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Falecido ontem, aos 87 anos, Washington Rodrigues, mais conhecido como Apolinho, não apenas fez história como repórter, comentarista e apresentador de rádio. Em 1995, ele foi convidado para se tornar treinador do Flamengo, clube de seu coração, no ano do centenário. O responsável pelo que ele tratava como uma "convocação" foi Kleber Leite, presidente rubro-negro à época, e seu velho parceiro em coberturas jornalísticas.
— Foi genial. Você não tinha muitas opções. A gente tinha um problema interno sério de convivência no Flamengo. Era uma fogueira de vaidades — lembra Leite, em contato com a reportagem do GLOBO. —Eu não era vice-presidente de futebol. Eu era o presidente do clube. Uma coisa mais ampla para cuidar. Estávamos precisando de alguém que agregasse, que colocasse todo mundo no bolso.
— Em um jantar com Michel Assef (advogado), eu falei: "Estou com uma ideia meio maluca. Temos que resolver o problema do futebol com alguém que seja um fato novo, que mexa. É hora de sair das mesmas caras. Estou pensando em colocar o Washington (Apolinho) no Flamengo, vou contratar como treinador. Para fazer o papel que ele sabe fazer. E o Assef achou uma bela ideia — contou o ex-presidente.
À frente da equipe, Washington Rodrigues comandou 26 partidas, totalizando 11 vitórias, oito empates e sete derrotas. O resultado mais expressivo foi o vice-campeonato da Supercopa Libertadores daquele ano. Em 1998, ainda retornou como diretor-técnico do clube. Depois das aventuras inusitadas, voltou aos microfones do rádio. Mas a passagem deixou um legado, segundo o então dirigente.
— Era uma coisa impressionante. A gente rodava o Brasil inteiro. Depois do Romário, nenhum jogador era o mais popular do time. Era ele (Apolinho). Entrava em campo e era ovacionado. Eu não tenho nenhum dúvida e medo de dizer que, depois do Jorge Jesus, que é hors concours, não houve nenhum treinador do Flamengo que tivesse mais apoio popular que o Washington — finalizou Kléber Leite.
Nascido no bairro do Engenho Novo, na Zona Norte do Rio de Janeiro, em 1º de setembro de 1936, Apolinho trabalhou em rádios como a Nacional, a Globo e a Tupi, onde esteve nos últimos 25 anos. Ontem, faleceu durante a partida entre Flamengo e Bolívar, pela Libertadores, goleada rubro-negra por 4 a 0.
O Flamengo volta a campo neste domingo (29), às 17h (de Brasília), para enfrentar o Bayern de Munique em duelo válido pelas oitavas de final da Copa do Mundo
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O Bayern chega embalado por boas atuações na fase anterior e com atletas em alta no torneio. O meio-campista Musiala e o atacante Michael Olise são os artilheiros da equipe até aqui, com três gols cada. Coman, Muller e Harry Kane completam o time de estrelas.
Cinco jogadores do Bayern que merecem atenção
Michael Olise: Meia-atacante de velocidade e bom chute, é um dos artilheiros da equipe com três gols no torneio.
Musiala: Meio-campista criativo, com presença na área. Também soma três gols e vive grande fase.
Kingsley Coman: Líder em assistências do time, com duas, o francês tem papel importante na criação.
Thomas Muller: Experiente, marcou dois gols e é uma referência no ataque bávaro.
Harry Kane: O artilheiro inglês ainda busca se firmar na competição. Tem um gol e muita expectativa em torno de seu desempenho.
Apesar de inédito em competições oficiais, Flamengo e Bayern já se enfrentaram. O único encontro foi na final do Torneio Internacional de Kuala Lumpur, em 1994. Na ocasião, o time comandado por Carlinhos Violino venceu por 3 a 1, em jogo histórico Na Malásia, o Bayern saiu na frente com gol de pênalti de Papin, após a expulsão do goleiro Adriano.
Mas o Flamengo reagiu: Rogério Lourenço empatou com uma cobrança de falta precisa, Marquinhos virou ainda no primeiro tempo, e Sávio fechou a conta com jogada individual pela esquerda. Um triunfo simbólico, mas que até hoje é lembrado pelos torcedores mais antigos. A tendência é que o Flamengo vá a campo com sua formação mais experiente.
Jogadores como Gerson, Pulgar e Pedro devem ser fundamentais para controlar o ritmo do jogo. A defesa, por sua vez, terá que lidar com um dos ataques mais perigosos do torneio. Com Muller e Kane atuando juntos, o setor defensivo precisará estar em sintonia. O desempenho nas bolas aéreas e o controle de espaço entre as linhas serão fatores determinantes para o time carioca se manter competitivo contra o time alemão.
