Flamengo tem luta pelo título apagada pela final da Copa do Brasil, clube traça o Brasileirão como segundo plano

O Flamengo superou o Juventude por 4 a 2 neste sábado (26), no Maracanã. Após a vitória, o técnico Filipe Luís explicou por que deixou Fabrício Bruno no banco, optando por escalar Léo Ortiz e Léo Pereira por critérios estratégicos.

“Fabrício, como falei em outras coletivas, é um jogador espetacular. Para esses jogos agora, preferi começar com Léo Ortiz e Léo Pereira por uma questão estratégica. Contra o Fluminense, eu decidi começar com o Fabrício por uma questão estratégica. E eu não errei, ok? Não veio a vitória, mas o que eu vi do Fabrício me agradou muito. E eu já o conheço também, não é novidade”, iniciou Filipe Luís.

“E o Fabrício está para ajudar a equipe, sempre deixa muito claro isso. Tanto ele quanto David sempre estão treinando bem, se esforçando. Estão ajudando a equipe do lugar onde estão agora. Não entraram hoje, por exemplo, mas ajudaram a equipe, No próximo jogo, como você falou, o Fabrício pode jogar, talvez o David também. São jogadores muito importantes para mim, já entenderam como eu quero jogar e pouco a pouco eles vão tendo minutos”, completou.

'QUE FIQUE BRAVO'

Filipe Luís, que também elogiou Ayrton Lucas, mencionou que aprecia quando um jogador se irrita por ficar no banco, pois isso indica uma vontade de estar em campo. O técnico ressaltou que Fabrício Bruno, mesmo na reserva, é um atleta que coloca o Flamengo em primeiro lugar.

“O Fabrício entrou contra o Corinthians e foi um dos melhores em campo. É muito bom ser técnico e poder olhar para o banco de reservas e ter soluções. Mesmo que muitos não estejam na máxima felicidade porque eu prefiro isso, que o jogador se revolte de ficar no banco. Prefiro que ele fique bravo, mas que depois renda como o Fabrício rendeu. Ele é um homem e sempre bota o Flamengo em primeiro lugar”, finalizou Filipe Luís.

CHANCE DE MUDANÇA

No próximo jogo contra o Internacional, na quarta-feira (30), Filipe Luís terá que fazer ajustes na defesa. Com Léo Pereira suspenso por acúmulo de cartões, David Luiz e Fabrício Bruno são opções para o setor. Assim, com Fabrício Bruno com chances de ser titular, o Flamengo enfrentará o Internacional na quarta-feira (30), às 19h (horário de Brasília), no Estádio Beira Rio, em Porto Alegre.

Em uma partida em que dominou amplamente, o Flamengo encontrou dificuldades inesperadas diante do Juventude. Com 66% de posse de bola, o Rubro-Negro teve o controle do jogo, mas a eficiência do adversário e falhas individuais comprometeram o resultado. O Juventude aproveitou as duas únicas oportunidades de gol que teve, enquanto o Flamengo falhou na finalização e sofreu nas transições defensivas, escancarando problemas de posicionamento e na abordagem aos contra-ataques.

O técnico Filipe Luís, conhecido por seu estilo ofensivo, viu sua equipe exposta em momentos cruciais. O primeiro gol adversário nasceu de um contra-ataque rápido, após um lançamento preciso de João Lucas. O lateral encontrou Gilberto nas costas de Léo Pereira, que não conseguiu acompanhar a jogada. Gilberto avançou com liberdade e finalizou com precisão, sem dar chances ao goleiro Rossi, que nada pôde fazer para evitar a abertura do placar. A vulnerabilidade defensiva do Flamengo nessa situação revelou um problema recorrente: a exposição da defesa em jogadas rápidas e a dificuldade de reposicionamento dos jogadores.

 FLAMENGO TEM DETALHES A ACERTAR 

O segundo gol do Juventude veio como consequência direta de um erro individual de Rossi. O goleiro argentino, que até então vinha sendo um ponto de segurança para a equipe, falhou em uma saída de bola. Essa falha isolada comprometeu o resultado, mostrando como a eficiência do Juventude foi determinante para o desfecho da partida. Mesmo com a posse de bola majoritária e um volume de jogo elevado, o Flamengo não conseguiu converter o domínio em gols, enquanto o Juventude foi clínico em aproveitar as falhas rubro-negras.

