EX-FLAMENGO DETALHA SAÍDA DO CLUBE EM 2014: "PEDI PARA RASGAR MEU CONTRATO"

O Mengão terá de lidar com a ausência de Nicolás De La Cruz por mais um jogo importante. O jogador uruguaio não participou do clássico contra o Vasco, no último domingo (15), e segue como dúvida para a partida desta quinta-feira (19) contra o Peñarol, válida pelas quartas de final da Copa Sul-Americana. A presença do meio-campista ainda não está garantida, conforme explicou o técnico Tite durante entrevista coletiva.

Durante a coletiva, Tite revelou que, após um treino recente, perguntou a Nicolás De La Cruz sobre a possibilidade de atuar por pelo menos 20 minutos na partida contra o Vasco, mas o jogador, sorrindo, indicou que não estava em condições. “O departamento físico foi categórico ao afirmar que ele não estava apto, mesmo que ele se sentisse bem", comentou o treinador. Tite também reforçou que espera contar com o atleta na quinta-feira, mas ainda sem garantias de que isso será possível.

Nicolás De La Cruz está afastado desde que sofreu uma lesão muscular na coxa direita no jogo contra o Bahia, válido pelas quartas de final da Copa do Brasil. Desde então, o meio-campista desfalcou o time nas partidas contra o Corinthians, pelo segundo jogo da mesma competição, e no clássico carioca. Sua ausência tem sido sentida, e a expectativa por seu retorno aumenta à medida que o calendário se afunila.

Além de De La Cruz, o CRF já tem confirmadas as ausências de outros quatro jogadores para o confronto contra o Peñarol. Michael, que enfrenta problemas na coxa direita, e Pedro, Matías Viña e Everton Cebolinha, que sofreram lesões mais graves, só retornarão aos gramados em 2025.

Com esses desfalques, o técnico Tite terá que ajustar a equipe para manter o desempenho e seguir em busca de vitórias nas competições que o clube ainda disputa.

O Mais Querido empatou em 1 a 1 com o Vasco, em um clássico disputado neste domingo (15), pela 26ª rodada do Campeonato Brasileiro, no Maracanã. O CRF teve oportunidades claras de gol, acertou a trave em duas ocasiões, mas acabou cedendo o empate nos minutos finais. Após a partida, Alex Sandro, que estreou pelo Rubro-Negro, comentou sobre o gol sofrido e destacou a necessidade de uma melhor organização nos momentos decisivos.

Alex Sandro, um dos novos reforços do Mengão, lamentou o relaxamento da equipe no fim do jogo, que culminou no gol de empate do Vasco aos 42 minutos da segunda etapa. “Foi uma satisfação atuar em um Maracanã lotado e disputar um clássico. Porém, relaxamos no final, essa é a verdade. Deveríamos ter mantido mais a posse de bola e estar melhor organizados. O futebol só termina quando o árbitro apita. Vamos aprender com isso e evitar os mesmos erros nos próximos jogos", comentou o lateral na zona mista do estádio.

Mesmo com algumas ausências importantes, a equipe de Tite conseguiu dominar as ações ao longo da partida. O Mengão finalizou 17 vezes e acertou a trave em duas oportunidades. O gol rubro-negro saiu aos 25 minutos do segundo tempo, em uma jogada pelo lado direito que terminou com Gerson balançando as redes. Entretanto, apesar do controle no ataque, o Mais Querido perdeu a posse de bola, o que gerou o contra-ataque que resultou no gol de Philippe Coutinho, após passe de Puma Rodríguez.

Com a suspensão de Ayrton Lucas, que cumpriu suspensão por acumulação de cartões amarelos, Tite escalou Alex Sandro como titular. O lateral-esquerdo teve uma atuação sólida em sua primeira partida pelo CRF, somando números positivos: 60 passes certos em 61 tentativas, três oportunidades criadas e quatro ações defensivas, mostrando-se uma peça importante para o restante da temporada.

O Flamengo segue no G4 do Brasileirão com 45 pontos, mas a equipe busca evitar novos deslizes e corrigir as falhas apresentadas no clássico, visando melhores resultados nas próximas rodadas.

Eleições no Flamengo vindo aí no fim da temporada e as chapas começam a se formar, além dos borburinhos, já normais dentro do rubro-negro. Nesse sentido, ganhou força nos últimos dias a possibilidade de que Wallim Vasconcellos figure como principal candidato da oposição nas eleições para suceder Rodolfo Landim.

Wallim, que formou chapa com Landim em 2015 e integrou a primeira gestão do presidente do Flamengo como vice de Finanças, se definiu no passado como nem de oposição nem de situação, mas ensaia uma candidatura apoiada pelo grupo que esteve contra Landim nas eleições de 2021.

Wallim alimenta há muito tempo o sonho de ser presidente do Flamengo, mas não tem um grupo político próprio. Entretanto, ele começou a conversar com grupos de oposição que buscam um candidato único para enfrentar Rodrigo Dunshee de Abranches, que deve ter o apoio de Landim, e Luiz Eduardo Baptista (Bap), que tenta se colocar como uma espécie de candidato de continuidade da gestão.

A oposição acredita que Wallim pode preencher o mesmo nicho de Bap, que teria apelo junto a muitos sócios – um nome que represente o legado da melhor parte da gestão Landim, que transformou o Flamengo numa potência econômica, mas se distancie da política tradicional do clube, ligada a Dunshee.

Com a diferença de que, ao contrário de Bap, Wallim já se declarou publicamente contra a transformação do Flamengo em SAF (Sociedade Anônima de Futebol), ponto considerado inegociável pelos opositores.

O nome de Wallim ganhou força desde a semana passada, com a exibição do documentário sobre a tragédia do Ninho na Netflix.

Lideranças de grupos da oposição perceberam uma rejeição interna muito grande ao ex-presidente Eduardo Bandeira de Mello, que ensaia uma candidatura, por conta da sua ligação com a maior tragédia da história do Flamengo. Bandeira é réu no processo criminal sobre o caso.

Bandeira não desistiu da sua candidatura, mas Wallim já estaria ensaiando uma aproximação até com nomes bem próximos ao ex-presidente, como o ex-vice jurídico Flávio Willeman, cujo nome foi ventilado como possível candidato do grupo de Bandeira.

Uma aliança entre o próprio Bandeira e Wallim, entretanto, é improvável, já que os dois são rompidos desde 2015, quando Wallim acusou Bandeira de romper um acordo de que não seria candidato à reeleição e apoiaria Wallim.