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O zagueiro espanhol Pablo Marí, que marcou época no Flamengo em 2019 ao conquistar o Campeonato Brasileiro e a Libertadores, está próximo de mudar de clube na Itália. Atualmente no Monza, o defensor está em negociações avançadas para assinar com a Fiorentina, atendendo a um pedido do técnico Raffaele Palladino.
Novo destino na Serie A
De acordo com o portal Calcio Mercato, Palladino solicitou a contratação de Marí para substituir Martínez Quarta, que está de saída para o River Plate. O treinador italiano trabalhou com o espanhol nas últimas duas temporadas no Monza, onde o zagueiro foi um dos destaques do elenco, somando 69 partidas disputadas, sendo 56 como titular.
O desempenho consistente de Marí, mesmo em um time que luta na parte de baixo da tabela, foi suficiente para convencer a Fiorentina. Na atual temporada, ele disputou 20 jogos, 19 como titular, mas o Monza amarga a lanterna da Serie A, com apenas 10 pontos em 18 rodadas.
Além de sua qualidade em campo, o espanhol é considerado uma opção acessível no mercado, pois seu contrato com o Monza termina em junho de 2025. Isso permite que ele assine um pré-contrato a partir de janeiro. Para evitar perdê-lo de graça em poucos meses, o Monza deve facilitar a negociação com a Fiorentina.
Passagem meteórica pelo Flamengo
Pablo Marí chegou ao Flamengo em julho de 2019 e rapidamente conquistou espaço na equipe comandada por Jorge Jesus. Na época, o espanhol substituiu Léo Duarte, que foi vendido ao Milan, e formou uma sólida dupla de zaga com Rodrigo Caio.
Com atuações seguras e liderança em campo, Marí foi fundamental na conquista da Libertadores e do Campeonato Brasileiro de 2019. Durante sua passagem pelo Rubro-Negro, marcou três gols e caiu nas graças da torcida.
Além de seu desempenho esportivo, Marí gerou ganhos financeiros ao Flamengo. Contratado por 1,3 milhão de euros (cerca de R$ 5,5 milhões à época), o zagueiro foi negociado com o Arsenal por valores que, somados a bônus e repasses, renderam aproximadamente 84 milhões de reais ao clube.
Carreira europeia
Após sair do Flamengo, Pablo Marí construiu uma trajetória sólida na Europa, passando por clubes como Arsenal, Udinese e, mais recentemente, Monza. Aos 31 anos, o defensor busca um novo desafio na Fiorentina, equipe tradicional da Serie A que promete oferecer melhores condições para o zagueiro demonstrar seu potencial.
Caso a transferência se concretize, Marí terá a chance de atuar em um clube com maior visibilidade e ambição, reforçando sua relevância no futebol italiano.
Atacante marca gol, dá assistência e justifica aposta do técnico do Mais Querido, que recuou Gerson para a função de volante por necessidade
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O Flamengo venceu e convenceu na Libertadores, e parte desse resultado passa diretamente pelos pés de Luiz Araújo. O atacante voltou ao time titular e teve uma atuação de impacto, contribuindo com os dois gols rubro-negros e se colocando novamente como opção real para a sequência da temporada.
Falei que me sentia orgulhoso dele" - disse Filipe, em coletiva
Luiz participou diretamente do primeiro gol logo aos nove minutos, ao cobrar escanteio preciso na cabeça de Léo Ortiz. O zagueiro subiu livre para abrir o placar no Maracanã. No início do segundo tempo, o camisa 7 apareceu de novo, dessa vez finalizando com força após cruzamento de Alex Sandro para definir a vitória.
A atuação foi valorizada por Filipe Luís, que optou por escalar Luiz na ponta direita e recuar Gerson ao meio. A decisão não foi apenas tática, mas também estratégica diante dos desfalques de Erick Pulgar e Allan, que se lesionaram no jogo anterior contra o Bahia. — Sempre penso em escolher os melhores para montar um plano que machuque o adversário. O Luiz tem gol, tem assistência, gera perigo perto da área — afirmou Filipe Luís na coletiva.
O treinador ainda elogiou a postura do atacante durante os treinamentos e destacou o comprometimento mesmo nos momentos em que ele foi reserva. Segundo Filipe, a resposta veio com intensidade e entrega quando a chance surgiu. — Falei que me sentia orgulhoso dele. Ficou fora por alguns jogos, entrou aos 10 minutos contra o Bahia e correu de forma bonita.
O futebol devolve. Quem treina como ele se frustra quando erra, mas o campo fala — completou. Luiz Araújo vinha de sequência irregular, com atuações apagadas e críticas da torcida. A atuação desta quinta-feira, porém, reacende a possibilidade de sequência em meio a um elenco recheado de opções ofensivas, ainda que o setor viva um momento de oscilação.
