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A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) enfrenta um desafio para ajustar o calendário das semifinais da Copa do Brasil. Mesmo com o término da próxima data Fifa previsto para 15 de outubro, a data-base para as partidas de volta das semifinais está marcada para o dia 16. O Flamengo, um dos semifinalistas, pode ter até nove jogadores convocados para suas respectivas seleções e já busca uma solução junto à entidade. As informações foram divulgadas pelo jornalista André Rizek.
A alternativa mais simples seria que o Mais Querido enfrentasse o Corinthians na Neo Química Arena na quinta-feira, dia 17. Contudo, a participação do clube paulista na semifinal da Copa Sul-Americana complica a situação, já que a Conmebol, que tem preferência na escolha das datas, provavelmente agendará o primeiro jogo dessa fase para o dia 22 de outubro, uma terça-feira. Esse é o dia em que o SBT, detentor dos direitos de transmissão da Sul-Americana, costuma exibir as partidas.
POSSIBILIDADES DE ADIAMENTO ENFRENTAM OBSTÁCULOS
Se o Corinthians jogar pela Sul-Americana no dia 22, a equipe precisaria atuar no sábado, dia 19, pelo Campeonato Brasileiro, o que inviabilizaria o confronto com o Flamengo na quinta-feira anterior, dia 17. Isso cria um impasse sobre como encaixar o duelo no apertado calendário de ambas as equipes.
Diante dessa situação, o Rubro-Negro sugeriu à CBF que a partida contra o Timão ocorra no fim de semana, preferencialmente no domingo, dia 20 de outubro. Para isso, a Conmebol precisaria concordar em não marcar o duelo do Corinthians pela Sul-Americana para a terça-feira, permitindo mais flexibilidade para o jogo da Copa do Brasil.
NECESSIDADE DE ACORDO ENTRE TODOS OS ENVOLVIDOS
Para que essa proposta seja viável, a CBF precisará de um entendimento entre todas as partes envolvidas: além da entidade máxima do futebol nacional, seria necessário um acordo com o Corinthians, Conmebol, os detentores dos direitos de transmissão e até mesmo o Fluminense e o Athletico-PR, adversários de Flamengo e Corinthians na 30ª rodada do Brasileirão. Esses jogos também teriam de ser antecipados para o meio da semana, logo após o término da data Fifa.
Após nova derrota no Maracanã, técnico do Bahia justificou escalação com reservas e criticou a atuação da arbitragem do Flamengo
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O Flamengo venceu o Bahia com gol de Pedro no segundo tempo e garantiu mais três pontos no Brasileirão. Para Ceni, no entanto, a decisão de poupar parte dos titulares teve contexto: o confronto decisivo da próxima quarta-feira (14), pela Libertadores, diante do Atlético Nacional, da Colômbia.
— As escolhas têm relação com quarta-feira e com o elenco que foi montado. Não seria fácil com o Flamengo aqui de maneira alguma — afirmou o treinador, ainda no gramado do Maracanã. Mesmo com o time misto, o Bahia teve uma postura competitiva e conseguiu segurar o Flamengo durante boa parte do jogo. A proposta foi de contenção e resistência, com foco em sair rápido nos contra-ataques.
Rogério admitiu, porém, que a diferença de intensidade e qualidade técnica acabou prevalecendo no fim da partida. O time baiano teve poucas chances claras e acabou sendo castigado por uma desatenção defensiva. — A gente conseguiu encaixar a marcação por um tempo, mas contra o Flamengo isso é muito difícil de manter por 90 minutos. Eles têm jogadores decisivos e trabalham bem a bola perto da área — avaliou Ceni.
O técnico também criticou a condução da arbitragem, principalmente em relação aos minutos de acréscimo dados na etapa final. Anderson Daronco determinou 13 minutos, mas, segundo Ceni, a bola rolou por menos da metade desse tempo. — O árbitro segurou muitos minutos no chão e não teve coragem de dar mais minutos depois de levantar a placa (13 de acréscimo). Mais ou menos 60% desse tempo foi de jogo parado — disse.
Ceni mencionou ainda que, apesar do cansaço acumulado, o Bahia tentou buscar uma última escapada no fim da partida, mas o jogo esfriou após a intervenção do VAR em um dos lances decisivos. — Tivemos uma escapada, uma finalização, mas depois de correr 85 minutos atrás do Flamengo a gente já estava cansado. Aí ainda tem o lance do VAR que dá aquela esfriada no jogo, tradicional quando precisa aqui no Maracanã — completou o técnico.
