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José Boto pode deixar o Flamengo por motivo inusitado, diretoria mantém a confiança no dirigente
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O Fluminense anunciou a contratação do lateral-esquerdo Renê, de 32 anos, ex-jogador do Flamengo que estava no Internacional. Atualmente livre no mercado após não renovar com o Colorado, ele assinou um vínculo de dois anos com o time das Laranjeiras.
Renê chega para substituir Diogo Barbosa, que não renovou com o Fluminense e acertou com o Fortaleza. Ele recebeu propostas de outros clubes da Série A do Brasileirão, mas a do Tricolor se mostrou mais vantajosa financeiramente e esportivamente — devido à disputa do Mundial de Clubes.
- Estou muito feliz e motivado. O Fluminense é um grande clube, que tem pela frente um ano com campeonatos muito difíceis, mas com objetivos muito grandes. Já estou me ambientando, fui muito bem recebido. Agradeço a todos e espero ser muito feliz aqui com essa camisa tão pesada - disse o ala ao site do Flu.
Na última temporada, apesar de muito criticado, Renê foi titular em boa parte, perdendo a vaga para o argentino Bernabei, que tomou conta da posição e terminou 2024 como um dos melhores da posição no país.
Pelo Flamengo, Renê atuou por cinco temporadas, chegando em 2017, do Sport e saindo em 2022 rumo ao Internacional. Com o Manto, foram 204 jogos, seis gols marcados e os títulos da Libertadores, Brasileirão (2x), Recopa, Supercopa do Brasil (2x) e quatro Cariocas.
Volante voltou a ser assunto entre torcedores do Mengão, mas diretoria nega interesse imediato, jogador recusou propostas brasileiras
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Nas últimas semanas, o nome de Andreas Pereira voltou a circular com força nas redes sociais entre torcedores do Flamengo. A movimentação reacendeu a esperança de uma possível volta do meio-campista, que teve passagem marcante pelo clube entre 2021 e 2022. Apesar das especulações, a diretoria do Flamengo nega qualquer tratativa ou intenção de repatriar o jogador neste momento.
Segundo o jornalista Julio Miguel Neto, um dirigente rubro-negro foi enfático ao afirmar que o clube não tem planos para Andreas. Atual técnico do time sub-20 do Flamengo, Filipe Luís conhece Andreas de perto os dois jogaram juntos no clube. Há, sim, admiração pelo futebol do meia, mas, de acordo com fontes próximas ao treinador, ele entende que não há necessidade de reposição imediata no elenco profissional, mesmo com a saída de Gerson para a seleção.
Um dos episódios que mais reforça a ligação de Andreas com o Flamengo foi a recusa ao Palmeiras no início de 2024. Segundo apurou a reportagem, o clube paulista avançou na negociação com o Fulham, mas esbarrou na negativa do próprio jogador, que preferiu não fechar com um rival direto do Rubro-Negro. Andreas Pereira tem vínculo com o Fulham até junho de 2026.
Ele é peça importante no elenco do técnico Marco Silva e já demonstrou boa adaptação à Premier League. O clube inglês também não dá sinais de que pretende facilitar uma saída sem uma proposta vantajosa. Apesar da forte identificação com o Flamengo, o cenário atual não favorece um retorno de Andreas à Gávea.
A janela de transferências está em curso, mas o clube carioca tem outras prioridades no mercado, focando em reforços para as laterais e o setor ofensivo, em função das recentes lesões de Viña e Everton Cebolinha. Mesmo fora do Brasil, Andreas nunca escondeu seu carinho pelo Flamengo. Em entrevistas, já afirmou que guarda lembranças especiais do clube e da torcida. “Foi o lugar onde mais me senti em casa no futebol”, declarou, em recente entrevista à imprensa inglesa.
Diretor de futebol e presidente do Mengão não tem falado a mesma língua durante o mercado de transferências e até mesmo demissão foi cogitada
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A tensão nos bastidores do Flamengo se intensificou após o plano de negociar o atacante Pedro vir à tona. A divergência entre o departamento de futebol e a cúpula do clube escancarou um desalinhamento que ameaça impactar decisões estratégicas na janela de transferências. A informação é do jornalista Rodrigo Mattos.
