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Após eliminação vexatória nos playoffs da Copa Sul-Americana, para o Rosário Central da Argentina, Renê abriu o jogo sobre futuro longe do Internacional por ser alvo de inúmeras críticas. Visivelmente incomodado, o lateral deu indícios de que deixará o Beira-Rio ao fim da temporada.
“Meu futuro no clube mais para frente vamos ver o que vai acontecer. A tendência é que ao fim do meu contrato, eu tome outro caminho. Acho que é o melhor, não só para mim, mas também para a equipe, já que eu estou trazendo algumas vaias para a torcida, ficar fora pode ser que traga um ambiente melhor e ajude a equipe a conquistar campeonatos”, declarou na zona mista.
Renê: dos títulos às vaias
Eleito melhor lateral-esquerdo do Brasileirão de 2018, bicampeão brasileiro, campeão da Libertadores e tetracampeão carioca pelo Flamengo, Renê nunca foi considerado ídolo ou craque, mas era um jogador regular em sua proposta de jogo. Defensivamente bom e difícil de ser driblado, ele sempre demonstrou certa deficiência na parte ofensiva e de armação de jogadas. Período ruim do Internacional também atrapalha, resultados ruins geram vilões, enquanto boas fases escondem problemas.
Tanto no Mais Querido, quanto no Sport, suas qualidades se sobressaíam e eram bem exploradas pelos clubes. Se destacou pelo rubro-negro de Recife e foi contratado pelo Fla em 2017. Por aqui, foi titular absoluto até a chegada de Filipe Luís. Com a contratação de Ayrton Lucas em 2022 perdeu espaço e foi negociado com o Internacional.
Os erros capitais nas semifinais da Libertadores de 2023 mancharam muito a imagem com a torcida, deixando a relação estremecida desde então. Além de atuações ruins e erros em jogos do Campeonato Gaúcho e Copa Sul-Americana. O próprio jogador entende não haver mais clima e demonstrou seu interesse em não permanecer no time.
Possíveis destinos
Quando negociado para o Internacional, mais quatro clubes demonstraram interesse na contratação do jogador. Atualmente, um destino provável seria um retorno ao Sport, time em que teve seu primeiro destaque nacional.
Mengão vai atrás de reforços para o restante da temporada 2025 e comentarista vê necessidade de intensidade no elenco para Filipe Luís
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O Flamengo pode estar prestes a mudar sua estratégia no mercado da bola. Segundo o comentarista Paulo Calçade, a tendência é que o clube passe a priorizar jogadores que entreguem intensidade em campo, alinhados ao estilo de jogo exigido por Filipe Luís.
Paulo Calçade sobre mercado do Flamengo: "vão focar em um jogo com ainda mais intensidade"
“É uma análise, não é informação. Mas acho que os próximos movimentos de mercado do Flamengo vão focar em um jogo com ainda mais intensidade”, afirmou Calçade durante participação no programa ESPN FC. Além de Jorginho, o Mengão ainda não confirmou nenhum reforço.
A teoria do comentarista ganha força em meio aos recentes episódios do clube na janela de transferências. Um dos nomes buscados foi o atacante irlandês Mikey Johnston, conhecido justamente pela velocidade e entrega física. O Rubro-Negro, no entanto, recuou na negociação após forte repercussão negativa nos bastidores e nas redes sociais.
Apesar de o Flamengo estar vivo em todas as competições e liderar o Campeonato Brasileiro, Filipe Luís não estaria satisfeito com o desempenho do time. Para Calçade, a disputa da Copa do Mundo de Clubes deixou claro para o treinador que ainda falta intensidade à equipe: “Mesmo as escolhas mais ousadas vão ser com base em um estilo de futebol que o Flamengo viu que ainda está distante. O Mundial expôs isso”, completou o jornalista.
Com a desistência por Johnston, o clube segue atento a outras opções no mercado. Dois nomes que seguem em pauta são Jorge Carrascal e Esequiel Barco. Inicialmente considerados alternativas um ao outro, agora os dois podem até ser contratados juntos.
Carrascal, colombiano com características semelhantes às de Arrascaeta, se destaca pela técnica e resistência física. Já o argentino Barco é um jogador de velocidade e intensidade, com forte presença ofensiva e poder de recomposição – atributos alinhados ao novo perfil desejado pela comissão técnica.
