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O Flamengo está em ano de eleição para um novo presidente e os bastidores estão fervendo. Rodolfo landim segue insistindo com a ideia de uma implantação da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) e isso tem desagradado alguns conselheiros, que chegaram a escrever uma carta com uma série de argumentos contra a SAF e detonando a atitude do mandatário.
Walter Monteiro, Carlos de Oliveira Ferrão e Gilberto de Oliveira Barros são os autores da carta. Desse modo, o trio chama de "falácia" o argumento de Rodolfo Landim que projeta o clube com o mesmo poder de direção após venda de futuras ações.
Além disso, os conselheiros também comparam estruturas administrativas. Isso porque, a carta cita exemplos da governança atual com uma possível SAF. Assim, o trio ainda reitera que o Mais Querido jamais terá dono: “O Flamengo não é do Leblon, o Flamengo é do Brasil. O Flamengo não é de poucos, o Flamengo é de milhões”, diz trecho do texto.
Mesmo tendo desejos e planos sobre SAF no Flamengo, Rodolfo Landim ainda não consegue implementar a ideia nos bastidores. Isso porque, a maior parte dos sócios e conselheiros seguem contrários à ideia do mandatário.
CONFIRA A CARTA ESCRITA PELOS OPOSITORES DE LANDIM:
"O FLAMENGO NÃO TEM DONO E NUNCA TERÁ! AO INVÉS DE SAF, MAIS ASSOCIADOS.
De tempos em tempos a Nação Rubro-Negra é ameaçada por insinuações de que seu atual presidente deseja transferir o futebol do Flamengo para uma Sociedade Anônima do Futebol.
Valendo-se de um argumento falacioso — qual seja, que nessa futura SAF o Clube de Regatas do Flamengo seria o seu acionista controlador e com isso “nada mudaria” — e ao mesmo tempo acenando com supostas vantagens ligadas à construção de um estádio próprio, Landim retoma o assunto, na esperança de derrubar quem ainda se opõe à transferência dos seus sonhos.
Com todos os seus percalços e óbvias necessidades de melhoria, especialmente no que diz respeito à superação do amadorismo, há quase 130 anos o Clube de Regatas do Flamengo tem o seu destino nas mãos de quem a ele se associa. Há mais de 40 anos seus dirigentes são escolhidos por votação direta a cada 3 anos e qualquer sócio proprietário pode integrar seu Conselho Deliberativo, órgão a quem o estatuto delega várias decisões cruciais.
Já em uma SAF as decisões passariam para a esfera de um Conselho formado por poucas pessoas (em geral 5 ou 7 membros). O poder político dos associados do Flamengo se limitaria a escolher esses apaniguados, que constituiriam uma governança totalmente apartada do clube.
O Flamengo é poderoso e invejado porque é plural, democrático, acolhedor. Quem deseja uma SAF sonha com um Flamengo monolítico, concentrador, elitizado, aberto apenas a quem só sabe dizer amém ao patriarca.
Todos sonhamos com um estádio próprio e para isso podemos – ou melhor, devemos — buscar parceiros, investidores, acionistas de uma sociedade com esse objeto específico, mas de modo algum iremos renunciar à soberania de construir nosso futuro coletivamente, que é a razão do sucesso de nossa vitoriosa jornada desde 1895.
Em 2024 os associados do Flamengo estarão diante da escolha mais importante de sua centenária história: de um lado, há os que sorrateiramente agem para tomar o Flamengo para si e passar a decidir o nosso destino a portas fechadas; do outro, há os que resistem ao sequestro da nossa alma e que sugerem o caminho inverso: quanto mais associados, melhor. O Flamengo não é do Leblon, o Flamengo é do Brasil. O Flamengo não é de poucos, o Flamengo é de milhões".
Seleção verde e amarela tem atuação absurda para vencer diante de um Maracanãzinho cheio. Ana Cristina é a maior pontuadora da partida
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Apesar do dia e da hora incomum para uma partida de vôlei, as arquibancadas do Maracanãzinho estavam cheias de torcedores que queriam uma vitória do Brasil. E eles não se decepcionaram. Na rodada de abertura da Liga das Nações Feminina de vôlei (VNL), a seleção verde e amarela, com quatro atletas do Flabasquete no elenco, superou a República Tcheca, estreante na VNL, por 3 sets a 0. As parciais foram de 25/21, 25/20 e 25/17. Ana Cristina terminou como a principal pontuadora do jogo, derrubando 16 bolas.
Como uma boa estreia, o jogo começou tenso e equilibrado. A República Tcheca chegou a carregar uma vantagem de dois pontos. Aos poucos, porém, o Brasil assumiu o controle da parcial e comandou o placar. Com brilho de Ana Cristina e ataque decisivo de Julia Bergmann, a seleção verde e amarela levou a melhor por 25 a 21.