A briga por espaço no setor de criação também promete ser intensa. Musiala e Olise atuam com mobilidade e costumam quebrar linhas com passes verticais e dribles curtos. A missão de conter o ímpeto do Bayern passa diretamente por uma boa atuação de Pulgar e Gerson.
Técnico português deve liderar reformulação no elenco a pedido de CR7 e traça metas ambiciosas no futebol saudita aonde deve permanecer
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A tão esperada união entre Jorge Jesus e Cristiano Ronaldo está prestes a se concretizar. O Al-Nassr avançou nas conversas com o treinador português e a tendência é de acerto nos próximos dias. O contrato em discussão é válido por uma temporada, com possibilidade de renovação automática por mais um ano. A negociação ganhou força logo após a renovação contratual de Cristiano Ronaldo, que ampliou seu vínculo com o clube saudita até 2027.
Desde então, a diretoria passou a atender sugestões do camisa 7 para fortalecer o projeto esportivo, incluindo a indicação de um novo comandante técnico. Foi o próprio Cristiano quem sugeriu Jorge Jesus para assumir o comando da equipe. O atacante deseja um treinador experiente, com perfil vencedor e capacidade de montar um elenco mais competitivo. Jesus foi a primeira escolha e já sinalizou positivamente ao projeto.
A relação entre os dois é de respeito mútuo. Apesar de nunca terem trabalhado juntos, CR7 conhece o histórico do Mister, especialmente sua passagem marcante pelo Flamengo, além das campanhas vitoriosas por clubes como Benfica e Fenerbahçe. Para o Al-Nassr, a chegada de Jesus é vista como uma oportunidade estratégica para recuperar terreno perdido nos últimos anos.
Com a provável chegada de Jorge Jesus, o Al-Nassr pretende iniciar uma profunda reformulação no elenco. O objetivo é montar uma equipe mais sólida e equilibrada, capaz de competir de igual para igual com os principais rivais da liga saudita: Al-Hilal, Al-Ittihad e Al-Ahli. Nos bastidores, já se fala em uma lista de nomes que podem deixar o clube e outros que estão no radar para reforçar o grupo.
A participação de Jesus nessas decisões será total. Ele terá carta branca para liderar o processo, desde que mantenha a sintonia com os objetivos da diretoria e de Cristiano Ronaldo. Após temporadas de frustrações no cenário local e continental, o Al-Nassr traça um plano ambicioso para voltar ao topo. Jorge Jesus será peça-chave nesse movimento.
A Capacidade do Hard Rock Stadium, em Miami, palco da partida de oitavas de final decisiva entre rasileiros e Alemães, é de 65 mil pessoas
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Flamengo e Bayern de Munique, pelas oitavas de final do Mundial de Clubes, já tem mais de 35 mil ingressos vendidos. Ainda há entradas para o Hard Rock Stadium, em Miami, nos Estados Unidos, vendidas entre 100 e 150 dólares (entre R$ 547 e R$ 821, na cotação atual).
Capacidade do estádio é no total de 65 mil torcedores. Alguns aficionados estão relatando dificuldade para comprar os ingressos, mas o sistema da Fifa mostra lugares disponíveis em diversos setores, incluindo atrás dos gols.
O Flamengo tem apoiado as festas nas arquibancadas e nas cidades na medida do possível, como fez recentemente na Filadélfia, levando o embaixador Zico. Nos jogos, a ajuda vem através de materiais para arquibancada, como faixas de mão e bandeirinhas, sem falar na interlocução junto à FIFA para a liberação das festas, que em Orlando teve direito até a bateria.
Em Miami, há mobilização para compra de balões vermelhos e pretos. O show da torcida do Flamengo nas arquibancadas tem chamado atenção da Fifa. Contra o Bayern de Munique, os rubro-negros pretendem transformar os EUA em sua segunda casa.
Os uniformes estão definidos para o duelo entre Flamengo e Bayern de Munique, no próximo domingo, pelas oitavas de final da Copa do Mundo de Clubes. Mandante da partida, o mais querido vai a campo com a sua camisa número um, short preto e meião rubro-negro. Já os alemães vestem o segundo uniforme, prioritariamente branco e com detalhes em cinza e laranja.
No gol, o arqueiro do time da Gávea usará o tradicional manto amarelo, eternizado por Raul e Diego Alves em momentos gloriosos da história do Flamengo. Enquanto do lado de lá, o goleiro escalado pelo belga Vincent Kompany vai todo de verde.