PROBLEMAS E FALHAS DEFENSIVAS 

A proposta ofensiva de Filipe Luís, que busca envolver vários jogadores no ataque, gera uma sobrecarga defensiva. Em situações de contra-ataque, a defesa se torna vulnerável, especialmente com os laterais avançados. Essa abordagem, apesar de proporcionar maior controle do meio de campo, deixa a equipe exposta nas transições rápidas. No duelo contra o Juventude, ficou evidente que, mesmo com superioridade na posse, a ausência de um sistema eficiente para cobrir os espaços deixados pelos avanços dos laterais comprometeu a segurança defensiva.

Além disso, erros individuais se tornaram fator decisivo. A saída de bola errada de Rossi resultou no segundo gol adversário, evidenciando a necessidade de maior concentração e precisão em momentos críticos. A eficiência do Juventude, que foi capaz de marcar nas duas únicas oportunidades que teve, mostrou um contraste com o Flamengo, que, mesmo criando chances, não conseguiu concretizá-las. Essa disparidade entre o domínio de jogo e o resultado reforça a importância de ajustar o equilíbrio entre ataque e defesa.

No quinto jogo sob o comando de Filipe Luís, o Flamengo finalmente mostrou seu maior volume ofensivo desde que o novo técnico assumiu. A equipe entrou em campo contra o Juventude e demonstrou um desempenho que chamou atenção pela capacidade de criação de oportunidades. Durante a entrevista coletiva após o jogo, Filipe Luís destacou as dificuldades de enfrentar uma linha defensiva de cinco jogadores, mas também evidenciou que o Rubro-Negro soube encontrar soluções, em grande parte devido à movimentação intensa dos jogadores e ao brilho de Gerson e Arrascaeta. Esses fatores foram fundamentais para romper a barreira imposta pelo adversário.

A estratégia adotada pelo Flamengo deu resultado, e a equipe conseguiu pressionar o Juventude, acumulando 20 finalizações contra apenas quatro do adversário. Esse diferencial evidencia o quanto o Flamengo dominou as ações do jogo e buscou o ataque durante os 90 minutos. A atuação de Gerson foi um dos principais pilares dessa performance, garantindo fluidez ao meio-campo e aproveitando os espaços criados pela movimentação constante de Arrascaeta e dos atacantes. O uruguaio também foi essencial para criar oportunidades e abrir a defesa adversária.

 FLAMENGO DE FILIPE LUIS DÁ CARTÃO DE VISITAS 

Com tamanha superioridade, o Flamengo conseguiu gerar 11 grandes chances de gol ao longo da partida, um número expressivo que evidencia a evolução ofensiva sob o comando de Filipe Luís. Além disso, o time apresentou um ritmo intenso, o que contribuiu para sufocar o adversário e minimizar as chances de contra-ataque do Juventude. A variação tática e a inteligência na troca de passes também foram pontos altos, permitindo ao Flamengo manter a posse de bola e buscar o gol constantemente.

Filipe Luís destacou em sua entrevista o esforço dos jogadores em se adaptarem rapidamente ao novo estilo de jogo proposto. A linha de cinco defensores do Juventude representava um desafio, mas o técnico conseguiu fazer com que o Flamengo se movesse de forma coordenada para abrir espaços e furar a marcação. A eficiência na criação de jogadas é um reflexo do trabalho tático que vem sendo desenvolvido, o que deixa o treinador otimista para os próximos confrontos.

Esse desempenho contra o Juventude mostra que o Flamengo pode estar encontrando seu ritmo ideal sob o comando de Filipe Luís. A equipe demonstrou organização tática e eficácia nas ações ofensivas, especialmente ao explorar as qualidades técnicas de Gerson e Arrascaeta. A dupla foi essencial para manter o controle do jogo e criar as chances necessárias para pressionar a defesa adversária. Essa evolução é um sinal positivo para o restante da temporada, e os torcedores têm motivos para estarem confiantes.