Futebol
Flamengo rescinde contrato com atacante e jogador fica livre no mercado
19 Dez 2025 | 14:55
Futebol
18 Jun 2024 | 10:42 |
Para entrar nos holofotes no último domingo (16), Evertton Araújo precisou ser forte para não desistir depois de ser dispensado de dois clubes grandes e também para resistir às dificuldades da falta de dinheiro. Ou driblá-las, como por exemplo fazendo bico de barbeiro. A sua história de vida, ainda com 21 anos de idade, é muito poderosa. A história do volante começou no bairro de Santa Cruz. Só que não o famoso da Zona Oeste do Rio de Janeiro. Digamos que o "primo pobre" do interior, na cidade de Volta Redonda. Filho caçula do Seu Paulo e da Dona Danielle, o garoto de família humilde cresceu como a maioria dos jovens que compartilham a mesma realidade: com a bola como o principal brinquedo.
Ele começou a jogar com 4 anos nas quadras da vizinhança e aos 6, quando já tinha idade, foi matriculado pelos pais em um núcleo da escolinha do Roberto Dinamite, que também ficava no bairro. E Evertton era centroavante nessa época. Agora está explicado o movimento perfeito da cabeçada de domingo. É como andar de bicicleta, não se esquece. Por falar em bicicleta, o veículo teve papel importante no início da sua carreira. Ele estava no sub-13 quando fez um teste para o Volta Redonda, time da cidade, e passou. Muitas vezes seus pais não tinham condições financeiras para pagar as passagens de ônibus e, quando não conseguiam emprestado, o garoto pedalava mais ou menos 25 minutos para ir treinar. Certamente já chegava com as pernas pesadas.
Além disso, a realidade no clube também não era farta como nos grandes times. Se por um lado ele tinha boa estrutura de campo e vestiário, por outro precisava bancar o próprio material, como chuteira e caneleira. Mas seus pais faziam de tudo para apoiar esse sonho. A mãe de Evertton já chegou a deixar de fazer refeições para ter alimento para ele e sua irmã mais velha, Evillyn. Sonho esse que por duas vezes pareceu palpável. Quando estava no sub-15, e já tinha deixado de ser centroavante para virar meia, um olheiro do Cruzeiro o levou para Belo Horizonte. Só que depois de quase um ano na Toca da Raposa, acabou dispensado. A desilusão lhe sorriu para então o iludir novamente. Ao voltar ao Rio de Janeiro, conseguiu um teste no Botafogo e ficou no sub-17. Mas não por muito tempo: novamente quase um ano depois, outra vez foi mandado embora.
Ele voltou para o Volta Redonda, mas o desânimo bateu. E nesse período vaidoso da adolescência, querendo ter dinheiro para ajudar em casa e também poder comprar roupas e tênis, cogitou um plano B para sua vida: fez um curso de barbeiro e passou a cortar cabelo, mesmo sem ter uma barbearia para trabalhar. Os atendimentos eram a domicílio ou no próprio CT do Voltaço. Cobrava de R$ 10 a R$ 15 o corte. Mas uma ponta de esperança não o deixou abandonar o futebol de vez. No sub-17 do Volta Redonda ele mudou de posição de novo, passou a ser segundo volante, e subiu para o sub-20 como primeiro homem do meio de campo. Foi essa função que afastou os pesadelos anteriores e o permitiu voltou a sonhar. Em 2022, Evertton se destacou pelo Voltaço na Copinha e chamou a atenção do Flamengo.
O Rubro-Negro o ofereceu um contrato de empréstimo de apenas quatro meses, mas foi o suficiente para mostrar o seu cartão de visitas. Após boas atuações, virou titular no sub-20 e teve 30% de seus direitos econômicos comprados por R$ 300 mil. No ano passado, o Flamengo foi campeão brasileiro na categoria e em dezembro exerceu a opção de compra de mais 40% do jogador por R$ 800 mil, renovando o vínculo até o fim de 2026. Os outros 30% pertencem ao jogador e seu staff.
Jogador estava livre no mercado após o fim de seu contrato com o Ceará e vai disputar a principal competição do continente pelo Leão
19 Dez 2025 | 21:00 |
Após perder o meia Gabriel, o Mirassol está próximo de anunciar o primeiro reforço para a temporada de 2026. Trata-se do meia argentino Lucas Mugni, outro ex-camisa 10 do Flamengo. De acordo com informações do jornalista Venê Casagrande, as negociações estão avançadas e restam apenas ajustes burocráticos para a oficialização do acordo nos próximos dias.
Segundo o jornalista César Luis Merlo, Mugni deve assinar contrato inicial de um ano com o clube paulista. O vínculo contará ainda com cláusula de renovação automática por mais duas temporadas, condicionada ao cumprimento de metas esportivas previamente estabelecidas. Em 2026, o Mirassol disputará a Copa Libertadores e busca reforçar o elenco com atletas mais experientes.
Livre no mercado após passagem pelo Ceará, Lucas Mugni chega ao Mirassol sem custos de transferência. No futebol brasileiro, além do Flamengo, o meia também atuou por Sport e Bahia. O argentino construiu parte da carreira fora do país, com experiências em ligas da Europa, da Bolívia e do Chile, bagagem considerada importante pela diretoria do clube paulista para a disputa de competições de maior exigência técnica e emocional.
Contratado em 2014, Lucas Mugni chegou ao Flamengo cercado de expectativa. À época, o clube retornava à Libertadores após a conquista da Copa do Brasil, e o argentino foi visto como possível protagonista da equipe. Dentro de campo, porém, o rendimento ficou abaixo do esperado. Mugni disputou 51 partidas com a camisa rubro-negra e marcou cinco gols, sem conseguir se firmar como titular absoluto durante sua passagem.