O presidente do clube, Luiz Eduardo Baptista, mantém respaldo total ao dirigente português e descarta qualquer mudança no comando do departamento
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Apesar do ambiente de tensão que se instalou nos bastidores do Flamengo nos últimos dias, o presidente Luiz Eduardo Baptista, o Bap, decidiu manter o respaldo a José Boto. O diretor de futebol segue firme no cargo, com apoio declarado da cúpula rubro-negra. Fontes ouvidas pelo jornalista Venê Casagrande indicam que a permanência do dirigente português só será revista caso ele próprio opte por deixar o clube. Nesse cenário, a multa rescisória prevista em contrato é de aproximadamente R$ 2 milhões.
Mesmo com a pressão de setores internos e episódios que causaram desgaste, Bap considera que ainda é cedo para qualquer ruptura. O presidente entende que há ruído, mas vê competência no trabalho de Boto e acredita que a instabilidade é pontual. Com isso, qualquer alteração na estrutura do departamento de futebol está descartada neste momento. A avaliação da diretoria é de que é necessário dar tempo ao dirigente, que está há menos de seis meses no cargo.
Apesar da permanência, o ambiente para Boto não é dos mais leves. Duas situações recentes ampliaram o desconforto interno e alimentaram rumores sobre uma possível mudança na pasta de futebol. A primeira crise veio após uma entrevista de José Boto à imprensa italiana. Na conversa, o dirigente mencionou o desejo de contratar Dusan Vlahovic, centroavante da Juventus.
O comentário foi interpretado nos bastidores como um sinal de que Pedro, atual camisa 9, estaria com moral baixa com a direção. A repercussão da fala sobre Vlahovic cresceu rapidamente. Poucos dias depois, o jornalista Mauro Cezar Pereira revelou que o Flamengo estaria disposto a negociar Pedro por cerca de 15 milhões de euros — algo que irritou parte do elenco e membros do Conselho de Futebol.
A proximidade entre os episódios gerou especulações e cobranças, especialmente por parte de aliados de Pedro dentro e fora do elenco. Internamente, houve quem interpretasse as declarações como um recado público e pouco estratégico. Se o episódio envolvendo Vlahovic foi o primeiro sinal de alerta, a negociação por Michael Johnston foi o estopim da crise. O atacante irlandês, de 26 anos, disputou a última temporada pela segunda divisão inglesa e marcou apenas três gols.
A diretoria rubro-negra ainda não confirma os valores, mas uma proposta que está na mesa é do Wolves , o atacante tem contrato até 2027 e multa rescisória alta
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A movimentação nos bastidores já é intensa. Wallace Yan, um dos nomes mais promissores do elenco rubro-negro, está em vias de ser transferido para o Wolverhampton. A informação foi divulgada pelo Jornal dos Sports e confirmada por fontes próximas ao estafe do jogador. De acordo com o veículo, familiares de Wallace iniciaram a regularização dos documentos necessários para acompanhá-lo na mudança para a Inglaterra.
A ação reforça a expectativa de que a negociação esteja em fase final, com o desfecho podendo ocorrer ainda neste mês. Apesar dos rumores apontarem para uma proposta de 20 milhões de euros (cerca de R$ 127,15 milhões), o Flamengo ainda não confirma valores oficialmente. Internamente, a diretoria trata a situação com cautela e aguarda a formalização da oferta inglesa.
Wallace Yan tem contrato com o Flamengo até dezembro de 2027. A multa rescisória para clubes do exterior é de 40 milhões de euros, o dobro do valor especulado atualmente. O clube ainda estuda se aceita negociar abaixo da cláusula ou insiste em um número mais próximo da multa. A valorização recente de Wallace tem relação direta com sua atuação na Copa do Mundo de Clubes. O atacante foi destaque do time, marcando gols contra o Chelsea, na semifinal, e contra o Los Angeles FC, na disputa do terceiro lugar.
Aos 20 anos, Wallace acumula seis gols em 2025 e é o quarto maior artilheiro da equipe na temporada. O bom desempenho chamou a atenção de olheiros europeus, que passaram a monitorar de perto o jogador desde o torneio da FIFA. Antes da investida do Wolverhampton, o Flamengo chegou a considerar uma renovação contratual com Wallace, com o objetivo de valorizar ainda mais o atleta e aumentar sua multa. As conversas, no entanto, não avançaram diante do interesse do mercado.
O clube inglês tem histórico recente de contratações no Brasil e na América do Sul. A Premier League é um destino cada vez mais frequente para jovens promessas rubro-negras, como já aconteceu com Vinícius Júnior, Lucas Paquetá e João Gomes, este último vendido ao próprio Wolverhampton. Caso o negócio seja concretizado por valor abaixo da multa, o Flamengo pode tentar incluir cláusulas que garantam percentual de uma venda futura.