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LDU revela surpresas na escalação para o duelo de altos desafios contra o Flamengo em Quito
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O Flamengo venceu o Bahia por 1 a 0 nesta quarta-feira (29) no jogo de ida das quartas de final da Copa do Brasil. Na partida, dois jogadores do Mais Querido deixaram o gramado devido a contusões, o meia Nico De La Cruz e o atacante Michael, que retornou ao rubro-negro na última semana após passagem pelo futebol saudita, onde foi comandado por Jorge Jesus.
As frequentes lesões no rubro-negro vem preocupando a comissão técnica. Na entrevista pós-jogo, Tite afirmou que o clube trabalha para que os jogadores estejam em boa forma física e evitem as contusões, mas que devido à sequência de jogos do Flamengo, tornam-se inevitáveis.
“Talvez não tenhamos tempo o suficiente para falar a respeito do quanto influencia no atleta. E quanto se trabalha em função disso para a gente tomar decisão sem expor o atleta, a saúde. Inevitavelmente acontece e dói”, afirmou o treinador. Tite comentou o caso de Michael que, após retornar, foi titular na partida diante do Red Bull Bragantino e atuou os 90 minutos, algo que, segundo o técnico, não era para ocorrer, porém foi necessário devido aos problemas físicos do elenco do Mengão.
“Precisamos do Michael porque não tínhamos e ele jogou o jogo todo lá (contra Bragantino). Não era para jogar o jogo todo. Veio com boa vontade e foi decisivo. Quase ia fazer o segundo gol, não foi falta. Não foi nada, ele tirou o corpo. Só para deixar registrado. Um jogador decisivo e você perde na sequência. A gente tenta preservar ao máximo, mas é duro.
Com as lesões de Michael e De La Cruz, o Flamengo passa a ter sete jogadores no departamento médico. Além da dupla, Everton Cebolinha, Matías Viña, Pedro, Gabigol e Arrascaeta também se recuperam de lesões. Os camisas 9, 99 e 14 sofreram lesões musculares e devem voltar já no mês de setembro. Cebolinha rompeu o tendão de Aquiles da perna esquerda e só volta no ano que vem, assim como Viña, que teve ruptura de ligamento no joelho e fratura na tíbia.
Rubro-Negro encara desafio fora de casa com aproveitamento modesto em jogos acima dos 2.500 metros e tenta repetir feito de 2021 contra os equatorianos
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O Flamengo terá uma missão complicada na noite desta terça-feira (22), quando enfrenta a LDU, do Equador, em partida válida pela fase de grupos da Copa Libertadores. Além do desafio técnico contra os equatorianos, o Rubro-Negro encara um problema recorrente em jogos internacionais: a altitude. A equipe carioca não costuma se dar bem quando atua acima dos 2.500 metros do nível do mar e tem um retrospecto preocupante nesse cenário.
Em um total de 17 partidas disputadas em cidades com altitude elevada, o Mais Querido acumula nove derrotas, quatro empates e apenas quatro vitórias. Os números revelam um aproveitamento de apenas 31,37%, com 18 gols marcados e 27 sofridos. Ou seja, além de conquistar poucos pontos, o time costuma ser vazado com frequência quando joga longe do nível do mar.
Curiosamente, a última vez que o Mengão venceu atuando na altitude foi justamente contra a LDU, adversária desta terça. Em maio de 2021, sob comando de Rogério Ceni, a equipe brasileira bateu os equatorianos por 3 a 2, com dois gols de Gabigol e um de Bruno Henrique. A partida aconteceu em Quito, a 2.850 metros de altitude, e marcou um dos raros triunfos do clube nesse tipo de ambiente.
Com três pontos conquistados até agora, o time comandado por Filipe Luís ocupa atualmente a terceira colocação do grupo C. A liderança, no entanto, pode mudar ainda nesta rodada. Caso o Mengão vença a LDU fora de casa e o Central Córdoba (Argentina) não derrote o Deportivo Táchira (Venezuela), o clube carioca assume a ponta da chave.
Apesar da lembrança positiva de 2021, a LDU costuma fazer valer o mando de campo quando atua em Quito. A equipe equatoriana conhece bem os efeitos da altitude e se adapta naturalmente ao ritmo imposto nessas condições, o que representa um obstáculo extra para qualquer adversário estrangeiro. A comissão técnica do Mengão tem buscado alternativas para reduzir o impacto da altitude sobre os jogadores. A estratégia inclui ajustes no planejamento físico e logístico, além de medidas pontuais de aclimatação e controle de desgaste. Tudo isso visando manter o máximo de intensidade possível durante os 90 minutos.
