Futebol
05 Set 2024 | 09:14 |
Dirigentes que fazem parte da comissão nacional de clubes tiveram na terça-feira um encontro no qual iniciaram uma discussão sobre implantação do fair play financeiro no Brasil. O debate ainda é inicial, em estágio embrionário. Mas a ideia é que a pauta evolua dentro da própria comissão e seja posteriormente discutida com os demais clubes do Brasileirão e a CBF.
A comissão de clubes é um órgão cuja composição é alterada a cada ano. A versão 2024 tem como representantes da Série A os presidentes de Fluminense, Atlético-GO, Fortaleza, São Paulo e Internacional. Os clubes querem estudar o tema porque perceberam riscos em um mercado desregulado.
O fair play financeiro é uma política que, ao redor do mundo, não tem um padrão único. Mas, no geral, parte do princípio de que o clube só deve gastar até um determinado limite, sem ultrapassar o que arrecada. O tema chegou à comissão de clubes depois do fechamento de uma janela com gastos elevados para o padrão histórico brasileiro e, ao mesmo tempo, um cenário de inadimplência.
Os clubes sabem que há interesses de todos os lados envolvidos e que não conseguiriam, a princípio, mover essas correntes sozinhos. Os dirigentes envolvidos até vislumbram algo para o futuro, mas evitam cravar que isso já seria colocado em prática em 2025. já houve um projeto de fair play financeiro montado pelo economista Cesar Grafietti depois de um processo de discussão que envolveu, por exemplo, a EY. Mas a ideia foi engavetada na CBF.
Até mesmo o licenciamento de clubes, que paulatinamente deveriam apertar regras de controle de gestão e estrutura dos clubes, teve seu sarrafo estacionado na entidade.
E o calendário?
A discussão sobre fair play financeiro se junta ao debate na comissão de clubes sobre o calendário. Este, sim, pensando em 2025. Já se sabe que há um cenário caótico a caminho, com a realização da primeira edição do novo Mundial de Clubes da Fifa. E não tem como tocar o Brasileirão durante o torneio, já que há três, talvez quatro, clubes brasileiros envolvidos. Palmeiras, Flamengo e Fluminense têm passaporte carimbado.
A CBF só vai divulgar o calendário de 2025 depois que a Conmebol bater o martelo sobre as datas dos torneios continentais. O calendário sul-americano será avaliado pelo conselho da Conmebol em reunião em 17 de setembro.
Os clubes também enxergam complexidade. Há uma série de variações sobre a mesa da diretoria de competições. Mas o assunto depende, principalmente, do desejo político do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues.
Ao longo dos anos, a CBF também ponderou que o calendário é reflexo dos contratos de TV assinados pelos clubes, especialmente no que diz respeito aos estaduais. E eles não vão acabar em 2025.
O camisa 10 do Rubro-Negro analisou o revés nos pênaltis na final da Copa Intercontinental, elogiou a qualidade técnica dos franceses
17 Dez 2025 | 19:30 |
Após a dolorosa derrota nos pênaltis para o Paris Saint-Germain na decisão da Copa Intercontinental, o meio-campista Arrascaeta concedeu entrevista na zona mista do Estádio Ahmad Bin Ali. O ídolo uruguaio, peça central na engrenagem do time comandado por Filipe Luís, não escondeu o orgulho pela temporada histórica realizada pelo Flamengo, mas foi sincero ao analisar os fatores que impediram a conquista do bicampeonato mundial no Catar.
Para o jogador, a questão física pesou contra os brasileiros nos momentos decisivos. Arrascaeta fez questão de exaltar a campanha rubro-negra e a competitividade demonstrada diante de uma das potências financeiras do futebol europeu. O jogador reconheceu a qualidade técnica superior do adversário, mas identificou o cansaço acumulado como o fiel da balança.
"Fizemos uma campanha incrível, chegamos na final, competimos contra uma das melhores equipes do mundo. São tecnicamente melhores que nós, sabíamos disso", avaliou o camisa 10. Segundo ele, o desgaste da maratona de jogos foi determinante: "Fisicamente também estamos um pouco desgastados. Acredito que foi isso o diferencial, faltou um pouco no final do jogo para buscar a virada. Mas não tem o que reclamar, quem entrou deu o seu melhor."
Sobre a dinâmica da partida, o uruguaio detalhou a mudança de comportamento da equipe após o intervalo. O Flamengo, que sofreu no primeiro tempo, conseguiu equilibrar as ações na etapa complementar. Foi de Arrascaeta a jogada individual que resultou no pênalti sofrido e posteriormente convertido por Jorginho.