O diretor de futebol José Boto chegou a considerar pedir demissão, segundo revelou o jornalista Diogo Dantas. O episódio envolvendo Pedro foi só o estopim. Em seguida, outro impasse ganhou força: a contratação do irlandês Mikey Johnston, acertada por Boto, mas vetada pelo presidente Luiz Eduardo Baptista, o Bap.
O negócio, estimado em R$ 37 milhões, foi interrompido após avaliação do departamento médico apontar limitação física do atleta, que renderia pouco diante do calendário brasileiro. Apesar disso, a rejeição da torcida nas redes sociais também pesou na decisão.
As diferenças entre Boto e Bap vão além das decisões pontuais. O diretor tem defendido a contratação de apenas um ponta e um meia para ser reserva de Arrascaeta. Já o presidente entende que o clube precisa, prioritariamente, de um substituto para Gerson, vendido ao Zenit. Prova dessa divergência é o suposto interesse em Rodrigo De Paul, do Atlético de Madrid, que não é tratado como prioridade dentro do departamento de futebol.
Nos bastidores, há relatos de que negociações foram congeladas até que se defina o rumo da relação entre Boto e a diretoria. Um dos casos pendentes é a possível transferência de Vitor Hugo ao Famalicão, de Portugal, que ficaria com 50% dos direitos do jogador. O negócio foi conduzido por Boto, mas pode ser revertido sob pressão interna.
O plano para a janela de transferências prevê a chegada de três ou quatro reforços. A verba disponível incialmente estava ligada à venda de Wesley, mas o clube já superou a meta de arrecadação para o ano com a negociação de Gerson, que rendeu 10 milhões de euros (R$ 65 milhões) acima do projetado.
Além das decisões de mercado, José Boto também enfrenta críticas de membros do Conselho Diretor. A avaliação é de que o dirigente demonstra dificuldade na gestão do elenco e na comunicação interna. Com trajetória marcada por passagens como scout e executivo em clubes menores, Boto nunca havia assumido um cargo de tamanha visibilidade e responsabilidade quanto o atual no Flamengo.
Mengão vai atrás de reforços para o restante da temporada 2025 e comentarista vê necessidade de intensidade no elenco para Filipe Luís
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O Flamengo pode estar prestes a mudar sua estratégia no mercado da bola. Segundo o comentarista Paulo Calçade, a tendência é que o clube passe a priorizar jogadores que entreguem intensidade em campo, alinhados ao estilo de jogo exigido por Filipe Luís.
Paulo Calçade sobre mercado do Flamengo: "vão focar em um jogo com ainda mais intensidade"
“É uma análise, não é informação. Mas acho que os próximos movimentos de mercado do Flamengo vão focar em um jogo com ainda mais intensidade”, afirmou Calçade durante participação no programa ESPN FC. Além de Jorginho, o Mengão ainda não confirmou nenhum reforço.
A teoria do comentarista ganha força em meio aos recentes episódios do clube na janela de transferências. Um dos nomes buscados foi o atacante irlandês Mikey Johnston, conhecido justamente pela velocidade e entrega física. O Rubro-Negro, no entanto, recuou na negociação após forte repercussão negativa nos bastidores e nas redes sociais.
Apesar de o Flamengo estar vivo em todas as competições e liderar o Campeonato Brasileiro, Filipe Luís não estaria satisfeito com o desempenho do time. Para Calçade, a disputa da Copa do Mundo de Clubes deixou claro para o treinador que ainda falta intensidade à equipe: “Mesmo as escolhas mais ousadas vão ser com base em um estilo de futebol que o Flamengo viu que ainda está distante. O Mundial expôs isso”, completou o jornalista.
Com a desistência por Johnston, o clube segue atento a outras opções no mercado. Dois nomes que seguem em pauta são Jorge Carrascal e Esequiel Barco. Inicialmente considerados alternativas um ao outro, agora os dois podem até ser contratados juntos.
Carrascal, colombiano com características semelhantes às de Arrascaeta, se destaca pela técnica e resistência física. Já o argentino Barco é um jogador de velocidade e intensidade, com forte presença ofensiva e poder de recomposição – atributos alinhados ao novo perfil desejado pela comissão técnica.