A possível contratação do ex-camisa 10 do Flamengo é bem avaliada internamente pelo Mirassol. A diretoria aposta na experiência de atletas com histórico em grandes clubes como estratégia para sustentar o projeto esportivo. Em 2025, a política deu resultado com a presença de jogadores rodados no elenco, como Gabriel, ex-Flamengo, além de Reinaldo, Walter e Alex Muralha, peças importantes ao longo da campanha.
Jogador que conquistou títulos importantes pelo Mengão vai disputar a principal competição do continente após ajudar a equipe no Brasileirão a ficar no G4
19 Dez 2025 | 20:00 |
Após encerrar a temporada do futebol brasileiro defendendo o Mirassol, o meia Gabriel está de clube novo. O jogador acertou com o Sporting Cristal, do Peru, e disputará a Copa Libertadores de 2026 pela equipe andina. O anúncio oficial foi feito nesta quinta-feira (18) e gerou repercussão nas redes sociais. Gabriel assinou contrato válido até dezembro de 2028, quando completará 38 anos.
Gabriel chegou ao Flamengo em 2013, após se destacar no Campeonato Brasileiro atuando pelo Bahia. Naquele momento, o meia era alvo de diversos clubes, incluindo Fiorentina e Roma, da Itália, além de Corinthians, Internacional e Santos.
Durante cinco temporadas no clube carioca, o jogador participou de campanhas importantes e conquistou títulos relevantes. Ele esteve no elenco campeão da Copa do Brasil de 2013 e também levantou os troféus do Campeonato Carioca em 2014 e 2017.
Em 2018, Gabriel foi emprestado ao Sport por uma temporada e, posteriormente, ao Kashiwa Reysol, do Japão, nos mesmos moldes. A saída definitiva ocorreu em 2020, quando acertou com o Coritiba. Depois disso, o meia ainda passou por CSA e Mirassol, clube pelo qual viveu um dos momentos mais marcantes da carreira recentemente.
Na última temporada, Gabriel foi peça importante do Mirassol na campanha surpreendente da equipe paulista. Ao todo, disputou 36 partidas, marcou oito gols e distribuiu três assistências. Com desempenho decisivo, o meia ajudou o clube a garantir classificação inédita para a Copa Libertadores de 2026, feito que valorizou ainda mais o atleta no mercado sul-americano e abriu caminho para o acerto com o Sporting Cristal.
Mengão liderou todos os números referentes a público no estádio na temporada e estudo mostra que os rubro-negros conseguiram outra marca expressiva
19 Dez 2025 | 19:00 |
A torcida do Flamengo foi a grande vencedora da segunda edição do projeto “Qual torcida canta mais alto?”, promovido pelo jornal O Globo. Diferentemente de 2024, quando os prêmios foram divididos entre quatro clubes, o levantamento de 2025 apontou domínio absoluto do Mais Querido, que liderou todas as quatro categorias avaliadas.
A medição foi realizada durante partidas do Campeonato Brasileiro e confirmou a força exercida pelas arquibancadas rubro-negras, especialmente nos jogos disputados no Maracanã, reafirmando o poderio da maior torcida do Brasil.
A principal mudança da edição deste ano esteve na forma de aferição do som. Em vez de posicionar o decibelímetro nas arquibancadas, o equipamento foi instalado no gramado, atrás do gol e próximo ao setor mais barulhento do estádio. A ideia foi captar com mais fidelidade a pressão sonora sentida diretamente pelos jogadores.
Ao todo, foram analisados 16 jogos dos clubes mandantes com melhor média de público da Série A, entre outubro e dezembro. O maior pico registrado pela torcida rubro-negra ocorreu na partida contra o Red Bull Bragantino, no Maracanã.
A Nação liderou todos os indicadores avaliados pelo estudo. Na média geral de pressão sonora, o clube alcançou 95,1 decibéis ao longo das partidas, volume equivalente ao de um show de rock ou de uma motocicleta em funcionamento constante. O pico máximo foi registrado no gol de Arrascaeta, no segundo tempo, quando o aparelho marcou 114,9 decibéis, nível próximo ao limiar da dor humana.
Já no chamado “minuto mais alto”, a média foi de 109,3 decibéis durante 60 segundos consecutivos, intensidade comparável a uma buzina acionada muito próxima ao ouvido. Outro dado que chama atenção é o tempo sustentado de barulho: em 88,3% do tempo de bola rolando, o som permaneceu acima de 90 decibéis, faixa em que a comunicação verbal em campo se torna extremamente difícil.
O impacto do barulho foi sentido dentro de campo. O goleiro Rossi, por exemplo, teve dificuldades para orientar o sistema defensivo durante a partida. Lucas Ribeiro, repórter responsável pela aferição no Maracanã, relatou a diferença da experiência à beira do gramado. “No aquecimento, já dava para sentir uma vibração diferente. O grito de ‘vamos, Flamengo!’ chama muito a atenção. Ali, da beira do campo, é diferente. A atmosfera é absurda, e os jogadores sentem essa energia”, afirmou.
O estudo também destacou a importância da arquitetura dos estádios. Maracanã, Mineirão e Castelão funcionaram como verdadeiras caixas de ressonância, potencializando o som das torcidas. Em contrapartida, o Morumbis teve desempenho abaixo do esperado. O São Paulo, que havia se destacado em 2024, figurou entre os piores índices em 2025 com a nova metodologia. O estádio tricolor permaneceu acima de 90 decibéis em apenas 1,6% do tempo, o menor percentual da pesquisa, reflexo da maior distância entre arquibancada e gramado. O Santos também apareceu entre os desempenhos mais baixos do levantamento.