"A gente tentou encaixar melhor a marcação, mas ainda é uma equipe que movimenta muito. No segundo tempo fomos bem melhor, no primeiro tivemos dificuldade", explicou. Mesmo com a reação, ele reiterou que a exaustão impediu uma pressão maior no fim: "Conseguimos o empate e acredito que faltou um pouquinho de perna para tentar a virada."
Meio-campista, que marcou o gol de empate no tempo normal, lamenta falta de lucidez nas cobranças de pênalti e analisa o impacto da exaustão após maratona
17 Dez 2025 | 18:30 |
Flamengo encerrou o sonho do bicampeonato mundial nesta quarta-feira (17) ao ser superado pelo Paris Saint-Germain nos pênaltis, após empate em 1 a 1 no tempo regulamentar e na prorrogação. Logo após o apito final em Doha, o volante Jorginho, um dos destaques da equipe carioca na partida, concedeu entrevista e apontou o cansaço extremo como o principal adversário do Rubro-Negro nos momentos decisivos da final.
Autor do gol de pênalti que garantiu a igualdade no placar aos 16 minutos do segundo tempo, Jorginho analisou a performance coletiva. Para o camisa 5, a entrega do time foi total, mas o desgaste acumulado ao longo dos 120 minutos pesou na hora das cobranças alternadas.
"Pode ter sido um reflexo disso também [cansaço]. Você chega depois de ter corrido tanto. O time entregou muito, tanto que eu falei para os meninos que era hora de tentar recuperar o máximo de energia possível. É um momento que precisa ter lucidez e infelizmente não saímos com a vitória que desejávamos tanto", desabafou o jogador, que foi substituído na reta final da partida e assistiu à disputa do banco de reservas.
A disputa de pênaltis foi marcada por tensão e erros técnicos. O goleiro Rossi chegou a manter o Flamengo vivo ao defender duas cobranças dos franceses. No entanto, o aproveitamento dos batedores do time de Filipe Luís foi abaixo da crítica. Saúl, Pedro, Léo Pereira e Luiz Araújo desperdiçaram suas oportunidades, permitindo que a equipe de Luis Enrique conquistasse o título inédito do Mundial.
Apesar da frustração com o vice-campeonato mundial, o balanço da temporada de 2025 permanece extremamente positivo para a Gávea. O elenco rubro-negro encerra o calendário com quatro troféus na bagagem: Campeonato Carioca, Supercopa do Brasil, Conmebol Libertadores e o Campeonato Brasileiro. A derrota no Catar impede a "quíntupla coroa", mas não apaga o ano dominante do time comandado por Filipe Luís.
Derrota nos pênaltis para o PSG rende 4 milhões de dólares aos cofres rubro-negros; clube encerra temporada mágica com mais de R$ 440 milhões acumulados
17 Dez 2025 | 17:33 |
O Flamengo encerrou sua participação na Copa Intercontinental com o vice-campeonato após ser superado pelo Paris Saint-Germain (PSG) na disputa de pênaltis, nesta quarta-feira (17). Apesar da frustração esportiva por não conquistar o bicampeonato mundial, o resultado garantiu um aporte financeiro significativo para o clube.
A segunda colocação no torneio realizado no Catar rendeu aos cofres da Gávea a quantia de 4 milhões de dólares, o que corresponde a aproximadamente R$ 22 milhões na cotação atual. O título ficou com o clube francês, que, além da taça inédita, levou para casa o prêmio máximo de 5 milhões de dólares (cerca de R$ 27,5 milhões).
A campanha do time comandado por Filipe Luís até a final foi financeiramente recompensadora. O Rubro-Negro iniciou sua trajetória vencendo o Cruz Azul (MEX) por 2 a 1, com brilho de Arrascaeta, e garantiu vaga na decisão ao bater o Pyramids por 2 a 0, com gols de Léo Pereira e Danilo.
Com o encerramento do calendário, o Flamengo contabiliza um ano histórico também no aspecto financeiro. Somando o valor recebido pelo vice na Copa Intercontinental, o clube atingiu a marca de R$ 444,3 milhões arrecadados apenas com premiações na temporada de 2025.
A maior fatia desse montante veio da conquista do tetracampeonato da Libertadores, que injetou R$ 178,8 milhões no orçamento. Outro destaque foi a participação no Mundial de Clubes (formato anterior/expandido), que rendeu R$ 150,6 milhões.