Futebol
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0Para entrar nos holofotes no último domingo (16), Evertton Araújo precisou ser forte para não desistir depois de ser dispensado de dois clubes grandes e também para resistir às dificuldades da falta de dinheiro. Ou driblá-las, como por exemplo fazendo bico de barbeiro. A sua história de vida, ainda com 21 anos de idade, é muito poderosa. A história do volante começou no bairro de Santa Cruz. Só que não o famoso da Zona Oeste do Rio de Janeiro. Digamos que o "primo pobre" do interior, na cidade de Volta Redonda. Filho caçula do Seu Paulo e da Dona Danielle, o garoto de família humilde cresceu como a maioria dos jovens que compartilham a mesma realidade: com a bola como o principal brinquedo.
Ele começou a jogar com 4 anos nas quadras da vizinhança e aos 6, quando já tinha idade, foi matriculado pelos pais em um núcleo da escolinha do Roberto Dinamite, que também ficava no bairro. E Evertton era centroavante nessa época. Agora está explicado o movimento perfeito da cabeçada de domingo. É como andar de bicicleta, não se esquece. Por falar em bicicleta, o veículo teve papel importante no início da sua carreira. Ele estava no sub-13 quando fez um teste para o Volta Redonda, time da cidade, e passou. Muitas vezes seus pais não tinham condições financeiras para pagar as passagens de ônibus e, quando não conseguiam emprestado, o garoto pedalava mais ou menos 25 minutos para ir treinar. Certamente já chegava com as pernas pesadas.
Além disso, a realidade no clube também não era farta como nos grandes times. Se por um lado ele tinha boa estrutura de campo e vestiário, por outro precisava bancar o próprio material, como chuteira e caneleira. Mas seus pais faziam de tudo para apoiar esse sonho. A mãe de Evertton já chegou a deixar de fazer refeições para ter alimento para ele e sua irmã mais velha, Evillyn. Sonho esse que por duas vezes pareceu palpável. Quando estava no sub-15, e já tinha deixado de ser centroavante para virar meia, um olheiro do Cruzeiro o levou para Belo Horizonte. Só que depois de quase um ano na Toca da Raposa, acabou dispensado. A desilusão lhe sorriu para então o iludir novamente. Ao voltar ao Rio de Janeiro, conseguiu um teste no Botafogo e ficou no sub-17. Mas não por muito tempo: novamente quase um ano depois, outra vez foi mandado embora.
Ele voltou para o Volta Redonda, mas o desânimo bateu. E nesse período vaidoso da adolescência, querendo ter dinheiro para ajudar em casa e também poder comprar roupas e tênis, cogitou um plano B para sua vida: fez um curso de barbeiro e passou a cortar cabelo, mesmo sem ter uma barbearia para trabalhar. Os atendimentos eram a domicílio ou no próprio CT do Voltaço. Cobrava de R$ 10 a R$ 15 o corte. Mas uma ponta de esperança não o deixou abandonar o futebol de vez. No sub-17 do Volta Redonda ele mudou de posição de novo, passou a ser segundo volante, e subiu para o sub-20 como primeiro homem do meio de campo. Foi essa função que afastou os pesadelos anteriores e o permitiu voltou a sonhar. Em 2022, Evertton se destacou pelo Voltaço na Copinha e chamou a atenção do Flamengo.
O Rubro-Negro o ofereceu um contrato de empréstimo de apenas quatro meses, mas foi o suficiente para mostrar o seu cartão de visitas. Após boas atuações, virou titular no sub-20 e teve 30% de seus direitos econômicos comprados por R$ 300 mil. No ano passado, o Flamengo foi campeão brasileiro na categoria e em dezembro exerceu a opção de compra de mais 40% do jogador por R$ 800 mil, renovando o vínculo até o fim de 2026. Os outros 30% pertencem ao jogador e seu staff.
Jucinara marca golaço e garante o título para as Meninas da Gávea em partida emocionante no Luso-Brasileiro
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0O Flamengo venceu o Fluminense por 1 a 0 na noite desta segunda-feira (25), no estádio Luso-Brasileiro, e conquistou seu oitavo título do Campeonato Carioca Feminino. O único gol da partida foi marcado por Jucinara, em um belo chute de fora da área, garantindo a vitória das Meninas da Gávea.
A lateral-esquerda foi novamente decisiva, já que também marcou no jogo de ida, que terminou em empate por 1 a 1. Com o triunfo, o Mengão consolidou sua hegemonia no futebol feminino estadual.
PRIMEIRO TEMPO EQUILIBRADO
O duelo começou com o Flamengo pressionando, apostando na troca de passes e na marcação alta. A equipe rubro-negra criou boas chances com Crivelari, que arriscou chutes de fora da área e exigiu boas defesas da goleira adversária. Nos acréscimos da primeira etapa, Gisseli teve uma oportunidade clara, mas acertou o travessão, mantendo o placar zerado até o intervalo.
GOLAÇO DEFINE O JOGO
Na segunda etapa, o Fluminense tentou sair mais para o jogo, mas o CRF mostrou resiliência defensiva. Aos 25 minutos, Jucinara aproveitou um espaço e, de longe, acertou o ângulo, marcando um golaço que decidiu o confronto.
