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Marcos Senna, diretor de marketing do Flamengo, participou do painel do SBC Summit Rio, principal evento de iGaming e apostas esportivas do país. Desse modo, o dirigente do Mais Querido ressaltou como a austeridade financeira foi importante para o crescimento do clube.
Segundo Senna, não seria possível fazer isso sem focar em sanar o Flamengo financeiramente. Ao abdicar do desempenho esportivo para pagar as dívidas, a diretoria então comandada por Eduardo Bandeira de Mello, deixou um 'marco'.
"O Flamengo teve um grupo que chegou há pouco mais de dez anos, 12 anos, e ficou metade desse tempo arrumando o clube administrativamente. O clube pagou mais de R$ 1 bilhão em impostos em quatro ou cinco anos, resolveu entre 500 e 600 dívidas trabalhistas. Foi um marco", afirmou.
Ainda segundo Marcos, a única forma de fazer isso foi convencer a torcida de que o sofrimento valeria a pena. Ao assumir o poder, a diretoria da época tinha como foco a saúde financeira da instituição, o que naturalmente dificultaria os interesses esportivos.
"O principal mérito de tudo isso foi conseguir ter a coragem de convencer a torcida de que nos próximos anos o time não seria forte. E permaneceu assim, com disciplina, por quatro ou cinco anos. Não é brincadeira um time popular no Brasil fazer isso. Esse foi, na verdade, o grande mérito", apontou.
SOFRIMENTO TROUXE RECOMPENSA
Marcos relembrou o ano de 2019, com títulos do Brasileirão e Libertadores, e apontou ali uma espécie de antes e depois na história do Mais Querido: "Chegou um momento em que o Flamengo começou a ter capacidade de construir um time mais forte, também com o incentivo daquele time maravilhoso do Jorge Jesus, de ganhar muita coisa. Foi um marco ali também, de entrar nessa nova etapa, nesse novo conceito, que foi: 'Arrumamos a casa. Agora, vamos começar a crescer'", explicou.
INVESTIMENTO EM APOSTAS
O dirigente do Mais Querido ainda ressaltou o crescimento de receita do Flamengo ao longo dos anos e destacou a entrada das empresas do ramo de apostas esportivas nessa expansão.
"Vou dar um número: nossa receita hoje, que chamamos de recorrente, aquela que não conta venda de jogador, é exatamente o dobro do que era em 2021. Hoje, o investimento que a gente tem com empresas de apostas equivale, no passado, ao investimento da Globo", finalizou o diretor de marketing do Flamengo.
Reconhecimento enaltece a importância do trabalho dos clubes no campo social principalmente com crianças e adolescentes de projetos espalhados por aí
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Na noite de sábado, 21, o departamento de Responsabilidade Social do Flamengo foi notadamente reconhecido com o Prêmio AIDEP de Impacto Social durante o FutEdu Summit 2025. A cerimônia aconteceu no Hard Rock Café, em Curitiba, e reuniu representantes de clubes e instituições que atuam com esporte e impacto social na América do Sul.
Organizado pela Associação Internacional para o Desenvolvimento do Desporto e Paradesporto - AIDEP, o prêmio é um reconhecimento conferido a clubes e instituições que trabalham o futebol como ferramenta de transformação social.
O prêmio destacou o trabalho da Responsabilidade Social do Flamengo como referência na promoção de oportunidades para crianças e adolescentes de contextos socialmente vulneráveis, aliando o futebol à educação socioemocional, a exemplo do Jogaremos Juntos, projeto social do Flamengo, que contempla 1.000 crianças e adolescentes em oito comunidades do Rio e da Baixada Fluminense bem como demais iniciativas de cunho social do clube que já impactaram mais de 200.000 pessoas.
“Receber o Flamengo no FutEdu Summit é uma honra imensa. Um clube com tanta história e relevância no futebol brasileiro inspira e fortalece ainda mais o nosso compromisso com a educação por meio do esporte.” disse Diogo Netto, CEO do FutEdu Summit.