Embalado pela vitória na parcial anterior, o Brasil se mostrou mais solto em quadra. A equipe comandada por Zé Roberto Guimarães teve bom volume de jogo e abusou de aces para construir uma vantagem confortável (14 a 6). Na metade do set, a República Tcheca até cortou a distância para um ponto (16 a 15), mas as brasileiras voltaram aos eixos e liquidaram a fatura em 25 a 20.
A um set da vitória na estreia da VNL, o Brasil não desacelerou na terceira parcial. Com tranquilidade e total domínio das ações, a equipe verde e amarela construiu uma vantagem naturalmente. As tchecas não ameaçaram em nenhum momento, e a vitória veio por 25 a 17. 3 sets a 0, um ótimo resultado para iniciar a campanha.
Ana Cristina derrubou 16 bolas e foi a maior pontuadora da vitória sobre a República Tcheca. Tainara e Julia Bergmann também chegaram aos dois dígitos, com 13 e 10 pontos, respectivamente. O Brasil foi amplamente superior nos fundamentos. Levou vantagem nos ataques (44 a 33), bloqueios (8 a 3) e saques (6 aces a 1).
Depois da vitória sobre a República Tcheca, o Brasil terá pouco tempo de descanso na VNL. A seleção voltará à quadra do Maracanãzinho nesta quinta-feira (5), às 21h (de Brasília), em um clássico contra os Estados Unidos.
O Mais Querido foi aconselhado pela Fifa a adotar um novo sistema para não sofrer prejuízos durante a participação na competição intercontinental
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Após aprovação do Conselho Deliberativo, onde o Flamengo abriria uma empresa temporária nos Estados Unidos para reduzir as taxas dos impostos durante o Mundial de Clubes, a diretoria rubro-negra voltou atrás e desistiu da ideia. Agora, o Mais Querido adotará um regime chamado de 'effectively connected income', recomendado pela Fifa.
Segundo informações do GE, o regime ECI considera que clubes e atletas estrangeiros passam a ser tratados como agentes econômicos que atuam nos EUA. Desse modo, todos os profissionais, sejam jogadores, comissão técnica ou dirigentes, serão tributados proporcionalmente aos dias em que estiverem no país. A base de cálculo para as taxas será os salários anuais, com alíquotas que podem chegar a 37%. Os clubes assumirão esse valor.
Vale destacar que o Flamengo pagará 21% sobre o lucro na primeira fase do Mundial, considerando o valor da premiação com menos custos operacionais como hospedagem e transporte. O índice é o mesmo que o Mais Querido esperava com a abertura de uma empresa, ou seja, não haverá mudanças.
Desse modo, a Fifa estruturou o pagamento da premiação do Mundial de Clubes em diferentes partes, o que impacta diretamente no que será ou não tributado pelos Estados Unidos.
Uma parcela de 52% pela participação no Super Mundial e sobre o montante de US$ 15,21 milhões, valor que o Rubro-Negro receberá só por participar da competição, será taxado pelas regras do regime ECI. Enquanto os outros 48% são referentes a atividades realizadas fora do país, como o uso da imagem do clube, parte essa que não será tributada.
Assim, o Flamengo será taxado "apenas" sobre os 52% do prêmio de participação pagos nos EUA, além dos valores adicionais de premiação caso avance ou seja eliminado na fase de grupos.
O Mais Querido busca reparação por valores pagos ao jogador durante a suspensão e prejuízos por sua ausência na equipe rubro-negra
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O Flamengo move desde 2018 uma ação judicial contra Paolo Guerrero e a Federação Peruana de Futebol (FPF). O Mais Querido busca o ressarcimento dos valores pagos ao atacante durante a suspensão por doping em 2017 e prejuízos por sua ausência. No entanto, o caso não avançou e apenas a parte do jogador foi avaliada.
Vale lembrar que o processo contra Guerrero foi finalizado em março desde ano, quando a Justiça do Rio rejeitou o pedido do Flamengo. No entanto, a situação com a Federação Peruana é diferente. Isso porque, a entidade nunca foi formalmente citada, o que significa que a ação sequer tenha começado na prática contra a FPF.
O processo do Flamengo pedia que ambos fossem condenados solidariamente, ou seja, qualquer um dos réus pudesse ser responsabilizado pelo pagamento integral. Porém, Paolo Guerrero já está livre de uma possível condenação, enquanto o Mais Querido trabalha para a Justiça acionar a Federação Peruana.
O Rubro-Negro reivindicou a condenação solidária de Guerrero e da Federação Peruana ao pagamento de aproximadamente R$ 1,86 milhão. O valor é referente principalmente aos pagamentos feitos ao jogador durante o período de suspensão por doping. No entanto, o montante poderia ser maior.
Isso porque, o Flamengo alega danos indiretos pela ausência do jogador. O processo fala em prejuízos à imagem, perda de patrocinadores e impacto esportivo, fatores de difícil precificação.
Assim, advogados que representam o Mais Querido no caso já realizaram duas consultas sobre o andamento da carta rogatória em 2025. Caso a Justiça avance com o assunto, existe a possibilidade de novos desdobramentos no caso envolvendo a Federação Peruana.