Ex-jogador do Flamengo, que agora comanda o Amazonas, não conseguiu evitar revés na estreia e equipe segue na zona de rebaixamento da Série B
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A estreia de Ibson como treinador do Amazonas começou com o pé esquerdo. O time de Manaus recebeu o Avaí na Arena da Amazônia, nesta segunda-feira (21), e acabou derrotado por 2 a 0 diante de sua torcida. O revés manteve a equipe na zona de rebaixamento da Série B, ocupando a 18ª colocação com apenas um ponto conquistado até agora.
A partida também marcou o início de uma nova etapa na carreira de Ibson, ex-meio-campista do Flamengo, que foi oficializado como treinador principal no sábado (19), após a saída de Eduardo Barros. Apesar da expectativa em torno da mudança, o time não conseguiu reagir em campo e acabou sendo superado sem maiores dificuldades pelo adversário catarinense.
Antes de assumir o comando técnico da equipe principal, Ibson já fazia parte da comissão permanente do clube. Ele acompanhava de perto os trabalhos de Barros e conhecia o elenco. A decisão pela promoção foi tomada pela diretoria como uma tentativa de manter certa continuidade, mesmo com a mudança no comando.
No entanto, o resultado negativo na estreia acendeu um alerta interno. Caso os resultados sigam sem evolução, a tendência é que o clube volte ao mercado em busca de um nome mais experiente. Em caso de substituição, Ibson pode ser reintegrado à função anterior no estafe técnico. Cria das categorias de base do Flamengo, Ibson teve passagem marcante pelo clube carioca nos anos 2000 e início de 2010. Em campo, ele se destacou como um meio-campista versátil e técnico. Entre suas principais conquistas, está o título do Campeonato Brasileiro de 2009, sob o comando de Andrade.
Antes de ser efetivado como técnico, Ibson já havia enfrentado o Flamengo em um contexto simbólico. Na temporada passada, durante a disputa da Copa do Brasil, ele atuava como auxiliar técnico e esteve no banco durante os confrontos com o Mais Querido. O clube carioca levou a melhor nos dois jogos e avançou, depois conquistando o título nacional.
Clube carioca desembarcou no Equador dois dias antes da partida para minimizar os efeitos da altitude de 2.850 metros, veja agora
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O Flamengo entra em campo nesta terça-feira (22) para enfrentar a LDU, do Equador, em partida válida pela Copa Libertadores. O duelo será disputado em Quito, a 2.850 metros de altitude, o que naturalmente exige cuidados especiais com a preparação dos jogadores. A comissão técnica e o departamento médico do clube traçaram uma estratégia logística para minimizar os impactos da altitude nos atletas.
“A questão da altitude… - disse o médico
Segundo o médico Fernando Sassaki, a programação foi ajustada ao calendário apertado do futebol brasileiro, que impede uma adaptação prolongada. O elenco desembarcou em Quito no último domingo (20), logo após o clássico contra o Vasco, pelo Brasileirão, e seguiu direto para o hotel, onde iniciou o processo de aclimatação.
"O tempo de adaptação é longo, cerca de duas semanas. Não é compatível com o calendário brasileiro. O fato de a gente chegar dois dias antes é mais por uma questão logística: chegar ao hotel, se alimentar, descansar, fazer um treino e ir para o jogo no dia seguinte”, explicou Fernando Sassaki.
Ainda de acordo com Sassaki, o elenco respondeu bem à chegada e não apresentou nenhum tipo de problema de saúde relacionado à altitude. A expectativa da comissão técnica era justamente evitar intercorrências físicas ou mal-estar nos primeiros momentos na cidade equatoriana. “Os atletas chegaram bem, se alimentaram bem, descansaram. Não tivemos nenhuma intercorrência em relação à altitude. Talvez a comissão sinta algum desconforto ao subir um lance de escada, mas nada atípico. Tudo ocorrendo conforme o planejado”, completou.
Além do descanso e da programação de treinos, a alimentação também recebeu atenção especial do clube. A dieta dos jogadores foi adaptada em parceria com o nutricionista Paulinho, priorizando refeições leves e de fácil digestão, visando ao bem-estar dos atletas antes do treino da véspera da partida. “A alimentação em jogos de altitude deve ser leve. Aliado ao nosso nutricionista Paulinho, programamos um cardápio junto com a cozinha, com uma refeição mais leve, contendo proteínas suaves, para que eles possam ter uma digestão adequada para o treino desta segunda-feira”, detalhou o médico.