Após abrir o placar, o Flamengo seguiu controlando o jogo, criando mais oportunidades, como o chute colocado de Laysa, que parou em mais uma defesa da goleira tricolor. Nos minutos finais, a equipe garantiu o resultado e levantou a taça.
ESCALAÇÃO E DESTAQUES
O Flamengo foi a campo com: Karol Alves; Fabi Simões (Monalisa), Daiane (Agustina), Núbia e Jucinara; Thais Regina, Djeni e Glaucia (Leidiane); Gisseli (Laysa), Crivelari (Valéria Cantuário) e Cristiane.
O clube traçou um projeto sólido que o levou da Série D à elite do futebol em apenas cinco anos
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0O Mirassol se tornou um exemplo de gestão esportiva, saindo da Série D e alcançando a Série A do Brasileirão em apenas cinco anos. Esse avanço meteórico é fruto de um projeto bem estruturado, que contou com a venda de Luiz Araújo como um ponto de partida para transformar o clube. Atualmente no Flamengo, Luiz Araújo é considerado um dos “responsáveis indiretos” pelo crescimento do time do interior.
Embora Luiz Araújo tenha estreado profissionalmente pelo São Paulo, sua ligação com o Mirassol foi crucial para o futuro do clube. Durante sua formação na base, o Mirassol manteve 30% de seus direitos econômicos, o que garantiu um retorno financeiro significativo quando o jogador foi negociado com o Lille, da França, em 2017. Essa venda rendeu ao clube paulista cerca de 8 milhões de reais, um montante decisivo para os investimentos futuros.
FLAMENGO DETÉM DE TEMPORADA SEM O ATACANTE
Com parte dos 8 milhões de reais recebidos pela venda de Luiz Araújo, o Mirassol investiu 5,4 milhões na construção de um centro de treinamento inaugurado em 2018. Atualmente, o CT é considerado um dos mais modernos fora das capitais do Brasil. Com uma área de 1,5 mil m², o espaço conta com quatro campos, 20 apartamentos, áreas de fisioterapia, academia, piscina e outras estruturas que oferecem suporte completo para atletas profissionais e de base.
A infraestrutura de ponta permitiu ao Mirassol elevar seu nível competitivo. O clube conseguiu atrair e formar talentos, além de proporcionar melhores condições de trabalho para a comissão técnica. Esse salto estrutural foi fundamental para o desempenho do time na Série B de 2024, culminando no acesso à elite do futebol nacional.
CAMPANHA PARA A SÉRIE A
Na temporada de 2024, o Mirassol garantiu o segundo lugar na Série B, ficando atrás apenas do campeão Santos por um ponto. Essa conquista histórica consolidou o clube como uma força emergente do futebol brasileiro. O acesso à Série A não apenas coloca o Mirassol em destaque, mas também possibilita confrontos inéditos, como o duelo contra o Flamengo, agendado para o Brasileirão 2025.
O impacto foi tamanho que emocionou fãs de outros estados
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0O Flamengo desembarcou em Fortaleza nesta sexta-feira (data fictícia) para o confronto contra o Ceará pelo Brasileirão e foi recebido por uma multidão de mais de 300 torcedores. O atacante Gabigol foi o centro das atenções, com gritos apaixonados de "fica, Gabigol" ecoando pelo local. Entre os presentes, destacaram-se famílias inteiras e até fãs de outros estados que viajaram centenas de quilômetros para ver o ídolo.
A chegada do time no aeroporto foi marcada por uma atmosfera de festa, com cânticos rubro-negros e cartazes expressando o carinho da torcida. Gabigol, conhecido por ser um dos maiores ídolos recentes do clube, foi aclamado como o protagonista da noite. Em meio à euforia, destacaram-se os apelos emocionados dos torcedores para que ele permaneça no Flamengo, refletindo a conexão especial entre o camisa 99 e a Nação Rubro-Negra.
O LAST DANCE DE GABIGOL NA TORCIDA
Entre os torcedores, estava Michel, de apenas 10 anos, que viajou cerca de 400 km com sua família para encontrar o atacante. A emoção de ver o ídolo foi tão grande que levou o garoto às lágrimas, com a mãe relatando o impacto da possível saída de Gabigol. “Ele está chorando muito pela saída dele. Está doendo em meu filho, e a dor dele está doendo em mim”, desabafou a mãe do menino, destacando a dimensão do carinho que o jogador inspira em diferentes gerações.
RECEPÇÃO CALOROSA DA TORCIDA
A recepção calorosa incluiu torcedores de várias regiões do Brasil, consolidando a influência do Flamengo como um dos maiores clubes do país. Muitos chegaram ao aeroporto horas antes do desembarque para garantir um espaço próximo à delegação. Gabigol, como de costume, atendeu a pedidos de fotos e autógrafos, retribuindo o carinho com sorrisos e acenos.
O clima no aeroporto reflete a preocupação crescente com os rumores de transferência envolvendo Gabigol. Apesar de nenhuma proposta oficial ter sido anunciada, os torcedores demonstram temor quanto à possibilidade de perder um dos maiores goleadores da história recente do Flamengo. As manifestações reforçam o quanto o camisa 99 se tornou peça fundamental na identidade do clube.