O objetivo central do Prêmio é reconhecer, valorizar e incentivar escolas de futebol e projetos sociais que utilizam o esporte como ferramenta de inovação, educação e transformação social. Ele promove visibilidade, fortalece boas práticas e estabelece um padrão de excelência no setor esportivo-educacional.
O Mais Querido segue em reformulação no plantel atual e terá agora o reforço da atleta, que foi eleita a melhor atacante do campeonato turco
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O Sesc Flamengo segue em reformulação, com saídas e chegadas de novas atletas. Desse modo, o Mais Querido acertou a contratação de Simone Lee, norte-americana de 28 anos, que disputou a última temporada pelo Megabox Vallefoglia-ITA.
A contratação de Simone Lee tem sido anunciada há algum tempo. A atleta tem 1,88m de altura e também tem origem no vôlei alemão, vivendo o auge de sua carreira na última temporada. Ela foi eleita a melhor atacante do Campeonato Turco de 2023/24.
Ao logo da carreira, Simone já venceu dois Campeonatos Alemãs, um Campeonato Italiano, uma Copa da Alemanha e uma Liga das Nações pelos Estados Unidos. Ela foi revelada pela Universidade Estadual da Pensilvânia e foi para a Europa na temporada 2017/18.
Segundo informações do portal "Garrafão Rubro-Negro", o marido de Simone, o ala alemão Lukas Wank, pode reforçar o Flabasquete. Lukas virá para acompanhar a esposa, mas precisará encontrar um novo clube após deixar a Alemanha.
Na última temporada, Lukas defendeu o Wurzburg Baskets, fechando 13 jogos e uma média de 2,3 pontos, 0,6 assistências e 1,3 rebotes. Antes, rodou por Oldenburg, Skyliners Frankfurt, Lowen Braunschweig, Niners Chemnitz, RheinStars Köln e Science City Jena.
O presidente do Mais Querido abriu o jogo sobre o momento em que o clube se encontrava após a saída da antiga gestão no início do ano
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Luiz Eduardo Baptista assumiu a presidência do Flamengo em janeiro, após vencer as eleições rubro-negras no final de 2024. Assim, o mandatário do Mais Querido concedeu uma rápida entrevista à imprensa presente nos Estados Unidos e expôs a realidade financeira que encontrou o clube após o fim da gestão de Rodolfo Landim.
O Flamengo tinha dinheiro para dois dias, então o Flamengo tinha uma situação econômica boa, mas uma situação financeira ruim", destacou Bap.
Ele continuou: "Se o Flamengo fosse uma empresa faturando R$ 1,5 bilhão por ano, ele tinha que ter uns 300, 400 milhões de reais em caixa. É assim que se toca uma empresa. Ninguém toca uma empresa grande com menos de 3, 4 meses de dinheiro em caixa. Igual aquele cara que tem mobília, móveis, mas não tem dinheiro no banco. Não tinha liquidez", revelou Bap.
Vale lembrar que o Flamengo divulgou o relatório anual com as demonstrações financeiras auditadas referentes aos exercício de 2024. O balanço, inclusive, apontou uma receita recorde de R$ 1,3 bilhão, mas também indicou aumento de 581% na dívida líquida operacional, que passou de R$ 48 milhões para R$ 327 milhões, e um déficit de R$ 734 mil.
Se encontrando em uma situação financeira delicada, o foco do Flamengo no início do ano foi aumentar o caixa. Assim, com a não renovação de contrato de David Luiz e Gabigol, o Rubro-Negro abriu espaço na folha salarial mensal. Além disso, o Rubro-Negro acertou a venda de Fabrício Bruno ao Cruzeiro por R$ 44 milhões.
Assim, enquanto Bap segue tentando recuperar o Flamengo financeiramente, o elenco rubro-negro foca no próximo compromisso no Mundial de Clubes. O Rubro-Negro volta a campo nesta terça-feira (24), às 22h (horário de Brasília), para o confronto contra o Los Angeles FC.