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FATOS VEM A TONA E MARCOS BRAZ É AUTUADO POR LESÃO CORPORAL

Simultaneamente, a magistrada arquivou a ação penal contra Leandro Campos Gonçalves, que havia sido acusado de agressão e ameaça a Braz. Essa decisão, baseada em análise das imagens das câmeras de segurança do shopping, marca um capítulo importante no controverso caso.

A juíza Simone Cavalieri Frota, do 9º Juizado Especial Criminal do Rio de Janeiro, acatou o pedido do Ministério Público para autuar o vereador Marcos Braz por lesão corporal em decorrência de sua participação em uma briga com um torcedor do Flamengo. O incidente ocorreu em um shopping na Zona Oeste do Rio, gerando grande repercussão. Além da autuação de Braz, a juíza determinou o arquivamento da ação penal na qual Leandro Campos Gonçalves, o torcedor envolvido na briga, figurava como autor de agressão e ameaça contra o vereador. A decisão de arquivamento se deu com base na impossibilidade de deflagração eficaz de uma ação penal.

Também envolvido na briga, Carlos André da Silva terá seu caso apreciado, já que a magistrada autorizou a continuidade do processo contra ele. A próxima etapa incluirá uma audiência de conciliação para buscar um acordo entre o dirigente do Flamengo e o torcedor. Os pedidos do Ministério Público foram baseados na análise das imagens das câmeras de segurança do shopping, que mostram Braz e Carlos perseguindo Leandro pelos corredores do estabelecimento. As imagens evidenciam que Braz teria desferido um golpe na altura do pescoço de Leandro, provocando sua queda. Em seguida, o dirigente teria mordido a coxa direita do torcedor.

De acordo com o promotor Márcio Almeida Ribeiro da Silva, as imagens também indicam que Carlos André da Silva praticou chutes contra a cabeça e o corpo de Leandro Gonçalves. Posteriormente, com o ofendido caído no chão, Marcos Braz teria desferido chutes e socos contra ele. Segundo o Ministério Público do Rio de Janeiro, não há, nos autos, elementos de prova consistentes que indiquem qualquer prática delituosa por parte de Leandro. Em uma entrevista coletiva, o torcedor reafirmou ser a vítima na situação.

Um laudo médico confirmou que Leandro sofreu uma mordida na virilha durante a briga, enquanto Marcos Braz teve uma lesão no nariz. O MP, entretanto, argumenta que a lesão de Braz ocorreu quando ele caiu sobre Leandro. Em sua defesa, o vereador e vice-presidente de futebol do Flamengo alegou ter sido ameaçado de morte pelos torcedores. O Ministério Público contrapôs essa versão, alegando que as imagens não contêm gravação de áudio e que não há testemunhas imparciais que corroborem as alegações de que Leandro teria xingado e ameaçado Braz antes das agressões.

Uma versão anterior, na qual Braz afirmava que os torcedores ameaçaram sua filha, foi desmentida pelo MP. As evidências mostram que a filha do vice-presidente de futebol do Flamengo permaneceu na loja por apenas 2 minutos e 40 segundos e saiu sem ter tido contato ou percebido a presença de Leandro. O torcedor se aproximou da loja de Braz somente após a partida da filha do vereador.