
Futebol
|
O Flamengo enfrenta um desafio histórico nesta quinta-feira, às 19h (de Brasília), no estádio Campeón del Siglo, em Montevidéu, pela partida de volta das quartas de final da Conmebol Libertadores. Para manter vivo o sonho de conquistar o inédito tetracampeonato do torneio, o time de Tite precisará quebrar um tabu incômodo: nunca reverteu uma desvantagem fora de casa em torneios mata-mata, com exceção do Campeonato Carioca.
No confronto de ida, o Rubro-Negro perdeu por 1 a 0 para o Peñarol no Maracanã e agora precisa de uma vitória por dois gols de diferença para se classificar diretamente para a semifinal. Caso vença por apenas um gol de vantagem, a decisão será levada para os pênaltis. Qualquer outro resultado elimina o Flamengo da competição.
O MOMENTO DE DECISÃO
Essa situação é semelhante à que o time enfrentou na final da Copa do Brasil do ano passado, quando também saiu atrás no confronto inicial contra o São Paulo. Naquela ocasião, a equipe foi derrotada por 1 a 0 no Maracanã e chegou ao Morumbi precisando vencer para levar a decisão ao menos para os pênaltis. Apesar de ter aberto o placar com Bruno Henrique e sonhado com a virada, acabou cedendo o empate e ficou com o vice-campeonato.
A história mostra que as dificuldades do Flamengo em reverter desvantagens fora de casa em torneios eliminatórios não são recentes. Segundo levantamento de Guilherme Marçal e Roberto Maleson, do Espião Estatístico do ge, o Flamengo já esteve em 12 situações semelhantes em competições mata-mata e saiu eliminado em 10 oportunidades, alcançando apenas dois vice-campeonatos. Mesmo nas raras vezes em que venceu a partida de volta fora de casa, o placar não foi suficiente para garantir a classificação.
No cenário atual, além da pressão por resultado, o Flamengo também enfrenta uma sequência de atuações irregulares e questionamentos sobre o comando técnico de Tite. A derrota no Maracanã acendeu o alerta para a necessidade de ajustes táticos e um desempenho mais sólido defensivamente. No ataque, a dependência de jogadores como Bruno Henrique e Pedro, ambos oscilando em termos de desempenho recente, é um ponto de preocupação. O time precisa ser mais eficiente nas finalizações e encontrar maneiras de furar a defesa adversária, que mostrou consistência no jogo de ida.
O Mais Querido segue na busca por uma reposição para Wesley, que já tem um acordo com a Roma e deve se despedir do Rubro-Negro nos próximos dias
|
O Flamengo segue ativo no mercado de transferências e está em busca de um substituto para Wesley, que já aceitou a proposta da Roma. Assim, o Mais Querido tenta atravessar as negociações entre Milan e Besiktas (TUR) pelo lateral-direito Emerson Royal.
De acordo com informações do jornalista Fabrizio Romano, o Flamengo entrou na briga pela contratação de Emerson Royal. O lateral já realizou exames para se transferir para a equipe turca, mas com o interesse do Rubro-Negro, o time italiano e o jogador recuaram e estão decidindo se respeitam o acordo com o Besiktas ou aceitam a oferta do Mengão.
Mais informações em instantes...
Em meio a processo por suposta manipulação de resultados de apostas esportivas, pedido da defesa do atacante do Mengão foi negado pelo STJ
|
O atacante Bruno Henrique, do Flamengo, sofreu um revés na Justiça nesta segunda-feira (21). O Superior Tribunal de Justiça (STJ) rejeitou o pedido de habeas corpus apresentado pela defesa do jogador, que é investigado por suposta participação em esquemas de apostas esportivas.
A defesa alegava que a Justiça do Distrito Federal — onde Bruno Henrique responde ao processo criminal — não teria competência para julgar o caso, que, segundo os advogados, deveria tramitar na Justiça Federal. Com isso, pediam a anulação de todos os atos processuais realizados até o momento. O ministro Joel Ilan Paciornik, porém, negou o pedido, alegando que o habeas corpus não é o instrumento jurídico adequado para discutir esse tipo de questão.
O caso gira em torno de um cartão amarelo recebido por Bruno Henrique na partida entre Flamengo e Santos, pelo Campeonato Brasileiro de 2023. Segundo as investigações, o jogador teria forçado a advertência com o objetivo de beneficiar apostadores.
Mensagens trocadas por celular entre Bruno Henrique, familiares e pessoas próximas estão sendo analisadas pelos órgãos responsáveis. Um dos investigados, amigo do irmão do atleta, confessou ao Ministério Público que foi avisado previamente sobre o cartão.
No dia 15 de abril, a Polícia Federal indiciou Bruno Henrique pelos crimes de estelionato e manipulação de resultados esportivos. O Ministério Público do Distrito Federal também formalizou denúncia, que aguarda aceitação da Justiça. O atacante ainda não é réu no processo.
Paralelamente ao processo criminal, o caso também avança na esfera esportiva. Em 1º de julho, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) recomendou denúncia formal contra Bruno Henrique, com base no artigo 243 do CBJD, que trata de “atuar, deliberadamente, de modo prejudicial à equipe que defende”.
Se for condenado, o Bruno Henrique pode sofrer suspensão de 180 a 360 dias, além de multa entre R$ 100 e R$ 100 mil. O STJD também pode optar por uma suspensão preventiva durante o andamento do processo. Até o momento, o atacante está liberado para atuar pelo Flamengo.
O Mais Querido tomou a decisão após o dirigente ter mensagens vazadas, onde criticava a contratação de Nico De La Cruz e seu problema físico
|
Após ter mensagens vazadas onde criticava a contratação de Nico De La Cruz, José Luiz Runco, chefe do departamento médico do Flamengo, foi demitido nesta quarta-feira (23). A forma como o dirigente tratou o meia uruguaio pegou mal no clube.
Segundo o GE, jogadores, integrantes da comissão técnica e dirigentes se irritaram com o conteúdo do chefe do departamento médico compartilhado em um grupo "Fla-Barra".
Segundo o GE, Runco faz parte do grupo "Flamengo Barra" e decidiu interagir no fórum após ver o pedido de um integrante por um posicionamento do clube a respeito da situação clínica de De La Cruz. O grupo é formado por conselheiros, sócios, dirigentes e ex-dirigentes do Rubro-Negro.
"Prezado João. Boa tarde. Vou tentar passar a situação do De la Cruz. Jogador comprado em outra gestão, sem a menor condição, pois apresenta uma lesão crônica e irreparável no joelho direito, e uma lesão também no joelho esquerdo. Como somos bípedes, temos dificuldades de equilíbrio e equilíbrio muscular se algum membro já estiver afetado. Estamos tentando fazer o possível para que ele possa participar, mas é muito complicado. E, quanto a venda, só se houver algum clube que tenha interesse por outro motivo e não para jogar futebol competitivo. Atenciosamente", destacou Runco sobre o camisa 18.
Desse modo, o estafe de Nico De La Cruz reagiu com firmeza após o vazamento da mensagem atribuída a Runco. Em nota oficial, os representantes do jogador classificaram a atitude como antiética e prometeram avaliar as providências cabíveis.
“Fomos pegos de surpresa com esta declaração do Diretor Médico do clube. Primeiramente, não é uma atitude correta, nem ética, de um profissional que já passou pela Seleção. Vamos procurar entender com o clube se esse posicionamento é pessoal ou institucional e, em seguida, analisaremos as medidas cabíveis”, diz a nota.