O revés mantém a escrita incômoda de Rogério Ceni contra seu ex-clube. Como treinador, ele enfrentou o Flamengo 16 vezes e não conseguiu vencer nenhuma. São empates e derrotas em passagens por São Paulo, Fortaleza e agora pelo Bahia. Curiosamente, foi no Flamengo que Ceni conquistou seus principais títulos como técnico, entre eles o Brasileirão de 2020 e a Supercopa do Brasil de 2021.
A equipe equatoriana bateu o Macará, em jogo realizado neste último sábado (10); os times se enfrentam na próxima quinta-feira (15), pela Libertadores
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O Flamengo volta a campo na próxima quinta-feira (15), em confronto válido pela quinta rodada da fase de grupos da Libertadores, contra a LDU. Assim, antes de visitar o Mais Querido, a equipe equatoriana venceu seu jogo no Campeonato Equatoriano com time misto, pelo placar de 1 a 0.
A LDU entrou em campo com um time misto e venceu o Macará com gol de Alvarado, ainda no primeiro tempo. A equipe equatoriana armou uma jogada ensaiada de bola parada e, após troca de passes, o camisa 10 invadiu a área livre para aproveitar e marcar de cabeça.
O resultado coloca a LDU na terceira colocação do Campeonato Equatoriano, com 19 pontos em 11 partidas. Agora, a equipe tem quatro dias de preparação para encarar o Flamengo, na próxima quinta-feira (15).
Visando o confronto decisivo contra o Flamengo, o técnico Pablo Andres Sanchez poupou sete titulares. A mudança aconteceu no gol, defesa e meio campo. Os únicos que não foram poupados foram: o zagueiro Allana; o volante Gruezo; o atacante Alex Arce; e o meia Bryan Ramírez.
Assim como a LDU, o Flamengo também venceu sua partida no campeonato nacional, ao bater o Bahia pelo placar de 1 a 0. Agora, as equipes iniciam a preparação para o jogo da próxima quinta-feira (15), no Maracanã, às 21h30.
Técnico reconhece desempenho ruim na competição continental e reforça a importância da torcida no Maracanã para o confronto nesta quinta
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A vitória por 1 a 0 sobre o Bahia deu ao Flamengo três pontos importantes na briga pelo topo do Brasileirão. Mas na sala de imprensa do Maracanã, o assunto que dominou a coletiva de Filipe Luís foi outro: a instável campanha na Libertadores. O Rubro-Negro venceu apenas um dos quatro jogos disputados até aqui no Grupo C. Foram dois empates, uma derrota e um único triunfo, desempenho que colocou o time na terceira colocação, com cinco pontos.
À frente do Flamengo estão justamente seus dois últimos adversários na fase de grupos: LDU e Central Córdoba, ambos com oito pontos. Para avançar às oitavas sem depender de outros resultados, o Fla precisa vencer a LDU na quinta-feira (15), no Maracanã, por dois gols de diferença. — Não temos que dar palavra, temos de demonstrar no campo — declarou Filipe, sem rodeios. — Estamos fazendo uma Libertadores ruim, estamos em uma situação onde nós mesmos nos colocamos.
O treinador não fugiu da responsabilidade e, ao mesmo tempo, valorizou os adversários do grupo. Segundo ele, a lição que fica é que "não existe adversário fraco" em uma competição como a Libertadores. — Se estão na Libertadores, é porque foram campeões ou ficaram na parte de cima da tabela. Não tem jogo fácil. A gente precisa entender isso como grupo — completou o técnico.
O jogo desta quinta-feira contra a LDU é decisivo. Além da necessidade de vencer, o Flamengo terá de lidar com a pressão da torcida e com o ambiente pesado que a própria campanha gerou. Filipe sabe disso e tratou de fazer um apelo direto. — Está nas nossas mãos poder sair dessa situação. Só depende de nós. Precisamos do torcedor na quinta para reverter. Queremos passar da fase de grupos — disse.
A expectativa no clube é de um Maracanã cheio. Mesmo com a desconfiança sobre o desempenho, a diretoria aposta na força da torcida para transformar o ambiente e empurrar o time diante de um rival direto na briga pela classificação. Filipe ainda conta com respaldo interno no Flamengo, apesar da pressão por resultados. Há uma corrente na Gávea que vê no ex-lateral uma aposta de médio a longo prazo, mesmo com a sombra constante de Jorge Jesus e outros nomes ventilados nos bastidores.