Uruguaio teve atuação sólida no meio-campo, com alto índice de acerto nos passes e leitura tática apurada no Maracanã na última quinta
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Na vitória por 2 a 0 sobre a LDU, que garantiu o Flamengo nas oitavas de final da Libertadores, o nome de Nico De La Cruz voltou a ganhar força entre os destaques da equipe. Atuando mais recuado, como segundo homem de meio-campo, o uruguaio teve uma performance de alta consistência e mostrou por que é peça-chave no esquema de Filipe Luis.
Com 84 minutos em campo, o camisa 18 teve uma das suas atuações mais equilibradas com a camisa rubro-negra. Foram 92% de acerto nos passes (55 certos em 60 tentados), além de dois passes decisivos e 100% de aproveitamento nos lançamentos longos. O mapa de calor do uruguaio mostra presença em praticamente todas as faixas do meio, tanto na construção quanto na recomposição.
Mais do que números, a leitura tática do jogador chama atenção. De La Cruz se posiciona bem entre as linhas, antecipa jogadas e oferece apoio constante a quem está com a bola. É um meio-campista moderno, que entrega intensidade e inteligência. A nota 7.2 recebida no Sofascore ajuda a traduzir uma atuação quase sem erros.
Filipe apostou novamente em um meio com Pulgar, De La Cruz e Gerson, e a combinação deu resultado. Com liberdade para se movimentar, o uruguaio foi fundamental na fluidez ofensiva, ao mesmo tempo em que manteve equilíbrio defensivo. Desde que chegou, De La Cruz vem crescendo de produção, especialmente nos jogos em que atua por dentro.
A partida contra a LDU serviu como mais uma amostra de que o Flamengo acertou na contratação do meio-campista. Foram quase R$ 78 milhões investidos, mas a resposta em campo tem sido proporcional à expectativa criada. Além dos fundamentos técnicos, chama atenção a entrega física do uruguaio. Mesmo em um jogo com ritmo intenso, ele se manteve inteiro até ser substituído, aos 39 do segundo tempo, para entrada de Allan.
O zagueiro do Flamengo participou do MengoCast, podcast oficial da Flamengo TV, publicado nessa sexta-feira , dois dias antes do clássico contra o Botafogo
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Os jogadores do Flamengo ainda estão se acostumando com Filipe Luís na beira do campo. Isso porque o ídolo entrava em campo com eles até o final de 2023, e por isso, sua presença como técnico ainda causa estranheza. Mas para Léo Pereira, por exemplo, isso é algo bom.
O zagueiro do Flamengo participou do MengoCast, podcast oficial da Flamengo TV, publicado nessa sexta-feira (16). Ao falar sobre Filipe Luís, ele afirma se sentir melhor pela proximidade que tem com o treinador, dando confiança para conversar sobre os esquemas, por exemplo.
Me sinto mais a vontade"
"Comentei esses dias com alguns familiares e amigos. É uma coisa diferente. Me sinto a vontade de tê-lo ao meu lado. Você acaba se abrindo um pouco mais porque jogou até pouco tempo atrás com ele. Me sinto mais a vontade. É um cara que converso coisas, também, extracampo. É um amigo que o futebol me deu", comenta.
Além disso, Léo Pereira fará certamente de tudo para que o trabalho do ex-companheiro dê certo.
"Fico feliz pelo caminho que ele está trilhando como treinador. Podendo ajudar, fico mais feliz ainda. Espero poder trilhar esse caminho com ele por muito tempo e conquistando títulos", comenta.
Ele era muito crítico dentro de campo. Muito analista também"
Todos já sabiam que Filipe Luís seria técnico, afinal, esse era seu grande sonho. Léo Pereira lembra dos tempos de Filipe como jogador, recordando que suas ações eram quase de um treinador, e não um atleta.
"Filipe, desde que cheguei ao Flamengo, dava sinais de que se tornaria treinador. Ele era muito crítico dentro de campo. Muito analista também. Não era aquele jogador que olhava para si mesmo, mas, sim, para o grupo como um todo. Tentava trazer coisas positivas, o que poderíamos fazer", relembra.
Léo Pereira lembra, por exemplo, situações em que Filipe Luís dava conselhos aos companheiros antes dos jogos.
"Dependendo do gramado que a gente ia jogar, dava toques. Por exemplo, eu joguei no Athletico, na Arena, a bola corre mais rápido. Lá, ele falava: 'Aqui tem que dar a bola no pé. Na frente, ela corre e não dá mais para alcançar'. São detalhes que passam despercebidos. Ele se atentava a isso", comenta.
Mesmo como jogador, Filipe Luís já analisava os adversários e assistia aos lances em aparelhos pessoais para saber como o Flamengo poderia superar o rival.
"Várias jogadas que o ataque adversário podia fazer, ele analisava antes dos jogos com um IPad, para minimizar esses ataques. Com certeza, sempre estudou e esteve muito atento, para ele e para o grupo todo", comenta.