maior.
Isso porque, o Flamengo alega danos indiretos pela ausência do jogador. O processo fala em prejuízos à imagem, perda de patrocinadores e impacto esportivo, fatores de difícil precificação.
Assim, advogados que representam o Mais Querido no caso já realizaram duas consultas sobre o andamento da carta rogatória em 2025. Caso a Justiça avance com o assunto, existe a possibilidade de novos desdobramentos no caso envolvendo a Federação Peruana.